Impeachment de Dilma Rousseff: diferenças entre revisões
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Há, no entanto, juristas que contestam a denúncia dos três advogados, afirmando que as chamadas "[[pedaladas fiscais]]" não caracterizam [[improbidade administrativa]] e que não existe qualquer prova de envolvimento da presidente em [[crime doloso]] que possa justificar o ''impeachment''.<ref>{{citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/150923_ritos_impeachment_ms_ab |titulo=Qual seria o curso de um eventual processo de impeachment? |publicado=BBC |autor=Mariana Schreiber |data=21 de outubro de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref><ref name=duas /><ref>{{citar web|url=http://jota.info/parecer-de-dalmo-de-abreu-dallari-contra-o-impeachment-de-dilma|título=Parecer de Dalmo de Abreu Dallari contra o impeachment de Dilma|autor=Dalmo de Abreu Dallari|acessodata=20 de março de 2016|data=7 de outubro de 2015|publicado=[[JOTA (site)|JOTA]]}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.migalhas.com.br/arquivos/2015/10/art20151014-13.pdf|título=Parecer de Fabio Konder Comparato e Celso Antônio Bandeira de Mello|data=30 de setembro de 2015|formato=PDF}}</ref><ref>[http://apublica.org/2015/12/truco-comparato-o-impeachment-hoje-e-absolutamente-ilegitimo/ Comparato: "O impeachment hoje é absolutamente ilegítimo"]. Por Natalia Viana. Pública, 4 de dezembro de 2015.</ref>
A partir da aceitação do pedido de impedimento, formou-se uma comissão especial na Câmara dos Deputados, a fim de decidir se haveria uma votação no plenário. O roteiro começou com os depoimentos dos autores do pedido e teve seguimento com a apresentação da defesa de Dilma Rousseff. Enquanto isso, manifestações de rua contra e a favor do impedimento ocorriam periodicamente
== Antecedentes ==
=== Pedaladas fiscais e corrupção na Petrobrás ===
As [[Pedalada fiscal|pedaladas fiscais]]
Havia também o esquema de corrupção na [[Petrobras]]. Era uma operação ilegal, com desvio de dinheiro da estatal para empresas e políticos, funcionando como um esquema de propinas<ref>{{citar web |url=http://lavajato.mpf.mp.br/entenda-o-caso |titulo=Caso Lava Jato: Entenda o caso |publicado=Ministério Público Federal |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref> e também como um provável abastecimento de campanhas da presidente Dilma.<ref>{{citar web|url=http://www.infomoney.com.br/mercados/na-real/noticia/4318380/indicios-dinheiro-petrolao-eleicao-dilma-propina-governo-lula|publicado=InfoMoney|acessodata=20 de março de 2016|data=1 de outubro de 2015|título=PF vê indícios de dinheiro do petrolão na eleição de Dilma e propina no governo Lula|autor=José Márcio Mendonça}}</ref><ref>{{citar web|url=http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2015/09/fernando-baiano-palocci-pediu-dinheiro-do-petrolao-para-campanha-de-dilma-e-o-dinheiro-foi-entregue.html|publicado=O Globo|acessodata=20 de março de 2016|título=Fernando Baiano: Palocci pediu dinheiro do petrolão para a campanha de Dilma – e o dinheiro foi entregue|data=19 de setembro de 2015|autor=Robson Bonin}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.oantagonista.com/posts/dinheiro-do-petrolao-na-campanha-de-dilma|publicado=O Antagonista|acessodata=20 de março de 2016|data=15 de agosto de 2015|título=Dinheiro do Petrolão na campanha de Dilma|autor=Diogo Mainardi, Mário Sabino e Cláudio Dantas}}</ref> No total, foram acusados cinquenta políticos de seis partidos e dez empresas, das quais a mais importante foi a [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]]. O juiz federal do [[Paraná]] — onde a operação teve início — [[Sérgio Moro]], especialista em crimes financeiros, ficou responsável pelos processos que não envolveram políticos, pois estes possuem [[foro especial por prerrogativa de função]] e devem ser investigados no [[Supremo Tribunal Federal]] (STF).<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/11/1548049-entenda-a-operacao-lava-jato-da-policia-federal.shtml |titulo=Entenda a Operação Lava Jato, da Polícia Federal |publicado=Folha de S. Paulo |data=14 de novembro de 2014 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/07/o-juiz-sergio-moro-lidera-uma-revolucao-no-combate-corrupcao-no-brasil.html |titulo=O juiz Sergio Moro lidera uma revolução no combate à corrupção no Brasil |publicado=Época |autor=Thiago Bronzatto, Leandro Loyola e Diego Escosteguy |data=4 de julho de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref> A investigação ficou conhecida como [[Operação Lava Jato]] e contou com várias [[delação premiada|delações premiadas]] para chegar a nomes como [[Eduardo Cunha]].<ref>{{citar web |url=http://arte.folha.uol.com.br/poder/operacao-lava-jato/ |titulo=Operação Lava Jato |publicado=Folha de S.Paulo |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref> Contudo, a presidente Dilma não era alvo de acusações formais nessa operação.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/03/dilma-e-aecio-ficam-fora-dos-pedidos-de-investigacao.html |titulo=Dilma e Aécio ficam fora dos pedidos de investigação |publicado=G1 |autor=Renan Ramalho e Nathalia Passarinho |data=6 de março o de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref>
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Após o pronunciamento da presidente, Cunha afirmou que ela mentiu à nação quando disse que não participaria de qualquer barganha e que o governo tinha muito que explicar à sociedade. O deputado reiterou que não tinha conhecimento de negociações, que não atendeu o telefonema do ministro [[Jaques Wagner]] (que seria o intermediário), que seus aliados não estavam negociando a salvação de seu mandato e que se recusou a aceitar a proposta do governo quando teve conhecimento desta. Declarando-se adversário do Partido dos Trabalhadores, ele disse que preferia não ter os três votos do partido no Conselho de Ética.<ref>{{citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,quem-fez-barganha-foi-o-governo--nao-eu--alega-cunha-sobre-impeachment,10000003744 |titulo='Quem fez barganha foi o governo, não eu', alega cunha sobre impeachment |publicado=Estadão |autor=Daniel Carvalho e Igor Gardelha |data=3 de dezembro de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref>
