Conhecido no Brasil como coral-baba-de-boi (Palythoa caribaeorum) é uma espécie de zoantídeo do gênero Palythoa.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCoral-baba-de-boi
Coral-baba-de-boi (Palythoa caribaeorum)
Coral-baba-de-boi (Palythoa caribaeorum)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Cnidaria
Classe: Anthozoa
Ordem: Zoantharia
Família: Sphenopidae
Género: Palythoa
Espécie: P. caribaeorum
Nome binomial
Palythoa caribaeorum
(Duchassaing & Michelotti, 1860)

Descrição editar

As vezes são confundidos como anêmonas, vivem em grandes colonias e são fáceis de se identificar, possuem uma coloração que vai do amarelo alaranjado até o marrom, durante a maré baixa eles podem ficar expostos fora da água. Quando isso ocorre, eles secretam uma grande quantidade de muco, para evitar a desidratação, por isso são conhecidos como coral-baba-de-boi.[2]


Distribuição editar

Podem ser encontrados na América do Sul, Mar do Caribe, Golfo do México e Brasil.[2] Há relatos de avistamentos em Cabo Verde.[3]

Palitoxina editar

Esta toxina pode entrar no sangue através de cortes nas mãos, braços, arranhões, pela respiração do vapor através da boca ou nariz, os olhos, diz-se também que é possível entrar pelo ouvido.

A palitoxina é considerada mais potente que se conhece até hoje em biologia marinha. Essa toxina é estudada em bioquímica devido sua grande versatilidade.

Em caso de acidente, pedir urgentemente para alguém levar você a um hospital mais próximo e citar o nome palitoxina, para uma rápida solução do problema.[2]

Habitat editar

São encontrados em áreas com diferentes graus de hidrodinamismo, pode estar entre 2 e 7 metros de profundidade. É uma espécie abundante em costões rochosos.[2]

Alimentação editar

Dentro de seus tecidos existem grandes quantidades de microalgas simbióticas chamadas zooxantelas, ambos os organismos se beneficiam dessa relação. As algas fazem fotossíntese produzindo oxigênio e açucares que são aproveitados pelos corais.  As zooxantelas por sua vez, aproveitam os resíduos eliminados pelo coral (especialmente fósforo e nitrogênio). Também se alimentam de plâncton.[2]

Predadores editar

Por ser um zoantídeo venenoso, não possui quase nenhum predador. Mas em 2016, foi descoberto no sul do Brasil a predação da tartaruga-verde (Chelonia mydas), sendo o primeiro predador registrado.[4]

Referências

  1. «Palythoa caribbaeorum, white encrusting zoanthid». www.sealifebase.ca. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  2. a b c d e «Coral Baba-de-boi». AKANTUS - Curso de Mergulho. 23 de janeiro de 2020. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  3. «Libro 300 especies cabo verde web». Issuu (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2020 
  4. Spier & Gerum, Daphne & Humberto (13 de maio de 2016). [link.springer.com/article/10.1007/s12526-016-0503-4 «First record of predation on the zoanthid Palythoa caribaeorum (Anthozoa, Cnidaria) and the fish Scomberomorus brasiliensis (Scombridae) by the green turtle (Chelonia mydas) in South Brazil»] Verifique valor |url= (ajuda). link.springer.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2021 
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