Engenharia informática: diferenças entre revisões

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Cibersegurança e Engenharia Informática
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* entre outras.
O número de subestruturas é variável e está normalmente associado à dimensão da empresa.
 
== Tratamentos insultuosos em funções dentro da Informática ==
 
Há algumas formas de insultar os colaboradores com certas funções dentro da Informática de forma a denegrir a sua imagem e aproveitamento do seu trabalho.
 
De seguida apresentam-se alguns exemplos:
 
<u>"Esse trabalho vai ser feito pelo técnico"</u>
 
O uso da expressão "técnico" é uma das formas de tentar "rebaixar" a função. Usada, por exemplo, por quem não tem habilitações adequadas mas pretende denegrir a imagem do Engenheiro Informático.
 
Normalmente usada por quem tem habilitações inferiores e pretende algo: gerir equipas de engenheiros Informáticos, obter remunerações semelhantes, etc.
 
<u>Designar "Desenvolvedores" a Engenheiros de Software</u>
 
O uso em Portugal do termo "desenvolvedor" a elementos com funções na área de desenvolvimento aplicacional.
 
O termo tem origem nos EUA onde é comum o termo "developer" para este tipo de funções.
 
No entanto em Portugal a tradução literal: "desenvolvedor", é pejorativa servindo para denegrir a imagem dos colaboradores com estas funções.
 
Funções essas que acabam por ser das mais qualificadas e melhor remuneradas dentro da Informática.
 
<u>Esclavagismo</u>
 
Aqui o objectivo é o aproveitamento do trabalho muitas vezes altamente especializado de certas funções na informática (sistemas, redes, aplicações).
 
O esclavagismo ocorre quando alguém não especializado se aproveita do trabalho feito por determinadas áreas de informática em benefício próprio ou obtendo posições vantajosas dentro da empresa. O exemplo comum é quando o esclavagista obtém a posição de liderança na equipa dos técnicos especializados. Não tem muitos conhecimentos técnicos na área mas acaba por encontrar mecanismos de obter a liderança da equipa que domina essa área técnica.
 
Os mecanismos de acesso à liderança incluem acções de argumentação junto das direcções de TI ou mesmo das administrações das empresas.
 
O esclavagista tira muitas vezes partido dos seus soft skills para atingir os seus objectivos. Soft skills esses que os adquiriu de forma inata pela sua personalidade ou ao longo dos anos através de treino. No entanto esses soft skills serão sempre intelectualmente mais fáceis de adquirir que os hard skills necessários nas áreas técnicas.
 
Este processo resulta muitas vezes em equipas disfuncionais lideradas pelo elemento com elevados soft skills e baixos hard skills contrapondo aos técnicos liderados com elevados hard skills e baixos soft skills (comparativamente ao seu líder).
 
Cabe às direcções e departamentos de RH das empresas, encontrar processos que evitem estas situações detectando-as e corrigindo-as pois na prática trata-se de uma burla.
 
A não correcção da situação pode gerar resultados tais como:
 
- Os técnicos especializados actuam em conjunto no sentido de substituir o líder.
 
- Os técnicos especializados vão progressivamente saindo da equipa sendo substituídos por elementos com características mais próximas do líder (mais soft skills, menos hard skills). Ou então simplesmente não são substituídos ficando a equipa cada vez mais pequena à medida que o tempo avança.
 
A segunda hipótese normalmente resulta num decréscimo progressivo da qualidade e/ou dimensão da equipa levando ao seu extermínio a prazo.
 
== Liderança dos Departamentos de Informática nas Empresas ==
Há vários anos a liderança dos departamentos de TI era muitas vezes realizada por colaboradores com perfis diversos normalmente de outras áreas de Engenharia diferentes da Informática tais como engenheiros civis, engenheiros mecânicos ou engenheiros eletrotécnicos, ou de áreas como economistas ou advogados. No entanto esta situação tem evoluído devido a um conjunto de factores relacionados com as TI já que estas são áreas com um nível de especialização técnico muito elevado, representam custos significativos nos orçamentos das empresas, podem gerar ganhos de produtividade elevados nas empresas quando bem geridos, e a seleção de recursos humanos adequados a esta área representa desde logo um factor elementar de qualidade. Devido aos pontos anteriores, as funções de liderança de TI nas empresas tem progressivamente vindo a ser ocupadas por colaboradores formados em Engenharia Informática.
 
== Habilitações falsas e omissões nos currículos vitaes ==
Em Portugal nos últimos anos, o sector de informática tem estado em contra ciclo em relação à crise de emprego existente noutros sectores. Este facto tem levado a uma forte procura de emprego nesta área por parte de profissionais de outras áreas. A informática é vista como um refúgio de emprego o que é natural devido à crise existente.
 
Infelizmente esta situação origina consequências indesejáveis para as empresas:
* Baixa qualidade de serviço prestado às empresas.
* Acesso a cargos pensados e remunerados à partida para um determinado perfil informático que o profissional de outra área não possui.
* No caso de cargos de topo além dos pontos anteriores há o acesso a regalias específicas para estes cargos (remunerações mais elevadas, viatura de serviço, cartões de crédito e combustível, etc.).
Muitos profissionais fora da área usam as redes sociais (facebook, linkedin) como veículo promotor de habilitações académicas que não correspondem à realidade. Omissões nas suas habilitações ou mesmo habilitações fraudulentas não são incomuns.
 
