A Book of Mediterranean Food: diferenças entre revisões

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===Ilustrações===
[[File:A Book of Mediterranean Food (cena do porto) - John Minton.jpg|thumb|right|Cena de [[John Minton]], um ambiente mediterrâneo, mostrando um marinheiro conversando com uma jovem garota desfrutando do melhor da culinária local.]]
Lehmann encomendou uma sobrecapa pintada e ilustrações internas em preto e branco para seu amigo, o artista [[John Minton]]. Escritores, incluindo [[Cyril Ray]] e [[John Arlott]] comentaram que os desenhos de Minton adicionaram atrativos ao livro.<ref>"Cookery", ''[[The Times Literary Supplement]]'', 9 June 1950, p. 362; Arlott, John. "From Time to Time", ''[[The Guardian]]'', 18 July 1986, p. 15; and "First Bites", ''The Guardian'', 15 March 1994, p. B5</ref> David, uma mulher de opiniões fortes,<ref name=Norrington-Davies>{{citecitar web|last1último=Norrington-Davies|first1primeiro=Tom|titletítulo='You can smell the sea or touch the olive branch...'|url=http://www.telegraph.co.uk/foodanddrink/3323687/You-can-smell-the-sea-or-touch-the-olive-branch....html|publisherpublicado=The Telegraph|accessdateacessodata=1926 Aprilde dezembro de 2015|datedata=5 Januaryde janeiro de 2006|língua3=en}}</ref> pensou na importância de uma boa ilustração.<ref name=c144/> Minton providenciou 15 decorações para dar uma sensação do Mediterrâneo, em vez de ilustrações simples dos pratos de David. Por exemplo, sua cena do porto mostra um marinheiro{{efn|O marinheiro assemelha-se a Minton.}} bebendo e conversando com uma jovem ao lado de uma mesa com alimentos; no fundo, um restaurante de rua e barcos em um porto. Embora David não gostou dos desenhos em preto e branco de Minton, ela descreveu seu projeto de capa como "impressionante".<ref name=c144/> Destacou, principalmente, "sua bela baía mediterrânea, os tecidos brancos que se espalham nas mesas e nas tigelas", e como "jarros e garrafas de vinho podiam ser vistos ao longo da rua".<ref>Cooper, p. 152</ref>
 
==Conteúdo==
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[[File:Ratatouille.jpg|thumb|[[Ratatouille]] um prato francês introduzido na [[Grã-Bretanha]] pelo livro.]]
 
John Koski, escrevendo no [[Daily Mail|''Daily Mail'']], observa que a maioria dos editores naquele momento pensavam que um livro de culinária "na melhor das hipóteses era absurdo", quando havia tão pouca comida para cozinhar, e "os ingredientes das terras do Mediterrâneo; o azeite, açafrão, alho, manjericão, berinjelas, figos, pistache, foram encontrados apenas no centro de Londres, e os leitores tinham que confiar na memória ou imaginação "para desfrutar das receitas de David. Ao mesmo tempo, as receitas foram "honestas", "recolhidas em Provença, Itália, Córsega, Malta e Grécia", e o livro foi "aclamado como uma obra séria". Em alguns anos, Koski observa que "[[paella]], [[moussaka]], [[ratatouille]], [[hummus]] e [[gazpacho]] tinham se tornado familiares nas cozinhas, restaurantes e supermercados em todo o país."<ref>{{citecitar web |last1último=Koski |first1primeiro=John |titletítulo=Elizabeth David: The woman who changed the way we eat |url=http://www.dailymail.co.uk/home/you/article-1329170/Elizabeth-David-The-woman-changed-way-eat.html |publisherpublicado=Daily Mail |accessdateacessodata=1826 Aprilde 2015dezembro de 2015|datedata=13 Novemberde novembro de 2010|língua3=en}}</ref>
 
