CPI da Petrobras: diferenças entre revisões
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[[Imagem:CPMI - Petrobras - 2014 - CPMIPETRO (15041459593).jpg|thumb|275px|Sala de comissões do Senado Federal durante reunião da CPI Mista da Petrobras, em 29 de outubro de 2014.]]
'''CPI da [[Petrobras]]''' é uma [[Comissão Parlamentar de Inquérito]] (CPI) criada inicialmente em 2014 como comissão mista ([[CPMI]]), inicialmente no [[Senado do Brasil]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/05/cervero-fala-para-tres-senadores-em-sessao-esvaziada-da-cpi-da-petrobras.html|publicado=[[G1]]|acessodata=10 de março de 2016|data=22 de maio de 2015|título=Cerveró fala para três senadores em sessão esvaziada da CPI da Petrobras|autor=Priscilla Mendes}}</ref> e posteriormente em fevereiro de 2015 na [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] para investigar o [[Operação Lava Jato|escândalo da Petrobras]],<ref name="CPIpetro">{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/02/camara-dos-deputados-instala-cpi-para-investigar-petrobras.html|autor=Fernanda Calgaro|título=Câmara dos Deputados instala CPI para investigar a Petrobras|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|data=26 de fevereiro de 2015}}</ref> relacionados a [[superfaturamento]] e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos, ao superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda, a irregularidades na operação da companhia [[Sete Brasil]] e na venda de ativos da Petrobras na [[África]].<ref>{{citar web|url=http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=1301279|título=DOCCPI 14/2015 CPIPETRO => RCP 3/2015|publicado=[[Câmara dos deputados]]|acessodata=11 de março de 2016|data=4 de março de 2015}}</ref>
==
=== Dilma contrária à CPI ===
[[Imagem:Dilma Rousseff 2009.jpg|thumb|upright|[[Dilma Rousseff]], então ministra em 2009, se opunha à criação da CPI.]]
Em 22 de maio de 2009, a então ministra-chefe da [[Casa Civil]], [[Dilma Rousseff]], e pré-candidata à presidência, deu uma entrevista que foi gravada em vídeo contrária a instalação de uma [[CPI]] da [[Petrobras]]. “Eu acredito que a Petrobras é uma empresa tão importante do ponto de vista estratégico, no Brasil, mas também por ser a maior empresa, a maior empregadora, a maior contratadora de bens e serviços e a empresa que, hoje, vai ocupar cada vez mais, a partir do pré-sal, espaço muito grande, né? Ela é uma empresa que tem de ser preservada. Acho que você pode, todos os objetos, pelos menos os que eu vi da CPI, você pode investigar usando TCU ([[Tribunal de Contas da União]]) e o [[Ministério Público]]. Essa história de falar que a Petrobras é uma caixa-preta. Ela pode ter sido uma caixa-preta em 97, em 98, em 99, em 2000. A Petrobras de hoje é uma empresa com um nível de contabilidade dos mais apurados do mundo. Porque, caso contrário, os investidores não a procurariam como sendo um dos grandes objetos de investimento. Investidor não investe em caixa-preta desse tipo. Agora, é espantoso que se refiram dessa forma a uma empresa do porte da Petrobras. Ninguém vai e abre ação na [[Bolsa de Nova York]] e é fiscalizado pela [[Sarbanes-Oxley]] e aprovado sem ter um nível de controle bastante razoável”, afirmou Dilma em vídeo.