Revolution (canção de The Beatles): diferenças entre revisões

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#REDIRECIONAMENTO [[Hey Jude]]
{{Sem-fontes|data=fevereiro de 2013}}
{{Info/Single
| nome =
| imagem =
| artista =
| duração =
| compositor =
|Nome = Revolution
|Artista = [[The Beatles]]
|Álbum =
|Capa =
|Lançado = [[26 de Agosto]] de [[1968]]
|Formato = [[7"]]
|A-side = "[[Hey Jude]]"
|B-side =
|Gravado = [[10 de Julho]] à [[13 de Julho]] de [[1968]]<br />
[[Abbey Road Studios]], [[Londres]]
|Gênero = [[Hard rock]]
|Duração = 3:24
|Gravadora = [[Apple Records]]
|Compositor = [[Lennon/McCartney]]
|Produtor = [[George Martin]]
|Último single = "[[Lady Madonna]]/[[The Inner Light]]" <br />(1968)
|Este single = "[[Hey Jude]]/Revolution"<br />(1968)
|Próximo single = "[[Get Back (canção de The Beatles)|Get Back]]<nowiki>"/]]/</nowiki>[[Don't Let Me Down]]"<br />(1969)
|Miscelâneo =
}}
'''''“Revolution”''''' é uma canção dos Beatles composta por [[John Lennon]], creditada à dupla Lennon-McCartney, e lançada no Lado B do single ''Hey Jude/Revolution'' de [[1968]]. A canção é considerada uma das precursoras do [[Hard rock|Hard Rock]] com guitarras distorcidas, berros, e uma bateria forte e constante.
 
== Origens da Criação ==
A canção foi escrita durante a [[meditação transcendental]] em [[Rishikesh]] na [[Índia]], e foi inspirada na situação global da época como a revolta estudantil em [[Paris]], a [[Guerra do Vietnã]] e o assassinato de [[Martin Luther King]], o que se tornou peça chave na carreira pós-Beatles de John.
 
Em 1968 havia um grande hiato entre o movimento [[hippie]] de ''"paz e amor"'' e os tumultos políticos, [[protesto]]s e [[repressão]]. Lennon com seu interesse político crescente se viu confrontando essas ideias e decidiu colocar seus sentimentos sobre o assunto, longe da alienação dos fãs de Beatles. Segundo Lennon na revista [[Rolling Stone]]: ''“Eu queria desabafar sobre o que eu pensava da revolução. Eu achava que já era hora de falarmos sobre isso e parar de não responder perguntas sobre o que achávamos da guerra vietnamita quando estávamos em turnê com [[Brian Epstein]] e ter de dizer ‘vamos falar de Guerra dessa vez e não só embromar. Eu pensava sobre isso nas montanhas na Índia. Eu ainda tinha aquele sentimento de ‘[[Deus]] irá nos salvar, ’ e que tudo ficaria bem.”''
 
Embora tenha sido gravada após ''“[[Revolution 1]]”'' esta versão mais rápida e barulhenta foi lançada antes do “[[Álbum Branco]],” devido a um atrito na banda sobre o lançamento do single.
 
[[Paul McCartney]] estava com receio de uma música tão politizada como ''“Revolution”'' se tornar um single e com o apoio de [[George Harrison]] vetou a opção de Lennon dizendo que a canção ''“era muito lenta para ser um single.”'' John desabafa sobre isso na revista [[Rolling Stone]] em [[1980]]: ''"Quando Paul e George saíram para um feriado eu comecei "[[Revolution 1]]" junto com "[[Revolution 9]]." Eu queria colocá-la como um single, eu tinha tudo preparado mas eles chegaram e disseram que não era boa o bastante. E a gente colocou o que? '[[Hello Goodbye]]', ou alguma droga assim? Não, colocamos '[[Hey Jude]]', que valia a pena, mas me desculpe, poderia ter colocado ambos."''
 
[[John Lennon]] irritado com as divergências, gravou essa versão mais rápida e cheia de fúria. Porém, nesse trecho da entrevista para o "[[The Beatles Anthology]]," John ainda mostrava seu ressentimento sobre a primeira versão: ''"Eles disseram que não era rápida o bastante e se pensar nos detalhes, se seria um hit ou não, talvez estivessem certos. Mas os Beatles poderiam ter colocado a versão lenta no single, sem se importar se seria um [[disco de ouro]] ou de madeira. Mas por causa daquela irritação com a Yoko e o fato de eu estar tendo uma criação dominante como nos velhos tempos depois de andar apagado por 2 anos causaram atritos. Eu estava acordado novamente e eles não estavam acostumados."''
 
=== Letra ===
A letra é explicitamente [[política]] e adverte sobre o significado da palavra [[revolução]] nos trechos:
 
''"Você diz que quer revolução, todos nós queremos mudar o mundo. Você diz que tem a solução real, adoraríamos ver o plano. Você me pede uma contribuição, nós fazemos o que se pode. Mas se você quer dinheiro para pessoas com mentalidade de ódio, tudo que eu digo é que você irá esperar."''
 
