Dirigível: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=dezembro de 2017}}
{{Aviação|imagem=LZ_127_Graf_Zeppelin_over_Rio.jpg|legenda=Dirigível [[LZ 127 Graf Zeppelin]] <br />sobre o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]].}}
'''Dirigível''' <ref name=aip>{{Citar web |url=http://www.aisweb.aer.mil.br/?i=publicacoes#aip |autor=BRASIL. COMAER. DECEA |publicado=AISWEB |título=AIP-BRASIL |página=ENR 1.6-2 (item 7.2, alínea b) |acessadoem=18 de abril de 2014}}</ref><ref name=priberam>{{Citar web |url=http://www.priberam.pt/dlpo/dirigível |título=Verbete "dirigível" |publicado=Dicionário Priberam da Língua Portuguesa |acessadoem=18 de abril de 2014}}</ref> é um [[aeróstato]] que pode ser controlado. Ao contrário dos [[aeródino]]s, os dirigíveis sustentam-se através de uma grande cavidade que é preenchida com um [[gás]] menos [[Densidade|denso]] que o [[ar]] [[atmosfera|atmosférico]], como por exemplo o gás [[hélio]] ou mesmo o [[inflamável]] gás [[hidrogênio]].
 
== História ==
 
{{Principal|Aerostação|História da aviação}}
{{Anexo|Cronologia da aviação}}
[[Ficheiro:Giffard1852.jpg|thumb|left|Balão dirigível de [[Henri Giffard]] de [[1852]].]]
[[Ficheiro:Annual report of the Board of Regents of the Smithsonian Institution (1901) - Flickr 18436256195.jpg|thumb|[[Alberto Santos Dumont]] contorna a [[Torre Eiffel]] com o Dirigível Nº 6 e vence o prêmio Deutsch (19 out 1901)]]
[[File:Le ballon dirigeable Pax.jpeg|thumb|O dirigível ''Pax'' de [[Augusto Severo]] em 1902.]]
[[Ficheiro:Uss los angeles airship over Manhattan.jpg|thumb|USS Los Angeles (1924-1932)]]
 
{{Imagem múltipla
A história dos dirigíveis se confunde com a da aviação. As primeiras experiências para tentar a conquista dos céus foram com balões de ar quente.
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| caption1 = <center>Balão dirigível de [[Henri Giffard]] de [[1852]].</center>
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| caption3 = <center>O dirigível ''Pax'' de [[Augusto Severo]] em 1902.</center>
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}}
 
A história dos dirigíveis se confunde com a da [[aviação]]. As primeiras experiências para tentar a conquista dos céus foram com balões de ar quente.
Um dos pioneiros foi o [[padre]] [[jesuíta]] luso-brasileiro, [[Bartolomeu de Gusmão]] que, em [[1709]], conseguiu fazer um [[balão]] de ar quente, o [[Passarola]], subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada. Teria sido em 5 de agosto de 1709, quando o padre Bartolomeu de Gusmão realizou, no pátio da [[Casa da Índia]], na cidade de [[Lisboa]], a primeira demonstração da Passarola. O balão pegou fogo sem sair do solo, mas, numa segunda demonstração, elevou-se a 95 metros de altura. Tratava-se de um pequeno balão de [[papel]] pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo "''fogo de material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada''". O evento teve como testemunha o [[Núncio Apostólico]] em [[Lisboa]] (o futuro [[papa Inocêncio XIII]]).
 
Um dos pioneiros foi o [[padre]] [[jesuíta]] [[luso-brasileiro]], [[Bartolomeu de Gusmão]] que, em [[1709]], conseguiu fazer um [[balão]] de ar quente, o [[Passarola]], subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada. Teria sido em 5 de agosto de 1709, quando o padre Bartolomeu de Gusmão realizou, no pátio da [[Casa da Índia]], na cidade de [[Lisboa]], a primeira demonstração da Passarola. O balão pegou fogo sem sair do solo, mas, numa segunda demonstração, elevou-se a 95 metros de altura. Tratava-se de um pequeno balão de [[papel]] pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo "''fogo de material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada''". O evento teve como testemunha o [[Núncio Apostólico]] em [[Lisboa]] (o futuro [[papa Inocêncio XIII]]).
 
Os irmãos franceses [[Irmãos Montgolfier|Jacques e Joseph Montgolfier]] seriam, 74 anos depois, os primeiros a desbravarem os céus. Construíram seu balão utilizando o mesmo princípio de Bartolomeu de Gusmão, sendo o primeiro balão tripulado de sucesso no ano de [[1783]]. O balão que possuía 32 m de circunferência e era feito de [[linho]] foi cheio com fumaça de uma fogueira de palha seca, elevou-se do chão cerca de 300 m, durante cerca de 10 minutos voando uma distância de aproximadamente 3 quilômetros.
 
Porém, tais engenhos satisfaziam apenas parcialmente o desejo de voar, pois não permitiam o voo controlado. As experiências continuaram ao longo do [[século 19]]. Alguns pioneiros da aviação procuraram adaptar [[Motor a vapor|motores a vapor]] (Giffard, [[1855]]) e [[Motor elétrico|motores elétricos]] movidos a baterias[[bateria (eletricidade)|bateria]]s (Renard e Krebs, [[1884]]) para resolver o problema da dirigibilidade. Tais tentativas mostraram-se infrutíferas, pois o peso excessivo de tais motores tornavam os engenhos impraticáveis. Somente o desenvolvimento do [[motor a explosão]], ao final do século XIX, permitiu resolver este problema a contento.
 
Em [[24 de setembro]] de [[1852]] em [[Paris]], ocorreu o primeiro voo de um balão dirigível. [[Piloto (aviação)|Pilotando]] o seu ''Hippodrome'', [[Henri Giffard|Jules Henri Giffard]], fez essa demonstração voando de [[Paris]], para [[Élancourt]].
 
Em [[8 de Novembro]] de [[1881]], o aeróstato ''Le Victoria'', do estudioso da dirigibilidade aérea brasileiro [[Júlio César Ribeiro de Sousa]],<ref>''Memórias sobre a navegação aérea.'' Julio Cezar Ribeiro de Souza & Luís Carlos Bassalo Crispino. Editora Universitária UFPA, 2003, ISBN 9788524702426 Adicionado em 16/08/2018.</ref> realizou um voo controlado em Paris. Ao testemunhar este voo, com vento contrário, o capitão [[Charles Renard]] diz: "''como eu lamento que o inventor não seja um francês!''"<ref>[https://books.google.com.br/books?id=SQ4oAQAAIAAJ&q=Como+eu+lamento+que+o+inventor+n%C3%A3o+seja+um+franc%C3%AAs&dq=Como+eu+lamento+que+o+inventor+n%C3%A3o+seja+um+franc%C3%AAs&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwi_2--t9_HcAhUCQZAKHTozDZkQ6AEIJzAA Google Livros] - ''Ciência E Cultura, Volumes 56-57''. [[Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência]], 2004, pág. 58, adicionado em 16/08/2018.</ref>
Em [[24 de setembro]] de [[1852]] em [[Paris]], ocorreu o primeiro voo de um balão dirigível. Pilotando o seu ''Hippodrome'', [[Henri Giffard|Jules Henri Giffard]], fez essa demonstração voando de [[Paris]], para [[Élancourt]].
 
