Diário da Bahia
O Diário da Bahia foi um jornal publicado em Salvador, durante a segunda metade do século XIX e começo do XX, fundado por Demétrio Ciríaco Tourinho e Manuel Jesuíno Ferreira.[1]
Diário da Bahia | |
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Sede | Salvador |
País | Brasil |
Fundador | Demétrio Ciríaco Tourinho |
Histórico
editarComeçou a circular a 1 de janeiro de 1856, período em que seguia a linha ideológica do Partido Liberal, e que durou até 1868, quando passou a ter como principal influência o também liberal Conselheiro Dantas, até 1880. O período de 1868 a 1880 correspondeu à sua fase áurea da qual fizeram parte do seu corpo de redação os mais destacados membros da elite intelectual da época: Leão Veloso (pai), Rui Barbosa, Rodolfo Dantas, Sátiro Dias, Belarmino Barreto, Manuel Vitorino Pereira, Augusto Guimarães e Xavier Marques, entre outros.[1] Deste ano até sua interrupção, em 1899, foi dirigido por Augusto Álvares Guimarães. Sua editora situava-se à antiga Rua dos Capitães, na tipografia de Epifânio Pedrosa.[2]
O Diário ficou fechado durante dois anos, quando foi adquirido por Severino Vieira, e voltando a circular em 1901. A determinação política de Vieira durou até seu falecimento, em 1917, quando o periódico passou a ser gerido por uma sociedade anônima, até seu fechamento definitivo. Nesta última fase contou com a participação do político Pedro Lago e por um breve período sob a propriedade de Geraldo Rocha.[2]
Políticos ligados ao jornal
editarDentre os nomes que se filiaram à corrente liberal e que se manifestavam nas páginas do Diário contam-se Rui Barbosa, Manuel Vitorino, Augusto Álvares Guimarães, Luiz Vianna e outros. Neste período travava acirrada disputa com o Gazeta da Bahia.[2]
Com a Proclamação da República, o jornal manifestou-se: "Liberais sempre liberais: liberais na monarquia, liberais na República..." O periódico seguiu sob a orientação, ditada por seu proprietário, Augusto Guimarães, ligados ao Partido Republicano Federalista, aos quais se vinculavam, entre outros, Luiz Vianna, José Gonçalves da Silva, Araújo Pinho, etc.[3]
Para além dos políticos, outros importantes nomes da cultura baiana também colaboravam com o jornal, a exemplo de Teles de Menezes (nos primórdios) ou Aluísio Lopes de Carvalho Filho (no século XX).
Referências
- ↑ a b Consuelo Novais Sampaio (4 de março de 2017). «Diário da Bahia». FGV-CPDOC. Consultado em 30 de outubro de 2021. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2021
- ↑ a b c CARVALHO JR., Álvaro Pinto de. O Barão de Jeremoabo e a Política de seu Tempo. p. 383. Salvador, SECT, 2006. ISBN 85-7505-147-4
- ↑ CARVALHO JR., op cit., pág. 419
Bibliografia
editar- SILVA, Kátia Maria de Carvalho. O Diário da Bahia e o Século XIX. INL, Rio de Janeiro, 1979.