Discussão:Louis Agassiz: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Etiquetas: Revertida Possível conteúdo ofensivo
79a (discussão | contribs)
Desfeita a edição 62129090 de 189.62.149.185, WP:FORUM?
Etiqueta: Desfazer
Linha 9:
 
*eles elogiam muitos aspectos dos nativos e outros dos negros e criticam os brancos em vários trechos fazem observações, críticas, aconselham e de repente falam muito mais em drifts e geologia mas os fanáticos sequer sabem ler e já vão metendo na fogueira medieval foi um dos relatos mais incríveis de estrangeiros sobre o brasil do xix-ii como podem condenar uma obra tão fantástica e única a fogueira medieval?por acaso vão substituir pelo que algo que não há similar?já sei vão agir como aqueles que destruíram a biblioteca de alexandria
 
Respondendo ao comentário anterior e apoiando o comentário da Auréola:
 
Agassiz foi um racista de grande influência no mundo. E o racismo é condenável, simplesmente. Seu trabalho teve um impacto nefasto na vida de incontáveis seres humanos, considerados inferiores, segregados e oprimidos de muitas formas. Não se trata de defender a queima de seus livros, mas estudá-lo para entender a formação da estrutura social racista no mundo. Abaixo, um parágrafo do livro "Racismos: das cruzadas ao século XX", publicado pela Companhia das Letras, do historiador Francisco Bethencourt, professor do King's College, de Londres:
 
"Os velhos estereótipos usados de forma ofensiva contra os indivíduos de raça mista estão bem patentes em Agassiz, mostrando que eram a base do racialismo científico. Para Agassiz, o Brasil era um bom exemplo do tipo de sociedade de raça mista que os Estados Unidos deveriam evitar. Era essa a mensagem clara de 'A Journey in Brazil'. O livro teve seis edições num ano, com várias reimpressões na década de 1870 e novamente em 1895, o que significa que foi bem recebido, tanto no Norte como no Sul dos Estados Unidos, por brancos que na época procuravam um modelo para as suas relações com negros. Agassiz serviu-se da sua experiência no Brasil para promover a segregação e a discriminação contra os negros nos Estados Unidos após a abolição da escravatura. É preciso relacionar essa intervenção com as práticas políticas no terreno: a derrota da Confederação e a vitória do abolicionismo não conduziram a direitos iguais. Após o breve período de Reconstrução fracassada com base na ideia de igualdade humana, as leis de segregação Jim Crow, impostas a partir de 1876, refletiram a restauração do controle político branco no Sul através da violência manifesta e intimidação diária. Bandos de brancos linchavam regularmente indivíduos negros, instigados por organizações semipúblicas como a infame Ku Klux Klan, ativa pela primeira vez entre 1865-74. Os negros perderam efetivamente seus direitos, com a segregação, patente na vida diária nas escolas, nos transportes e em locais públicos, apoiada pela lei. O livro de Agassiz condensa a verdadeira essência do racialismo científico nos Estados Unidos: um desenvolvimento ativamente político da teoria das raças a favor das políticas sulistas de exclusão, segregação e discriminação que duraram até a década de 1960, sob o olhar impávido dos pragmáticos brancos nortistas que partilhavam os mesmos preconceitos raciais básicos" (BETHENCOURT, 2018, P. 391).
 
[[Especial:Contribuições/189.62.149.185|189.62.149.185]] ([[Usuário(a) Discussão:189.62.149.185|discussão]]) 11h24min de 27 de setembro de 2021 (UTC) Lucas
Regressar à página "Louis Agassiz".