Em [[9 de agosto]] de [[1884]], Charles Renard e, o também capitão, [[Arthur Constantin Krebs]], voam no balão ''La France''. Este acontecimento gerou polêmica, já que Júlio César Ribeiro de Sousa, acusou os capitães franceses de aproveitarem suas ideias, não lhe dando o devido crédito afirmando que o ''La France'' foi um [[plágio]].<ref>[https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&id=JdMpAQAAIAAJ&dq=Hist%C3%B3ria+geral+da+aeron%C3%A1utica+brasileira%2C+Volume+2&focus=searchwithinvolume&q=france+pl%C3%A1gio Google Livros] - ''História geral da aeronáutica brasileira, Volume 2.'' Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (Brazil). Editora Itatiaia, 1988, pág. 171. Adicionado em 16/08/2018.</ref>
Mais de três décadas depois, em [[9 de agosto]] de [[1884]], os capitães franceses: [[Charles Renard]] e [[Arthur Constantin Krebs]], voam no balão ''La France''.
 
Em outubro de [[1892]], o governo brasileiro concedeu um auxílio pecuniário para o político e inventor [[Augusto Severo de Albuquerque Maranhão]] fabricar o aeróstato dirigível de sua [[invenção]]. Augusto Severo chamou o dirigível de Bartholomeu de Gusmão. Introduzindo um conceito novo, o dirigível Bartolomeu de Gusmão era um aparelho semirrígido com um grupo propulsor integrado ao invólucro. O balão possuía aproximadamente 2.000m3, medindo 60m de comprimento. Foi trazido ao [[Brasil]] em março de [[1893]]. A falta do material previsto para construção da estrutura fez com que Severo alterasse o projeto, construindo a parte rígida do aparelho em [[bambu]]. Tratava-se de uma estrutura complexa que deveria suportar o motor elétrico com as baterias e os tripulantes e, além disso, apresentar resistência suficiente para aguentar os esforços durante o voo. Em 1894 o dirigível Bartholomeu de Gusmão realizou as primeiras ascensões ainda como balão cativo e mostrou-se estável e equilibrado, demonstrando que a concepção proposta por Severo era adequada para o voo. Porém, no voo do dirigível livre das amarras, a estrutura em bambu não aguentou os esforços e se partiu.<ref>'''Navegação aérea,''' ''Jornal do Commercio''. Rio de Janeiro: Propriedade de Rodrigues & Comp., n 6, sexta-feira, 6 jan. 1893, p. 1.</ref>
 
Em [[1898]], o brasileiro [[Santos Dumont|Alberto Santos Dumont]] mudou-se para a capital francesa com o propósito de se tornar [[aeronauta]]. Logo que chegou, mandou fazer um pequeno balão esférico, de [[seda]] japonesa - o ''Brasil'', com o qual voou com sucesso. Depois dessa experiência, resolveu encarar o maior desafio daquele momento: conferir dirigibilidade ao engenho, para que não voasse apenas ao sabor do vento. Assim, em setembro daquele ano, Santos Dumont construiu seu primeiro dirigível, que chamou de Nº 1. Ele tinha um motor a explosão (foi o pioneiro ao desenvolver dirigíveis usando motor à [[gasolina]], mais leve que os motores a vapor ou eletricidade empregados na época, contrariando as opiniões da época de que um balão de [[hidrogênio]] não poderia usar um motor assim) e possuía um balonete de ar para manter a pressão interna e o formato de charuto do balão.
 
Com a força do motor, o novo veículo podia se movimentar contra o [[vento]]. E, através de um sistema de pesos e contrapesos, mudava de direção. Para evitar que as fagulhas do motor entrassem em combustão com o hidrogênio, Santos Dumont virou o cano de escape para baixo e pendurou-o bem distante do balão. O seu balão nº 2, de 25 metros de comprimento, era provido de um motor de 1,5 [[Cavalo-vapor|CV]] de [[potência]], pesando 30&nbsp;kg, o qual girava uma [[hélice (aeronáutica)|hélice]] a 1.200 rotações por minuto. O nº 2 deslocava-se de forma lenta mas controlada na direção em que o brasileiro lhe apontava.
 
Em 2 de julho de  [[1900]], o  [[conde]]  alemão  [[Ferdinand von Zeppelin]]  fez o voo inaugural do  [[Zeppelin LZ1|LZ-1]], às margens do  [[lago Constança]], no sudoeste da  [[Alemanha]].
 
No dia 19 de outubro de [[1901]], o cobiçado [[Prêmio Deutsch]], no valor de 100.000 [[Franco (moeda)|francosFranco]]s, foi conquistado por Santos Dumont. Instituído pelo magnata do [[petróleo]] [[Henri Deutsch de la Meurthe]], o prêmio Deutsch seria concedido àquele que, entre 1º de maio de [[1900]] e 1º de outubro de [[1903]], circundasse a [[torre Eiffel]] em um tempo máximo de 30 minutos, partindo e retornando do campo de Saint-Cloud, por seus próprios meios e sem tocar o solo ao longo do percurso.
 