Especialistas ouvidos pela [[Agência Brasil]] comentaram a crise política. Eles lembraram a pouca habilidade da presidente para negociar com o Congresso e a [[Lista de deputados federais do Brasil da 55.ª legislatura|multiplicidade de partidos políticos ali presentes]], o que causava uma grande perda de governabilidade.<!--- PARTE PARCIAL OCULTADA / Além disso, segundo os estudiosos, a oposição estava em guerra contra Dilma desde as eleições do ano anterior, tentando de todas as formas desestabilizar o governo, sem preocupação com a situação política e econômica do país, que ficaria seriamente comprometida com o pedido de ''impeachment''. No entanto, a deflagração do processo poderia ser boa para Dilma, que ficaria livre das chantagens e poderia reorganizar seu governo.---> Os cientistas políticos acreditavam que Cunha perderia seu mandato e que a oposição tentaria empurrar o processo no Congresso para 2016, a fim de atenuar o "êxtase eleitoral" e o "ato de vingança" que foi o acolhimento do pedido.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/impeachment-dependera-do-futuro-de-cunha-na-camara-dizem-cientistas-politicos,4693873b8bb811e15bb298eaea0a3fecd25v5z3i.html |titulo=Para especialistas, impeachment dependerá do futuro de Cunha |publicado=Terra |data=6 de dezembro de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref>
=== Pesquisas de opinião ===
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! class="unsortable" style="background:silver; width:100px" | Não sabe
!style="width:20px;"|Diferença
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| data-sort-value="2016-04-01" | 28–29 Mar || Ideia Inteligência<ref>{{citar web |url=https://medium.com/@ideia_inteligencia/a-opini%C3%A3o-do-brasileiro-sobre-o-impeachment-a982e8e8684f#.761mpjmo1 |titulo=A opinião do brasileiro sobre o impeachment |publicado=Ideia Inteligência |autor=Tatiana Seixas |data=1º de abril de 2016 |acessodata=1º de abril de 2016}}</ref> || 10.005 ||style="background: rgb(153, 255, 153);"| '''69%''' ||style="background:white"| 31% || — ||style="background: rgb(153, 255, 153);"|'''38%'''
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| data-sort-value="2016-03-17" | 17–18 Mar || [[Datafolha]]<ref>{{citar web |url=http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/03/19/datafolha-maioria-quer-impeachment-mas-rejeita-michel-temer-governando/ |titulo=Datafolha: maioria quer impeachment, mas rejeita Michel Temer governando |publicado=Jornal do Brasil |data=19 de março de 2016 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref> || 2.794 ||style="background: rgb(153, 255, 153);"| '''68%''' ||style="background:white"| 27% || 5% ||style="background: rgb(153, 255, 153);"|'''41%'''
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==== Suspensão do processo ====
==== Pedido de anulação ====
No dia 11 de dezembro, Dilma enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal, solicitando a anulação do pedido aceito por Cunha e da votação que elegeu os membros da comissão. Era um texto de 23 páginas, que apresentava a defesa do governo na ação movida pelo PC do B com o objetivo de questionar diversos pontos da lei que regula o impedimento por [[crimes de responsabilidade]] no Brasil (Lei 1.079/1950).<ref name=adpf /> A presidente também alegou que a Câmara seria responsável apenas pela autorização do processo, que seria realmente aberto no Senado. Assim, os deputados não poderiam se manifestar sobre a procedência da acusação, o que abriria a possibilidade de os senadores não instaurarem o processo mesmo autorizados pela Câmara.<ref name=lei>{{citar web |url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1079.htm |titulo=Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 |publicado=Palácio do Planalto |data=10 de abril de 1950 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref>
[[Rodrigo Janot]], [[Procurador-Geral da República]], foi autor de um parecer semelhante. Ele era contra a defesa prévia da presidente, em relação ao acolhimento do pedido, sustentando que essa defesa não estava prevista na lei do impedimento. Janot também acreditava que a presidente teria o direito de se defender em qualquer fase do processo, até mesmo quanto à aceitação do pedido. Além disso, Janot colocou Eduardo Cunha sob suspeição, acusando-o de falta de imparcialidade no processo de impedimento, pois era alvo de pedido de cassação do mandato na Câmara. E reforçou a tese de que somente o Senado poderia abrir o processo.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2015/12/janot-pedido-de-impeachment-pode-ser-aceito-sem-defesa-previa-de-dilma.html |titulo=Ao STF, Janot defende votações abertas no processo de impeachment |publicado=G1 |autor=Renan Ramalho |data=11 de dezembro de 2015 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref>
==== Defesa da legalidade do processo e ação judicial no STF ====
[[Imagem:Sessão do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.jpg|thumb|240px|Sessão do STF que julgou o rito do processo de ''impeachment'', em 16 de dezembro de 2015.]]
No dia 15, deputados da oposição entregaram ao ministro Fachin um documento no qual defendiam a legalidade do rito adotado na Câmara. Os parlamentares defenderam principalmente o voto secreto na formação da comissão e a impossibilidade de o Senado arquivar um processo iniciado na Câmara.<ref name=lei /><ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/deputados-da-oposicao-levam-ao-stf-argumentos-favoraveis-ao-rito-do-impeachment,20f497f3ea1860f56dac930618a89aecuvlfr4up.html |titulo=Oposição leva ao STF argumentos favoráveis ao impeachment |publicado=Terra |data=15 de dezembro de 2015 |acessodata=6 de dezembro de 2015}}</ref>Na sessão de 16 de dezembro, partidos da oposição e da base aliada do governo manifestaram-se no STF sobre a validade das regras que regem o processo de ''impeachment'' da presidente Dilma.