Rachel Cooke, escrevendo no [[The Guardian|''The Guardian'']], cita o chefe Simon Hopkinson, que conheceu David na década de 1980, acreditava que "efeitos poderosos .. em paladares britânicos .. era tanto uma questão de tempo como qualquer outra coisa". Ela [David] "chegou ao local no momento certo: a classe média britânica, exausta pela austeridade, estava ansiosa, mesmo sem saber pelo o quê, para o gosto da luz do sol."<ref>{{citar web |último=Cooke |primeiro=Rachel |título=The enduring legacy of Elizabeth David, Britain's first lady of food |url=http://www.theguardian.com/lifeandstyle/2013/dec/08/elizabeth-david-first-lady-of-food |publicado=The Guardian |acessodata=18 de abril de 2015 |data=8 de dezembro de 2013}}</ref>
 
Caroline Stacey, do [[The Independent|''The Independent'']], chama o livro de "seu hino de desejos para cozinhar na costa sul", observando que "mudou o que as classes médias britânicas comiam", e que ela "não trouxe apenas o azeite e alho, mas também [[berinjela]]s, [[abobrinha]]s e [[Manjericão-de-folha-larga|manjericão]] para as cozinhas britânicas."<ref>{{citeCitar web |last1último=Stacey |first1primeiro=Caroline |titletítulo=Elizabeth David: And you thought Nigella was sexy... |url=http://www.independent.co.uk/life-style/food-and-drink/features/elizabeth-david-and-you-thought-nigella-was-sexy-522928.html |publisherpublicado=The Independent |datedata=14 Januaryde 2006janeiro de 2006|accessdateacessodata=1826 Aprilde dezembro de 2015|wayb=20090331150148|língua3=en}}</ref>
 
Melanie McDonagh, escrevendo no [[The Daily Telegraph|''The Telegraph'']], afirma que com ''A Book of Mediterranean Food'', David "introduziu os britânicos nas culinárias da Grécia, Itália e Provença, em 1950, após o seu regresso da Grécia, via Egito e Índia". Ela comenta que o escritor de culinária Jane Grigson, um "devoto", disse: "Manjericão{{efn|Em inglês: basil.}} não era mais do que o nome de um tio solteiro, abobrinha{{efn|Em inglês: courgette.}} foi impresso em itálico como uma palavra estranha, e poucos de nós sabia como comer espaguete ... Então veio Elizabeth David, como o sol." McDonagh acrescenta que David "foi uma das primeiras com muita classe e personalidade culinária, mesmo que ela nunca foi uma chef de televisão: preparando o caminho para [[Jamie Oliver]], [[Nigella Lawson]], [[Nigel Slater]] e [[Hugh Fearnley-Whittingstall]]."<ref>{{citeCitar web |last1último=McDonagh |first1primeiro=Melanie |titletítulo=Elizabeth David: The writer who transformed British life |url=http://www.telegraph.co.uk/foodanddrink/10454189/Elizabeth-David-The-writer-who-transformed-British-life.html |publisherpublicado=The Daily Telegraph |accessdateacessodata=1826 de dezembro Aprilde 2015 |datedata=16 Novemberde 2015novembro de 2013|língua3=en}}</ref>
 
Dissidentes da aclamação geral, Tom Norrington-Davies, também escrevendo no ''The Telegraph'', argumenta que o livro "atingiu apenas uma pequena parte da população", mas ao mesmo tempo qualifica este, afirmando que estes leitores estavam "passando por uma reviravolta dramática. Educadamente, mulheres moderadamente ricas de repente se viram em suas cozinhas sem [[Empregado doméstico|servos]]". Ele cita a observação de Jane Grigson, introduzindo uma coleção de escritos de David, dizendo que "Elizabeth não fez muito esforço para restaurar a confiança (das mulheres de classe média) na culinária."<ref name="Norrington-Davies"/>
 
Joe Moran, escrevendo no jornal [[Financial Times|''Financial Times'']], descreve a gênese do livro como um "momento decisivo". Foi quando, "encalhada por uma tempestade de neve" em um hotel em Ross-on-Wye cujo restaurante serve refeições tão sombrias que parecia-lhe ser "produzido com uma espécie de triunfo sombrio que totalizou quase um ódio da humanidade e de suas necessidades", David sentiu o seu famoso "agonizante desejo por o sol". Furiosa com a comida sem graça, ela começou a elaborar as "descrições sensuais" de comida mediterrânea que levou a ''A Book of Mediterranean Food''.<ref>{{citeCitar web |last1último=Moran |first1primeiro=Joe |titletítulo=Defining Moment: Elizabeth David reinvents middle-class British cuisine, February 1947 |url=http://www.ft.com/cms/s/0/5307c754-078e-11de-9294-000077b07658.html |publisherpublicado=Financial Times |accessdateacessodata=1826 Aprilde 2015dezembro de 2015|datedata=7 Marchde março de 2009|língua3=en}}</ref>
 