Em fins de [[1901]], [[Augusto Severo de Albuquerque Maranhão]] passou a dedicar-se à construção do novo dirigível que inventou, o [[Pax (dirigível)|Pax]].<ref>[http://www.invencoesbrasileiras.com.br/dirigivel-semi-rigido/ Invenções Brasileiras] - ''Dirigível semi-rígido.'' Acessado em 16/08/2018.</ref> Este novo dirigível era um desenvolvimento do seu anterior, o Bartholomeu de Gusmão, e Severo introduziu uma grande quantidade de inovações. No dia 12 de maio de [[1902]], tendo como mecânico de bordo o francês Georges Saché, o Pax iniciou seu voo saindo da estação de Vaugirard, em [[Paris]]. Elevou-se rapidamente, atingiu cerca de 400 metros. Realizou diversas evoluções que mostraram aos inúmeros espectadores que as ideias de Severo estavam corretas. Cerca de dez minutos após o início do voo, o Pax explodiu violentamente, projetando os dois tripulantes para o solo. Severo e Saché morreram na queda. Uma placa de mármore no número 81 da Avenue du Maine, em Paris, celebra hoje o local do acidente de Augusto Severo.<ref>{{citar livro|título = A História do Brasil nas Ruas de Paris|sobrenome = ASSUMPÇÃO|nome = Maurício Torres|edição = |local = Rio de Janeiro|editora = LeYa/Casa da Palavra|ano = 2014|página = 252|isbn = 978-85-7734-485-7}}</ref> O ''Pax'' representava uma nova concepção de dirigível. Até então, os aparelhos eram compostos de duas partes distintas, unidas por cordas ou fios de arame: o invólucro contendo o gás e a barca contendo o motor, local em que viajava o aeronauta. A separação entre os dois corpos causava um movimento oscilatório durante o voo e provocava considerável perda de velocidade, energia e capacidade de manobra, além de representar um fator permanente de acidentes. Severo concebeu seu aparelho como um todo rígido, fazendo coincidir o eixo de resistência ao avanço com o eixo de propulsão, instalando a hélice propulsora na extremidade posterior do eixo longitudinal que atravessava o envelope contendo o gás, fazendo com que a barca e o invólucro constituíssem um mesmo corpo. Dessa maneira, a oscilação era reduzida, diminuindo as perdas de velocidade, capacidade de manobra e superando uma das causas de freqüentes acidentes.<ref>{{citar web|url=http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/SEVERO,%20Augusto%20rr.pdf|titulo=SEVERO, Augusto|data=|acessodata=|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
A primeira aeronave pilotada por uma mulher, o foi o dirigível ''N-9'' de Santos Dumont. Este voo foi conduzido por [[Aída de Acosta]], em [[29 de Junho]] de [[1903]].<ref>{{en}} [http://www.airpower.au.af.mil/apjinternational/apj-s/2004/3trimes04/acostaeng.htm Airpower] - Aida de Acosta: The First Woman to Fly a Powered Airship. Acessado em [[7 de Junho]] de [[2012]].</ref><ref>{{pt}} [http://www2.anac.gov.br/certificacao/Diversos/Portug/SantosDumont-05.pdf ANAC] - As Namoradas de Santos=Dumont. Acessado em 7 de Junho de 2012.</ref>
 
[[Ferdinand von Zeppelin]]  gastou sua fortuna na criação de dirigíveis com estrutura rígida para transporte de passageiros. Já estava na bancarrota quando, em [[1908]], ganhou fama com o LZ-4, ao cruzar os [[Alpes]], numa viagem de 12 horas, sem escalas. Daí por diante, o conde von Zeppelin pôde contar com o dinheiro do governo alemão em suas façanhas e seus dirigíveis se transformaram em orgulho nacional. O conde von Zeppelin instituiu a primeira [[companhia aérea]], a alemã Companhia'' ZeppelinDeutsche Luftschiffahrts-Aktiengesellschaft'' (Delag[[DELAG]]), em 1909, com uma frota de cinco dirigíveis. Até 1914, quando iniciou a [[Primeira Grande Guerra]], foram mais de 150 mil quilômetros voados, 1600 voos e 37,3 mil passageiros transportados. Durante o conflito mundial, ao lado dos nascentes aviões, os dirigíveis alemães foram utilizados para bombardear Paris e a [[Inglaterra]]. Ao longo de sua vida, a Zeppelin construiu mais de 100 dirigíveis.
 
== Os grandes dirigíveis ("zeppelins") ==
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{{Principal|Zeppelin}}
 
[[Ficheiro:LuftskipetGraf "Norge"Zeppelin overboven Ekeberg, 14. april 1926 2Nederland.jpgogv|thumb|right|Dirigível italianoVídeo: [[NorgeLZ (dirigível)|Norge]],127 emGraf [[EkebergZeppelin]] ([[Noruega]]) em [[14 de abril]] de [[1926]]. Foi o primeiro dirigívelsobre a sobrevoar o [[Polo NorteHolanda]], em [[121 de maioOutubro]] de [[1926]] (ver: [[Aviação polar1929]]).]]
[[Ficheiro:Dirigivel Hindenburgo.jpg|thumb|right|O Dirigível Hindenburg sobre [[Lisboa]] em 1936.]]
[[Ficheiro:Hindenburg burning.jpg|thumb|O [[desastre do Hindenburg]] em [[6 de maio]] de [[1937]] em [[Nova Jersey]].]]
 
Um dos ícones da história da [[aerostação]] e aviação foi o dirigível [[LZ 127 Graf Zeppelin]], construído em 1928. O [[Graf Zeppelin]] possuía 213 m de comprimento, 5 motores, transportava de 20 a 24 passageiros e cerca de 36 tripulantes. O primeiro voo de longa distância aconteceria em outubro de [[1928]], ligando [[Frankfurt]] a [[Nova York]] em 112 horas. Caberia ao [[Graf Zeppelin]] a primazia de ser o primeiro objetoaparelho voador a dar a volta ao mundo. A epopéia, em sete etapas, seria feita em [[1929]], percorrendo 33 mil quilômetros.
 
O [[Graf Zeppelin]] foi construído pela ''[[Deutsche Zeppelin-Reederei]]'', empresa fundada por [[Ferdinand Von Zeppelin]], em [[1928]], e percorreu mais de 500 mil quilômetros, transportando pelo menos 17 mil pessoas.
[[Ficheiro:Graf Zeppelin boven Nederland.ogv|thumb|left|Vídeo: [[LZ 127 Graf Zeppelin]] sobre a [[Holanda]] em [[1 de Outubro]] de [[1929]].]]
 
O [[LZ129 Hindenburg]] era o orgulho da [[engenharia aeronáutica]] alemã, e considerado o modelo mais espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O Hindenburg possuía 245 m de comprimento, 41,5 m de [[diâmetro]], voava a 135&nbsp;km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em [[New Jersey]], nos [[Estados Unidos]] em [[6 de maio]] de [[1937]], antes de pousar na [[base aérea]] de [[Lakehurst]], perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da era dos dirigíveis rígidos.
O [[Graf Zeppelin]] foi construído pela Deutsche Zeppelin-Reederei, empresa fundada por [[Ferdinand Von Zeppelin]], em [[1928]], e percorreu mais de 500 mil quilômetros, transportando pelo menos 17 mil pessoas.
 
O [[LZ 129 Hindenburg]] era o orgulho da engenharia alemã, e considerado o modelo mais espetacular fabricado pela Deutsche Zeppelin-Reederei. O [[Hindenburg]] possuía 245 m de comprimento, 41,5 m de [[diâmetro]], voava a 135&nbsp;km/h com autonomia de 14 mil quilômetros e tinha capacidade para conduzir 50 passageiros e 61 tripulantes. O modelo explodiu em [[New Jersey]], nos [[Estados Unidos]] em [[6 de maio]] de [[1937]], antes de pousar na [[base aérea]] de [[Lakehurst]], perecendo dos 97 ocupantes (36 passageiros e 61 tripulantes), 13 passageiros, 22 tripulantes e um técnico americano em solo, no total de 36 pessoas. O desastre marcou o fim da era dos dirigíveis rígidos.
 
