Claudio Dantas: diferenças entre revisões

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'''Claudio Dantas Sequeira''' (Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1977) é um '''jornalista, analista político e influenciador brasileiro.'''
'''Claudio Dantas Sequeira''' ou simplesmente '''Claudio Dantas''' ([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[16 de setembro]] de [[1977]]) é um [[jornalista]] [[brasileiro]], que desde 2015 passou a fazer o site [[O Antagonista]] ao lado de [[Diogo Mainardi]] e [[Mario Sabino]].<ref>{{citar web|url=http://www.oantagonista.com/posts/o-novo-antagonista|publicado=[[O Antagonista]]|data=3 de agosto de 2015|acessodata=20 de janeiro de 2017|título=O novo antagonista}}</ref>
 
Foi editor da Agência EFE, repórter e colunista do [[Correio Braziliense]], repórter da [[Folha de S.Paulo]] e repórter, editor e diretor interino da sucursal da revista [[IstoÉ]] até 2015, quando então foi contratado para atuar no site de notícias O Antagonista.<ref>{{citar web|url=https://istoe.com.br/autor/claudio-dantas-sequeira/|titulo=Claudio Dantas Sequeira|data=2018-01-06|acessodata=2018-01-06}}</ref>
 
Formado em jornalismo (FACHA/RJ), com especialização em relações internacionais (UnB/BSB), Dantas está entre os jornalistas mais influentes e premiados do país (Portal dos Jornalistas, Brazil Charlab, Revista Vírgula).
Em quase 20 anos de jornalismo, se tornou referência em investigação política, sendo responsável por inúmeras denúncias de [[corrupção]]. {{Carece de fontes|cod1|cod2|codN|data=outubro de 2017}} É um dos maiores especialistas na [[Operação Lava Jato]]. {{Carece de fontes|cod1|cod2|codN|data=outubro de 2017}}
 
 
{{Referências|col=2}}
Com a série ‘O Serviço Secreto do Itamaraty’, venceu os prêmios Esso (Centro-Oeste), Embratel (Jornais/Revistas) e Resgate Histórico (Movimento de Justiça e Direitos Humanos). Com O Antagonista, ganhou duas vezes o prêmio iBest de política.
 
 
Dá palestras pelo país sobre bastidores política, cidadania e desinformação. É apresentador do videocast Papo Antagonista, programa onde analisa notícias diárias, entrevista personalidades e desmonta fake news.
 
 
'''CARREIRA'''
 
Em mais de duas décadas no jornalismo, Dantas já atuou como repórter, editor e colunista em redações de diferentes veículos. Desde julho de 2015, está em O Antagonista, um dos sites de política mais lidos do país, dedicado especialmente a investigações de corrupção e à cobertura dos bastidores do poder em Brasília. Atualmente, é diretor de redação, editor do relatório de inteligência eleitoral Oráculo e âncora do videocast Papo Antagonista, onde analisa notícias diárias e faz entrevistas com autoridades dos três Poderes, artistas e influenciadores. Media debates e ministra palestras sobre os bastidores da cobertura do poder em Brasília, combate à fake news e o exercício responsável da liberdade de imprensa. Alguns exemplos: Instituto de Formação de Líderes, Movimento Trevo, LAAD etc.
 
 
De 2009 a 2015, foi diretor da sucursal brasiliense da revista IstoÉ, onde também assinou inúmeras reportagens de capa, entrevistas e a coluna Brasil Confidencial. De 2008 a 2009, foi repórter de Brasil da Folha de São Paulo na capital paulista. De 2004 a 2008, atuou como repórter de Mundo do Correio Braziliense, tendo criado a coluna Conexão Diplomática, dedicada à cobertura da diplomacia na capital federal. Integrou a primeira equipe do Serviço em Português da Agência EFE, da Espanha. Também trabalhou no caderno de Educação do jornal Folha Dirigida e fez trabalhos freelancer para Reuters, Record, CNT e sites de variedades. Na faculdade, deu aulas de copydesk, auxiliou na produção de roteiros do programa infantil Teca na TV, do Canal Futura, e fez revisões de originais para a editora Revan.
 
 
'''FORMAÇÃO'''
 
Dantas cursou a Escola Técnica Federal de Química (ETFQ/RJ) e trabalhou por alguns anos no setor, especificamente no Moinho Pena Branca e na Coca-Cola. Como sempre gostou de escrever e investigar, largou a carreira na indústria e cursou Jornalismo na Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), em Botafogo (RJ), tendo elaborado trabalho de conclusão sobre "Os Ataques à Imprensa nos anos FHC". Posteriormente, fez uma pós-graduação em Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB), tendo elaborado monografia final intitulada "Diplomacia do Espetáculo: O papel da mídia na construção da política externa do governo Hugo Chávez". Possui vários cursos de extensão, como Mídia e Poder (Fiha Brasil), Jornalismo em Ambientes Hostis, Centro Argentino de Treinamento Conjunto para Operações de Paz (Caecopaz), Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, em parceria com a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), e do curso Jornalismo em Situações de Conflito Armado e Outras Situações de Violência, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), com Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e Oboé Projetos Especiais. Participou do Seminário Internacional sobre Jornalismo Investigativo, do Knight Center for Journalism in the Americas, da University of Texas at Austin, do Seminário para Jornalistas do Brasil sobre política, economia, meios de comunicação e cultura na Alemanha, organizado pelo Instituto Goethe de Berlim e o Ministério das Relações Exteriores alemão, do Ciclo De Atualização em Jornalismo Científico ‘Ciência e Pobreza no Século XXI’, da Faperj, em parceria com a Academia Brasileira de Ciências; o Seminário Modalidades Operacionais - O Mercado de Derivativos, da Comissão Nacional de Bolsas de Valores.
 
