Comportamento agonístico

Em etologia, comportamento agonístico é qualquer comportamento social relacionado à luta. Portanto, é uma categoria mais ampla que agressão, pois não envolve apenas o ato agressivo em si, mas também exibições, fugas, conciliação. O termo foi cunhado por Scott e Fredericson em 1951.[1] O comportamento agonístico é visto em muitos animais já que os recursos alimentares, cópulas e abrigo são recursos limitados, e acaba provocando disputas entre os interesses individuais.

Comportamento agonístico em machos de Zygoballus sexpunctatus

Algumas formas de comportamento agonístico aparecem em contextos de competição por recursos, como comida ou cópulas. Muitas vezes, envolve apenas a apresentação de ameaças e exibições, sem a ocorrência de um embate propriamente dito: o animal mais ameaçador é capaz de vencer uma disputa sem chegar na agressão propriamente dita. A territorialidade é um bom exemplo de situação em que há a ocorrência de comportamentos agonísticos, e o residente do território geralmente ganha o embate, expulsando o intruso. Embora esses comportamentos variem muito, pode-se dividir em três tipos: ameaça, agressão e submissão.[2] Esses comportamentos são fisiologicamente e funcionalmente relacionados entre si, e muitas vezes apresentam estereotipia e um sequência bem definida de apresentação.[3] Dependendo da disponibilidade e importância do recurso, do tamanho do oponente, o comportamento agonístico pode passar da apresentação de complexos rituais para um embate propriamente dito, ocorrendo até mesmo, a morte.[3]

Referências

  1. Barrows, Edward (2001). Animal Behavior Desk Reference. Florida: CRC Press LLC 
  2. Manning, Aubrey (1998). An Introduction to Animal Behavior. [S.l.]: Cambridge University Press 
  3. a b McGlone, John (1986). «Agonistic Behavior in Food Animals: Review of Research and Techniques». Journal of Animals Science. 62 (4). Consultado em 23 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 18 de abril de 2009