O LZ 127 [[Graf Zeppelin]] foi descomissionado em 1937, ficando em exposição pública até [[1940]], quando então ele e o novo LZ -130 Graf Zeppelin II, foram desmantelados. Assim como o [[hangar]] especificamente construídos para eles no [[aeroporto de Frankfurt]].
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Depois de 1937, a companhia americana [[Goodyear]] continuou a fabricá-los nos [[Estados Unidos]]. Ao contrário dos dirigíveis rígidos alemães, esses outros modelos tinham um balão maleável, feito de derivados de [[borracha]] e inflado com gás [[hélio]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], a [[Marinha dos Estados Unidos]] utilizou-os para acompanhar navios e detectar [[submarino]]s inimigos. Esses "blimps", como passaram a ser chamados, misturavam conceitos dos dirigíveis de Santos Dumont e do conde Zeppelin e foram os que resistiram ao tempo e ressurgiram na [[década de 1980]] como instrumento [[Publicidade|publicitário]].
 
{{Gallery
==Tipos==
| title =
===Dirigível rígido===
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|Imagem:Luftskipet "Norge" over Ekeberg, 14. april 1926 2.jpg|Dirigível italiano [[Norge (dirigível)|Norge]], em [[Ekeberg]] ([[Noruega]]) em [[14 de abril]] de [[1926]]. Foi o primeiro dirigível a sobrevoar o [[Polo Norte]], em [[12 de maio]] de [[1926]] (ver: [[Aviação polar]]).
|Imagem:Dirigivel Hindenburgo.jpg|O Dirigível Hindenburg sobre [[Lisboa]] em 1936.
|Imagem:Hindenburg burning.jpg|O [[desastre do Hindenburg]] em [[6 de maio]] de [[1937]] em [[Nova Jersey]].
}}
 
== Tipos ==
 
=== Dirigível rígido ===
 
Esta é a designação dos dirigíveis que possuem armações rígidas que contêm várias cavidades ou balões de gás não pressurizado para prover a elevação, por exemplo, os zeppelins. Dirigíveis rígidos não dependem de pressão interna para manter a sua forma.
 
=== Dirigível não rígido ===
 
Esta é a designação dos dirigíveis que usam uma quantidade de pressão excessiva para manter sua forma.
 
=== Dirigível semirrígido ===
 
Esta é a designação dos dirigíveis que fazem uso da pressão interna para manter a forma, mas possuem algumas armações articuladas em torno do fundo do balão para distribuir a suspensão da carga e manter a pressão do balão relativamente baixa (em relação aos não rígidos).
 
=== Dirigível "metal-clad" ===
 
Esta é a designação dos dirigíveis que possuem características dos dirigíveis rígidos e não rígidos, utilizando um balão de [[metal]] muito fino e hermético, em vez do balão de [[borracha]] fechado conforme o habitual. Só há dois exemplos de dirigíveis deste tipo, o balão de alumínio de Schwarz de [[1897]], e o ZMC-2, construído na mesma época.
 
=== Dirigível híbrido ===
 
Este é um termo geral para uma [[aeronave]] que combina características de ser mais pesada que o ar ([[avião]] ou [[helicóptero]]) e mais leve que a [[tecnologia]] aérea. Exemplos incluem helicópteros/dirigíveis híbridos pretendidos para aplicações de elevação de cargas pesadas e dirigíveis dinâmicos pretendidos para viajar a longas distâncias. Nenhum dirigível híbrido prático que pudesse transportar pessoas foi construído até então. Porém, foram propostos muitos modelos e alguns protótipos foram construídos.
 
== Terminologia ==
 
===Aeróstato===
=== Aeróstato ===
 
{{Principal|Aerostação|Aeróstato}}
 
Aeróstato é a designação dada às aeronaves mais leves que o ar, onde se incluem os balões e os dirigíveis.<ref name="ege">Ege (1973).</ref>
 
=== Dirigível ===
 
Originalmente chamados de "balões dirigíveis", da palavra {{lang|fr|''dirigible''}}, significando "controlável" ou "navegável". Isso foi resumido para "dirigível" e esse termo continuou sendo usado.<ref>Ege (1973), Page 11.</ref> No uso moderno, o termo "[[balão]]", geralmente se refere à [[aeróstato]]s sem motor.
 
=== Airship ===
Na língua inglesa, os termos: "airship", "air-ship", "air ship" e "ship of the air" foram usados nos primeiros anos da aeronáutica, designavam qualquer tipo de máquina voadora controlável ou "navegável".<ref>[http://texashistory.unt.edu/ark:/67531/metapth172915/ US patent 467069 - "Air-ship" referring to a compound aerostat/rotorcraft.]</ref><ref>Ezekiel Airship (1902) [http://www.wright-brothers.org/History_Wing/History_of_the_Airplane/History_of_the_Airplane_Intro/History_of_the_Airplane_Intro.htm wright-brothers.org][http://altereddimensions.net/2012/burrell-cannon-flies-first-airplane altereddimensions.net] "airship,"- referring to an HTA aeroplane.</ref><ref>[http://gustavewhitehead.org/news_journalism/1901_-_flying.html The Bridgeport Herald, August 18, 1901] {{Wayback|url=http://gustavewhitehead.org/news_journalism/1901_-_flying.html |date=20130803021718 }} - "air ship" referring to Whitehead's aeroplane.</ref><ref>Cooley Airship of 1910, also called the Cooley monoplane.[http://www.wright-brothers.org/History_Wing/Aviations_Attic/UFOs/UFOs.htm][http://celticowboy.com/Round%20Aircraft%20Designs.htm] {{Wayback|url=http://celticowboy.com/Round%20Aircraft%20Designs.htm |date=20120402075442 }}- a heavier-than-air monoplane.</ref><ref>Frater, A.; ''The Balloon Factory'', Picador (2009), Page 163. - Wright brothers' "airship."</ref><ref>[http://www.technovelgy.com/ct/content.asp?Bnum=879 George Griffith, ''The angel of the Revolution'', 1893 - "air-ship," "vessel" referring to a VTOL compound rotorcraft]</ref> Em 1919 [[Frederick Handley Page]] se referia a eles como "ships of the air", e os menores como "air yachts."<ref>[http://paperspast.natlib.govt.nz/cgi-bin/paperspast?a=d&d=AS19190224.2.104 Auckland Star, 24 February 1919, "Ships of the air," "Air yachts" - passenger landplanes large and small]</ref> Na década de 1930, os grandes hidroaviões intercontinentais, também eram chamados de "ships of the air" ou "flying-ships".<ref>[http://trove.nla.gov.au/ndp/del/article/17455790 The Sydney Morning Herald, Monday 11 April 1938] - "ship of the airs," "flying-ship," referring to a large flying-boat.</ref><ref>[http://airandspace.si.edu/exhibitions/america-by-air/online/innovation/innovation16.cfm Smithsonian, America by air] "Ships of the Air" referring to Pan Am's Boeing Clipper flying-boat fleet.</ref> Hoje em dia, "airship" é usado apenas para balões controláveis e motorizados, com subtipos classificados como: rígidos, semirrígidos e não rígidos.<ref name="ege" />
 