 
'''COMISSÃO NACIONAL DA VERDADE'''
 
Integrou como pesquisador sênior a Comissão Nacional da Verdade, que funcionou de 16 de maio de 2012 a 16 de dezembro de 2014, tendo desenvolvido ampla pesquisa no arquivo do Itamaraty para os grupos de trabalho Operação Condor e Violações de Direitos Humanos de Brasileiros no Exterior e de Estrangeiros no Brasil. Dantas avançou, assim, sobre sua própria descoberta do Centro de Informações do Exterior (Ciex), o serviço secreto do MRE durante a ditadura. As novas descobertas históricas subsidiam até hoje diversos trabalhos acadêmicos sobre o tema. O jornalista também escreveu um livro, com a síntese de sua pesquisa, intitulado “Embaixadores, Gorilas e Mercenários”, para a coleção “Arquivos da Repressão no Brasil, coordenada pela historiadora Heloisa Starling na Companhia das Letras. A obra ainda não foi publicada.  
 
 
'''SERVIÇO SECRETO DO ITAMARATY'''
 
Em 2007, Claudio Dantas revelou, por meio de uma série de reportagens publicadas no Correio Braziliense, que o Ministério das Relações Exteriores manteve durante a ditadura um serviço secreto batizado de Centro de Informações do Exterior (CIEX). Até então, a historiografia do período não trazia qualquer referência a esse órgão, cuja sigla é muitas vezes confundida como sendo do Centro de Informações do Exército (CIE). Após descobrir o arquivo, esquecido num porão do MRE, Dantas analisou mais de 20 mil páginas de 8 mil informes, cruzou dados históricos e consultou dezenas de diplomatas e militares aposentados, mapeando os principais integrantes do CIEX, sua origem e o criador da iniciativa: o embaixador Manoel Pio Corrêa, que chegou a secretário-geral do MRE na gestão do chanceler Juracy Magalhães. O órgão foi criado por meio de uma portaria secreta, em 1966, ainda durante o governo do general Castello Branco, e nunca constou formalmente na estrutura funcional do Itamaraty. Era camuflado pela alcunha de Assessoria de Documentação de Política Exterior (Adoc) e até os idos de 1975 ficou abrigado na sala 410 do anexo I do MRE, o edifício conhecido como ‘Bolo de Noiva’. Dantas descobriu que o CIEX monitorou ao menos 64 brasileiros mortos ou desaparecidos, da lista de 380 que depois seria revisada pela Comissão da Verdade. A vida dos exilados era monitorada por diplomatas e oficiais de chancelaria, cooptamos pelos chefes do CIEX. O jornalista conseguiu entrevistar Pio Corrêa, que admitiu ter idealizado o serviço de inteligência e se inspirado no trabalho anterior da embaixadora Odette de Carvalho e Souza, a Dona Odette, que, na condição de chefe do Departamento Político do MRE, fichou nacionais e estrangeiros durante as décadas de 1940 e 50. Para chefiar o serviço em seu início, Pio Corrêa chamou um de seus pupilos, o então secretário Marcos Henrique Camilo Côrtes, que rapidamente ascenderia na hierarquia do órgão. O CIEX também trabalhou na análise e monitoramento da política interna de países vizinhos, principalmente Argentina, Chile e Uruguai, onde muitos brasileiros se exilaram. Nos anos 1970, quando uma onda de regimes autoritários varreu a democracia no Cone Sul e muitos brasileiros exilados se transferiram para a Europa Ocidental, também as atividades de vigilância do CIEX se estenderam a países europeus, africanos e da antiga URSS.
 
 
A série de reportagens rendeu a Dantas prêmios e menções honrosas, como o prêmio Esso (Centro-Oeste), Imprensa Embratel (Jornais e Revistas) e Resgate Histórico do Movimento de Justiça e Direitos Humanos. Também foi tema de um documentário do canal Discovery Channel, com o jornalista entre os entrevistados. Claudio Dantas também foi homenageado pela Câmara dos Deputados e integrou a equipe de pesquisadores da Comissão Nacional da Verdade (CNV), tendo aprofundado sua pesquisa sobre a participação da diplomacia na perseguição política durante a ditadura.{{Referências|col=2}}
 
== Ligações externas ==