Cornelis Cort

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Cornelis Cort (Hoorn ou Edam, c. 1533 - Roma, c. 17 de março de 1578[1]) foi um pintor, desenhista e gravador holandês. Passou os últimos 12 anos de sua vida na Itália, onde era conhecido como Cornelio Fiammingo.

Cornelis Cort
Cornelis Cort
Nascimento 1533
Hoorn
Morte março de 1578
Roma
Cidadania República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos
Ocupação gravurista, gravador em placa de cobre, artista gráfico, artista visual, pintor, aquafortista, desenhista, xilogravador
Cornelis Cort em Het Gulden Cabinet van de Edel Vry Schilderconst
Batalha de Zama, por Cornelis Cort.

Biografia editar

Nascido em Hoorn ou Edam, Cort provavelmente foi aluno de Dirck Volckertsz Coornhert na década de 1550, em Haarlem. Suas primeiras gravuras conhecidas foram impressas na Antuérpia, por volta de 1553, embora se acredite que tenha trabalhado na região norte da Holanda.[1] Seu editor foi Hieronymus Cock, com quem Cort pode ter sido também aprendiz. Uma carta de 1567 Dominicus Lampsonius para Ticiano, de fato, descreve Cock como mestre de Cort. Matrizes produzidas pelo artista com seu nome somente foram produzidas depois que deixou a escola de Cock.

Cort mudou-se para Veneza e viveu na casa de Ticiano entre 1565 e 1566, onde produziu gravuras com base nas obras do grande Mestre. Entre eles estão os conhecidos em cobre de "São Jerônimo no Deserto", a "Madalena", "Prometeu", "Diana e Acteon", e "Diana e Calisto".

Voltando da Itália para a Holanda, ali permanece até 1567, quando retorna a Veneza, seguindo depois para Bolonha e Roma, produzindo gravuras das obras dos grandes mestres da época.

Em Roma fundou uma conhecida escola que, como disse Bartsch, a linha simples de Marcantonio foi modificada por um toque brilhante do buril, mais tarde imitado e aperfeiçoado por Agostino Carracci, na Itália, e Nicolaes de Bruyn, em Flandres.

Antes de ir para a Itália, Cort havia produzido reproduções de trabalhos de Michiel Coxie, Frans Floris, Heemskerk, Gillis Mostaert, Bartholomeus Spranger e Stradanus. Na Itália promoveu a divulgação das obras de Ticiano, Rafael, Caravaggio, Baroccio, Giulio Clovio, Muziano e de Zuccari.

Visitou Florença entre 1569 e 1571, provavelmente a serviço da Família Médici e retornou para junto a Ticiano em Veneza, entre 1571-1572[1]. Passou seu último ano de vida em Roma, onde morreu. Sua ligação com Cock e Ticiano é ilustrada numa carta que este último dirigiu a Dominicus Lampsonius, de Liège, em 1567. Cort dissera haver feito mais de cento e cinquenta e uma matrizes.

Citação editar

George Cumberland, do Departamento de Impressos e Gravuras do Museu Britânico, escreveu em 1827[2]

...Se homens como Martin Rota, Cort, Bloemart, ou Goltzius, muitas vezes não aderem ao estilo ou caráter da obra do artista que copiam, entretanto sempre nos dão o suficiente para nos permitir compreender os princípios da composição; e muitas vezes temos boas figuras desenhadas que nos permitem reparar a falta do sentimento na obra, expressão das mãos, ou o colorido local.

Cumberland, 1827.[3]

 
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Referências

  1. a b c «Verbete Cornelis Cort». Netherlands Institute for Art History (em inglês). Consultado em 4 de abril de 2010 [ligação inativa]
  2. Cumberland, George. Payne and Foss, ed. An Essay on the Utility of Collecting the Best Works of the Ancient. 1827 books.google.co.uk ed. Londres: [s.n.] pp. pg 6. Consultado em 12 de julho de 2008 
  3. Livre tradução para: ...if such men as Martin Rota, Cort, Bloemart, or Goltzius, did not often adhere to the style and character of head of the Artist they copied, yet they always gave enough to enable us to comprehend the principles of the composition; and we often have well drawn figures to make us some amends for the loss of sentiment in the heads, expression of hands, or local colouring.