Na língua inglesa, os termos: "airship", "air-ship", "air ship" e "ship of the air" foram usados nos primeiros anos da aeronáutica, designavam qualquer tipo de máquina voadora controlável ou "navegável".<ref>[http://texashistory.unt.edu/ark:/67531/metapth172915/ US patent 467069 - "Air-ship" referring to a compound aerostat/rotorcraft.]</ref><ref>Ezekiel Airship (1902) [http://www.wright-brothers.org/History_Wing/History_of_the_Airplane/History_of_the_Airplane_Intro/History_of_the_Airplane_Intro.htm wright-brothers.org][http://altereddimensions.net/2012/burrell-cannon-flies-first-airplane altereddimensions.net] "airship,"- referring to an HTA aeroplane.</ref><ref>[http://gustavewhitehead.org/news_journalism/1901_-_flying.html The Bridgeport Herald, August 18, 1901] {{Wayback|url=http://gustavewhitehead.org/news_journalism/1901_-_flying.html |date=20130803021718 }} - "air ship" referring to Whitehead's aeroplane.</ref><ref>Cooley Airship of 1910, also called the Cooley monoplane.[http://www.wright-brothers.org/History_Wing/Aviations_Attic/UFOs/UFOs.htm][http://celticowboy.com/Round%20Aircraft%20Designs.htm] {{Wayback|url=http://celticowboy.com/Round%20Aircraft%20Designs.htm |date=20120402075442 }}- a heavier-than-air monoplane.</ref><ref>Frater, A.; ''The Balloon Factory'', Picador (2009), Page 163. - Wright brothers' "airship."</ref><ref>[http://www.technovelgy.com/ct/content.asp?Bnum=879 George Griffith, ''The angel of the Revolution'', 1893 - "air-ship," "vessel" referring to a VTOL compound rotorcraft]</ref> Em 1919 [[Frederick Handley Page]] se referia a eles como "ships of the air", e os menores como "air yachts."<ref>[http://paperspast.natlib.govt.nz/cgi-bin/paperspast?a=d&d=AS19190224.2.104 Auckland Star, 24 February 1919, "Ships of the air," "Air yachts" - passenger landplanes large and small]</ref> Na década de 1930, os grandes [[Hidroavião|hidroaviões]] intercontinentais, também eram chamados de "ships of the air" ou "flying-ships".<ref>[http://trove.nla.gov.au/ndp/del/article/17455790 The Sydney Morning Herald, Monday 11 April 1938] - "ship of the airs," "flying-ship," referring to a large flying-boat.</ref><ref>[http://airandspace.si.edu/exhibitions/america-by-air/online/innovation/innovation16.cfm Smithsonian, America by air] "Ships of the Air" referring to Pan Am's Boeing Clipper flying-boat fleet.</ref> Hoje em dia, "airship" é usado apenas para balões controláveis e motorizados, com subtipos classificados como: rígidos, semirrígidos e não rígidos.<ref name="ege" />
===Blimp===
Um "blimp" é um aeróstato não rígido. É um termo geralmente usado nos [[Estados Unidos]], associado à tipos específicos de dirigíveis. Na [[Grã-Bretanha]] o termo se refere à qualquer aeróstato não rígido, incluindo [[Balão barragem|balões de barragem]] e [[Balão de observação|balões de observação]], que tenham um formato comprido e aletas estabilizadoras na cauda.<ref>Wragg, D,; ''Historical Dictionary of Aviation'', History Press (2008) Page 27.</ref>
 
===Zeppelin Blimp ===
 
Um "blimp" é um aeróstato não rígido. É um termo geralmente usado nos [[Estados Unidos]], associado à tipos específicos de dirigíveis. Na [[Grã-Bretanha]] o termo se refere à qualquer aeróstato não rígido, incluindo [[Balão barragem|balões de barragem]] e [[Balão de observação|balões de observação]], que tenham um formato comprido e [[flap]]s estabilizadoras na cauda.<ref>Wragg, D,; ''Historical Dictionary of Aviation'', History Press (2008) Page 27.</ref>
{{artigo principal|[[Zepelim]]}}
 
=== Zeppelin ===
 
{{Principal|[[Zepelim]]}}
 
O termo "zeppelin" é uma "[[marca genérica]]", que originalmente se referia aos dirigíveis fabricados pela empresa alemã [[Luftschiffbau-Zeppelin GmbH]], que foi pioneira no uso de grandes dirigíveis nos primeiros anos do [[século XX]]. As iniciais "LZ", de ''Luftschiff Zeppelin'' (Dirigível Zeppelin), normalmente eram usas como prefixo na identificação de seus modelos.
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Hoje em dia, em algumas culturas (línguas) os termos ''zeppelin'' e ''dirigível'' são usados com o mesmo significado, ou seja, um tipo específico de dirigível rígido.
 
== Construção ==
 
[[Imagem:Usn-airships.jpg|thumb|right|250px|Balões e dirigíveis da marinha dos Estados Unidos em 1931: ao fundo, o ''ZR-3'', na frente dele, da esquerda para a direita, o ''J-3'', o ''K-1'', o ''ZMC-2'', na frente deles o balão de observação "Caquot", e mais a frente, balões livres usados para treinamento.]]
 
As duas principais partes constituintes de um dirigível, são o seu "envelope" de armazenamento de gás e a gôndola ou estrutura similar pendurada sob ele com capacidade de levar a tripulação e outros equipamentos. Os motores podem ser montados na gôndola ou em qualquer outra parte do "envelope".
 
=== Estrutura ===
 
A estrutura básica de um dirigível, pode ser: rígida, semirrígida ou não rígida, como já descrito.
 
=== Envelope ===
 
O "envelope" é a superfície externa, geralmente envolvendo uma ou mais bolsas de ar dentro dele.
 
Aletas[[Aleta]]s na traseira do envelope estabilizam o dirigível, permitindo que ele voe em linha reta. Em alguns desenhos menores, essas aletas são parte integrante da bolsa de gás e só assumem o seu formato quando infladas.
 
Alguns poucos dirigíveis, do tipo [[Dirigível metal-clad|metal-clad]], tendo sido construídos exemplares rígidos e não rígidos. Cada um usando um "envelope" de metal fino no lugar do mais comum tecido emborrachado. Até onde se sabe, apenas quatro desse tipo de dirigível foram construídos, e desses, apenas dois efetivamente voaram: o [[David Schwarz (inventor)|Schwarz]], primeiro dirigível de alumínio rígido de 1893, que foi danificado durante a preparação para seu segundo voo;<ref name=Dooley>[[#Dooley|Dooley]], A.185-A.186 citing Robinson, pp.2-3 collapsed on inflation</ref> e o [[ZMC-2]], dirigível não rígido, construído para a [[Marinha dos Estados Unidos]], tendo voado de 1929 a 1941, quando ele foi sucateado por ser muito pequeno para uso operacional em operações da patrulha [[Guerra antissubmarino|antissubmarino]];<ref>[http://nasgi.org/zmc2.htm NAS Grosse Ile], NASGIVM. 2006.</ref> enquanto em 1929, o dirigível ''City of Glendale'' da empresa ''Slate Aircraft Corporation'' foi danificado na sua primeira tentativa de voo.<ref>National Air and Space Museum, Smithsonian Institution. 2008. [http://siris-archives.si.edu/ipac20/ipac.jsp?uri=full=3100001~!270817!0 Slate Aircraft Corporation City of Glendale Negatives, Accession number 2006-0039]</ref><ref>City of Glendale. [http://www.ci.glendale.ca.us/GCATG/pages/photo_album/1920s_3.htm Photo Album]. Retrieved 3 September 2008. {{Wayback|url=http://www.ci.glendale.ca.us/GCATG/pages/photo_album/1920s_3.htm |date=20140528121332 }}</ref> Ambos os dirigíveis "não rígidos", tinham envelopes feitos de metal, enquanto eles mantinham seu formato quando estavam vazios, necessitavam de muito mais pressão durante o voo.
 