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==== Nova comissão ====
{{Imagem dupla|right|
Em 17 de março, a Câmara finalmente elegeu, por votação aberta, os 65 integrantes da comissão especial que analisaria o pedido de ''impeachment''. Houve 433 votos a favor e apenas um contrário, o do deputado [[José Airton|José Airton Cirilo]] (PT-CE). Os partidos predominantes eram o PT e o PMDB, cada um com oito membros. O PSDB tinha seis membros. As demais 43 vagas foram preenchidas por outros 21 partidos. Cunha convocou ainda uma sessão para as dezenove horas, na qual [[Rogério Rosso]], líder do PSD e aliado do Presidente da Câmara, foi nomeado presidente da comissão, enquanto [[Jovair Arantes]], líder do PTB e também aliado de Cunha, foi nomeado relator do processo. Eduardo Cunha acreditava em um prazo de 45 dias para a conclusão dessa parte do processo, mas tal prazo dependia de sessões de segunda a sexta e quóruns de 51 deputados pelo menos.<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/03/camara-elege-membros-de-comissao-que-analisara-impeachment-de-dilma.html |titulo=Câmara elege membros de comissão que analisará impeachment de Dilma |publicado=G1 |autor=Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro |data=17 de março de 2016 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://maringa.odiario.com/politica/2016/03/um-dos-principais-aliados-de-cunha-relatara-impeachment-de-dilma/2109595/ |titulo=Um dos principais aliados de Cunha relatará impeachment de Dilma |publicado=O Diário |autor=Débora Álvares, Ranier Bragon e Gustavo Uribe |data=17 de março de 2016 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref>
Em 21 de março, o relator do processo, o deputado Jovair Arantes, apresentou o plano de trabalho da comissão em breve documento. Ele disse que pretendia realizar reuniões internas para convidar os denunciantes Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr e Janaina Paschoal. Ele também pretendia trazer para falar sobre o processo especialistas em orçamento do TCU, o Procurador da República que trabalhava no TCU e o relator do TCU. O principal técnico convidado seria Júlio Marcelo de Oliveira, responsável por recomendar a rejeição das contas da presidente Dilma Rousseff de 2014. Entretanto, Jovair não convidaria a presidente Dilma nem os ministros, incluindo Lula. Em vez disso, ele queria esperar a apresentação da defesa formal da presidente, na qual seria feita a escolha dos seus representantes.<ref>{{Citar web |url= http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/03/relator-do-impeachment-diz-que-nao-convocara-dilma-ou-ministros.html |título= Relator do processo impeachment diz que não convocará Dilma ou ministros |autor= Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro |publicado=G1 |data=21 de março de 2016 |acessodata=21 de março de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/fator-delcidio-trava-1-reuniao-da-comissao-do-impeachment |título=Fator Delcídio trava 1ª reunião da comissão do impeachment |publicado=Veja |autor=Marcela Mattos e Felipe Frazão |data=22 de março de 2016 |acessodata=22 de março de 2016}}</ref>
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Ele também enfatizou que a ocorrência dessas manobras em governos anteriores não lhes retirava o caráter criminoso e que as pedaladas do governo Dilma eram maiores e mais frequentes. Mesmo interrompido por deputados governistas, Reale continuou a falar, citando o artigo do [[Código Penal brasileiro de 1940|Código Penal]] que caracterizava a operação financeira como um crime de responsabilidade, acrescentando diversos artigos da LRF que reforçavam a sua tese. Ele pretendia provar que as operações de crédito não foram um simples fluxo de caixa, que elas buscavam sustentar a existência de uma capacidade fiscal que o país não tinha. E rebateu a crítica de que o segundo mandato não poderia ser afetado por fatos do primeiro, pois o STF já fixara, em julgamentos, que, com base no princípio constitucional da moralidade, o agente público pode ser punido por fatos anteriores ao mandato e a própria Câmara já havia punidos deputados que praticaram infrações em mandatos anteriores, em respeito ao princípio da moralidade.<ref name= "Juristas"/>
Logo após, a advogada Janaina Paschoal também se manifestou. Ela concordou com os que afirmavam que "
Assim que terminou o pronunciamento dos advogados, o deputado [[Wadih Damous]] (PT-RJ)
[[Imagem:Nelson Barbosa e Ricardo Lod apresentam a defesa da presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial do Impeachment.jpg|thumb|260px|[[Nelson Barbosa]] e Ricardo Lod apresentam a defesa da presidente Dilma, em 31 de março.]]
No dia seguinte, 31 de março, ocorreu a defesa da presidente Dilma diante da comissão. O governo escolheu o Ministro da Fazenda, [[Nelson Barbosa]], e o professor de Direito Tributário Ricardo Lodi Ribeiro para realizarem a defesa da presidente. Barbosa começou enfatizando que o processo deveria considerar somente os fatos ocorridos desde o começo do segundo mandato, no qual não houve manobras fiscais. Ele também ressaltou que os seis créditos suplementares abertos no mandato anterior não modificaram a programação financeira de 2015 nem o limite global do gasto discricionário do governo. Além disso, a maior parte dos decretos foi financiada por anulação de despesas ou atendendo a pedidos, como um do Poder Judiciário.<ref name= " Governo se defende " >{{Citar web |autor= Redação |url= http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/em-audiencia-barbosa-defende-que-nao-ha-base-legal-para-impeachment-5677394.html# |título= Em audiência, Barbosa defende que não há base legal para impeachment |língua= |publicado= ZH Notícias |data= |acessodata= 31 de março de 2016.}}</ref>
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No momento em que a comissão se formava, em 17 de março, o placar do Congresso criado pelo [[Movimento Vem pra Rua]] contabilizava 220 votos a favor, 123 contrários e 169 indecisos em relação ao impedimento. No Senado, eram 31 a favor, 25 contrários e 25 indecisos.<ref>{{Citar web |url=http://www.mapa.vemprarua.net/ |título=Mapa do impeachment |publicado=Movimento Vem pra Rua |autor=Luma Poletti |data=24 de março de 2016 |acessodata=24 de março de 2016}}</ref> No mês anterior, quando o placar foi criado, os números eram: 50 deputados favoráveis ao ''impeachment'', 129 contrários e 234 indecisos. Este levantamento revelava que o índice de políticos contrários ao ''impeachment'' permanecia estável, enquanto diminuía o número de indecisos e aumentava o número de favoráveis ao afastamento. A tabela abaixo indica as definições partidárias em fins de março, mas ainda havia políticos indecisos na comissão especial do impedimento. Portanto, não se poderia garantir a votação no plenário.<ref>{{Citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160322_entenda_impeachment_ab |título=Quem, como, quando? Entenda a batalha do impeachment na Câmara |publicado=BBC Brasil |autor=Adriano Brito |data=22 de março de 2016 |acessodata=24 de março de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/cresce-adesao-ao-impeachment-diz-mapeamento/ |título=Cresce adesão ao impeachment, diz mapeamento |publicado=Congresso em Foco |autor=Luma Poletti |data=23 de março de 2016 |acessodata=24 de março de 2016}}</ref>
