Dessonorização final

A dessonorização final é um fenômeno em que consoantes oclusivas que se mostram sonoras, seja na ortografia ou em outras formações morfológicas, tornam-se surdas no fim da palavra.

Ocorrência editar

O fenômeno é observado de forma geral em catalão, dinamarquês, romanche, armeno, georgiano, occitano, turco, holandês e quase todas as línguas eslavas, com a exceção do ucraniano e de algumas variações do servo-croata.

É observado como uma característica de dialetos de menor prestígio no servo-croata, no árabe e no iídiche. Em alemão, pelo contrário, a ausência do fenômeno marca dialetos de menor prestígio. Dentre línguas mortas, pode-se mencionar o francês antigo, o anglo-saxão e o gótico.

Línguas germânicas editar

Comum entre as línguas germânicas, o fenômeno parece ter tido origem na língua frâncica, [1] o que poderia inclusive ter influenciado a ocorrência do fenômeno em línguas galo-românicas. Alguns exemplos em alemão incluem:

Nouns Verbs
Singular Tradução Plural Imperativo Tradução Infinitivo
Bad [baːt] banho Bäder [ˈbɛːdɐ] red! [ʁeːt] fala! falar [ˈʁeːdn̩]
Maus [maʊ̯s] rato Mäuse [ˈmɔʏ̯zə] lies! [liːs] lê! lesen [ˈleːzn̩]
Raub [ʁaʊ̯p] roubo Raube [ˈʁaʊ̯bə] reib! [ʁaɪ̯p] esfrega! reiben [ˈʁaɪ̯bn̩]
Zug [t͡suːk] trem Züge [ˈt͡syːɡə] sag! [zaːk] diz! sagen [ˈzaːɡn̩]

Referências

  1. B. Mees, The Bergakker inscription and the beginnings of Dutch, in: Amsterdamer beiträge zur älteren Germanistik: Band 56- 2002, edited by Erika Langbroek, Annelies Roeleveld, Paula Vermeyden, Arend Quak, Published by Rodopi, 2002, ISBN 90-420-1579-9, ISBN 978-90-420-1579-1