Adesão da Turquia à União Europeia: diferenças entre revisões

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| site = [http://ec.europa.eu/enlargement/candidate-countries/turkey/index_en.htm ec.europa.eu/…]
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A [[Turquia]] fez o seu pedido de adesão à [[União Europeia]] (UE) a 14 de Abrilabril de 1987. Desde 1963 (altura em que assinou o Acordo de Ancara<ref>{{Citar web | url=http://www.elmundo.es/elmundo/2004/12/17/internacional/1103293216.html |título=La Unión Europea y Turquía llegan a un acuerdo sobre las condiciones para negociar la adhesión | acessodata=22 de julho de 2011 | data=17 de Dezembro de 2004 | publicado=[[El Mundo (Espanha)|El Mundo]] |língua=es}}</ref>) que a Turquia tem tentado desenvolver relações mais estreitas, primeiro com a CEE ([[Comunidade Económica Europeia]]) e depois com a sua sucessora, a União Europeia.
 
No ano de 1995, a Turquia assinou um acordo de [[união aduaneira]] com a União Europeia e, a 12 de Dezembrodezembro de 1999, foi reconhecida oficialmente como candidata. Em 3 de Outubrooutubro de 2005, foram iniciadas as negociações formais para a plena adesão da Turquia à União Europeia.<ref name=abgs1>{{Citar web | url=http://www.abgs.gov.tr/en/tur-eu_relations_dosyalar/chronology.htm | arquivourl=https://web.archive.org/web/20070515022203/http://www.abgs.gov.tr/en/tur-eu_relations_dosyalar/chronology.htm | arquivodata=2007-05-15 | titulo=Chronology of Turkey-EU relations | publicado=Turkish Secretariat of European Union Affairs | acessodata=28 de dezembro de 2010 | língua=en | urlmorta=yes }}</ref> No entanto, poderão demorar em torno de dez anos para estarem completas, principalmente devido a entraves por parte de alguns líderes europeus.<ref>{{Citar web | url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1920882,00.html | publicado=[[Time (revista)|TIME]]| título=Fifty Years On, Turkey Still Pines to Become European |língua=inglês| data=8 de Setembro de 2009}}</ref>
 
== História ==
=== Antecedentes ===
Desde de que surgiu como estado independente, logo depois da desintegração do [[Império Otomano]], depois do final da [[Primeira Guerra Mundial]], que a Turquia tem desenvolvidodesenvolve uma política de aproximação, tanto política como cultural, à civilização ocidental. O território, que atualmente corresponde ao estado turco, foi a base da civilização da era anterior até ao {{séc|XV}} da nossa era. A partir daí, a zona esteve sob domínio da cultura muçulmana, representada pelo [[Império Otomano]], que chegou a ocupar grande parte da costa do mar [[Mediterrâneo]], desde o norte de África até aos [[Balcãs]], passando pelo [[Médio Oriente]] e chegando, num momento, até às "portas" de [[Viena]].
 
Como resultado desta situação e com o passar dos séculos, a cultura ocidental e a religião cristã passaram a formar parte de uma minoria de cidadãos que convivia de maneira pacífica, numa região sobre domínio otomano na zona da Europa correspondente ao atual território turco. [[Mustafa Kemal Atatürk]] assumiu o controle do novo país, após o desaparecimento do império, introduzindo novas medidas revolucionárias, que mudaram num par de décadas vários costumes sociais, levando o país pelo caminho marcado pelas instituições de caráter ocidental.<ref name="embassyhistory">{{Citar web|url=http://www.turkishembassy.org/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=235|publicado=Turkishembassy.org|título=Turkey and EU|língua=inglês|autor=Embassy of the Republic of Turkey (Washington, DC)|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070927211417/http://www.turkishembassy.org/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=235|arquivodata=2007-09-27|acessodata=2011-09-10|urlmorta=yes}}</ref>
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[[Imagem:UE TURK1.png|right|220px]]
 
Apesar dasde as reformas terem um caráter europeu, a população turca continua fiel à sua cultura e religião. As várias reformas implementadas já se enraizaram na população turca, especialmente na população das grandes cidades do país. As várias gerações têm seguidoseguem a linha política marcada por Atatürk e desenvolvido um sentimento cada vez maiorcrescente de união com a Europa.{{Conteúdo parcial}}
 
