Terceiro gênero: diferenças entre revisões
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O termo "terceiro" é geralmente entendido no sentido de "outro"; alguns [[antropologia|antropólogos]] e [[sociologia|sociólogos]] têm descrito um quarto<ref>Roscoe, Will (2000). ''Changing Ones: Third and Fourth Genders in Native North America''. Palgrave Macmillan ([[June 17]] [[2000]]) ISBN 0-312-22479-6<br />Ver também: Trumbach, Randolph (1994). ''London’s Sapphists: From Three Sexes to Four Genders in the Making of Modern Culture.'' In Third Sex, Third Gender: Beyond Sexual Dimorphism in Culture and History, editado por Gilbert Herdt, 111-36. New York: Zone (MIT).</ref>, quinto<ref name="Graham">Graham, Sharyn (2001), [http://www.insideindonesia.org/edit66/bissu2.htm Sulawesi's fifth gender], Inside Indonesia, April-June 2001.</ref> e muitos<ref name ="Martin">Martin, M. Kay and Voorhies, Barbara (1975). ''Supernumerary Sexes,'' chapter 4 of Female of the Species (New York: Columbia University Press, 1975), 23.</ref> gêneros.
O pesquisador da UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) Rainner Jerônimo Roweder define o terceiro gênero em sua pesquisa. Segundo ele, O terceiro gênero é uma alternativa neutralizante das diferenças geradas pelo gênero. Assim, aqueles que não se sintam estritamente masculinos ou femininos possuem uma terceira margem, denominada de terceiro gênero, que amplia a autonomia da personalidade, o espectro de liberdade e de controle do próprio corpo dos seres humanos. Com o terceiro gênero seria possível optar, ainda que temporariamente, por um gênero neutro, sem as amarras jurídicas ligas ao masculino ou ao feminino. Diferentemente da transsexualidade, que consiste na alternância entre os gêneros já existentes, a teoria do terceiro <ref>http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/BUBD-A3WFAK/disserta__o_rainner_roweder__1_.pdf?sequence=1</ref>gênero pretende abrir possibilidades inteiramente inovadoras, criando um novo gênero. Esse novo gênero não se identifica completamente nem com o masculino, nem com o feminino, nem com todas as suas derivações já vistas neste trabalho. Essa terceira opção, que vai além do masculino e do feminino, já começa a ser percebida em algumas nações desenvolvidas e denota uma evolução no conceito de gênero. Além do caso da Índia, percebe-se sensível alteração legislativa e judicial na Alemanha e na Austrália, permitindo a escolha de um terceiro gênero.
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