Revolta de Vila Rica: diferenças entre revisões

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Jvbignacio9 (discussão | contribs)
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:''As Gerais estão levantadas!''
 
O Conde, então, compreendeu que a situação chegara ao limite extremo e procurou ganhar tempo. Respondendo que faria as concessões, condicionou entretanto que a ordem fosse refeita. Comprometeu-se também a convocar uma ''Junta Geral'' para deslindar as questões todas – mas a manobra não foi aceita pelos rebelados.<ref name=asm/> No dia 2 de julho<ref name=asm/> os revoltados partem todos até onde estava o Conde, a passos largos e clamando que o povo tinha de ser atendido.<ref name=pc/> O conde, entretanto, sem prever o desenrolar dos fatos, procurou fortificar-se em sua residência, aquartelando ali os soldados, pois acharajulgava prudente não se afastar dali.<ref name = asm/> Pedira reforços ao Rio de Janeiro e,<ref name=pc/> de imediato, ao saber que a multidão partira de Vila Rica, enviou um dos seus tenentes e a Câmara da Vila do Carmo para recebê-la à entrada da cidade.<ref name=asm />
 
A turba entra pacificamente na Vila, postando-se na praça diante do palácio do Governador onde, numa das janelas, Assumar fala a todos de modo conciliador e, para decepção dos líderes, é aclamado pela multidão. Novamente é enviado José Peixoto que, na sala de audiências, volta a apresentar as reivindicações por escrito, às quais se somaram o perdão geral, em nome do Rei e outros pedidos menores. A cada item, respondia o Conde: "''deferido como pedem''"<ref name=asm/>
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Ordenou o Conde aos Dragões que prendessem os cabeças do movimento: Pascoal da Silva, Manuel Mosqueira da Rosa, Sebastião da Veiga Cabral e alguns frades.<ref name=asm />
 
Antes que a Vila reagisse contra a prisão dos líderes, Assumar penetrou na cidade com todo o seu contingente, surpreendendo-a, a 16 de julho. Filipe dos Santos pregava a revolta diante das portas da igreja de [[CachoeiraCpensoeira do Campo|CachoeiraCpensoeira]] do Campo, quando foi aprisionado e, em [[Sabará]], foi capturado Tomé Afonso Pereira que ali conclamava a reação.<ref name=asm/> Ludibriados, os partidários do levante ainda tentaram alguma represália, mas nada adiantou, com a chegada das tropas de Assumar, lideradas pelo sargento-mor Manuel Gomes da Silva.
 
O Conde então agiu com vingança e violência, mandando incendiar as casas dos rebelados, o incêndio alastrando-se e destruindo ruas inteiras do arraial que hoje leva o nome de "''Morro da Queimada''",<ref name=asm/>{{Nota de rodapé|Pedro Calmon dá o nome do lugar como ''Morro da Queimada'', op. cit. – embora Aquino consigne ''Morro dos Queimados''. Como se poderá ver adiante sobre o Parque Arquelógico criado em 2005, seguiu-se a denominação usada pelo primeiro.}} que era onde ficava a residência de Pascoal da Silva.<ref name=pc/> Outras ruas também foram consumidas pelo fogo.<ref name=aquino/>