Negacionismo da ditadura militar brasileira: diferenças entre revisões

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O '''negacionismo da ditadura militar brasileira'''<ref>Coelho, Ana Lucia Santos; Belchior, Ygor Klain. [https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/63540435/Ensino_de_Historia_Medieval_e_Historia_Publica_202020200605-40531-1bnfqo0.pdf?1591388692=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DEnsino_de_Historia_Medieval_e_Historia_P.pdf&Expires=1619747871&Signature=SGGBy16m3XGvouUy0VKFcS52-eqaTqqM-OF7P3ts8je~ujAl9DC4M7k9G7J-z4y06FxwfPWPIT8XMGaAVUR-pHGA6LP1ptgbL4JzUf7hsxghg0wNjeGoyy3MoJpYeQSGBxqL6CuSawhBJP2R78ru9X52hSCiA4rykLLbX9ylCTlJwMWbbAHFw7snL4fpcAzn1CqUa3LR5QoudEXa~5VlSqY3muQeCq~noZawA2xb6TwZPYFjzN4lbuLlPIii3silrAtQawpxNsImYO3HMCjjc9pXJcniRQrKYQCn14GNCzYsvxvv2iKyBr24JcC0EZVkMxRlhet0wLwiH~SMOeYMaQ__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA#page=12 A EXTREMA-DIREITA BRASILEIRA E SUA VISÃO (IDEOLÓGICA) DA CAVALARIA MEDIEVAL]. In Bueno, André; Birro, Renan; Boy, Renato. '''Ensino de História Medieval e história Pública'''. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Sobre Ontens/UERJ, 2020. 199 p. ISBN: 978-65-00-02127-1.</ref><ref>COUTO NETO, Geraldo Homero do. [[A “nova direita” no youtube: conservadorismo e negacionismo histórico sobre a ditadura militar brasileira]]. '''Revista Ágora''', n. 29, p. 83-103, 2019. ISSN: 1980-0096.</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Gomes |primeiro=Wilson |url=https://revistacult.uol.com.br/home/revisando-a-ditadura-militar/ |titulo=Revisando a ditadura militar |data=2018-07-10 |acessodata=2021-04-30 |website= |publicado='''Revista Cult''' |lingua=pt-BR}}</ref><ref>PINHA, Daniel. [https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/transversos/article/download/50330/33250 DITADURA CIVIL-MILITAR E FORMAÇÃO DEMOCRÁTICA COMO PROBLEMAS HISTORIOGRÁFICOS: INTERROGAÇÕES DESDE A CRISE]. '''Revista TransVersos''', n. 18, p. 37-63, 2020</ref> é um tipo de [[Negacionismo|negacionismo histórico]] brasileiro.<ref name=":0">{{Citar periódico |titulo=O negacionismo renovado e o ofício do Historiador |lingua=pt |pagina= |publicado= |ultimo2=Gandra |primeiro2=Edgar Avila |ultimo=Jesus |primeiro=Carlos Gustavo Nóbrega de |doi=10.15448/1980-864X.2020.3.38411 |url=https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/iberoamericana/article/view/38411 |acessodata= |numero=3 |paginas=e38411–e38411 |issn=1980-864X |data=2020-12-16 |jornal=Estudos Ibero-Americanos |citacao=O discurso de tais militares se aproximava ao dos negacionistas do Holocausto, pois ambos negavam fatos limites, ou seja, acontecimentos que estão comprovados empiricamente, como por exemplo, a tortura, o golpe e a própria ditadura. No entanto, o que ambos os grupos buscavam era negar a memória dos seus oponentes, para legitimar suas próprias memórias, construídas segundo interesses políticos e ideológicos, provocando novo embate pelo passado. Se escoravam em máximas simplistas e generalistas, como a de que as rememorações dos judeus ou dos torturados pela ditadura civil-militar não estavam imunes às emoções dos ressentimentos ocasionados pelos traumas ocorridos, o que é mais do que evidente pois, a memória forma-se de tais “feridas abertas, interrogações atuais e palpitantes sobre certos períodos que ‘não passam’”...