=== Gás de sustentação ===
 
Os primeiros dirigíveis usavam [[hidrogênio]] como seu gás de [[impulsão]], que é o mais leve disponível. Normalmente, ele era gerado durante o processo de enchimento, reagindo [[ácido sulfúrico]] com limalhas de metal. O primeiro balão de hidrogênio de 1783 usava limalha de ferro na reação, enquanto o [[British Army Dirigible No 1|Nulli Secundus]] de 1907, usava limalha de zinco.
Os primeiros dirigíveis usavam [[hidrogênio]] como seu gás de [[impulsão]], que é o mais leve disponível. Normalmente, ele era gerado durante o processo de enchimento, reagindo [[ácido sulfúrico]] com limalhas de metal. O primeiro balão de hidrogênio de 1783 usava limalha de [[ferro]] na reação, enquanto o [[British Army Dirigible No 1|Nulli Secundus]] de 1907, usava limalha de [[zinco]].
 
Mais tarde, os Estados Unidos começaram a usar [[hélio]], pelos fatos dele não ser inflamável e ter 92,7% da capacidade de [[impulsão]] do hidrogênio. Depois de uma série de desastres com dirigíveis na década de 1930, especialmente o [[LZ 129 Hindenburg#Desastre|desastre do Hindenburg]], a partir do qual o hidrogênio deixou de ser usado.
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Dirigíveis térmicos usam um gás aquecido com gás de sustentação, geralmente ar, de maneira semelhante aos [[Balão de ar quente|balões de ar quente]]. O primeiro desse tipo que voou em 1973, foi construído pela empresa britânica [[Cameron Balloons]].<ref>"Jane's All the World's Aircraft 1980-81", Pages 609-610</ref>
 
=== Gôndola ===
[[Imagem:Modern airship gondola.jpg|thumb|right|250px|Uma [[gôndola]] equipada com duas hélices.]]
 
[[Imagem:Modern airship gondola.jpg|thumb|right|250px|<center>Uma [[gôndola]] equipada com duas hélices.</center>]]
O termo "gôndola" nesse contexto, é usado para descrever o compartimento dos passageiros dos dirigíveis, que fica pendurado em baixo do centro do "envelope". As gôndolas podem ser pequenas para motores e trens de pouso, ou maiores, para comportar passageiros. As primeiras gôndulas eram estruturas abertas penduradas abaixo dos envelopes, as que vieram depois, eram fechadas e presas diretamente à estrutura interna. Um dirigível não rígido, carrega todos os passageiros numa gôndola, já um dirigível rígido pode carregar passageiros e cargas dentro do envelope. O grande dirigível ''Graf Zeppelin'' se caracterizava por uma pequena gôndola de passageiros na dianteira para favorecer a observação do solo. A maior parte dos aposentos da tripulação e espaço de carga ficavam dentro do envelope.
 
O termo "gôndola" nesse contexto, é usado para descrever o compartimento dos passageiros dos dirigíveis, que fica pendurado em baixo do centro do "envelope". As gôndolas podem ser pequenas para motores e [[Trem de pouso|trens de pouso]], ou maiores, para comportar passageiros. As primeiras gôndulas eram estruturas abertas penduradas abaixo dos envelopes, as que vieram depois, eram fechadas e presas diretamente à estrutura interna. Um dirigível não rígido, carrega todos os passageiros numa gôndola, já um dirigível rígido pode carregar passageiros e cargas dentro do envelope. O grande dirigível ''Graf Zeppelin'' se caracterizava por uma pequena gôndola de passageiros na dianteira para favorecer a observação do solo. A maior parte dos aposentos da tripulação e espaço de carga ficavam dentro do envelope.
===Propulsão e controle===
 
Pequenos dirigíveis levam seus motores nas suas gôndulas. Quando existem vários motores em grandes dirigíveis, eles são colocados em naceles separadas.<ref name="Brew, 1998, engine cars" >{{citar livro|título=Sunbeam Aero-engines |último =Brew |primeiro =Alec |ano=1998 |ref=harv |publicado=Airlife |isbn=1-84037-023-8 |páginas=41, 43, 92}}</ref> Para permitir impulso assimétrico ser usado para manobras, essas naceles são montadas nas laterais dos envelopes, distantes da linha central da gôndola. Isso também as mantem distantes do solo, reduzindo o risco de as hélices atingirem o solo durante o pouso. Nessa disposição essas naceles são conhecidas em inglês como ''wing cars''.<ref name="Brew, 1998, engine cars" />
=== Propulsão e controle ===
 
Pequenos dirigíveis levam seus motores nas suas gôndulas. Quando existem vários motores em grandes dirigíveis, eles são colocados em [[nacele]]s separadas.<ref name="Brew, 1998, engine cars" >{{citar livro|título=Sunbeam Aero-engines |último =Brew |primeiro =Alec |ano=1998 |ref=harv |publicado=Airlife |isbn=1-84037-023-8 |páginas=41, 43, 92}}</ref> Para permitir impulso assimétrico ser usado para manobras, essas naceles são montadas nas laterais dos envelopes, distantes da linha central da gôndola. Isso também as mantem distantes do solo, reduzindo o risco de as [[hélice (aeronáutica)|hélice]]s atingirem o solo durante a [[aterrissagem]]. Nessa disposição essas naceles são conhecidas em inglês como ''wing cars''.<ref name="Brew, 1998, engine cars" />
 
Essas naceles de motor, levavam uma tripulação durante o voo para fazer as manutenções necessárias, mas que também trabalhavam nos controles de direção e aceleração e etc. As instruções eram enviadas a eles da cabine de comando por intermédio de um sistema de comunicação, como num navio.<ref name="Brew, 1998, engine cars" />
 
Enquanto hélices giratórias e de elevação, fornecem o "controle fino" de altitude, grandes mudanças de altitude eram normalmente obtidas liberando gás para perder altitude ou liberando [[lastro (transporte)|lastro]] para ganhar altitude. Grandes dirigíveis, geralmente carregavam vários tanques de água na frente e atrás, permitindo o ajuste longitudinal e também a altitude. Alguns desenhos mais modernos, bombeiam gás de cilindros de armazenamento para aumentar a altitude.
 
