António de Spínola: diferenças entre revisões

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{{parcial}}
{{Info/Político
| nome = António de Spínola
| nome_comp = António Sebastião Ribeiro de Spínola
| imagem = Fotografia oficial do Presidente da República António de Spínola.jpg
| imagem_tamanho = 270px250px
| legenda = Spínola nos anos '90
|legenda = Fotografia oficial do Presidente António de Spínola
| título = [[Lista de presidentes da República Portuguesa|14]].º [[Presidente da República Portuguesa]]
| mandato = [[15 de maio]] de [[1974]] <br> a [[30 de setembro]] de [[1974]]
| antes = [[Américo Thomaz]]
| depois = [[Francisco da Costa Gomes]]
| título2 = [[Junta_de_Salvação_Nacional#Composição|Presidente da Junta de Salvação Nacional]]
| mandato2 = [[25 de abril]] de [[1974]] <br> a [[30 de setembro]] de [[1974]]
| depois2 = [[Francisco da Costa Gomes]]
| título3 = [[Lista de governadores da Guiné Portuguesa|Governador da Guiné Portuguesa]]
| mandato3 = [[20 de maio]] de [[1968]] <br> a [[6 de agosto]] de [[1973]]
| antes3 = [[Arnaldo Schulz]]
| depois3 = [[José Manuel Bettencourt Rodrigues]]
| nascimento_data = {{dni|11|4|1910|si}}
| nascimento_local = [[Estremoz]], {{PRT1830}} [[Reino de Portugal]]
| morte_data = {{nowrap|{{morte|13|8|1996|11|4|1910|lang=pt}}}}
| morte_local = [[Lisboa]], {{PRT}}
| primeira-dama = [[Maria Helena Spínola|Maria Helena Martin Monteiro de Barros Spínola]] (1913-2002)
| profissão = [[Militar]]
| lealdade =
| ramo = Forças Armadas (Exército)
| anos_de_serviço = 1920 - 1974; 1981
| graduação = General (Efetivo); Marechal de Campo (Honorificos)
| comandos = 345 do Batalhão de Cavalaria, Governador Militar da Guiné-Bissau, Movimento das Forças Armadas
| condecorações = Grande-Oficial e Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, Oficial e Comendador da Ordem Militar de Avis
| assinatura = AssinaturaAntónioSpínola.svg
}}
 
'''António Sebastião Ribeiro de Spínola''' <small>[[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GCTE]] • [[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GOTE]] • [[Ordem Militar de São Bento de Avis|ComA]]</small> ([[Estremoz]], [[Santo André (Estremoz)|Santo André]], [[11 de Abril|11 de abril]] de [[1910]]<ref>Bap. [[Lisboa]], [[Santa Justa (Lisboa)|Santa Justa]], 18 de Agosto de 1910.</ref> – [[Lisboa]], [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]], [[13 de Agosto|13 de agosto]] de [[1996]]) foi um [[militar]] e [[político]] [[Língua portuguesa|português]], décimo quarto [[Lista de presidentes da República Portuguesa|presidente da República Portuguesa]] e o primeiro após o [[25 de Abril de 1974]].
 
== Infância e juventudeBiografia ==
Nascido a 11 de abril de 1910, na freguesia de [[Santo André (Estremoz)|Santo André]] em [[Estremoz]], filhoFilho de [[António Sebastião Spínola]] e de sua mulher Maria Gabriela Alves Ribeiro, natural da freguesia da [[Sé (Funchal)|Sé]], concelho do Funchal,<ref name=":0">{{Citar web|url=https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=7658895|titulo=Livro de registo de casamentos da 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (03-07-1932 a 31-12-1932)|acessodata=|website=digitarq.arquivos.pt|publicado=Arquivo Nacional da Torre do Tombo|pagina=37, assento 37}}</ref> filha dum [[Galegos|galego]], estabelecido como comerciante no [[Funchal]].
 
Em 1920, fica órfão de mãe, o que levou o pai a matricula-lo a ele e ao irmãoEstudou no [[Colégio Militar (Portugal)|Colégio Militar]], em [[Lisboa]], ondeentre esteve[[1920]] atée [[1928]].
Em 1917, em plena [[Primeira Guerra Mundial]], António foi enviado para a casa dos avós paternos em [[Porto da Cruz]], na Ilha da [[Madeira (região autónoma)|Madeira]], regressando ao continente no ano seguinte, para terminar os estudos em Lisboa.
 
Casou a 18 de agosto de 1932, na 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, com [[Maria Helena Spínola|Maria Helena Martin Monteiro de Barros]].<ref name=":0">{{Citar web|url=https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=7658895|titulo=Livro de registo de casamentos da 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (03-07-1932 a 31-12-1932)|acessodata=|website=digitarq.arquivos.pt|publicado=Arquivo Nacional da Torre do Tombo|pagina=37, assento 37}}</ref>
Em 1920, fica órfão de mãe, o que levou o pai a matricula-lo a ele e ao irmão no [[Colégio Militar (Portugal)|Colégio Militar]], em [[Lisboa]], onde esteve até 1928.
 
