Espúrio Postúmio Albino (cônsul em 110 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Espúrio Postúmio Albino.

Espúrio Postúmio Albino (em latim: Spurius Postumius Albinus) foi um político da gente Postúmia da República Romana eleito cônsul em 110 a.C. com Marco Minúcio Rufo. Era filho de Espúrio Postúmio Albino Magno, cônsul em 148 a.C., e irmão de Aulo Postúmio Albino, cônsul em 99 a.C..

Espúrio Postúmio Albino
Cônsul da República Romana
Consulado 110 a.C.

Carreira editar

 Ver artigo principal: Guerra de Jugurta
 
Reino da Numídia na época de Albino.

Descendente de uma família que já acumulava 32 cônsules, Albino foi eleito cônsul em 110 a.C. com Marco Minúcio Rufo e recebeu a África como província e liderou a campanha contra Jugurta, o rei da Numídia.

Apesar dos muitos preparativos, Albino pouco fez ao chegar à sua província e se deixou enganar por uma promessa de rendição de Jugurta, o que deu origem a rumores de que ele teria sido um dos muitos romanos que foram subornados por ele. Albino depois deixou o governo da província nas mãos de seu irmão, Aulo Postúmio Albino, que foi derrotado por Jugurta na Batalha de Sutul. Quando regressou, encontrou a região num estado de completa anarquia e exército completamente desorganizado, desmoralizado e praticamente dizimado. Albino pouco pôde fazer além de entregar o posto ao cônsul do ano seguinte, o vitorioso Quinto Cecílio Metelo Numídico[1].

Quando voltou a Roma, Albino foi julgado pelos três juízes (questiores) reunidos com base na Lex Mamilia, do tribuno da plebe Caio Mamílio Limetano, e condenado[2].

Segundo Plutarco[3], Tibério Graco, contemporâneo de Postúmio e seu rival na eloquência e saber jurídico, teria escolhido a carreira política justamente por conta desta rivalidade.

Ver também editar

Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Lúcio Calpúrnio Béstia

com Públio Cornélio Cipião Násica Serapião

Espúrio Postúmio Albino
110 a.C.

com Marco Minúcio Rufo

Sucedido por:
Quinto Cecílio Metelo Numídico

com Marco Júnio Silano


Referências

  1. Salústio Jugarta 35, 36, 39, 44; Paulo Orósio, Histórias IV 15; Eutrópio, Breviarium IV 26
  2. Cícero, Brut. 34; Salústio, Jugarta 40
  3. Plutarco, Vida de Agide e Cleomene, Tibério e Caio Graco 8, 7-8.

Bibliografia editar