== Imagens ==
 
{{Gallery
<gallery widths=150px heights=150px>
| title =
Museo Aeronáutico y del Espacio 07.JPG|[[Modelo físico|Modelo]] em [[escala (medidas)|escala]] 1:10 do balão [[Passarola]] ([[1709]]) de [[Bartolomeu Lourenço de Gusmão]], exposto no [[Museo Nacional Aeronáutico y del Espacio]] ([[Santiago do Chile]]).
| lines = 4
USS Akron under construction, nov 1930.jpg|Construção do dirigível americano [[USS Akron (ZRS-4)|USS Akron]] em [[1930]], que serviu de [[nave-mãe]] para [[aeronave parasita|eronaves parasitas]].<ref>[http://www.airvectors.net/avparsit.html Air Vectors] - ''The Parasite Fighters.'' Greg Goebel, 1 de julho de 2014, {{en}}, página visitada em 19 de janeiro de 2016.</ref>
| width = 240
Beardmore Tornado diesel engine from R101.JPG|[[Motor diesel]] de oito [[Cilindro (motor)|cilindros]] [[Beardmore Tornado]], do dirigível [[britânico]] [[R101]], em [[exposição]] no [[Science Museum (Londres)]].
| height = 170
Hala sterowcowa Torun (2).jpg|Hangar de dirigíveis em [[Toruń]], [[Polônia]] (c. 1915).
|Imagem:Museo Aeronáutico y del Espacio 07.JPG|[[Modelo físico|Modelo]] em [[escala (medidas)|escala]] 1:10 do balão [[Passarola]] ([[1709]]) de [[Bartolomeu Lourenço de Gusmão]], exposto no [[Museo Nacional Aeronáutico y del Espacio]] ([[Santiago do Chile]]).
Shenandoah controls.jpg|[[Cabine de pilotagem|Cabine de comando]] do dirigível [[USS Shenandoah (ZR-1)|USS Shenandoah]] (1919-1925) e...
|Imagem:USS Akron under construction, nov 1930.jpg|Construção do dirigível americano [[USS Akron (ZRS-4)|USS Akron]] em [[1930]], que serviu de [[nave-mãe]] para [[aeronave parasita|eronaves parasitas]].<ref>[http://www.airvectors.net/avparsit.html Air Vectors] - ''The Parasite Fighters.'' Greg Goebel, 1 de julho de 2014, {{en}}, página visitada em 19 de janeiro de 2016.</ref>
Blimp cockpit.jpg|...a cabine de um dirigível moderno ([[2009]]).
|Imagem:Beardmore Tornado diesel engine from R101.JPG|[[Motor diesel]] de oito [[Cilindro (motor)|cilindros]] [[Beardmore Tornado]], do dirigível [[britânico]] [[R101]], em [[exposição]] no [[Science Museum (Londres)]].
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|Imagem:Hala sterowcowa Torun (2).jpg|Hangar de dirigíveis em [[Toruń]], [[Polônia]] (c. 1915).
|Imagem:Shenandoah controls.jpg|[[Cabine de pilotagem|Cabine de comando]] do dirigível [[USS Shenandoah (ZR-1)|USS Shenandoah]] (1919-1925) e...
|Imagem:Blimp cockpit.jpg|<center>...a cabine de um dirigível moderno ([[2009]]).</center>
}}
 
== Novos projetos ==
 
[[Imagem:A-N400.jpg|thumb|right|250px|O dirigível A-N400, durante testes para a marinha francesa.]]
 
A era dos grandes dirigíveis encerrou-se abruptamente em 6 de maio de [[1937]], quando o luxuoso [[LZ129 Hindenburg|Hindenburg]], caiu em chamas durante o pouso em New Jersey, nos EUA, matando boa parte da tripulação e alguns passageiros.
 
Mas, passadas algumas [[década]]s, eles podem estar prestes a alçar voo novamente. Os novos projetos, iniciados em várias partes do mundo, também herdaram características dos modelos originais. Mas são, de longe, máquinas muito mais avançadas.
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A primeira providência que todas as empresas tomam é usar o gás hélio no lugar do explosivo gás hidrogênio. A outra é incorporar os avanços tecnológicos dos aviões, como os modernos instrumentos computadorizados de orientação de voo.
 
A própria companhia Zeppelin, agora denominada ''[[Luftschiffbau-Zeppelin GmbH]] (ZLT)'' também resolveu investir numa nova linha de dirigíveis no início dos [[década de 1990|anos 90]]. Em setembro do ano de [[1999]], realizou o voo de seu primeiro [[protótipo]], o LZ N07. Seguindo a tradição da fábrica, o corpo do balão tem estrutura rígida, que combina tubos de [[alumínio]] com [[fibra de carbono]], mas é bem menor que os do passado, com 68 metros de comprimento. A cobertura foi concebida com a ajuda de um [[computador]] e a gôndola de passageiros lembra a cabine de um jatinho, mas com muito mais espaço entre as 12 poltronas de passageiros. Os mecânicos trabalharam intensamente nos motores, projetados para se voltar para frente e, também, para baixo, de modo a estabilizar o dirigível enquanto ele é amarrado em seu [[mastro]] no solo. A importância desse detalhe está no fato de que os antigos zepelins requeriam 200 [[soldado]]s para segurá-los nosnas pousos[[Pista de pouso e nasdecolagem|pistas de pouso e decolagensdecolagem]].
 
Também a Hamilton Airship, da [[África do Sul]], está investindo no projeto de um dirigível transoceânico, o Nelson. Ele não tem gôndola: as [[Cabine de pilotagem|cabines de comando]] e de passageiros ficam dentro do próprio balão. A ideia é levar 90 pessoas na rota [[Johannesburgo]]-[[Nova York]].
 
=== Transporte de cargas pesadas ===
 
Duas empresas, a [[Reino Unido|britânica]] ATG e a alemã [[AG CargoLifter]], apostam na ressurreição dos gigantes mais leves do que o ar como forma de se inserir no crescente mercado de transporte intercontinental de cargas pesadas.
Duas empresas, a [[Reino Unido|britânica]] ATG ([[Aviation Technology Group]]) e a alemã [[AG CargoLifter]], apostam na ressurreição dos gigantes mais leves do que o ar como forma de se inserir no crescente mercado de transporte intercontinental de cargas pesadas.
 