{| class="wikitable"
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! colspan="2" rowspan="2" | Posição
! rowspan="2" style="width:250px;" | Partidos políticos
! colspan="2" | Bancadas
! rowspan="2"| Ref
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! Câmara<ref>{{Citar web |url=http://www.camara.leg.br/Internet/Deputado/bancada.asp |título=Bancada dos partidos |publicado=Câmara dos Deputados do Brasil |acessodata=1º de abril de 2016}}</ref>
! Senado<ref>{{Citar web |url=https://www.senado.gov.br/senadores/senadoresPorPartido.asp |título=Senadoras e Senadores em exercício, ordenados por Partidos |publicado=Senado do Brasil |acessodata=1º de abril de 2016}}</ref>
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| rowspan=8 |A favor
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|
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/psdb-unifica-discurso-a-favor-do-impeachment-de-dilma-5td7iby5wj0muhz2vnsk6aktm |título=PSDB unifica discurso a favor do impeachment de Dilma |publicado=Gazeta do Povo |obra=Agência O Globo |data=10 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/233382/ |título=DEM anuncia que votará em peso a favor do impeachment |publicado=Congresso em Foco |data=22 de março de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/solidariedade-lanca-oficialmente-campanha-para-impeachment-de-dilma-rousseff/ |título=Solidariedade lança campanha para impeachment de Dilma |publicado=Congresso em Foco |data=12 de março de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.psc.org.br/site/comunicacao-psc/todas-as-noticias/1503-psc-coordena-movimento-pr%C3%B3-impeachment-da-dilma.html |título=PSC coordena movimento pró-impeachment da Dilma |publicado=PSC |data=10 de setembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.bahianoticias.com.br/noticia/178280-pps-apoiara-pedido-de-impeachment-de-dilma-rousseff-feito-por-helio-bicudo.html |título=PPS apoiará pedido de impeachment de Dilma Rousseff feito por Hélio Bicudo |publicado=Bahia Notícias |data=5 de setembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{citar web|url=http://www.valedopianconoticias.com.br/noticias/exibir/partidos-e-entidades-apoiam-manifestacoes-pelo-impeachment-de-dilma |título=Partidos e entidades apoiam manifestações pelo impeachment de Dilma |data=13 de março de 2016 |acessodata=24 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1751586-contrario-ao-impeachment-de-dilma-collor-se-desfilia-do-ptb.shtml|título=Contrário ao impeachment de Dilma, Collor se desfilia do PTB |publicado=Folha de S.Paulo |autor=Mariana Haubert |data=18 de março de 2016 |acessodata=24 de março de 2016}}</ref>
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| [[Partido Trabalhista Nacional]] (PTN)
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.ptn.org.br/2013/noticiasDet.asp?x=585 |título=Executiva Nacional do PTN divulga nota oficial sobre o impeachment |publicado=Partido Trabalhista Nacional |data=31 de março de 2016 |acessodata=1º de abril de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/12/03/pt-vai-ao-stf-contra-impeachment.htm |título=PT entra com 2º recurso no STF contra impeachment de Dilma |publicado=Uol |data=3 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.pcdob.org.br/noticia.php?id_noticia=274167&id_secao=3 |título=Senadores reforçam discurso contra impeachment de Dilma |publicado=PC do B |data=15 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/01/pdt-fecha-posicao-contra-o-impeachment-de-dilma.html |título=PDT fecha posição contra o impeachment de Dilma |publicado=G1 |data=22 de janeiro de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{citar web|url=http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2015/10/pr-de-valdemar-costa-neto-votara-contra-o-impeachment.html|publicado=O Globo|acessodata=24 de março de 2016|data=6 de outubro de 2015|título=PR, de Valdemar Costa Neto, votará contra o impeachment|autor=Ricardo Noblat}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/03/20/interna_politica,745353/destino-da-presidente-dilma-rousseff-depende-do-pmdb-que-flerta-com-a.shtml |título=Destino da presidente Dilma Rousseff depende do PMDB, que flerta com a oposição |publicado=Estado de Minas |autor=Bertha Maakaroun |data=20 de março de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{Citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,impeachment-agrava-divisao-interna-no-psb,10000005769 |título=Impeachment agrava divisão interna no PSB |publicado=Estadão |autor=Pedro Venceslau |data=27 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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| <ref>{{citar web|url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2016/03/18/interna_politica,744899/maioria-da-bancada-da-rede-na-camara-e-favoravel-ao-impeachment-diz-d.shtml|publicado=Estado de Minas|acessodata=24 de março de 2016|título=Maioria da bancada da Rede na Câmara é favorável ao impeachment, diz deputado|data=18 de março de 2016|autor=Agência Estado}}</ref>
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| [[Partido Republicano Brasileiro]] (PRB)
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| <ref>{{citar web|url=http://www.prb10.org.br/noticias/parlamentares/prb-permanece-independente-declarou-marinho-na-comissao-do-impeachment/ |título=“PRB permanece independente”, declarou Marinho na comissão do impeachment |publicado=Partido Republicano Brasileiro |data=31 de março de 2016 |acessodata=1º de abril de 2016}}</ref>
|}
A batalha pelos votos foi acirrada. Contava com mapas de bancadas atualizados dia a dia, ofertas de cargos, cerco aos indecisos, cortejo ao PMDB e pressão das ruas para manter ou destituir Dilma Rousseff. O governo e a oposição não tinham os votos necessários na primeira semana de trabalho da comissão. Cada grupo precisava de pelo menos sessenta parlamentares para a hipótese de uma votação no plenário
Em 25 de março, um levantamento feito pelo jornal [[Zero Hora]] revelou que, dos 65 deputados do colegiado, 28 eram favoráveis ao impedimento da presidente, enquanto doze se manifestaram contrários e onze estavam indecisos. Além disso, quatro não se posicionaram e dez não foram encontrados pela reportagem. No PMDB, quatro pretendiam votar contra a presidente e quatro estavam indecisos. No PP, 22 dos 49 deputados e quatro dos seis senadores da legenda pediram expressamente que o diretório nacional fosse convocado para decidir a posição do partido.<ref name=
Nesse cenário de fins de março, a oposição precisaria de mais cinco votos para garantir a maioria simples de 33 votos a favor do afastamento da presidente. A matéria apontou como causas da possível derrota de Dilma na comissão: a perda de credibilidade do governo federal; as crises política e econômica; os protestos; as conjunturas regionais; e os interesses imediatos, que levaram vários parlamentares de partidos que apoiavam Dilma a se declararem alinhados com o ''impeachment''.<ref name= "Matéria Zero Hora" />
[[Imagem:PMDB anuncia decisão de sair do governo Dilma Rousseff.jpg|thumb|260px|Reunião do PMDB que decidiu romper com o governo Dilma, em 29 de março.]]
