Estação Ferroviária de Lisboa-Santa Apolónia: diferenças entre revisões

{{Infobox estação REFER|

|estação=Lisboa - Santa Apolónia [[Arquivo:IPcomboio2.jpg|40px]]

|inauguração=1 de Maio de 1865

|linha=[[Linha do Norte]] (PK 0,000)

|coroa=L

|serviços ferroviarios=[[Imagem:Logo CP 2.svg|20x20px]][[File:BSicon LSTR green.svg|x12px]][[InterCidades|IC]][[File:BSicon LSTR blue.svg|x12px]][[Alfa Pendular|AP]][[File:BSicon LSTR pink.svg|x12px]][[Sud-Express|SE]][[File:BSicon LSTR red.svg|x12px]][[File:BSicon LSTR brown.svg|x12px]][[Lusitânia Comboio Hotel|LCH]][[InterRegional|IR]][[File:BSicon LSTR orange.svg|x12px]][[Regional (CP)|R]][[File:BSicon LSTR yellow.svg|x12px]][[CP Lisboa|U]]

}}

{{ver desambig|a estação de metropolitano com o mesmo nome|Estação Santa Apolónia}}

A '''Estação Ferroviária de Lisboa-Santa Apolónia''', gerida pela [[Infraestruturas de Portugal]], é uma interface da [[Linha do Norte]], que serve a cidade de [[Lisboa]], em [[Portugal]]. Originalmente planeada como uma gare ferroviária e fluvial<ref name=CFR1996:11/>, entrou ao serviço apenas como uma gare provisória em 28 de Outubro de 1856, quando foi inaugurado o primeiro lanço de via férrea em Portugal, até ao [[estação do Carregado|Carregado]].<ref name=Gazeta1475/> Só em Outubro de 1862 é que se iniciaram as obras da estação definitiva<ref name=CFP1996:27/>, que foi inaugurada em 1 de Maio de 1865.<ref name=Santos328>SANTOS, 1989:328</ref> A estação de Santa Apolónia perdeu muito do seu protagonismo com a abertura da [[Gare do Rossio]] em 1891, que passou a reunir todo o tráfego de passageiros de longa distância.<ref name=Gazeta89/> Foi alvo de importantes obras de ampliação nas décadas de 1930<ref name=Gazeta1154/><ref name=Gazeta1130/> e 1940<ref name=Gazeta1463/> Nos anos 50, os serviços de longo curso voltaram a Santa Apolónia, levando a grandes obras de modificação na estação para acolher comboios de maior comprimento.<ref name=Gazeta1611/>

{{TOC-limitado}}

 

==Descrição==

===Localização e acessos===

Situa-se na freguesia de [[São Vicente (Lisboa)|São Vicente]] em Lisboa, com acesso pela [[Avenida Infante Dom Henrique (Lisboa)|Avenida Infante Dom Henrique]].<ref>{{citar web|url=http://www.cp.pt/passageiros/pt/consultar-horarios/estacoes/lisboa-santa-apolonia|título=Lisboa Santa Apolónia|acessodata=21 de Novembro de 2014| publicado=Comboios de Portugal}}</ref>

* Linha 6 (Topo Norte do lado do rio): partidas e chegadas Regional;

* Linha 7 (Topo Norte do lado do rio): partidas e chagadas Urbanos.

A Linha 4 (Via Central) é uma via de resguardo não efetuando serviço comercial.

 

==História==

{{artigo principal|História da Linha do Norte}}

===Século XIX===

====Antecedentes e primeiros projectos====

{{quote2|''A Companhia de Zarzuela que estava no Teatro dos Recreios veio para cá no mesmo comboio em que eu vim. Na estação do caminho-de-ferro, em Santa Apolónia, a sala de espera cheia. Eram as cantoras, os cantores, os coristas de um e de outro sexo, e o corpo de baile. Elas, envoltas nas mantilhas, sobraçando sacos, trouxas de roupa e chapeleiras de papelão. Eles, de jaleco, com o chapéu carregado sobre o olho, sem gravata, barba por fazer e cigarro no beiço. Jovens lusitanos, em trajo de esperar touros, estão no bota-fora, e prestam serviços às belas, segurando os sacos, os rolos dos agasalhos e as bocetas de cartão. Conspícuos governadores civis e graves candidatos a deputados, que tinham vindo à corte conferenciar com o governo, circulam com ar austero [...] por entre o rebuliço da multidão. As vozes agudas das mulheres espanholas soltam no ar girândolas de perguntas e de respostas, cruzadas em diálogos através da atmosfera da sala, impregnada de um possante cheiro castelhano de gordura e de alho. «Os senhores passageiros queiram subir para as carruagens; o comboio vai partir.» A estas palavras a multidão encapela-se na direcção do comboio como um movimento de vaga. Trocam-se abraços e beijos, entre risadas estrídulas e nasais repicando como castanholas. [...] Dentro de algumas carruagens ouvem-se harpejos beliscados nas guitarras, que principiam a afinar. Por baixo dos vestidos arregaçados, pés curtos e ligeiros saltam aos estribos, e formas curvas, de uma elegância adunca, embebem-se para dentro do trem. Batem, caindo sucessivamente, os fechos das portinholas. A sineta da estação dá o sinal da partida. Abalámos finalmente, ao som das seguidillas entoadas nas carruagens de segunda classe e dos «adeuses» repetidos na gare entre acenos de chapéus e de lenços brancos.''|autor=Ramalho Ortigão, ''As Farpas'', p. 131-132}}

 

==Ver também==

*[[Comboios de Portugal]]