<ref>{{citar web|url=http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/como-dilma-ajudou-a-impedir-que-se-investigasse-a-petrobras-e-concorreu-para-o-naufragio-da-empresa-pior-ignorou-crimes-reais-e-apontou-os-que-nao-existiam-ou-o-video-da-impostura/|publicado=[[VEJA]]|autor=Reinaldo Azevedo|título=Como Dilma ajudou a impedir que se investigasse a Petrobras e concorreu para o naufrágio da empresa; pior: ignorou crimes reais e apontou os que não existiam. Ou: O vídeo da impostura|acessodata=12 de março de 2016|data=6 de fevereiro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dilma-se-petrobras-ja-foi-caixa-preta-foi-no-passado,375348|publicado=[[Estadão]]|autor=Leonencio Nossa|acessodata=12 de março de 2016|título=Dilma: se Petrobras já foi 'caixa-preta', foi no passado}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/dilma-diz-que-petrobras-pode-ter-sido-caixa-preta-no-passado-bl6ruqeb37ug31au51jw9sl72|publicado=[[Gazeta do Povo]]|acessodata=12 de março de 2016|título=Dilma diz que Petrobras pode ter sido "caixa-preta" no passado|autor=[[Globo.com]]}}</ref>
=== Evitar a CPI ===
Um encontro entre o ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] e a presidente Dilma, em abril de 2014, foi discutido que o [[Palácio do Planalto]] deveria "fazer de tudo" para evitar a CPI, considerada por Lula uma arma perigosa contra Dilma, em razão da compra de [[Pasadena Refinery System Inc|Pasadena]] pela Petrobras, presidida o conselho na época por Dilma Rousseff.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,lula-se-reune-com-dilma-e-diz-que-e-preciso-evitar-cpi,1149564|publicado=[[Estadão]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Lula se reúne com Dilma e diz que é preciso evitar CPI|autor=Tânia Monteiro|data=4 de abril de 2014}}</ref>
=== Mandado de segurança ===
A senadora [[Ana Rita Esgário]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]-[[Espírito Santo|ES]]) impetrou, no [[Supremo Tribunal Federal]] (STF), [[mandado de segurança]] em que pediu a suspensão da instalação da CPI com o objetivo de apurar denúncias de irregularidades na Petrobras. Segundo a senadora, a CPI se propunha a investigar fatos generalizados e desconexos, em afronta à Constituição Federal.<ref name="mandadodesegurança">{{citar web|url=http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=264549&caixaBusca=N|acessodata=12 de março de 2016|data=9 de abril de 2014|título=Mandado de segurança pede suspensão de CPI da Petrobras|publicado=[[Supremo Tribunal Federal]]}}</ref>
Ao pedir liminarmente a suspensão da CPI, a senadora do Partido dos Trabalhadores alegou que sua instauração colocaria em risco a imagem e o funcionamento da estatal, dificultaria o exercício do direito de defesa e abriria margem para a exploração política do acontecimento, em razão de ser próximo a período eleitoral.<ref name="mandadodesegurança" />
== CPMI no Senado ==
=== Composição ===
Integrantes da CPMI da Petrobras:<ref>{{citar web|url=http://www.valor.com.br/politica/3564894/congresso-divulga-lista-dos-integrantes-da-cpi-mista-da-petrobras|publicado=[[Valor Econômico]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Congresso divulga lista dos integrantes da CPI mista da Petrobras|autor=Fábio Brandt|data=27 de maio de 2014}}</ref>
*[[Acir Gurgacz]] (PDT-RO)
*[[Álvaro Dias]] (PSDB)
*[[Aníbal Diniz]] (PT-AC)
*[[Antonio Carlos Rodrigues]] (PR-SP)
*[[Ataídes Oliveira]] (Pros-TO)
*[[Ciro Nogueira]] (PP-PI)
*[[Gim Argello]] (PTB-DF)
*[[
*[[
*[[José Pimentel]] (PT-CE)
*[[Kátia Abreu]] (PMDB-TO)
*[[Valdir Raupp]] (PMDB-RO)
*[[Vanessa Grazziotin]] (PCdoB-AM)
*[[Vital do Rêgo]] (PMDB-PB)
=== Colaborações ===