A situação da presidente ficou mais abalada com a decisão do PMDB do [[Rio de Janeiro]] de romper com o governo. [[Leonardo Picciani]] e [[Celso Pansera]] poderiam ser os únicos a permanecer ao lado de Dilma. Os políticos fluminenses evitaram associar sua decisão ao processo de impedimento. Em vez disso, apontaram a incapacidade de Dilma para lidar com a crise e a necessidade de manter o partido unido. No entanto, os membros do partido que ocupavam ministérios não estavam decididos a abandonar o governo. O Ministro da Saúde, [[Marcelo Castro]], enfatizou que o PMDB tem sido o "partido da estabilidade, governabilidade e previsibilidade", e que não poderia virar as costas do país em momento tão grave.<ref>{{Citar web |url= http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2016-03-24/pmdb-do-rio-decide-romper-com-governo-dilma-e-apoiar-impeachment.html |título=PMDB do Rio decide romper com governo Dilma e apoiar impeachment |publicado=iG |obra=O Dia |data=24 de março de 2016 |acessodata=26 de março de 2016}}</ref>
Em 29 de março, o diretório geral do PMDB, em reunião de apenas três minutos, decidiu romper com o governo e determinou que todos os seus seis ministros deveriam abandonar os respectivos cargos. A reunião foi comandada pelo senador roraimense [[Romero Jucá]], primeiro vice-presidente do partido. "A partir de hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do PMDB", enfatizou. E ainda: "A partir de agora, o PMDB não autoriza ninguém a exercer cargo no governo federal em nome do partido. Se, individualmente, alguém quiser tomar uma posição, vai ter que avaliar o tipo de consequência, o tipo de postura perante a própria sociedade. Para bom entendedor, meia palavra basta. Aqui, nós demos hoje a palavra inteira". A decisão, além de enfraquecer a presidente, gerou a expectativa de que outros partidos da base aliada abandonassem o governo.<ref>{{Citar web |url= http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/por-aclamacao-pmdb-oficializa-rompimento-com-governo-dilma.html |título=Por aclamação, PMDB oficializa rompimento com governo Dilma |publicado=G1 |autor=Nathalia Passarinho e Fernanda Calgaro |data=29 de março de 2016 |acessodata=31 de março de 2016}}</ref>
Dilma, por sua vez, criou uma estratégia que consistia em apoiar os aliados, afastar os rebeldes, abrir os cofres públicos e principalmente rachar o PMDB, cujos votos seriam o diferencial na comissão e no plenário.<ref name="Batalha por votos">{{Citar web |url= http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-afirma-que-aguenta-pressao-e-analisa-alternativas-para-evitar-impeachment |título=Dilma analisa alternativas para evitar impeachment |publicado=Exame |autor=Vera Rosa |data=27 de março de 2016 |acessodata=27 de março de 2016}}</ref> Ela mirava sua ofensiva no comando de Temer no PMDB, atraindo com cargos quem desafiasse o vice-presidente e ficasse do lado dela, assim como tirando os cargos governamentais dos aliados dele. Além disso, também tentava vincular sua queda ao fim de programas sociais, como o Bolsa Família, e até mesmo recorrer à [[Organização dos Estados Americanos]] (OEA), no caso de impedimento.<ref name= "Batalha por votos" />
Em 27 de março, os defensores de Dilma lançaram uma ferramenta virtual chamada "Mapa da Democracia". Seu objetivo era induzir os internautas a fazerem pressão sobre os deputados. Segundo os organizadores, faltavam ainda 49 votos para "salvar a democracia". Havia uma série de perguntas no sítio, acompanhadas de respostas favoráveis ao posicionamento da presidente. Essas respostas tentavam persuadir o leitor de que Dilma não incorreu em atos criminosos e de que o processo era uma retaliação de Eduardo Cunha. Ressaltava-se também que a insatisfação com o governo não é motivo para o impedimento do Presidente da República. A iniciativa foi da jornalista Ana Flávia Marx e o sítio contou com voluntários de todo o país, que trabalharam de forma remota e colaborativa. Segundo Ana, "O acesso do público foi repentino e, como resultado, vários deputados teriam começado a se manifestar em função dos contatos feitos pelos usuários".<ref>{{Citar web |url=http://www.viomundo.com.br/politica/mapa-do-impeachment-diz-que-faltam-49-votos-para-salvar-a-democracia.html |título=Mapa do impeachment diz que faltam 49 votos para “salvar a democracia” |publicado=Viomundo |data=27 de março de 2016 |acessodata=28 de março de 2016}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2016/03/ativistas-contra-impeachment-criam-site-para-mapear-posicao-de-deputados-5521208.html# |título= Ativistas contra impeachment criam site para mapear posição de deputados |publicado=Zero Hora |autor= Karina Sgarbi |data=28 de março de 2016 |acessodata=28 de março de 2016}}</ref>
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As entidades e organizações da sociedade também se pronunciaram. A [[Federação das Indústrias do Estado de São Paulo]] (FIESP), após uma pesquisa segundo a qual os empresários de São Paulo eram majoritariamente a favor do impedimento, aderiu ao movimento favorável ao processo, no que foi apoiada pelo [[Centro das Indústrias do Estado de São Paulo]] (CIESP) e pelas principais entidades empresariais paulistas. A decisão foi tomada em conselho, por unanimidade.<ref>{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-12/skaf-anuncia-apoio-da-fiesp-processo-de-impeachment-da-presidenta-dilma |titulo=Skaf anuncia apoio da Fiesp a processo de impeachment da presidenta Dilma |publicado=Agência Brasil |autor=Elaine Patricia Cruz |data=14 de dezembro de 2015 |acessodata=10 de março de 2016}}</ref>
