Doradidae é uma família família de peixes-gato comumente chamados de cascarudos, peixe-gato-falante ou peixe-gato-rafael. Os peixes são nativos da América do Sul, principalmente no Brasil, Peru, e Guianas.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaDoradidae
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Siluriformes
Superfamília: Doradoidea
Família: Doradidae
Bleeker, 1858
Gêneros
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Distribuição

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A família ocorre na maiorias das bacias da América do Sul, embora ela esteja ausente nas drenagens do Pacífico e das drenagens costeiras ao sul do rio Prata.[1] 70% das espécies válidas ocorrem na bacia amazônica; o rio Orinoco abriga 22 espécies é o segundo em biodiversidade.[1] Por outro lado, somente duas espécies de doradídeos foram descritas nas bacias do costa leste brasileira: Wertheimeria maculata no rio Jequitinhonha e rio Pardo, e Kalyptodoras bahiensis do rio Paraguaçu.[1]

Características

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Os membros da família são facilmente reconhecidos pela placa nucal que precede a nadadeira dorsal e pelas ossificações bem desenvolvidas na linha lateral que formam um apêndice espinhoso.[2] Tipicamente, também possui barbelas (exceto a nasal), um nadadeira adiposa, e 4-6 raias na nadadeira dorsal com um espinho na raia anterior (primeira).[3] Estes peixes são algumas vezes chamados de "gatos-peixes-falantes" por causa de sua habilidade em produzir som movendo suas nadadeiras peitorais ou vibrações com sua bexiga natatória.[3] O tamanho varia de 3,5 centímetros no gênero Physopyxis a 120 cm e 20 kg no gênero Oxydoras.[1]

Taxonomia

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Em 2007, havia 31 gêneros e 78 espécies nesta família.[2] Wertheimeria é considerado o táxon irmão a todos os outros gêneros.[1] A família é monofilética e contém as subfamílias Platydoradinae, Doradinae, e Astrodoradinae, embora suas relações são em grande parte não resolvidas.[4] Astrodoradinae contém os gêneros Amblydoras, Anadoras, Astrodoras, Hypodoras, Merodoras, Physopyxis, e Scorpiodoras.

Gêneros

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Oxydoras niger

Referências

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  1. a b c d e Eler, Eduardo S.; Dergam, Jorge A.; Vênere, Paulo C.; Paiva, Lílian C.; Miranda, Gabriela A.; Oliveira, Alessandro A. (2007). «The karyotypes of the thorny catfishes Wertheimeria maculata Steindachner, 1877 and Hassar wilderi Kindle, 1895 (Siluriformes: Doradidae) and their relevance in doradids chromosomal evolution» (PDF). Genetica. 130: 99–103. doi:10.1007/s10709-006-0023-4 
  2. a b Higuchi, Horácio; Birindelli, José L. O.; Sousa, Leandro M.; Britski, Heraldo A. (2007). «Merodoras nheco, new genus and species from Rio Paraguay basin, Brazil (Siluriformes, Doradidae), and nomination of the new subfamily Astrodoradinae» (PDF). Zootaxa. 1446: 31–42 
  3. a b Nelson, Joseph S. (2006). Fishes of the World. [S.l.]: John Wiley & Sons, Inc. ISBN 0-471-25031-7 
  4. Moyer, Gregory R.; Burr, Brooks M.; Krajewski, Carey (2004). «Phylogenetic relationships of thorny catfishes (Siluriformes: Doradidae) inferred from molecular and morphological data». Zoological Journal of the Linnean Society. 140 (4): 551–575. doi:10.1111/j.1096-3642.2004.00114.x 

Ligações externas

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