Amor: diferenças entre revisões

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==Ideologias políticas ==
O pensamento político trata o amor a partir de uma gama variada de perspectivas. Assim é que alguns veem o amor como forma de dominação social (onde um grupo - os homens - domina o outro - as mulheres); esta é uma concepção que se revela atraente para as [[feminismo|feministas]] e os marxistas, que veem as relações sociais (e todas as suas variadas manifestações de cultura, língua, política, instituições) como a refletir estruturas sociais mais profundas que dividem as pessoas (em classes, sexos e raças).<ref name=iep/>
 
A seguir um exemplo do que expressaram sobre o amor algumas das grandes correntes ideológicas:
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===Nazismo ===
No [[nazismo]], uma ideologia e estado nascidos da mente de um único homem - [[Adolf Hitler]] - sua ideologia parece toda ela impregnada de seu próprio [[complexo de Édipo]]; ali a [[Alemanha]] assume a figura da mãe, ao passo que o povo judeu assume da figura do pai sádico - imagem esta que se patenteia na leitura de seu livro ''[[Mein Kampf]]'', e também em declarações e escritos de outros líderes.<ref name=nazi>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20081119160844/http://www.psych-culture.com/docs/rk_nazi.html |título=Culture and Unconscious Phantasy: Observations on Nazi Germany. |autor=Richard Koenigsberg |ano=1968–1969 |publicado= Psychoanalytic Review , 55:681-696 |acessodata=8-1-2014 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20081119160844/http://www.psych-culture.com/docs/rk_nazi.html | arquivodata=19-11-2008}}</ref>
 
Em sua obra, corroborando esta visão edipiana, Hitler clama por um "amor incondicional à mãe Alemanha"; isto significava, então, usar de todos os meios para protegê-la de ameaças, seja por um lado conquistando aliados para a sua causa, seja de outro imputando inimigos a serem combatidos; neste sentido, a construção individual da anomalia psicológica de Hitler moldou o estado alemão, numa ótica quase infantil que se aproxima do [[amor cortês]], onde "''o caráter é mais importante que o nascimento''".<ref name=nazi/>
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A primeira experiência legal de amor livre ocorreu quando, após a [[Revolução Russa de 1917]], foi aprovado no ano seguinte o ''Código do Casamento, da Família e da Tutela'' que procurava tratar de forma igualitária homens e mulheres e abolindo a ligação dos conceitos de família ao casamento; um dos efeitos inesperados foi uma total exploração das mulheres pelos homens - uma vez que estes se viram livres das obrigações para com elas, ao passo em que elas se mantinham presas à procriação.<ref>{{citar web|url=http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/download/13560/10658|título=Mulher, Estado e Revolução - política da família Soviética e da vida social entre 1917 e 1936|autor=Wendy Goldman (resenha por Carolina Alves Vestena, Fernanda Goulart Lamarão e Valeska Rodrigues Bruzzi)|ano=2014|publicado=Revista Direito e Práxis, vol.5, nº 9, pp. 538-544|acessodata=18-5-2016}}</ref> A ideia de união livre fracassou, segundo a historiadora Wendy Goldman, porque "''a lei nascida da tradição do socialismo libertário estava dolorosamente em contradição com a vida''", pois as mulheres ainda eram demasiadamente dependentes dos homens.<ref>{{citar web|url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2015000200619&script=sci_arttext|título=Mulheres, realidade social e desafios emancipatórios |autor=Carla Simara Ayres |data=agosto de 2015 |publicado=Rev. Estud. Fem. vol.23 no.2, Florianópolis |acessodata=20-5-2016}}</ref>
 
====Neo- ====
====marxismo ====
Na [[década de 1930]] os comunistas de [[Cambridge]] propunham a eliminação do amor; proclamavam, no dizer de [[Eric Hobsbawm]], que... “''Nós, que queríamos preparar o terreno para a bondade, não podíamos ser bondosos''” - isto porque numa revolução, que separa, jamais poderiam admitir o amor, que une.<ref name=dacosta>{{citar web|url=http://www.ricardocosta.com/artigo/entre-pintura-e-poesia-o-nascimento-do-amor-e-elevacao-da-condicao-feminina-na-idade-media|título=Entre a Pintura e Poesia: o nascimento do Amor e a elevação da condição feminina na Idade Média|autor=Priscilla Lauret Coutinho e Ricardo da Costa |data=dezembro de 2003 |publicado=GUGLIELMI, Nilda (dir.). Apuntes sobre familia, matrimonio y sexualidad en la Edad Media. Colección Fuentes y Estudios Medievales 12. Mar del Plata: GIEM (Grupo de Investigaciones y Estudios Medievales), Universidad Nacional de Mar del Plata (UNMdP), diciembre de 2003, p. 4-28 (ISBN 987-544-029-9) |acessodata=13-1-2015}}</ref>
 
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===Positivismo===
Ideologia que misturava política e religião preconizada por [[Auguste Comte]] no {{séc|XIX}}, o [[positivismo]] trazia por lema "''o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim''"; a visão do amor, contudo, era intimamente ligado à produção de indivíduos comprometidos com o estado e a sociedade nos moldes de suas ideias e não, propriamente, ao sentimento; neste sentido, por exemplo, à mulher cabia o papel de amar e educar os filhos para servir à comunidade, amar os semelhantes e, finalmente, o amor aos superiores - tudo voltado para a manutenção da ordem, em total submissão ao marido e ao estado; de igual forma as crianças deveriam ser educadas para o patriotismo, a moral e o caráter, sendo peça chave o amor à pátria.<ref>{{citar web|url=http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/revis/revis16/art2_16.pdf|título=Utopia positivista e instrução pública no Brasil |autor=João Carlos da Silva |data=dezembro de 2004 |publicado=Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.16, p. 10 - 16, ISSN 1676-2584 |acessodata=18-5-2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.ruc.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/142/134|título=O positivismo e o papel das mulheres na ordem republicana |autor=Regina Célia Lima Caleiro |ano=2002 |publicado=RUC, v. 4, n. 2 |acessodata=18-5-2016}}</ref>
 
==Sociologia ==