}}</ref><ref name="motta">{{Citar web |ultimo=Motta |primeiro=Márcia Maria Menendes |autorlink=Márcia Motta |url=https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/04/veto-a-historia.shtml |titulo=Veto à história |data=2020-04-29 |acessodata=2021-01-05 |website=Folha de S.Paulo |publicado= |lingua=pt-BR |citacao=Com efeito, a despeito de tudo que já foi escrito, no Brasil e no exterior, sobre a Ditadura Militar, por exemplo, o presidente insiste em comemorar o 31 de março com o slogan “a revolução democrática de 1964”. Ninguém que tenha estudado história e possa formar opinião sólida neste terreno defenderia a ditadura negando seu caráter autoritário. A defesa da censura prévia, da tortura e de torturadores não é nem opinião, nem exercício de liberdade de expressão, é um crime e assim deveria ser tratado.}}</ref><ref name="dw">{{Citar web|url=https://www.dw.com/pt-br/o-negacionismo-hist%C3%B3rico-como-arma-pol%C3%ADtica/a-48060402 |titulo=O negacionismo histórico como arma política|data=03-04-2019 |acessodata=2021-01-05 |website=Deutsche Welle}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=La dictadura cívico-militar brasileña en los discursos de Jair Bolsonaro: usos del pasado y negacionismo |url=https://revistas.unlp.edu.ar/RRII-IRI/article/view/7479 |jornal=Relaciones Internacionales |data=2019-12-09 |issn=2314-2766 |paginas=37–51 |numero=57 |doi=10.24215/23142766e070 |lingua=es |primeiro=Caroline Silveira |ultimo=Bauer |publicado= |pagina= |citacao=El negacionismo, al realizar apología a la dictadura, refuerza marcadores de exclusión en la sociedad brasileña. Una frase que se repite mucho en Brasil es “qué bueno que era vivir en la dictadura” y trae entrelíneas la visión de una sociedad que valoriza la autoridad, la jerarquía y prácticas de control y represión en que los papeles sociales de mujeres, negros, gays y pobres son preestablecidos e inmutables. De cierta manera, Bolsonaro ha convencido a su electorado de que las minorías les han robado el espacio identitario, uno indivisible e inmutable, de lo que se considera “brasileño”. |acessodata=}}</ref>
 
Busca interditar e suprimir as memórias e a história dos crimes cometidos pela [[ditadura militar brasileira]] (1964–1985).<ref name="teofilo">{{citar livro|url=https://www.worldcat.org/title/pensar-as-direitas-na-america-latina/oclc/1099940951 |título=Pensar as direitas na América Latina |último =Silva |primeiro =João Teófilo |data=2019 |editora= |ano= |editor-link=Rodrigo Patto Sá Motta |página= |páginas=99–118 |capítulo=As forças armadas brasileiras e as heranças da ditadura militar de 1964: tentativas de interdição do passado |isbn=978-85-7939-602-1 |citacao=As FFAA [Forças Armadas], notadamente o Exército, haja vista seu protagonismo durante a ditadura, consideram como "revanchismo" quaisquer tentativas, sejam elas feitas pelo Estado ou não, de trazer para o espaço público esse debate. A ideia de revanche, que remete à ideia de reconciliação construída a partir da Lei de Anistia, evidencia não apenas que as FFAA permaneceram reproduzindo uma memória específica sobre os significados do golpe e da ditadura, mas também buscaram censurar esse debate, pois fez o silêncio como correlato desa reconciliação. Não se tratava apenas de seguir adiante, mas também de esquecer, interditar e fazer desse passado um "passado morto". |local=São Paulo, SP |editores=Ernesto Lázaro Bohoslavsky, Rodrigo Patto Sá Motta, Stéphane Boisard (eds.) |publicado=Alameda}}</ref> Sua divulgação teve crescimento a partir das [[Jornadas de Junho|jornadas de junho de 2013]] quando, durante manifestações, apareceram faixas pedindo a "intervenção militar" e ganhou força a partir dos anos subsequentes com a eleição de [[Donald Trump]] nos [[Estados Unidos]], em que o tema passou a fazer parte da retórica política com fins eleitorais.<ref name=wilson/>