História da Chéquia: diferenças entre revisões

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{{artigo principal|[[Checoslováquia]]}}
[[Ficheiro:Czechoslovakia01.png|thumb|right|340px|A formação da Checoslováquia em [[1918]].]]
Depois da [[Primeira Guerra Mundial]], a Boêmia passou a fazer parte de um novo país a [[Checoslováquia]] (ou Tchecoslováquia) fundada em outubro de [[1918]] como um dos estados de sucessores do [[Áustria-Hungria|Império Austro-húngaro]]. Consistia na combinação da [[Boêmia]], [[Morávia]], [[Silésia]], [[Eslováquia]] e a [[Rutênia]] em um estado. Com o primeiro presidente, [[Tomáš Masaryk]], a Checoslováquia tornou-se em uma república democrática rica mas caracterizado por problemas étnicos devido ao problema de que as duas maiores etnias (alemães e eslovacos, respetivamente) não estavam satisfeitas com a dominação política e económica dos checos (Boêmios e Morávios), e que a maioria de alemães e húngaros da Checoslováquia nunca estiveram de acordo com a criação do novo estado.
 
Seguindo o [[Acordo de Munique]] de [[1938]], os alemães comandados por [[Adolf Hitler]] invadem os [[Sudetos]] (''Sudetenland'' em [[Língua alemã|alemão]]), região predominante habitada por alemães que fazia parte da Checoslováquia. As tropas checoslovacas grandemente debilitada foram forçadas a conceder concessões importantes aos não-Checos, criando as repúblicas autônomas da [[Eslováquia]] e Rutênia. Finalmente a Checoslováquia deixou de existir em [[15 de março]] de [[1939]], quando Hitler ocupou o resto das terras checas e o restante da Eslováquia declarou independência. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], as terras checas foram chamadas de "O [[Protetorado dade Boêmia e da Morávia]]" e governadas diretamente pelo estado alemão e como consequência da ocupação alemã, mais de 30.000 [[judeus]] que ali viviam foram mandados a [[campos de concentração]] e mortos (''ver: [[ocupação alemã da Checoslováquia]]''). A república eslovaca novamente independente foi um aliado da [[Alemanha Nazista]]. Durante a Segunda Guerra Mundial um governo em exílio checoslovaco foi estabelecido em [[Londres]] por [[Edvard Beneš]], que foi reconhecido como presidente da Checoslováquia pelos Britânicos e seus aliados. Ele voltou ao poder como presidente quando a Checoslováquia foi libertada em [[1945]].
 
=== O comunismo ===
Com o final da [[Segunda Guerra Mundial]], [[Edvard Beneš]] aprovou um decreto que estabelecia a [[deportação]] massiva dos traidores da Segunda Guerra Mundial, com o qual milhares de alemães e húngaros tiveram que abandonar suas terras na Checoslováquia. A [[Rutênia]] foi ocupada (e formalmente cedida em junho de [[1945]]) pela [[União das Repúblicas Socialistas Soviéticas|União Soviética]]. Em [[1946]], o Partido Comunista vence as eleições parlamentares na Checoslováquia. Em fevereiro de [[1948]], com o [[golpe de Praga]], os comunistas tomam o poder.
 
Sob o comando do político [[Alexander Dubcek]] iniciou-se na Checoslováquia em [[5 de janeiro]] de [[1968]] a [[Primavera de Praga]] (Pražské jaro em checo), um período de tentativa de liberalização política. Esse movimento terminou em [[20 de agosto]] do mesmo ano quando o país foi invadido pela União Soviética e seus aliados do [[Pacto de Varsóvia]] (com exceção da [[Romênia]]) em uma ação que pretendia evitar o ingresso de um potencial sistema [[capitalismo|capitalista]] dentro da Checoslováquia. Entre 1969 e 1990, a Checoslováquia foi convertida em uma federação formada pela República Socialista Checa e República Socialista Eslovaca. O político [[Gustáv Husák]] apoiou a União Soviética e tornou-se líder do [[Partido Comunista da Checoslováquia]] em [[1969]], expulsando a todos liberais que apoiavam Dubček. Em [[1975]], Husák foi eleito presidente e a Checoslováquia tornou-se um dos maiores aliados de [[Moscovo]]. Seu governo foi um período de estabilidade económica mas com uma dura repressão feita sob o comando da [[polícia secreta]] (na Checoslováquia chamada de [[StB]] ou ''Státní bezpečnost''). O período compreendido entre [[1969]] e [[1987]] é conhecido como ''Normalização'' e é caracterizado pela restauração das condições que prevaleciam antes da reforma de Dubček.
 
=== República Checa ===
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Na década de 1980, com a aparição de [[Mikhail Gorbachev]], a União Soviética inicia-se em um período de abertura. Entre novembro e dezembro de [[1989]], uma revolução pacífica chamada de [[Revolução de Veludo]] fez com que o Partido Comunista perdesse o monopólio do poder e com isso a Checoslováquia voltou a ser uma [[democracia]].
 
Em junho de [[1990]] foram realizadas as primeiras eleições democráticas do país após um período de comunismo e [[Václav Havel]] foi eleito presidente da república. Em [[1991]] e [[1992]] surgiu um movimento nacionalista que se traduziu na independência da República Checa e da Eslováquia no ano de [[1993]]. Vaclav Havel converteu-se no primeiro presidente da República Checa e [[Vaclav Klaus]] no primeiro-ministro. Em [[2004]] a República Checa ingressou de forma conjunta com a [[Eslováquia]] na [[União Europeia]] e na [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]] (OTAN).
 
O atual estado tcheco criou, em [[2007]], o [[Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários]] para esclarecer os fatos sobre os regimes nazista e comunista que governaram o país. Seu senado federal firmou, em [[2008]], a [[Declaração de Praga sobre Consciência Europeia e Comunismo]], documento que condena e coloca no mesmo nível os [[crimes contra a humanidade]] cometidos pelos regimes nazista e comunista. Neste mesmo ano o [[Parlamento Europeu]] designou [[23 de Agosto]] (data da assinatura do [[Pacto Molotov-Ribbentrop]] em [[1939]]) como o "Dia Europeu da Memória das Vítimas do Estalinismo e do Nazismo", internacionalmente conhecido como o [[Dia da Fita Preta]].
 
== {{Ver também}} ==