<ref>{{citar web |url=http://www.clebertoledo.com.br/politica/2015/12/15/74485-apos-pesquisa-com-industriais-fiesp-e-ciesp-defendem-pro |titulo=Após pesquisa com industriais, Fiesp e Ciesp defendem processo de impeachment |publicado=CT |data=15 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref> Outra entidade, a [[Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro]] (FIRJAN), decidiu, em dezembro de 2015, posicionar-se favoravelmente ao pedido de ''impeachment'' da presidente Dilma
Segundo o jornal ''[[O Estado de S.Paulo]]'', um movimento pró-''impeachment'' estava sendo articulado pelo vice-presidente [[Michel Temer]]. Ele pretendia primeiro unificar seu partido (PMDB) para depois conseguir o apoio de vários outros e então pressionar os ministros da sigla, a qual Dilma tentava rachar no Congresso
=== Manifestações contrárias de pessoas e entidades ===
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Outras lideranças políticas nacionais também se manifestaram. [[Flávio Dino]] (PCdoB-MA), [[Ciro Gomes]] (PDT-CE) e [[Carlos Lupi]] (PDT-RJ) lançaram um movimento chamado "Rede da Legalidade contra o ''impeachment'' da presidente Dilma Rousseff."<ref>{{citar web |url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/politicos-lancam-nova-rede-da-legalidade-contra-impeachment-de-dilma/ |titulo=Lançada “rede da legalidade” contra o ''impeachment'' |publicado=Congressoemfoco |autor=Luma Poletti |data=6 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref> Os líderes políticos pretendiam usar a Internet, mais precisamente as redes sociais, para defender sua oposição ao pedido. Eles criaram a página "Golpe nunca mais" no ''Facebook''. O nome era uma referência ao projeto "Brasil nunca mais", que denunciou os crimes cometidos pela ditadura militar contra os seus opositores políticos. Segundo os políticos citados, o ''impeachment'' era um golpe porque o processo feria a Constituição. Dilma não teve, segundo eles, participação direta em crimes de responsabilidade.<ref>{{citar web |url=http://noticias.r7.com/brasil/politicos-classificam-como-golpe-tentativa-de-impeachment-e-lancam-rede-da-legalidade-06122015 |titulo=Políticos classificam como golpe tentativa de impeachment e lançam "Rede da Legalidade" |publicado=R7 |data=7 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2015-12-06/michel-temer-e-o-capitao-do-golpe-afirma-ciro-gomes.html |titulo="Michel Temer é o capitão do golpe", afirma Ciro Gomes |publicado=iG |data=7 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref><ref>{{citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-12/contra-impeachment-16-governadores-entregam-dilma-carta-pela-legalidade |titulo=Contra impeachment, 16 governadores entregam a Dilma Carta pela Legalidade |publicado=Agência Brasil |autor=Paulo Victor Chagas |data=8 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref>
Quanto às manifestações populares, movimentos sociais e sindicais, professores e estudantes fizeram passeatas nas ruas, no dia 16 de dezembro, em 23 cidades, incluindo dezoito capitais, defendendo o Partido dos Trabalhadores e a democracia, manifestando-se contra o pedido de abertura de ''impeachment'' da presidente Dilma Rousseff e pedindo a saída de Eduardo Cunha da Câmara.<ref name="Protesto contra o impeachment em 16 de dezembro">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/sao-paulo-movimentos-sociais-e-sindicais-se-unem-em-ato-contra-impeachment,bea56220f349db2d10955a7cac17d624syphto7w.html |titulo=#DilmaFica: atos em todo Brasil se unem contra impeachment |publicado=Terra |data=16 de dezembro de 2015 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref> Participaram do ato integrantes da [[Central Única dos Trabalhadores|CUT]], da [[Intersindical]], do [[Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra]] (MST), do [[Movimento dos Trabalhadores Sem Teto]] (MTST), da [[Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil]] (CTB), da [[
Logo após a formação da comissão de impedimento na Câmara dos Deputados, houve uma série de manifestações pró-Dilma em todo o país. Os 26 estados e o Distrito Federal tiveram protestos na sexta-feira, 18 de março, com gritos de "não vai ter golpe" e faixas "em defesa da democracia".<ref name="Protesto contra o impeachment em 18 de março">{{citar web |url=http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160318_protesto_anti_impeachment_ab |titulo=Entrei para ajudar Dilma', diz Lula; manifestantes contra impeachment se reúnem em diversas cidades |publicado=BBC |data=18 de março de 2016 |acessodata=18 de março de 2016}}</ref> Os atos foram convocados por movimentos sociais e pelas entidades CUT e UNE. Lula fez um discurso na manifestação da [[Avenida Paulista]], em São Paulo. Ele disse que "entrou no governo para fazer a coisa que tem que fazer" e que o restante do mandato de Dilma "é tempo suficiente para a gente virar esse país".<ref name="Protesto contra o impeachment em 18 de março"></ref>
Durante o processo, muitos atos públicos contra e a favor continuaram acontecendo.