Na CPMI da Petrobras, o ex-gerente da Petrobras, [[Pedro Barusco]], foi um dos poucos que prestaram depoimentos dentre os que foram convocados pela CPMI. Em depoimentos na CPMI da Petrobras, Barusco afirmou que pagamento irregular era ‘endêmico’ e ‘institucionalizado’. Barusco disse ainda que, junto com seu antigo chefe, o ex-diretor de Serviços e Engenharia [[Renato Duque|Renato de Souza Duque]], recebeu pagamentos relativos a mais de
=== Fraude na CPMI ===
[[
Em agosto de 2014, reportagem publicada na revista [[Veja]] disse que a então presidente da Petrobras, [[Maria das Graças Foster]], e ex-dirigentes da estatal ouvidos na CPI da Petrobras no Senado que investiga a estatal tiveram acesso prévio a perguntas - e respostas - que seriam feitas por parlamentares governistas durante as sessões. A revista informa que teve acesso a um vídeo de uma reunião em que o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, e um advogado da empresa, Bruno Ferreira, teriam tratado do assunto. De acordo com a revista, servidores da estatal redigiram respostas às perguntas que seriam feitas e repassaram o material a Foster, ao ex-presidente da Petrobras [[José Sérgio Gabrielli]] e ao ex-diretor da Área Internacional [[Nestor Cerveró]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/revista-diz-que-dirigentes-da-petrobras-tiveram-acesso-previo-perguntas-de-cpi-13471116|publicado=[[O Globo]]|acessodata=11 de março de 2016|data=2 de agosto de 2014|título=Revista diz que dirigentes da Petrobras tiveram acesso prévio a perguntas de CPI|autor=[[O Globo]]}}</ref>
Dilma, procurou se afastar do caso, dizendo se tratar de um assunto do Congresso. “Essa [denúncia] é uma questão que deve ser respondida pelo Congresso”, disse Dilma ao ser questionada pelos jornalistas que a acompanhavam.<ref>{{citar web|url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/eleicoes/2014/dilma-tenta-se-afastar-da-denuncia-de-fraude-na-cpi-da-petrobras-ebq70meawkmf47g3tzihuy5ou|acessodata=11 de março de 2016|publicado=[[Gazeta do Povo]]|título=Dilma tenta se afastar da denúncia de fraude na CPI da Petrobras}}</ref>
=== Conclusão e críticas ===
O relatório final da CPI mista de 10 de dezembro de 2014 teve quase mil páginas e nenhum pedido de indiciamento.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,relatorio-final-da-cpi-mista-da-petrobras-tem-quase-mil-paginas-e-nenhum-indiciamento,1605009|publicado=Estadão|acessodata=11 de março de 2016|título=Relatório final da CPI mista da Petrobras tem quase mil páginas e nenhum indiciamento}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2014/12/10/interna_politica,598350/relatorio-da-cpi-mista-da-petrobras-nao-pede-indiciamento-de-ninguem.shtml|publicado=[[Estado de Minas]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Relatório da CPI mista da Petrobras não pede indiciamento de ninguém|autor=Agência Estado|data=10 de dezembro de 2014}}</ref> O relator, deputado [[Marco Maia]], do PT, apenas recomendou o aprofundamento das investigações. O parecer aponta [[superfaturamento]] de US$ 4,2 bilhões nas obras da [[Refinaria Abreu e Lima]], em [[Pernambuco]].<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/12/relatorio-final-da-cpi-da-petrobras-nao-pede-indiciamentos-de-envolvidos.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Relatório final da CPI da Petrobras não pede indiciamentos de envolvidos|data=11 de dezembro de 2014}}</ref>
[[Imagem:CPMI - Petrobras - 2014 - CPMIPETRO_%2815183634436%29.jpg|thumb|upright|[[Nestor Cerveró]] após o término da CPMI.]]
