Evolução: diferenças entre revisões

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→‎Perspectivas sociais e culturais: Dissent from Darwinism vs Support for Darwinism
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Apesar de [[Nível de apoio à evolução|muitas religiões]] terem reconciliado as suas crenças com a evolução através de vários conceitos de [[Evolucionismo teísta|evolução teísta]], há muitos [[criacionismo|criacionistas]] que acreditam que a evolução é contraditória com as [[Cosmogonia|histórias de criação]] encontradas nas respectivas religiões.<ref>{{Citar web | url = http://www.answersingenesis.org/home/area/re1/chapter1.asp | titulo = Evolution & creation, science & religion, facts & bias | ultimo = Sarfati | primeiro = J | publicado = [http://www.answersingenesis.org/ Answers in Genesis] |acessodata=2007-04-16}}</ref> Tal como Darwin reconheceu desde cedo, o aspecto mais controverso do pensamento evolutivo é a sua [[Evolução humana|implicação para a origem dos seres humanos]]. Em alguns países, notavelmente os [[Estados Unidos]], as tensões entre os ensinamentos científicos e religiosos têm alimentado a [[controvérsia da criação vs. evolução]], um conflito religioso que foca na [[política|política do criacionismo]] e no ensino da evolução nas escolas públicas.<ref>{{Citar periódico | autor=Miller JD, Scott EC, Okamoto S | titulo=Science communication. Public acceptance of evolution | jornal=Science | volume=313 | numero=5788 | paginas=765—66 | ano=2006 | pmid=16902112}}</ref> Apesar de outros campos da ciência como [[cosmologia]]<ref name="wmap">{{Citar periódico | doi=10.1086/377226 | titulo=First-Year Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) Observations: Determination of Cosmological Parameters | primeiro=D. N. | ultimo=Spergel | coautores=et al. | jornal=The Astrophysical Journal Supplement Series | volume=148 | ano=2003 | paginas=175–94}}</ref> e [[ciências da Terra]]<ref name="zircon">{{Citar periódico | autor=Wilde SA, Valley JW, Peck WH, Graham CM | titulo=Evidence from detrital zircons for the existence of continental crust and oceans on the Earth 4.4 Gyr ago | jornal=Nature | volume=409 | numero=6817 | paginas=175–78 | ano=2001 | pmid=11196637}}</ref> também entrarem em conflito com a interpretação literal de muitos textos religiosos, muitos crentes religiosos opõem-se à biologia evolutiva.
 
Muitos criacionistas têm citado como referência de suas obras o documento [[:en:A_Scientific_Dissent_From_Darwinism|A Scientific Dissent from Darwinism]] para sustentar a falácia que a [[Comunidade científica|Comunidade Científica]] não está de acordo com a [[Teoria da evolução|Teoria da Evolução]]. A petição trata-se de um abaixo-assinado que, em 2007, após 6 anos de existência, continha aproximadamente 700 assinaturas de cientistas que não estão de acordo com a teoria, entre elas as de cientistas falecidos e muitos pesquisadores de áreas sem relação com as [[ciências da vida]]. Em contraste, uma contrapetição intitulada [[A Scientific Support for Darwinism]] <ref>{{Citar periódico|ultimo=Chang|primeiro=Kenneth|data=2006-02-21|titulo=Ask Science|jornal=The New York Times|issn=0362-4331|url=http://www.nytimes.com/2006/02/21/science/ask-science.html}}</ref>obteve, durante ''apenas quatro dias'' de 2005, assinaturas de 7.733 cientistas dando apoio e suporte<ref>{{Citar web|url=http://www.prnewswire.com/news-releases/thousands-of-scientists-sign-petition-opposing-the-teaching-of-intelligent-design-as-science-55486442.html|titulo=Thousands of Scientists Sign Petition Opposing the Teaching of Intelligent Design as Science|acessodata=2016-12-04|obra=www.prnewswire.com}}</ref>, onde, 68% destas assinaturas são de biólogos e campos relacionados com a [[biologia]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Nicolaidis|primeiro=Rafael|titulo=A pseudociência do design inteligente|jornal=Clinical & Biomedical Research|volume=36|numero=1|paginas=56–57|doi=10.4322/2357-9730.62277|url=http://dx.doi.org/10.4322/2357-9730.62277}}</ref>.
 
A evolução tem sido usada para posições filosóficas que propõe [[discriminação]] e o [[racismo]]. Por exemplo, as ideias [[eugenia|eugénicas]] de [[Francis Galton]] foram desenvolvidas para argumentar que o pool genético humano podia ser melhorado através de políticas de [[Seleção artificial|cruzamentos selectivos]], incluindo incentivos para aqueles considerados como "bom stock" para se reproduzirem, e [[esterilização compulsória]], [[teste pré-natal|testes pré-natais]], [[controlo da natalidade]] e inclusive [[Aktion T4|homicídio]] dos considerados "mau stock".<ref>{{Citar periódico | autor=Kevles DJ | titulo=Eugenics and human rights | url=http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?tool=pubmed&pubmedid=10445929 | jornal=[[British Medical Journal|BMJ]] | volume=319 | numero=7207 | paginas=435–8 | ano=1999 | pmid=10445929}}</ref> Um outro exemplo de uma extensão da teoria evolutiva que é reconhecida actualmente como indevida é o "[[Darwinismo social]]", um termo dado à teoria [[Malthusianismo|Malthusiana]] dos [[Whig]], desenvolvida por [[Herbert Spencer]] em ideias de "[[sobrevivência do mais apto]]" no comércio e nas sociedades humanas em geral, e por outros que reclamavam que a [[desigualdade social]], [[racismo]] e [[imperialismo]] eram justificados.<ref>Sobre a história da eugenia e da evolução, veja {{Referência a livro | autorlink = Daniel Kevles | autor = D Kevles | ano = 1998 | título = In the Name of Eugenics: Genetics and the Uses of Human Heredity | editora = Harvard University Press | id = ISBN 978-0-674-44557-4}}</ref> Contudo, cientistas e filósofos contemporâneos consideram que estas ideias não são nem mandatadas pela teoria evolutiva nem sustentadas por quaisquer dados.<ref>Darwin discordava completamente com as tentativas de Herbert Spencer e outros de extrapolar as ideias evolutivas para todos os temas possíveis; veja {{Referência a livro | autorlink = Mary Midgley | autor = M Midgley | ano = 2004 | título = The Myths we Live By | editora = Routledge | páginas = 62 | id = ISBN 978-0-415-34077-9}}</ref><ref>{{Citar periódico | autor=Allhoff F | titulo=Evolutionary ethics from Darwin to Moore | jornal=History and philosophy of the life sciences | volume=25 | numero=1 | paginas=51–79 | ano=2003 | pmid=15293515}}</ref>