Marian Burros, escrevendo no [[New York Times|''New York Times'']], comenta que David mostrou pela primeira vez "sua importância" com o livro. "Os ingleses mal podiam comprar o suficiente para comer, mas eles ficaram encantados com suas descrições de refeições que incluíam ovos, manteiga, frutos do mar, tomates, azeitonas, damascos, ingredientes que eram difíceis, ou impossíveis de obter, alimentos que são feitos hoje na Inglaterra – alho, azeite, parmesão – eram desconhecidos e, geralmente vistos com desconfiança antes de David"<ref>{{citeCitar newsperiódico|last1último=Burros|first1primeiro=Marian|titletítulo=Elizabeth David Is Dead at 78; Noted British Cookbook Writer|publisherpublicado=The New York Times|datedata=28 Mayde maio de 1992|língua3=en}}</ref>
 
==Edições==
O livro apareceu nas seguintes edições desde [[1950]], incluindo traduções para [[idioma dinamarquês|dinamarquês]] e [[idioma chinês |chinês]]:<ref> {{citar web |url=http://www.worldcat.org/title/book-of-mediterranean-food/oclc/48871702/editions?start_edition=1&sd=asc&referer=di&se=yr&qt=sort_yr_asc&editionsView=true&fq= | título = A Book of Mediterranean Food | publicado = WorldCat | accessdate acessodata= 2326 de dezembro de 2015|língua3=en}} </ref>
 
{| class="wikitable"
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* Nova York: New York Review Books, 2002
* China: 麥田出版 / Tai Bei Shi, 2006 (地中海風味料理 / Di zhong hai feng wei liao li, por 大衛 David, Elizabeth com Da Wei; Fang-tian Huang
* Londres: [[Folio Society]], 2009 (introdução por [[Julian Barnes]], ilustração por Sophie MacCarthy)<ref>{{citar web| url=http://www.foliosociety.com/book/ELD/mediterranean-food-and-other-writings |título=A Book of Mediterranean Food and Other Writings |língua3=en|último=Conran|primeiro=Terrance|publicado=The Folio Society|acessodata=26 datede dezembro de 2015|língua3=2009en}}</ref> </small></div>
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==Bibliografia==
* {{cite bookCitar livro| lastúltimo= Cooper | firstprimeiro= Artemis |yearano= 2000| título= Writing at the Kitchen Table – The Authorized Biography of Elizabeth David | locationlocalização=Londres| publisherpublicado= Michael Joseph | isbn=0-7181-4224-1}}
* {{citar livro | último=David | primeiro=Elizabeth | ano=1986 |origyear=1984 |edição=segunda edição| título=An Omelette and a Glass of Wine | local=Harmondsworth | publicado=Penguin | isbn=0-14-046721-1 }}
* {{cite bookCitar livro| lastúltimo=David | firstprimeiro=Elizabeth | year ano=1999 |origyear=1950, 1951, 1955 |título=Elizabeth David Classics – Mediterranean Food; French Country Cooking; Summer Food | editionedição=segunda edição| locationlocalização=Londres | publisherpublicação=Grub Street | isbn=1-902304-27-6 }}
* {{cite bookCitar livro| lastúltimo=Dickson Wright | firstprimeiro=Clarissa | yearano=2011 | título=A History of English Food | locationlocalização=Londres | publisherpublicado=Random House | isbn= 978-1-905211-85-2}}
* {{cite bookCitar livro| lastúltimo=Panayi | firstprimeiro=Panikos |dateano=2010 |origyear=2008 | título=Spicing Up Britain | locationlocalização=Londres| publisherpublicado=Reaktion Books|isbn=978-1-86189-373-4}}
 
==Ligações externas==