Marco Maia não fez qualquer ligação das irregularidades com partidos políticos. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef contaram em depoimentos à Justiça que PT, PMDB e [[Partido Progressista (Brasil)|PP]] se beneficiaram do esquema de corrupção na empresa.<ref name="sem-indiciamento">{{citar web|url=http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/12/relator-da-cpmi-da-petrobras-nao-pede-indiciamento-de-ninguem.html|publicado=[[G1]]|autor=[[Jornal Nacional]]|título=Relator da CPMI da Petrobras não pede indiciamento de ninguém|acessodata=11 de março de 2016|data=10 de dezembro de 2014}}</ref>
O texto de Maia, produzidas após sete meses de investigação e 23 depoimentos, foi alterado em 17 de dezembro.<ref>{{citar web|url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-12-17/maia-muda-texto-da-cpmi-da-petrobras-e-pede-indiciamento-de-paulo-roberto-costa.html|publicado=[[iG]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Maia muda texto da CPMI da Petrobras e pede indiciamento de Paulo Roberto Costa|data=17 de dezembro de 2014}}</ref> Em uma das mudanças, ele detalhou os pedidos de indiciamento e os crimes relacionados. Segundo Maia, quando o relatório inicial, apresentado em 10 dezembro, defendeu um pedido para o Ministério Público “aprofundar as investigações”, o significado real já era uma solicitação de indiciamento.<ref name="conclusao-CPMI" />
Os [[parlamentar]]es da [[oposição]] criticaram o resultado final da comissão. Para o líder do [[PPS]] na Câmara, deputado [[Rubens Bueno]] ([[Paraná|PR]]), o texto aprovado é um relatório chapa branca. “Esse relatório chapa branca apresentado hoje e aprovado pela base do governo é um sinal de que não querem aprofundar qualquer tipo de investigação. O que eles querem é passar a mão na cabeça, blindar, jogar sujeira para baixo do tapete, lamentavelmente.”<ref name="conclusao-CPMI" />
Para o deputado [[Onyx Lorenzoni]] ([[DEM]]-[[Rio Grande do Sul|RS]]), a única certeza do resultado é a necessidade de haver uma nova CPMI na próxima legislatura, o que de fato ocorreu em fevereiro de 2015. “Precisamos de uma nova CPI, sem nenhuma dúvida, na expectativa de que o Parlamento se debruce para continuar as investigações.” Segundo ele, todo o acervo de informações da CPMI
Para o deputado do
Em 18 de dezembro de 2014, a
== CPI na Câmara ==
=== Composição ===
[[
*Presidente: [[Hugo Motta]] (PMDB-PB)
*1º Vice-presidente: [[Antônio Imbassahy]] (PSDB-BA)
*2º Vice-presidente: [[Félix Mendonça Júnior]] (PDT-BA)
*3º Vice-presidente: [[Kaio Maniçoba]] (PHS-PE)
*Relator: [[Luiz Sérgio]] (PT-RJ)
*Sub-relator: [[Altineu Côrtes]] (PR-RJ)
*Sub-relator: [[Bruno Covas]] (PSDB-SP)
*Sub-relator: [[Arnaldo Faria de Sá]] (PTB-SP)
*Sub-relator: [[André Moura]] (PSC-SE)
*Sub-relator: [[Valmir Prascidelli]] (PT-SP)
=== Cronograma ===
Em 23 de fevereiro de 2015, o líder do PMDB na Câmara, deputado [[Leonardo Picciani]] (RJ), confirmou a indicação do deputado [[Hugo Motta]] (PMDB-PB) para ocupar a Presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Picciani disse ainda que Motta deveria conduzir com “vigor” as investigações sobre a corrupção nos contratos da petroleira. “Hugo Motta presidiu em 2014, com muita altivez e muita competência, a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, o que o credencia para conduzir com muito vigor as investigações sobre os escândalos da Petrobras”, declarou.<ref>{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/482071-LIDER-DO-PMDB-CONFIRMA-HUGO-MOTTA-COMO-PRESIDENTE-DA-CPI-DA-PETROBRAS.html|título=Líder do PMDB confirma Hugo Motta como presidente da CPI da Petrobras|publicado=[[Câmara dos Deputados]]|acessodata=11 de março de 2016|data=23 de fevereiro de 2015}}</ref>
No início da sessão que instalou a CPI, o deputado [[Ivan Valente]] (PSOL-RJ) apresentou uma questão de ordem pedindo a destituição dos parlamentares que receberam doações de campanha de empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.<ref name="CPIpetro" />
=== Desdobramentos ===
[[Imagem:Paulo Roberto Costa-2015 05 05 1.jpg|thumb|[[Paulo Roberto Costa]] na CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados em 5 de maio de 2015.]]
