Racismo no Brasil: diferenças entre revisões

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Só 24% dos representantes serem negros ou pardos não é o mesmo que dizer que os "negros elegeram só 24% dos representantes"
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O '''racismo no Brasil''' tem sido um grande problema desde a [[Brasil Colônia|era colonial]] e [[Escravidão no Brasil|escravocrata]], imposto pelos [[Império Português|colonizadores portugueses]]. Uma pesquisa publicada em 2011 indica que 63,7% dos brasileiros consideram que a [[Raças humanas|raça]] interfere na [[qualidade de vida]] dos [[cidadão]]s. Para a maioria dos 15 mil entrevistados, a diferença entre a vida dos [[Brasileiros brancos|brancos]] e de não brancos é evidente no trabalho (71%), em questões relacionadas à justiça e à polícia (68,3%) e em relações sociais (65%).<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/07/para-637-dos-brasileiros-cor-ou-raca-influencia-na-vida-aponta-ibge.html|titulo=Para 63,7% dos brasileiros, cor ou raça influencia na vida, aponta IBGE|editor=[[G1]]|acessodata=13 de fevereiro de 2018|data=22 de julho de 2011}}</ref> O termo ''apartheid social'' tem sido utilizado para descrever diversos aspectos da desigualdade econômica, entre outros no [[Brasil]], traçando um paralelo com a separação de brancos e negros na sociedade [[África do Sul|sul-africana]], sob o regime do ''[[apartheid]]''.<ref name="apartheid">{{citar web|url=http://books.google.com/books?id=bsHJazhr3EgC&pg=PA280#v=onepage&q&f=false|título=Brazil: a century of change - Ignacy Sachs, Jorge Wilheim - Google Books|obra=books.google.com|ano=2011|acessodata=28 de outubro de 2011}}</ref>
 
De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Emprego de 2015, os trabalhadores negros ganharam, em média, 59,2% do rendimento que os brancos ganham, o que também pode ser explicado pela diferença de educação entre esses dois grupos.<ref>{{citar web|url=https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2016/01/28/diferenca-cai-em-2015-mas-negro-ganha-cerca-de-59-do-salario-do-branco.htm|título=Diferença cai em 2015, mas negro ganha cerca de 59% do salário do branco|editor=[[UOL]]|data=28 de janeiro de 2016|acessodata=12 de julho de 2017}}</ref> Além disso, de acordo com um estudo realizado pelo [[Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada]] (Ipea), o percentual de negros assassinados no país é 132% maior que o de brancos.<ref>{{citar web|url=http://www.cresspr.org.br/site/percentual-de-negros-assassinados-no-brasil-e-132-maior-do-que-o-de-brancos/|título=Percentual de negros assassinados no Brasil é 132% maior do que o de brancos|editor=Conselho Regional de Serviço Social (CRESS)|data=28 de janeiro de 2014|acessodata=20 de abril de 2014}}</ref> Apesar de comporem metade da população brasileira, os [[Afro-brasileiros|negros]] e [[pardos]] elegeram pouco mais do que 24% dos 513 representantes escolhidos nas [[eleições parlamentares no Brasil em 2018]] eram negros ou pardos.<ref>{{citar web |url=https://www.camara.leg.br/noticias/545913-numero-de-deputados-negros-cresce-quase-5/ |título=Número de deputados negros cresce quase 5% |editor=[[Câmara dos Deputados do Brasil]]|acessodata=27 de junho de 2022 |data=8 de outubro de 2018}}</ref>
 
Dentre aqueles que ganham menos de um [[salário mínimo]], 63% são negros/pardos e 34% são brancos. Dos brasileiros mais ricos, 11% são negros/pardos e 85% são brancos. Em uma pesquisa realizada em 2000, 93% dos entrevistados reconheceram que existe [[Racismo|preconceito racial]] no Brasil, mas 87% dos entrevistados afirmaram que mesmo assim nunca sentiram tal discriminação. Isto indica que os brasileiros reconhecem que há desigualdade racial, mas que o preconceito não é uma questão atual, mas algo remanescente da escravidão, apesar da ordem institucional e estrutural também serem partícipes nesta questão.<ref>{{citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/06/racismo-no-brasil-nao-e-so-heranca-da-escravidao-diz-antropologa.shtml|titulo=Racismo no Brasil não é só herança da escravidão, diz antropóloga|data=11/6/2018|acessodata=14 de junho de 2020|autor=Lili Schwarcz|publicado=Folha de S.Paulo}}</ref> De acordo com Ivanir dos Santos (ex-especialista do [[Ministério da Justiça (Brasil)|Ministério da Justiça]] para assuntos raciais), "há uma hierarquia de [[Cor da pele humana|cor da pele]] onde os [[negros]] parecem saber seu lugar."<ref>{{citar web|url=http://org.elon.edu/brazilmagazine/2005/article10.htm|título=Racial Inequality in Brazil|editor=Elon International Studies|data=2005|acessodata=4 de maio de 2015}}</ref> Para a advogada Margarida Pressburger, membro do Subcomitê de Prevenção da Tortura da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU), o Brasil ainda é "um país racista e homofóbico."<ref>{{Citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,somos-um-pais-racista-e-homofobico,700956,0.htm|título=Somos um país racista e homofóbico|publicado=Estadão|autor=Luciana Nunes Leal|data=2 de abril de 2011|acessodata=9 de abril de 2011}}</ref>