Der Knabe in Blau
Der Knabe in Blau é um filme mudo em cinco atos de 1919, o primeiro da carreira do diretor F. W. Murnau.[1]
Der Knabe in Blau | |
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O Garoto Vestido de Azul (BRA) | |
Alemanha 1919 • p&b • 54 min | |
Género | drama |
Direção | F. W. Murnau |
Roteiro | Edda Ottershausen |
Elenco | Ernst Hofmann, Blandine Ebinger |
Idioma | mudo, legendas em alemão |
O filme, atualmente considerado perdido, foi inspirado no quadro The Blue Boy, do pintor inglês Thomas Gainsborough, e no romance O retrato de Dorian Gray, do escritor irlandês Oscar Wilde.[2]
Sinopse
editarThomas von Weerth, um jovem nobre, é o último sobrevivente de sua família. Ele vive isolado em um castelo que lhe coube de herança, tendo apenas a companhia de um servente. Segundo uma lenda familiar, nesse castelo está escondida uma esmeralda, cuja busca incessante e infrutífera só trouxe a ruína para seus ascendentes.
Numa noite, o jovem sonha que um antepassado seu, um garoto vestido de azul, sai de uma pintura e lhe mostra onde está a esmeralda.
Na manhã seguinte, o fidalgo segue as instruções do sonho e encontra a pedra preciosa.
Ao mostrar a joia a seu servente, este lembra-lhe da maldição que a "esmeralda da morte" trouxe a várias gerações da família von Weerth e pede a Thomas que se desfaça da pedra, mas o jovem nobre se nega e guarda-a consigo.
Um dia chega ao castelo um grupo de ciganos que se apresentam como músicos ambulantes, dentre eles uma linda jovem cigana por quem o nobre se apaixona.
A cigana, astutamente, se favorece da ingenuidade de seu anfitrião para furtar-lhe a joia, enquanto os outros que a acompanhavam roubam vários pertences do fidalgo, incendeiam o castelo e destroem a pintura do garoto vestido de azul. Após a partida dos ciganos, o jovem nobre percebe a gravidade de todo o ocorrido e cai doente. Entrementes, aparece no castelo uma jovem atriz que, com sua desinteressada devoção, devolve ao fidalgo a alegria de viver e a esperança em um futuro melhor.[3]
Estilo
editarMurnau era formado em História da Arte pela Universidade de Heidelberg. Em vez de reproduzir fielmente em seus filmes as imagens de quadros célebres, ele conserva deles apenas uma lembrança e, por meio de uma elaboração interior, transforma as imagens em visões pessoais.[4]
Locações
editarOs ambientes exteriores foram rodados no entorno do castelo de Wasserburg Vischering e na cidade onde ele está localizado, Lüdinghausen en Nordrhein-Westfalen, próxima de Bielefeld, cidade natal de F. W. Murnau.
Os interiores foram gravados no Saturn Film Atelier, em Berlim.
Elenco
editar- Ernst Hofmann - Thomas von Weerth
- Blandine Ebinger - linda jovem cigana
- Margit Barnay - jovem atriz
- Karl Platen - empregado mais velho
- Georg John - chefe dos ciganos
- Leonhard Haskel - diretor de teatro
- Marie von Buelow - mendiga
- Rudolf Klix - Bobby
- Hedda Kemp - mulher com véu
- Hans Otterhausen - vigia
- Hans Schaup - empregado mais novo
Exibições comerciais
editarO filme estreou em Berlim em julho de 1919 e foi relançado na mesma cidade em 1921, sob o título Der Todessmaragd.
Referências
- ↑ LLOYD, Ann. 70 years at the movies: from silent films to today’s screen hits. Nova Iorque, EUA: Crescent Books, 1988.
- ↑ BERRIATÚA, Luciano. Die Sprache der Schatten ― Friedrich Wilhelm Murnau und seine Filme, die frühen Jahre und Nosferatu, documentário. Madri, Espanha: F. W. Murnau-Stiftung, 2007, 53min.
- ↑ EISNER, Lotte H. Murnau: shadows book. S.I., EUA: University of California Press, 1973.
- ↑ Idem. L'ecran démoniaque. S.I., França: Ramsay Poche Cinéma, 1993.