Em 12 de março de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, [[Eduardo Cunha]] (PMDB-RJ), afirmou em depoimento à CPI da Petrobras que não possuía nenhuma conta bancária no exterior. A declaração foi dada meses antes de vir à tona investigação aberta pelo Ministério Público suíço, que apontou a existência de quatro contas<ref name="contacunha">{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,contas-bloqueadas-de-cunha-e-de-seus-familiares-na-suica-somam-quase-us-5-milhoes,1772690|publicado=[[Estadão]]|autor=Jamil Chade|acessodata=11 de março de 2016|data=1 de outubro de 2015|título=Contas bloqueadas de Cunha e de seus familiares somam quase US$ 5 milhões}}</ref> no nome dele no país europeu.<ref name="contasuiça">{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/cunha-negou-em-marco-cpi-da-petrobras-ter-contas-no-exterior.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|data=1 de outubro de 2015|título=Cunha negou em março à CPI da Petrobras ter contas no exterior|autor=Fernanda Calgaro}}</ref> Na ocasião, o peemedebista foi questionado pelo deputado [[Delegado Waldir]] (PSDB-GO) sobre a existência de contas na [[Suíça]] ou em algum [[paraíso fiscal]]. Cunha negou: "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda”, disse.<ref name="contasuiça" /> As contas foram posteriormente bloqueadas pela Suíça.<ref name="contacunha" />
Em 24 de março de 2015, a CPI da Petrobras aprovou requerimento de convocação do ex-presidente da [[Gasene]] Antônio Carlos Pinto de Azeredo. A Gasene é uma empresa responsável pela construção de [[gasodutos]]. Azeredo exerceu o cargo entre 2005 e 2011.<ref>{{citar web|url=http://atarde.uol.com.br/politica/noticias/1669137-cpi-da-petrobras-aprova-requerimento-de-convocacao-do-ex-presidente-da-gasene|título=CPI da Petrobras aprova requerimento de convocação do ex-presidente da Gasene|autor=Daiene Cardoso e Daniel Carvalho|acessodata=11 de março de 2016|data=24 de março de 2015}}</ref> Antônio Carlos Azeredo era dono de um escritório de contabilidade contratado pela estatal e admitiu, em entrevista publicada pelo [[O Globo]] em 24 de dezembro, ter sido apenas um "preposto" da companhia no cargo de presidente da transportadora. Segundo ele, a função exercida foi "puramente simbólica", em que assinava contratos mediante autorização expressa da Petrobras.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/brasil/cpi-da-petrobras-convoca-laranja-colocado-frente-das-obras-da-gasene-15690341|publicado=[[O Globo]]|acessodata=11 de março de 2016|data=26 de março de 2015|título=CPI da Petrobras convoca laranja colocado à frente das obras da Gasene|autor=Vinicius Sassine}}</ref>
