Rompimento de barragem em Brumadinho: diferenças entre revisões

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Cerca de 126 famílias do povo indígena [[Crenaques|Krenak]] viviam espalhadas em sete aldeias às margens do [[rio Doce]].<ref name=cimi2 /> Antes do desastre de Mariana eles pescavam, caçavam e viviam abastecidos pela água do rio mas depois, com a poluição causada pela lama de rejeitos, viram-se dependentes de recursos estatais para a sua subsistência.<ref name=cimi2 /> As terras tornaram-se improdutivas, os animais desapareceram da região e o rio ficou inutilizável, estimando-se que o processo para sua recuperação pudesse levar uma década.<ref name=cimi2 /> O desastre de Mariana foi o mais grave desastre ambiental da história provocado por vazamento de minério, em termos de destruição de [[ecossistema]]s de água potável, [[mata ciliar]], afetando drasticamente a pesca, a agricultura e o turismo nas localidades ao longo de quinhentos quilômetros de curso do [[rio Doce]], que foi contaminado pelos rejeitos.<ref>{{citar web|url= http://noticias.r7.com/minas-gerais/rompimento-de-barragem-de-mina-em-mariana-pode-devastar-meio-ambiente-por-anos-16112015|título= Rompimento de barragem de mina em Mariana pode devastar meio ambiente por anos. Lama expelida pelas barragens foi carregada por 500 km e devastou o rio Doce|publicado= ''Portal R7''|data= 15 de novembro de 2015}}</ref> De acordo com a ONU, "o aniquilamento dos ecossistemas de água potável, vida marinha e mata ciliar eliminou recursos naturais insubstituíveis para a vida ribeirinha, para pesca, a agricultura e o turismo", em um relatório publicado em 2017 sobre desastres com barragens de minério no mundo, com o título de ''Mine Tailing Storage: Safety is no Accident''.<ref>{{citar web|url= https://gridarendal-website-live.s3.amazonaws.com/production/documents/:s_document/371/original/RRA_MineTailings_lores.pdf?1510660693|título= ''Mine Tailing Storage: Safety is no Accident''|publicado= United Nations Environment Programme|língua= en|ano= 2017}}</ref><ref>{{citar web|url= https://www.grida.no/publications/383|título= ''Mine Tailing Storage: Safety is no Accident''|publicado= United Nations Environment Programme|língua= en|ano= 2018}}</ref> Segundo o relatório, o evento mais trágico envolvendo barragens de minério havia sido até então o rompimento da [[Rompimento de barragem em Val di Stava|barragem do vale de Stava]] em 1985, na [[Itália]], empreendimento administrado pela Prealpi Mineraria. O despejo de 180 mil metros cúbicos de rejeitos causou a morte de 267 pessoas. O relatório utilizou um sistema de classificação de gravidade de desastres que levava em conta o volume de rejeitos espalhados, o tamanho da área afetada e o número de mortos. No inicio de 2019, quando o Brasil era o segundo maior exportador de minério, atrás apenas da [[Austrália]], estatisticamente teria uma grande probabilidade de colapsos em barragens.<ref name=bbc_pior_no_mundo>{{Citar web|url=https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47034499|título=Tragédia com barragem da Vale em Brumadinho pode ser a pior no mundo em 3 décadas|autor=Nathalia Passarinho|publicado=BBC News|acessodata=30 de janeiro de 2019|data=29 de janeiro de 2019}}</ref>
 
O então recémentão [[PossePresidente deda JairRepública Bolsonaro|empossado presidente]], Jair Bolsonaro, declarou durante [[Campanha presidencial de Jair Bolsonaro|campanha presidencial em 2018]] propostas de alterações nas leis ambientais e a flexibilização do setor, desburocratizandoprejudicando o controle civil e público osdos processos de licenciamentos, além de uma reforma ministerial com uma possível extinção do [[Ministério do Meio Ambiente (Brasil)|Ministério do Meio Ambiente]]. "Quero fundir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Não pode ter ambientalismo xiita no Brasil".<ref>{{Citar web|titulo=Bolsonaro diz que pretende acabar com 'ativismo ambiental xiita' se for presidente|url=https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/10/bolsonaro-diz-que-pretende-acabar-com-ativismo-ambiental-xiita-se-for-presidente.shtml|obra=Folha de S.Paulo|data=2018-10-09|acessodata=2019-01-26|ultimo=Guilherme|primeiro=Seto}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2018/11/bolsonaro-recua-em-fusao-de-meio-ambiente-e-agricultura-e-diz-nao-querer-xiita-ambiental.shtml|título=Bolsonaro recua de fusão de Ambiente e Agricultura e diz não querer xiita ambiental|autor=Phillippe Watanabe|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=27 de janeiro de 2019|data=1º de novembro de 2018}}</ref> Três dias antes do rompimento da barragem, em seu primeiro compromisso internacional, Bolsonaro discursou na abertura da seção plenária do [[Fórum Econômico Mundial]], em [[Davos]], na [[Suíça]].<ref>{{Citar web|url=https://www.dw.com/pt-br/somos-o-pa%C3%ADs-que-mais-preserva-diz-bolsonaro-em-davos/a-47184005|título= Somos o país que mais preserva, diz Bolsonaro em Davos|publicado= dw.com|data=22 de janeiro de 2019|acessodata=24 de fevereiro de 2020}}</ref> Em sua fala abordou temas importantes e de diferentes áreas. Quanto ao meio ambiente afirmou que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente, e que a missão do governo "é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico. (...) Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes".<ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/22/em-davos-bolsonaro-diz-que-brasil-e-pais-que-mais-preserva-meio-ambiente-e-defende-negocios-sem-vies-ideologico.ghtml|título=Em Davos, Bolsonaro diz que quer compatibilizar preservação ambiental com avanço econômico|publicado=G1|acessodata=27 de janeiro de 2019|data=22 de janeiro de 2019}}</ref> Seu discurso suscitou desconfianças internacionais em relação à sua política de governo com relação à preservação ambiental.<ref>{{Citar web|url=https://www.destakjornal.com.br/brasil/politica/detalhe/bolsonaro-critica-ambientalistas-nao-sabem-o-que-e-produzir|título=Bolsonaro critica ambientalistas: 'não sabem o que é produzir'|publicado=Destak|acessodata=27 de janeiro de 2019|data=10 de novembro de 2018|wayb= 20190421120042|urlmorta= sim}}</ref> Bolsonaro, que havia assumido o governo três semanas antes, foi duramente criticado por ambientalistas,<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2018/10/24/ascensao-de-bolsonaro-gera-tensao-entre-ambientalistas.htm|título=Ascensão de Bolsonaro gera tensão entre ambientalistas|autor=Nádia Pontes|publicado=UOL Notícias|acessodata=27 de janeiro de 2019|data=24 de outubro de 2018}}</ref> principalmente pelas mudanças que implementou na estrutura de preservação do meio ambiente, alterações que consideraram negativas na política ambiental.<ref>{{Citar web|url=https://exame.abril.com.br/brasil/entidades-ambientalistas-manifestam-preocupacao-com-governo-bolsonaro/|título=Entidades ambientalistas manifestam preocupação com governo Bolsonaro|autor=Vanessa Barbosa|publicado=Exame|acessodata=27 de janeiro de 2019|data=29 de outubro de 2018}}</ref>
 
== Mina de Córrego do Feijão ==