O [[Cargolifter CL 160]], com 242 metros de comprimento, poderá carregar 160 [[tonelada]]s e peças de até 50 metros de comprimento, numa imensa gôndola de carga. Com isso, resolverá problemas como o transporte de uma [[Turbina hidráulica|turbina]] de [[hidroelétrica]], sem paralisar o tráfego nas [[rodovia]]s. Impulsionado por cinco [[Motor a diesel|motores diesel]], consome a quarta parte do [[combustível]] de um [[jato]] de carga. É claro que os jatos superam em muito sua velocidade de cruzeiro, que varia de 80 a 135&nbsp;km/h. Mas nenhum transporte termina no [[aeroporto]]. Então, computando-se o tempo de retirada da carga para embarcar num [[caminhão]] ou [[trem]], o CL 160 ganha a corrida.
Este projeto terminou por [[falência]] financeira. Acredita-se que o seu súbito encerramento foi devido à disputas internas na [[Alemanha]] Federal, cujo Governo é um dos maiores acionistas da [[Airbus]].
 
Outro megaprojeto de dirigível voltado para transporte de cargas é o [[SkyCat 1000]], da ATG, que mede 307 metros, mais que quatro Jumbos[[Jumbo (avião)|Jumbo]]s 747 alinhados. Foi pensado para carregar até mil toneladas de carga. Diferente dos dirigíveis tradicionais, seu envelope parece um [[pão]] achatado, com 136 metros de largura e 77 metros de altura. Suas seis [[turbina]]s de 15 mil [[horse power|hp]] o impulsionarão a máximos 110 [[Nó (unidade)|nós]]s (203&nbsp;km/h) numa altitude de cruzeiro de 2.700 metros. Com carga total, o SkyCat 1000 terá autonomia de 10 mil km, podendo cruzar o [[Atlântico Norte]] duas vezes sem reabastecimento.
 
Uma empresa brasileira chamada Airship do Brasil também desenvolve projetos para dirigíveis para transporte de cargas pesadas, visando atender regiões com pouca [[infraestrutura]].
 
== No Brasil ==
 
{{Principal|Balonismo do Brasil|Hangar do Zeppelin}}
[[Ficheiro:Torre do Zeppelin - Jiquia - Recife.JPG|thumb|A [[Torre do Zeppelin]], no [[Recife]] em [[Pernambuco]], foi a primeira estação aeronáutica para dirigíveis da [[América do Sul]], e é o único objeto do seu tipo ainda de pé no [[mundo]].<ref>{{citar web|url=http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=120&Itemid=1|título=Zepelim|publicado=Fundaj|acessodata=8 de julho de 2015}}</ref>]]
 
Em [[1930]], o [[LZ 127 Graf Zeppelin]] fez sua primeira viagem ao [[Brasil]], chegando a cidade do [[Recife]], no [[estado de Pernambuco]], em [[21 de maio]]. O primeiro brasileiro a viajar nele foi o engenheiro e [[escritor]] [[Vicente Licínio Cardoso]]. Este voo iniciou uma regular e bem sucedida rota comercial entre o [[Brasil]] e [[Alemanha]]. Inicialmente, devida a ausência de instalações adequadas no [[Campo dos Afonsos]], na [[Rio de Janeiro (cidade)|cidade do Rio de Janeiro]], nestes primeiros anos de operação o [[Graf Zeppelin]], atracava na cidade do Recife onde os passageiros eram desembarcados, e seguiam viagem para o Rio de Janeiro em aviões da empresa aérea [[Syndicato Condor]]. Até hoje a estação de atracação de dirigíveis em Recife, oa [[Torre do Zeppelin]] foi preservada.
 
Funcionários da empresa alemã ''[[Luftschiffbau-Zeppelin GmbH]]'' viajaram ao [[Brasil]] em [[1933]] para selecionar um local apropriado às operações de [[Aterrissagem|pouso]], [[decolagem]] e armazenamento dos gigantescos zeppelins. Após realizarem um detalhado estudo [[climatologia|climatológico]], levando em consideração, principalmente, a velocidade e direção dos [[vento]]s, optou-se pelo uso de uma área próxima à [[Baía de Sepetiba]], no [[estado do Rio de Janeiro]]. A área, que media 80.000m², foi cedida pelo Ministério da Agricultura.
 
No período de um ano foi erguido um enorme [[hangar]] para abrigo dos dirigíveis, que mais tarde recebeu o nome de [[Aeródromo]] [[Bartolomeu de Gusmão]]. Foi instalada também no local, uma usina produtora de gás hidrogênio para abastecimento dos dirigíveis, além de um [[ramal ferroviário]] que poderia transportar os passageiros do centro da cidade do Rio de Janeiro até o aeródromo.
 
Em [[26 de dezembro]] de [[1936]], a instalação foi inaugurada, contando com uma linha regular de transportes aéreos que fazia a ligação entre o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] e a cidade de [[Frankfurt]], na Alemanha, com escala em [[Recife]]. Em abril de 1936, o [[maestro]] [[Heitor Villa-Lobos]] embarcou no [[LZ- 129 [[Hindenburg|Hindengurg]] em direção a [[Europa]].
 
O hangar foi utilizado por pouco tempo, sendo que em [[1938]] suas atividades foram encerradas. Dos nove voos da linha aérea alemã ligando o Brasil à Europa nesse curto período, quatro dessas viagens foram realizadas pelo [[Hindenburg]] e as outras cinco pelo [[Graf Zeppelin]].
 
Em [[1942]], o Aeródromo Bartolomeu de Gusmão foi transformado na [[Base Aérea de Santa Cruz]].
 
=== Atualmente ===
 
[[Ficheiro:Zeppelin NT im Flug.jpg|thumb|<center>[[Zeppelin NT]], um dirigível moderno.</center>]]
 
Atualmente no Brasil, dirigíveis a base de gás [[hélio]] são utilizados com [[Publicidade|fins publicitários]] e para realização de transmissões de [[TV]] em eventos esportivos.
[[Ficheiro:Zeppelin NT im Flug.jpg|thumb|[[Zeppelin NT]], um dirigível moderno.]]
Atualmente no Brasil, dirigíveis a base de gás [[hélio]] são utilizados com fins publicitários e para realização de transmissões de [[TV]] em eventos esportivos.
 
A mais famosa dessas aeronaves possui o nome de [[Ventura (dirigível)|Ventura]], sendo mais conhecido como "''[[dirigível da [[Goodyear]]''", por ser de propriedade dessa fabricante de [[pneu]]s.
 
O Brasil ganhou importância no cenário mundial dos dirigíveis com a empresa [[Airship do Brasil]], que está desenvolvendo dirigíveis para transporte de grandes cargas.
Linha 206 ⟶ 252:
* [[LZ 129 Hindenburg]]{{clr}}
 
{{referências|col=23}}
 
== Ligações externas ==
 
==Ligações externas==
*{{Link |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/almanaque/mundo_07mai1937.htm |título=O dirigível "Hindenburg" incendiou-se em Lakehurst |acessodata=18 de abril de 2014}}
*{{Link |url=http://www.tribunadonorte.com.br/especial/histrn/hist_rn_11j.htm |título=A Epopéia da Aviação: O Grande Projeto de Augusto Severo |descr=Artigo do Jornal Brasileiro Tribuna do Norte |acessodata=18 de abril de 2014}}