Em 19 de maio de 2015, uma comitiva da CPI da Petrobras tomou em [[Londres]] o depoimento de Jonathan David Taylor, ex-diretor da empresa holandesa [[SBM Offshore]], uma das fornecedoras da Petrobras. O ex-executivo da multinacional denunciou irregularidades em contratos assinados entre a companhia da [[Holanda]] e a estatal brasileira. Em entrevista publicada no jornal [[Folha de S.Paulo]], Taylor relatou ter enviado à [[Controladoria-Geral da União]] (CGU), em agosto de 2014, dossiê que comprovaria que a empresa da SBM pagou propina a funcionários da Petrobras para fechar contratos de aluguel de plataformas. Segundo ele, porém, a investigação só teria sido aberta após a reeleição de Dilma.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/05/cpi-da-petrobras-ouve-ex-diretor-da-sbm-offshore-em-londres.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|data=19 de maio de 2015|título=CPI da Petrobras ouve ex-diretor da SBM Offshore em Londres}}</ref>
Em junho de 2015, numa sessão tumultuada, a CPI aprovou 140 novos requerimentos, entre eles a convocação do presidente do [[Instituto Lula]], [[Paulo Okamotto]], quebras de sigilos e acareações. Exaltados, os petistas reclamaram que a ação foi orquestrada para expor o PT no dia da abertura de seu 5º Congresso.<ref name="requerimentos">{{citar web|url=http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/06/cpi-aprova-requerimento-de-convocacao-de-chefe-do-instituto-lula-para-depor-4779323.html|publicado=ZH Notícias|autor=Estadão conteúdo|acessodata=11 de março de 2016|título=CPI aprova requerimento de convocação de chefe do Instituto Lula para depor|data=11 de junho de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/490031-SOB-PROTESTOS,-CPI-DA-PETROBRAS-APROVA-EM-BLOCO-140-REQUERIMENTOS.html|publicado=Câmara|acessodata=11 de março de 2016|título=Sob protestos, CPI da Petrobras aprova em bloco 140 requerimentos|data=11 de junho de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/06/cpi-aprova-requerimento-de-convocacao-de-paulo-okamotto.html|publicado=[[Revista Época]]|acessodata=11 de março de 2016|título=CPI APROVA REQUERIMENTO DE CONVOCAÇÃO DE PAULO OKAMOTTO|data=11 de junho de 2015}}</ref> "Não pode transformar a CPI em tiro ao alvo ao PT", protestou [[Afonso Florence]]. Os tucanos acusaram o Partido dos Trabalhadores de impedir as investigações da CPI. "Bandidos do PT estão presos e eles não querem que sejam acareados?" provocou o líder do PSDB, [[Carlos Sampaio]]. "Hoje no PT tem bandidos de quinta categoria", continuou Sampaio.<ref name="requerimentos" />
Em 27 de agosto de 2015, a CPI aprovou a convocação do ex-ministro [[José Dirceu]] e do ex-diretor da Petrobras [[Jorge Zelada]]. Os dois estavam presos no Paraná quando convocados.<ref name="dirceu">{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/08/cpi-da-petrobras-aprova-convocacao-do-ex-ministro-jose-dirceu.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|data=27 de agosto de 2015|título=CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu e Jorge Zelada}}</ref> Dirceu teve de prestar depoimento para esclarecer a suspeita de que recebeu propina de fornecedores da estatal do petróleo por meio de sua empresa, a [[JD Consultoria]]. O ex-chefe da Casa Civil, que está preso na Superintendência da [[Polícia Federal]] desde o início de agosto, será ouvido pelos deputados federais no dia 31, em [[Curitiba]], segundo o cronograma da CPI.<ref name="dirceu" />