A aproximação cultural foi acompanhada por um aumento das relações comerciais e políticas. Atualmente a [[União Europeia]] é o principal parceiro comercial da Turquia. Desde a sua criação, nos anos de 1950, a UE passou por váriasvários alargamentos que fizeram aumentar o seu número de membros desde os 6 originais até aos 28 atuais. A Turquia manifestou desde o começo dos anos 1960 o seu desejo de fazer parte deste grupo. Com o Acordo de Ancara de [[1963]] e o seu protocolo adicional de 1970, fixaram-se os objetivos fundamentais para associação e a instauração de uma união econômica em três fases. Um dos objetivos principais do acordo, foi o de estabelecer a livre circulação de trabalhadores, que, no entanto, não se conseguiu concretizar, devido, em parte, a razões socioeconômicas.
 
Depois de décadas de conversações, o primeiro-ministro turco [[Recep Tayyip Erdoğan]], impulsionou múltiplas medidas reformistas encaminhas especialmente para colocar o Estado turco em sintonia com os parâmetros impostos pela UE, para acolher a Turquia como um Estado de pleno direito dentro dana União. Dentro dasNas reformas destaca-se a abolição da [[pena de morte]] e um projeto gradual em relação aos direitos da população [[Curdos|curda]] do leste do país.
 
Estas reformas, entre muitas outras, serviram para a Comissão Europeia aconselhar o Conselho da União Europeia a iniciar o processo de negociação para o ingresso da Turquia na UE. No entanto, ninguém sabe por quanto tempo se vão estender estas negociações e é provável que o ingresso do país na UE se dê apenas dez anos depois. Calcula-se que no momento da adesão definitiva, a população muçulmana da UE aumente dos 5% atuais para cerca de 20% da população total{{carece de fontes|data=abril de 2017}}.
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Para os otimistas, a Turquia tem importantes pontos a favor da sua entrada para a UE, principalmente porque a população do país sente-se maioritariamente europeia, embora as pesquisas mais recentes mostrem uma tendência contrária. Além disso, o ex-[[Presidente da Turquia|presidente turco]] [[Abdullah Gül]], que tem um perfil europeu e favorável às reformas políticas e econômicas da adesão da Turquia à UE. É considerado por alguns analistas como um feito positivo para o avanço do processo.
 
Por outro lado, a economia turca cresceu a um ritmo superior a 5% por ano desde 2001. Trata-se do maior período de crescimento na história do país. Em 2006, a economia turca cresceu 6%. Segundo a [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico]] (OCDE), a abertura de negociações dinamizaria a economia turca e impulsionaria o investimento estrangeiro. A Turquia, atualmente possui o maior índice de crescimento de toda a zona da OCDE, apenas a seguir ao [[Chile]], e a adesão à UE iria responder ao interesse das duas partes, sem contar que a UE foi muito golpeada pela [[crise económica de 2008]], e a Inclusão da Turquia na UE, revitalizaria a delicada economia da UE.
 
Em 2006, o presidente da Comissão Europeia [[José Manuel Durão Barroso]], disse que o processo de adesão da Turquia irá durar até 2021.<ref>{{citar web |url=http://ec.europa.eu/commission_barroso/president/pdf/interview_20061015_en.pdf |publicado=ec.europa.eu |formato=PDF|título=Interview with European Commission President Jose Manuel Barroso on BBC Sunday AM |língua=inglês|acessodata=13 de abril de 2007}}</ref> Em decorrência da [[primavera Árabe]], o governo turco tem sido questionada pelos membros da zona do [[euro]] por violar os [[direitos humanos]].<ref name=eurodialogue.eu>{{citar web|título=Turkey-EU relations exponentially decelerated especialy after Gezi Park protests|url=http://www.eurodialogue.eu/Turkey-EU-relations-exponentially-decelerated-especialy-after-Gezi-Park-protests|acessodata=3 de maio de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151208160807/http://www.eurodialogue.eu/Turkey-EU-relations-exponentially-decelerated-especialy-after-Gezi-Park-protests|arquivodata=2015-12-08|urlmorta=yes}}</ref><ref name=academia.edu2>{{citar web|título=Turkish Foreign Policy after Gezi Park Protests|url= http://www.academia.edu/3853176/Turkish_Foreign_Policy_after_Gezi_Park_Protests|website=academia.edu|acessodata=3 de maio de 2015}}</ref>