=== Imprensa estrangeira e líderes mundiais===
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Logo após a aceitação do pedido, o jornal francês ''[[Le Figaro]]'' declarou que "A decisão de abrir o processo de ''impeachment'' arrisca afundar o Brasil em uma gravíssima crise política que pode paralisar por meses o gigante da [[América Latina]] (...)".<ref>{{Citar web |url=http://www.lefigaro.fr/flash-actu/2015/12/02/97001-20151202FILWWW00402-bresil-le-president-de-l-assemblee-veut-destituer-rousseff.php |título=Brésil: une procédure de destitution lancée contre Rousseff |publicado=Le Figaro |data=2 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> O italiano ''[[La Repubblica]]'' relatou que o processo era um confronto entre o Presidente da Câmara e a Presidente da República.<ref>{{Citar web |url=http://www.repubblica.it/esteri/2015/12/03/news/brasile_ok_a_impeachment_rousseff_la_presidente_e_indignata_-128675077/?refresh_ce |título=Brasile, ok a impeachment Rousseff. La presidente è "indignata" |publicado=La Repubblica |data=3 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> Da mesma forma, o ''[[Le Monde]]'' citou que a abertura do processo era um ato de vingança pessoal de Eduardo Cunha.<ref>{{Citar web |url=http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2015/12/03/au-bresil-dilma-rousseff-menacee-par-une-procedure-de-destitution_4822632_3222.html |título=La présidente du Brésil visée par une procédure de destitution |publicado=Le Monde |autor=Claire Gatinois |data=3 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
Em 18 de março de 2016, um editorial do ''
Em 23 de março, a
Os presidentes [[Evo Morales]], da [[Bolívia]], e [[Nicolás Maduro]], da [[Venezuela]], alertaram para o risco de um "golpe de Estado" contra Dilma.<ref>{{Citar web |url=http://brasil.elpais.com/brasil/2015/10/13/internacional/1444765165_136748.html |título=Maduro e Morales alertam para risco de “golpe de Estado” contra Dilma |publicado=El País |data=13 de outubro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> O uruguaio [[Tabaré Vázquez]] também declarou ser contrário ao afastamento de Dilma.<ref>{{Citar web |url=http://www.opovo.com.br/app/opovo/mundo/2015/12/22/noticiasjornalmundo,3552575/presidentes-prestam-apoio-a-dilma-contra-impeachment.shtml |título=Presidentes prestam apoio a Dilma contra impeachment |publicado=O Povo |data=22 de dezembro de 2015 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> Morales foi além e pediu uma reunião de emergência da [[União de Nações Sul-Americanas|UNASUL]] com o objetivo de defender a presidente brasileira.<ref>{{Citar web |url=http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/03/bolivia-pede-cupula-da-unasul-no-brasil-para-defender-dilma-e-lula.html |título=Bolívia pede cúpula da Unasul no Brasil para defender Dilma e Lula |publicado=G1 |obra=France Presse |data=19 de março de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> Em meados de março de 2016, a assessora de Segurança Nacional dos Estados Unidos, [[Susan Rice]], afirmou que "Os cidadãos estão levantando suas vozes em nome de princípios que estão na base das sociedades democráticas e justas, incluindo o Estado de Direito, o devido processo legal e [a necessidade de] prestação de contas".<ref>{{Citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-03/assessora-de-obama-diz-que-brasileiros-devem-contar-com-forca-das |título=Assessora de Obama diz que brasileiros devem contar com a força das instituições |publicado=Agência Brasil |obra=José Romildo |data=18 de março de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref> Poucos dias depois, o presidente norte-americano, [[Barack Obama]], avaliou que o "Brasil tem uma democracia madura, vai superar a crise e sair fortalecido."<ref>{{Citar web |url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-03/obama-brasil-tem-democracia-madura-vai-superar-crise-e-sair |título=Obama: Brasil tem democracia madura, vai superar crise e sair fortalecido |publicado=Agência Brasil |obra=Monica Yanakiew |data=23 de março de 2016 |acessodata=23 de março de 2016}}</ref>
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O advogado-geral da União, [[José Eduardo Cardozo]], contestou o relatório. Ele disse que as pedaladas fiscais não poderiam ser usadas para uma interferência no segundo mandato e que as alegações do relatório deveriam ser investigadas. Nas palavras dele: "Collor teve direito a uma CPI que o investigasse. Nós pedimos só o direito a sermos investigados antes que esse colegiado tome decisão inclusive fazendo referência a provas que nós advogados sempre repudiamos".<ref name="OAB">{{citar web |url=http://g1.globo.com/politica/processo-de-impeachment-de-dilma/noticia/2016/03/relator-na-oab-recomenda-apoio-impeachment-de-dilma.html |titulo=Relator na OAB recomenda apoio a impeachment de Dilma |publicado=G1 |autor=Renan Ramalho |data=18 de março de 2016 |acessodata=19 de março de 2016}}</ref>
Em 18 de março de 2016, a OAB, por 26 votos a
Esse novo pedido se concentraria na delação premiada do senador Delcídio do Amaral, no âmbito da Operação Lava Jato, mas também incluiria as pedaladas fiscais e a renúncia fiscal autorizada para a realização da [[Copa do Mundo FIFA de 2014|Copa do Mundo de 2014]]. Se Eduardo Cunha aceitasse o pedido da OAB, uma nova comissão teria que ser formada para dar início a um segundo processo de impedimento. No entanto, isso só deveria acontecer após o relatório da comissão baseada no primeiro pedido. A delação de Delcídio constava do processo corrente, mas a comissão decidiu retirá-la por entender que sua inclusão deveria ter sido feita pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, os autores do pedido que estava em questão.<ref>{{Citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2016-03-23/oab-apresentara-novo-pedido-de-impeachment-contra-dilma-rousseff.html |título=
===== Novo pedido de ''impeachment'' =====
Em 28 de março de 2016, a OAB enviou um novo pedido de ''impeachment'' à Câmara dos Deputados, apoiado por centenas de advogados, conselheiros federais e presidentes de seccionais. O presidente da Ordem,
==== Manifestações de Dilma Rousseff ====
[[Imagem:Dilma Rousseff durante entrevista coletiva em 11 de março de 2016.jpg|thumb|upright|175px|Dilma durante entrevista coletiva,
A presidente Dilma convocou uma entrevista coletiva no dia 11 de março de 2016. Dois dias antes, [[Aécio Neves]] havia sugerido que ela renunciasse como saída para as crises política e econômica. Em resposta, Dilma disse que não é adequado um líder da oposição sugerir a renúncia de um presidente eleito de forma legítima sem apresentar provas de que este infringiu a Constituição.<ref name="Dilma se pronuncia em entrevista">{{Citar web |autor= Filipe Matoso |url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/03/dilma-afirma-que-nao-renuncia-ao-mandato.html |título= Dilma afirma que não renuncia ao mandato |publicado=G1 |autor=Filipe Matoso |data=11 de março de 2016 |acessodata= 21 de março de 2016}}</ref>
Ela acrescentou que os que pediam a sua renúncia reconheciam que não havia uma base real para a saída voluntária do seu cargo, reduzindo tal pedido a interesses políticos. A
[[Imagem:A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia contra o impeachment em 31 de março de 2016.jpg|thumb|esquerda|Dilma durante cerimônia contra o ''impeachment'' no [[Palácio do Planalto]], em 31 de março.]]