Em 1º de outubro de 2015, a CPI da Petrobras aprovou requerimento para convocar o presidente da Petrobrás, [[Aldemir Bendine]], para prestar esclarecimentos sobre a estatal à comissão.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/cpi-da-petrobras-aprova-convocacao-do-presidente-aldemir-bendine.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|data=1 de outubro de 2015|título=CPI da Petrobras aprova convocação do presidente Aldemir Bendine}}</ref><ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cpi-da-petrobras-aprova-convocacao-de-bendine,1772752|publicado=[[Estadão]]|acessodata=11 de março de 2016|título=CPI da Petrobras aprova a convocação de Aldemir Bendine}}</ref><ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-10/cpi-da-petrobras-aprova-convocacao-de-aldemir-bendine|publicado=[[EBC]] Agência Brasil|acessodata=11 de março de 2016|data=1 de outubro de 2015|autor=Carolina Gonçalves|título=CPI da Petrobras aprova convocação de Aldemir Bendine}}</ref>
=== Colaborações ===
Na CPI da Petrobras praticamente todos os convocados permaneceram em silêncio, com raras exceções.<ref>{{citar web|url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2015/08/31/cinco-convocados-pela-cpi-da-petrobras-ficam-em-silencio/|publicado=Jornal do Brasil|acessodata=11 de março de 2016|título=Cinco convocados pela CPI da Petrobras ficam em silêncio|data=31 de agosto de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/08/ex-ministro-jose-dirceu-fica-em-silencio-na-cpi-da-petrobras.html|publicado=[[G1]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Ex-ministro José Dirceu fica em silêncio na CPI da Petrobras|autor=Rosanne D'Agostino|data=31 de agosto de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/495013-EMPRESARIO-ACUSADO-DE-CORRUPCAO-TAMBEM-FICA-EM-SILENCIO-NA-CPI-DA-PETROBRAS.html|título=Empresário acusado de corrupção também fica em silêncio na CPI da Petrobras|publicado=[[Câmara dos Deputados]]|acessodata=11 de março de 2016|data=31 de agosto de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/09/1682855-executivo-do-schahin-fica-em-silencio-na-cpi-da-petrobras.shtml|publicado=[[Folha de S.Paulo]]|autor=Gustavo Uribe|data=17 de setembro de 2015|título=Executivo do Schahin fica em silêncio na CPI da Petrobras}}</ref>
=== Propina em 2009 ===
Durante acareação, de 25 de agosto de 2015, na CPI da Petrobras, o doleiro
Segundo os delatores, a propina foi paga para esvaziar uma comissão parlamentar criada para investigar a Petrobras. De acordo com Youssef o valor de R$ 10 milhões foi pago pela empreiteira [[Grupo Camargo Corrêa|Camargo Corrêa]] ao então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, morto em 2014.<ref name="sergioguerra" /> Costa acrescentou que foi procurado por Sérgio Guerra e pelo deputado [[Eduardo da Fonte]] (PP-PE) para tratar do pagamento, que seria destinado a “abafar” a CPI.” Da minha parte, posso dizer que eles receberam”, disse Costa.<ref name="sergioguerra" />
[[
=== Fato inusitado ===
Em 12 de maio de 2015, a doleira [[Nelma Kodama]] condenada a dezoito anos de prisão nos processos da Operação Lava Jato, cantou trecho de uma música do cantor [[Roberto Carlos]] para explicar aos deputados da CPI como era sua relação com o doleiro Alberto Youssef.
