Educação informal

O Conceito de Educação editar

A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e de pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

Segundo Vygotsky (2002)[1], o aluno inicia seu aprendizado muito antes de chegar à escola, mas o aprendizado escolar vai introduzir elementos novos para o seu desenvolvimento. A aprendizagem é um processo contínuo e a educação é caracterizada por saltos qualitativos de um nível de aprendizagem a outro. Assim, pode-se considerar que o desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados desde o momento do nascimento. Portanto, o meio físico ou social influencia no aprendizado das pessoas de modo que chegam às escolas com uma série de conhecimentos, sendo a sala de aula o local onde a criança desenvolverá esses conhecimentos.

Educação Informal editar

Entende-se por Educação Informal como a que ocorre fora de uma estrutura curricular. Dessa forma, Educação Informal é o processo pelo qual durante toda a vida as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos através das suas experiências diárias e da sua relação com o meio.

Está relacionada com um processo “livre” (não-institucionalizado) de transmissão de certos saberes, tais como as tradições culturais e os comportamentos característicos das diversas comunidades presentes em cada sociedade.

Na Educação Informal, os agentes educadores são os pais, a família em geral, os amigos, os vizinhos, colegas de escola, a igreja paroquial, os meios de comunicação de massa, entre outros. Ocorre de forma espontânea no dia a dia, através de conversas e vivências com os interlocutores ocasionais. Este tipo de educação engloba os interesses dos alunos pertencentes às aulas do ensino regular e estruturado, mas não se limita a esse cenário, pois funciona por meio de conversas e da exploração e ampliação das experiências.

Assim, a própria experiência vivida pelos sujeitos em espaços não formais proporciona novas possibilidades, aplicabilidades e a amplitudes desse viver e aprender para além dos muros da escola.

Portanto, a educação não formal, por meio de discussões e tentativas de renovações, tem a proposta de ser uma educação mais difusa, menos hierárquica, menos burocrática e tem como características a descontinuidade, informalidade, além de ser voltada à formação cultural e fortalecimento da cidadania.

Caraterização editar

  • Não é intencional ou organizada, mas casual e empírica.
  • Exercida a partir das vivências, de modo espontâneo - assistemática.
  • Procura criar ou aprofundar situações do aprender, explorar, ampliar experiências e fazer transformações.
  • Proporciona um ambiente para todos aprenderem juntos, apoiando uns aos outros – aprendizagem colaborativa.
  • Oportuniza a conexão entre a educação formal e o cotidiano; entre o presente e o futuro.
  • Abrange todas as possibilidades educativas, no decurso da vida do indivíduo, construindo um processo de Educação Permanente.

Ver também editar

Referências

  1. VYGOTSKY, Lev Semyonovich (2002). «A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes» 

Bibliografia editar

JOSSO, Marie – Chistina. Experiências de Vida e Formação. São Paulo: Editora Cortez, São Paulo 2004.

Ligações externas editar