No dia 22 de março, Dilma voltou a declarar enfaticamente que não renunciaria e classificou o processo de impedimento como um crime contra a democracia, durante um discurso no Palácio do Planalto. Segundo ela, o impedimento é um instrumento previsto na [[Constituição de 1988|Constituição]] para afastar um presidente que cometeu [[crime de responsabilidade]]. Sem que exista esse crime, o processo de impedimento se torna um crime contra a democracia. E completou: "Pode-se descrever um golpe de Estado com muitos nomes, mas ele sempre será o que é: a cultura da ilegalidade, atentado à democracia. Não importa se a arma do golpe é um fuzil, uma vingança ou a vontade de alguns de chegar mais rápido ao poder".<ref>{{Citar web |url=http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2016/03/22/dilma-diz-que-jamais-renunciara-e-que-impeachment-sem-crime-e-golpe.htm |título=Dilma diz que jamais renunciará e que impeachment sem crime é golpe |publicado=Uol |data=22 de março de 2016 |acessodata=22 de março de 2016}}</ref>
Em 24 de março, Dilma se encontrou com correspondentes de jornais estrangeiros e reafirmou que não iria renunciar. De acordo com o ''The New York Times'', Dilma recebeu repórteres do
====Quitação das pedaladas====
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==== Ministros e ex-ministros do STF ====
[[Imagem:Ministro Marco Aurélio STF.jpg|thumb|upright|[[Marco Aurélio Mello]] levantou dúvidas em relação ao processo de impedimento da presidente.]]
Na mesma data, a ministra [[Carmen Lúcia]] contestou a presidente Dilma Rousseff, a qual afirmou que o processo de ''impeachment'' contra ela era "ilegal" e "ilegítimo" e que havia um golpe em andamento. Segundo a ministra, o processo do ''impeachment'' não seria um golpe se a Constituição fosse respeitada. A ministra ainda defendeu a Operação Lava Jato ao afirmar que eram observadas rigorosamente a Constituição e as leis.<ref>{{citar web|url=http://blogs.oglobo.globo.com/faz-diferenca/post/ministra-carmen-lucia-defende-lava-jato.html |título=Ministra Cármen Lúcia afirma que Impeachment não é golpe |publicado=O Globo |data=23 de março de 2016 |acessodata=25 de março de 2016}}</ref>
Para o ex-ministro Em 24 de março, o ministro decano [[Celso de Mello]] defendeu que o ''impeachment'' não é um golpe e criticou as declarações do ex-presidente Lula sobre a Lava Jato. Ao ser questionado por uma ativista sobre o ''impeachment'', disse: "Essa resposta eu já dei no julgamento em dezembro de 2015, no Supremo Tribunal Federal (STF). Disse que o ''impeachment'' não pode ser reduzido a um mero golpe de estado porque o ''impeachment'' é um instrumento previsto na Constituição, que estabelece regras básicas. Se essas regras foram respeitadas, obviamente o ''impeachment'' não pode ser considerado um ato de arbítrio político e violência política". "É um instrumento legítimo pelo qual se objetiva viabilizar a responsabilização política de qualquer presidente da República, não importa quem seja, não importa a qual partido esta pessoa esteja filiada", completou.<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/brasil/em-depoimento-ativista-celso-de-mello-defende-impeachment-como-instrumento-legitimo-18961002 |título=Em depoimento a ativista, Celso de Mello defende impeachment como instrumento legítimo |publicado=O Globo |data=26 de março de 2016 |acessodata=26 de março de 2016}}</ref>
{{Rquote|left|"Apenas o delinquente esbraveja, grita, buscando encontrar apoio para evitar que a Constituição seja rigorosamente observada|afirmou o ex-ministro [[Eros Grau]].<ref>{{citar web |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,ex-ministro-do-stf-defende-legalidade-do-impeachment,10000023261 |título=Ex-ministro do STF defende legalidade no impeachment |publicado=Estadão |autor=Jamil Chade |data=26 de março de 2016 |acessodata=28 de março de 2016}}</ref>}}
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A divulgação da lista de políticos que receberam dinheiro da empresa [[Construtora Norberto Odebrecht|Odebrecht]] causou rumores de que o processo de impedimento estaria comprometido. A lista citava alguns dos oposicionistas que exigiam o impedimento de Dilma sobre a mesma base, isto é, por corrupção e envolvimento com a empreiteira. Entre eles, estavam Aécio Neves e o deputado [[Paulo Pereira da Silva]] (Solidariedade), um dos fundadores da frente parlamentar que exigia a saída antecipada da presidente. Ao todo, eram mais de duzentos políticos de dezoito partidos. Ainda não se sabia se o recebimento era de origem ilícita nem o motivo pelo qual foi divulgado sem a autorização da Justiça.<ref>{{citar web |url=http://www.oantagonista.com/posts/lembram-da-armadilha-bisol |título=Lembram da "armadilha Bisol"? |publicado=O Antagonista |data=24 de março de 2016 |acessodata=25 de março de 2016}}</ref><ref name= "Odebrecht">{{Citar web |url=http://www.mtnoticias.net/o-impeachment-de-dilma-morreu-apos-lista-da-odebrecht-citar-oposicao/ |título= O impeachment de Dilma morreu após lista da Odebrecht citar oposição? |publicado=MT Notícias |data=24 de março 2016 |acessodata=25 de março de 2016}}</ref>
Contudo, para o cientista político Lucas de Aragão, a lista não afetaria o processo porque as pedaladas fiscais eram uma razão suficiente para causar o impedimento. Além disso, o julgamento no Congresso seria político, não jurídico, e o PMDB seria o fator decisivo para o destino da presidente. E ainda, o Congresso não poderia suspender o processo em andamento. De acordo com Aragão, "
== Ver também ==
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== Ligações externas ==
*[http://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/128811/lei-do-impeachment-lei-1079-50 Lei do ''impeachment'' no Brasil]
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