“Sob meu ponto de vista, eu vivi maritalmente com Alberto Youssef do ano de 2000 a 2009. Amante é uma palavra que engloba tudo, né? Amante é esposa, amante é amiga”, disse a doleira. “Tem até uma música do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. Não é verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Você ter uma amante que você pode contar com ela, ser amiga dela.”, Em seguida, a doleira cantarolou ‘Amada Amante’.<ref>{{citar web|url=http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/na-cpi-doleira-canta-roberto-carlos-para-explicar-relacao-amorosa-com-youssef/|publicado=[[Estadão]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Na CPI, doleira canta Roberto Carlos para explicar relação amorosa com Youssef|autor=Redação|data=12 de maio de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/05/1627920-em-cpi-doleira-promete-delacao-canta-e-elogia-juiz-sergio-moro.shtml|publicado=[[Folha de S.Paulo]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Em CPI, doleira canta Roberto Carlos e elogia Sérgio Moro|autor=Lucas Laranjeira|autor=12 de maio de 2015}}</ref>
A doleira defendeu que os culpados fossem punidos: "Que essas brechas sejam localizadas. Que os verdadeiros culpados sejam culpados, que os inocentes sejam inocentados, e que realmente tudo isso possa mudar", afirmou.<ref name="elogio">{{citar web|url=http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/em-cpi-doleira-promete-dela%C3%A7%C3%A3o-canta-e-elogia-juiz-sergio-moro-1.1037554|publicado=[[O Tempo]]|acessodata=11 de março de 2016|título=Em CPI, doleira promete delação, canta e elogia juiz Sergio Moro|data=12 de maio de 2015}}</ref>
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Nelma ainda usou seu depoimento para elogiar o juiz Sérgio Moro: "Eu admiro a atuação do juiz federal Sergio Moro, mesmo tendo sido sentenciada a uma pena pesada. Eu admiro. Eu acho que estão tentando virar [o jogo]", disse. "Se for necessário que haja recessão, que haja desemprego, que haja tudo isso, para acabar com essa corrupção, poxa vida! Vamos lá. Enquanto não cortarem o mal pela raiz, vai continuar."<ref name="elogio" />
=== Contratação da
A empresa norte-americana [[Kroll]] foi contratada pela Câmara para fornecer informações à CPI que "investigou" os desvios de recursos da Petrobras, apresentou apenas recortes de jornais, isto é, notícias já sabidas. A denúncia é da deputada [[Eliziane Gama]] (Rede-MA), que vai entrar com uma representação na [[Procuradoria-Geral da República]] para que a empresa faça o ressarcimento do dinheiro recebido para esta prestação de serviço.
Segundo a deputada, a comissão gastou R$ 1,1 milhão para contratar a Kroll, porém recebeu dela apenas “recortes de jornais” e um trabalho que mereceu apenas menção de duas páginas no relatório final. A empresa de consultoria foi contrata para identificar contas suspeitas e repasses ilegais ao exterior investigados na
Eliziane ainda alegou que: “A própria Kroll chegou a suspender esse contrato, sabe-se lá por quais razões. Eu, pelo menos, não fiquei nenhum um pouco convencida das razões que foram apresentadas para a suspensão”.
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Eliziane cumprimentou o trabalho feito pelos sub-relatores, que na sua avaliação diminuíram os impactos no relatório final, mas criticou o relator da CPI [[Luiz Sérgio]] por não ter feito os indiciamentos e as recomendações necessárias. “Quero deixar aqui registrado o meu descontentamento e a minha frustração por todo o trabalho que foi feito. Nós poderíamos ter tido um relatório conclusivo. Fica o meu protesto contra esse relatório na CPI da Petrobras”, concluiu.<ref name="kroll" />
=== Conclusão e críticas ===
A CPI da Petrobras chegou ao fim depois de oito meses sem pedir indiciamento de políticos. Por 17 votos a 9, os deputados aprovaram o parecer do
{{quote2|“No Brasil inteiro você vai em qualquer roda, no comércio, enfim, estão lá as pessoas falando uma frase que já é célebre no Brasil: ‘CPI acaba em pizza’”|
{{quote2|“Nós tínhamos que cumprir a nossa tarefa, que nós não cumprimos, é que está dando todo desgaste que nós estamos assistindo, que é a percepção que passou para sociedade que isso aqui terminou em pizza”|
== Ver também ==
*[[Operação Lava Jato]]
*[[Lista de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato]]
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{{Referências|col=2}}
== Ligações externas ==
{{Commonscat|CPI da Petrobrás}}
*{{Link||2=http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito/55a-legislatura/cpi-petrobras/conheca-a-comissao/historico-de-reunioes|3=Histórico de reuniões}}
*{{Link||2=http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito/55a-legislatura/cpi-petrobras/conheca-a-comissao/criacao-e-constituicao/ato-de-constituicao|3=Ato de Constituição}}
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[[Categoria:CPI da Petrobras|CPI da Petrobras]]
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