As editoras cartoneras são uma tendência de editoriais alternativas que utilizam papelão reaproveitado para a publicação.[1] Surgiram em 2003 com a criação de Eloísa Cartonera em Buenos Aires e sua expansão progressiva pela América Latina.

Livros cartonados criados por Eloísa Cartonera.

Características editar

Cada uma delas funciona de maneira autónoma e tem suas próprias singularidades, mas as editoras cartoneras se caracterizam pelo tipo de livro que publicam, por empregar formatos artesanais, por buscar uma relativa independência dos circuitos editoriais convencionais e pela sua vocação expansiva. Segundo a terminologia de Andréa Terra Lima (UFRGS), estas se caracterizam por uma estética do (in)desejável e certa vocação marginal [2]. Porém, a discussão acadêmica sobre as cartoneiras ainda é muito incipiente. Em 2011, Evandro Rodrigues, defendeu, na Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, dissertação de mestrado, área teoria literária Trajeto Kartonero.

Editoras Cartoneras no Mundo editar

Tendo seu início na Argentina[3], o processo criativo das editoras cartoneras tem suas atividades artesanais difundidas por todo o mundo, especialmente na América Latina. Algumas das editoras, entre outras, ativas na atualidade são Dulcineia Catadora, Mariposa Cartonera e Katarina Kartonera.

Referências

  1. Rodrigues, Felipe (junho de 2019). «Glossário de publicações alternativas» (PDF). Marca de Fantasia. Imaginário! (16): 136-161. ISSN 2237-6933 
  2. Lima, Andrea Terra. A estética do (in)desejável. (Trabalho de Conclusão de Curso) Porto Alegre: UFRGS, 2009
  3. Fanju, Adrián Pablo (2016). «Malha fina cartonera: novidade e projeto formador». Alea : Estudos Neolatinos. 18 (2). doi:10.1590/1517-106X/182-369. Consultado em 18 de outubro de 2017 

Bibliografia editar


 
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