Nesta promoção pessoal são usadas algumas técnicas:
* Apresentação em redes sociais (Facebook, linkedin, etc.) da universidade que frequentaram mas omitindo o respectivo curso. Normalmente significa que não frequentou curso superior de informática mas sim outro curso de engenharia. Esta é a omissão mais comum apresentada pelos profissionais que exercem funções informáticas sem habilitações para tal (situação gravíssima por exemplo em cargos de topo).
* Obter créditos profissionais através de tráfego de influências em redes sociais (linkedin, etc.).
* Usar especializações do tipo MBA: Situação também frequente no acesso a cargos de topo: Como exemplo temos o profissional que tira uma licenciatura em Engenharia Civil e posteriormente um MBA em Informática passando a auto intitular-se especialista em informática.
* No acesso a cargos de topo é comum também a criação de lobby's de capacidade de liderança: Fazer lobby sobrevalorizando as características de liderança e soft skills do profissional face aos seus conhecimentos técnicos (hard skills), que não possui no âmbito da informática.
A inexistência de perfis em [[redes sociais]] (linkedin, facebook, etc.) é uma técnica também utilizada por alguns profissionais. Evitam assim o escrutínio público sobre as suas reais habilitações académicas. Evitam também a exposição das omissões indicadas anteriormente (o que é uma fragilidade). Não criar perfis em redes sociais é pois outra forma de eliminação de pistas sobre a formação base do profissional quando esta não está relacionada com a informática.
 
== Engenharia Informática de Gestão - Um processo de controlo falacioso da Informática ==
 
Outro processo mais subtil mas igualmente falacioso, surge na década de 90 do século passado com o aparecimento de uma nova vaga de cursos em universidades (privadas e públicas), ligadas à economia e gestão: Os intitulados cursos de "Informática de Gestão" nos seus diversos graus académicos.
 
Existem vários objectivos na criação destes cursos tais como:
* Um processo de escoar no mercado de trabalho os alunos em excesso de economia e gestão.
* Uma forma dos elementos das áreas de economia e gestão de empresas, tomarem o controlo dos departamentos (ao nível de direção) ou empresas de TI (ao nível de administração).
 
São cursos com uma vertente predominantemente de economia e gestão, estando muito pouco focados na Engenharia Informática em si. O rácio entre cadeiras de gestão e de informática pode rondar os 90% (90% de cadeiras de gestão e 10% de informática).
 
Tem-se verificado desde então que este tipo de cursos tem colocado grandes problemas na absorção dos seus alunos no mercado de trabalho pois:
* Acabam por ser alunos pouco especializados em Engenharia Informática propriamente dita nas suas componentes técnicas. Isto dificulta naturalmente a sua integração nas equipas de Informática das empresas.
* Por vezes os portadores destes cursos, tentam encontrar colocação nas áreas de topo dos departamentos de TI (direcções, chefias, etc.), alegando que tem competência na área de gestão, liderança de pessoas, etc. Mas as equipas rapidamente percebem as suas lacunas técnicas e naturalmente não aceitam a sua liderança.
* Podem também ter funções relacionadas com contratação de serviços externos nas áreas de TI. Mais uma vez a sua fraca capacidade técnica acaba por ter como consequência a existência de contratos honorosos em excesso para as empresas que representam.
* Os pontos anteriores são problemas com um nível elevado de gravidade principalmente em organismos públicos.
 
As Ordens de Engenharia Portuguesas não acreditam este tipo de cursos. Pouco tem a ver com Informática e muito menos com Engenharia.
 
== Qualidade da Cibersegurança ==
 
A cibersegurança é um tema importante nos dia de hoje. Diariamente são realizados ataques informáticos a sistemas de empresas em todo o mundo. Muitos com consequências negativas graves para as empresas atacadas ou mesmo para a sociedade.
Deveremos ter em atenção que a qualidade da defesa e monitorização dos sistemas informáticos é diretamente proporcional ás habilitações dos técnicos que realizam essa defesa e monitorização.
E nesse sentido não devemos esquecer que cibersegurança é uma área da Engenharia Informática.
 
== Corrigir e Prevenir ==
 
Para corrigir e prevenir situações falaciosas como as anteriores é fundamental a existência nas empresas de departamentos de recursos humanos competentes que:
* Exijam ao profissional a apresentação do certificado de habilitações certificado pela instituição superior de ensino.
* Verificação da especialidade de engenharia do profissional na respectiva ordem profissional (ordem dos engenheiros,<ref name="OEPesquisaMembros">Ordem dos Engenheiros - Pesquisa de membros http://www.ordemengenheiros.pt/pt/a-ordem/pesquisa-de-membros</ref> ordem dos engenheiros técnicos<ref name="oetMembros">Ordem dos Engenheiros Técnicos - Consulta de membros: http://www.oet.pt/site/index.php?option=com_declaracao&Itemid=113&task=consultarMembros</ref>).
Os portais das ordens profissionais são um instrumento fundamental e de acesso público no que diz respeito à verificação de autenticidade das habilitações apresentadas pelos profissionais (de engenharia informática ou de qualquer outra engenharia).
 
== Ver também ==