Existe também uma mensagem de ''"pense por si mesmo"'', e uma alusão ao presidente chinês [[Mao Tse-Tung]]: ''"Você diz que quer mudar a constituição, todos nós queremos mudar sua cabeça. Você me diz que é a instituição mas é melhor libertar sua mente então. Agora se você ficar carregando fotos do presidente Mao, você não conseguirá nenhum apoio."''
 
A letra ainda contém uma lírica notavelmente diferente da canção ''"[[Revolution 1]]"'' do “[[Álbum Branco]]” na linha: ''"When you talk about destruction/don't you know that you can count me OUT" (Quando você fala sobre destruição/Saiba você que NÃO pode contar comigo)''. Durante as gravações da primeira versão, ele ficava brigando com a letra, rabiscando e mudando '''''OUT''''' e '''''IN''''' (''"NÂO conte comigo"'' e ''"pode contar comigo"''). John falou em entrevistas que ele estava indeciso em relação a seus sentimentos, então ele incluiu ambas as opções.
 
Nessa versão ele já estava decidido sobre sua posição no termo ''“revolução”'' como dito em entrevista de [[1980]]: ''“Se me quisessem para promover violência, me tire fora. Se me querem nas [[barricada]]s, que seja com flores nas mãos.”''
 
=== Gravação ===
A canção traz uma [[distorção]] nunca vista em nenhuma outra canção dos Beatles.
Para conseguir tal efeito, foi adicionado um pedal de efeitos ''“[[fuzzer]]”'' direto entre o amplificador e a mesa de som do [[Abbey Road Studios]] e tocado com todos os ponteiros de captação no máximo e depois diminuídos na pós-produção.
 
No “[[The Beatles Anthology]],” [[George Martin]] fala sobre o fato: ''“Nós adicionamos distorção nela, o que queimou os miolos de várias pessoas da parte técnica. Mas essa era a idéia de John, de elevar todos os instrumentos até os limites. Bem, fomos até o limite e além.”''
 
Em [[9 de julho]], durante as gravações de ''“[[Ob-La-Di, Ob-La-Da]]”'' os Beatles começaram a ensaiar ''“Revolution”'' a fim de tentar novos arranjos.
 
Embora o ensaio tenha sido gravado, no dia seguinte eles apagaram a fita e fizeram 10 novos takes, com palmas e outro estilo de bateria. Foi adicionado um efeito para deixar a bateria mais grave e as guitarras distorcidas foram comprimidas no limite, para dar um ar claustrofóbico na canção.
 
John Lennon adicionou 2 faixas de vocal nesse dia. Ele duplicou palavras chaves durante a canção, errando, muitas vezes para dar espontaneidade, e gravou também o grito da introdução. No dia seguinte, [[11 de julho]], foram adicionados o baixo e o piano elétrico tocado por [[Nicky Hopkins]]. A produção se seguiu pelos dias 12 e completadas na manhã do dia [[13 de julho]] com mais linhas de baixo, e algumas guitarras tocadas por Lennon e McCartney.
 
=== Os músicos ===
*[[John Lennon]]: vocais, guitarra, palmas
 
*[[Paul McCartney]]: baixo, órgão Hammond, palmas,piano elétrico
 
*[[George Harrison]]: guitarra, palmas
 
*[[Ringo Starr]]: bateria, palmas
 
=== Lançamento ===
A versão rápida de ''“[[Revolution 1]]”'' foi a primeira a ser lançada e a última a ser gravada. Lançada como lado B do single ''“[[Hey Jude]],”'' no dia [[26 de agosto]] de [[1968]], chegou sozinho as paradas atingindo a posição 12° nos [[EUA]].
Em [[1970]], a canção voltou a aparecer na coletânea Hey Jude, um álbum de compilações criado para o mercado americano, após o fim dos Beatles.
 
=== Clipe promocional ===
Os Beatles executaram a canção em semi ao vivo (com vocais ao vivo em cima de uma trilha pré-executada) em um vídeo promocional dirigido por [[Michael Lindsay-Hogg]] ao mesmo tempo em que o vídeo promocional de ''“[[Hey Jude]]”'' era produzido. O filme foi feito na inauguração de volta aos “shows” no programa de [[David Frost]] na [[ITV]], em [[4 de setembro]] de [[1968]]. Enquanto os Beatles estavam cantando os vocais ao vivo para o filme, eles decidiram incorporar trechos da versão de ''“[[Revolution 1]]”'' do “[[Álbum Branco]],” com Harrison e McCartney adicionando o vocal de apoio ''“shoo-bee-doo-wah”'' da versão mais lenta, deixando a canção parecida com uma 3° versão mais híbrida.
 
[[Paul McCartney]] lidera o grito inicial na versão do filme promocional, pois Lennon não conseguiria soltar o berro e depois ter fôlego para voltar no primeiro verso do vocal.
 
 
 
{{The Beatles}}
 
[[Categoria:Canções gravadas por The Beatles]]
[[Categoria:Representações culturais de Mao Tsé-Tung]]