Em 1933, foi colocado no Regimento de Cavalaria n.º 7 como instrutor. Entre [[1939 e 1943,]] tornou-se ajudante de campo do Comando da [[Guarda Nacional Republicana]].
Aos 18 anos, ingressou na [[Escola Politécnica de Lisboa]], onde completou os estudos preparatórios militares, seguindo-se, em 1930, a Escola do Exército, escolhendo o curso de [[Cavalaria]]. Nascia, então, a sua paixão pelos cavalos, tendo participado em várias provas hípicas.<ref name=":1">{{Citar web|url=https://www.museu.presidencia.pt/pt/conhecer/presidentes-da-republica-biografias/presidentes-da-democracia/antonio-de-spinola/|titulo=MPR - António de Spínola|acessodata=2022-09-29|website=www.museu.presidencia.pt}}</ref>
 
Germanófilo, partiu em [[1941]] para a frente russa como observador das movimentações da [[Wehrmacht]], no início do cerco a [[Leninegrado]], onde já se encontravam voluntários portugueses incorporados na [[Divisão Azul|Blaue Division]]. Em outubro de 1944, reingressou na GNR e no ano seguinte é mobilizado para o para [[ilha de São Miguel]].
== Carreira militar ==
Em 1933, foi colocado no Regimento de Cavalaria n.º 7 como instrutor. Entre 1939 e 1943, tornou-se ajudante de campo do Comando da [[Guarda Nacional Republicana]].
 
A 23 de Janeiro de 1948 foi feito Oficial da [[Ordem Militar de São Bento de Avis]], tendo sido elevado a Comendador da mesma Ordem a 16 de Maio de 1959.<ref name="OHn">{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas |data=|acessodata=2015-02-22|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-02-22 |notas=Resultado da busca de "António Sebastião Ribeiro de Spínola".}}</ref>
Germanófilo, partiu em [[1941]] para a frente russa como observador das movimentações da [[Wehrmacht]], no início do cerco a [[Leninegrado]], onde já se encontravam voluntários portugueses incorporados na [[Divisão Azul|Blaue Division]]. Em outubro de 1944, reingressou na GNR e no ano seguinte é mobilizado para o para [[ilha de São Miguel]].
 
A 23 de Janeiro de 1948 foi feito Oficial da [[Ordem Militar de São Bento de Avis]], tendo sido elevado a Comendador da mesma Ordem a 16 de Maio de 1959.<ref name="OHn">{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153|título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|data=|acessodata=2015-02-22|publicado=Presidência da República Portuguesa|notas=Resultado da busca de "António Sebastião Ribeiro de Spínola".}}</ref>
 
Em junho do ano seguinte, foi promovido a major, regressando ao Regimento de Cavalaria da GNR como adjunto do comando. Entre agosto de 1956 e fevereiro de 1957, prestou serviço, em acumulação, na Direção da Arma de Cavalaria.<ref name=":1" />
 
=== Guerra do Ultramar e Governador da Guiné ===
[[Ficheiro:DC - Guiné-Bissau - Pelundo, 1969 - General Spínola inaugura o Memorial do B. CAÇ. 2884.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|General Spínola inaugura o Memorial do B. CAÇ. 2884, na Guiné em 1969.]]
Em 1961, em carta dirigida a [[Salazar]], voluntaria-se para a [[Guerra Colonial]], em [[Angola]]. Notabilizou-se no comando do Batalhão de Cavalaria n.º 345, entre [[1961]] e [[1963]].
 
Foi nomeado [[Lista de governadores da Guiné Portuguesa|governador militar da Guiné-Bissau]] em [[1968]], convite feito, pessoalmente, pelo presidente do Conselho, [[António de Oliveira Salazar|Oliveira Salazar]], e de novo em [[1972]], no auge da [[Guerra Colonial]], nesse cargo, o seu grande prestígio tem origem numa política de respeito pela individualidade das etnias guineenses e à associação das autoridades tradicionais à administração, ao mesmo tempo que continuava a guerra por todos os meios ao seu dispor que iam da diplomacia secreta (encontro secreto com [[Léopold Sédar Senghor]] presidente do [[Senegal]]) e incursões armadas em países vizinhos (ataque a [[Conakri]], [[Operação Mar Verde]]). Durante esse período, nasceu o mito de Spínola, o líder determinado e corajoso, onde cultivou uma imagem muito peculiar — de monóculo, pingalim e luvas —, tornou-se uma figura pública, conhecido da opinião pública nacional e internacional.
 
A 6 de Julho de 1973 foi feito Grande-Oficial da [[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]].<ref name="OHn"/>
Enquanto governador, consolidou, assim, a sua ideia de que a guerra não poderia ser ganha militarmente, mas sim no campo político, a aplicação da sua linha estratégica passava pelo estabelecimento de contacto com o [[Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde|PAIGC]], e algumas concessões políticas, que punham em causa a política colonial do regime. A proibição, em meados de 1972, dos contactos tendo em vista a resolução política da [[Guerra de Independência da Guiné-Bissau|guerra na Guiné]] levou a que, no ano seguinte, Spínola não aceitasse a terceira recondução no cargo de governador. Regressou a Lisboa em 1973, tendo a 6 de julho de 1973, sido condecorado com a Grande-Oficial da [[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]].<ref name="OHn" /><ref name=":1" />
 
=== Regresso á metrópole ===
Em Novembro de [[1973]], regressado à metrópole, foi convidado por [[Marcello Caetano]], para a pasta do ultramar, cargo que recusou, por não aceitar a intransigência governamental face às colónias.
 
EmA janeiro[[17 de Janeiro]] de [[1974]], tomafoi posse comonomeado vice-chefe do [[Estado-Maior- General das Forças Armadas|Estado-Maior General das Forças Armadas]]., Opor seusugestão livrode ''[[PortugalCosta e o Futuro]]''Gomes, publicadocargo emde fevereiro,que acabariafoi porafastado acelerarem o[[15 processode conspirativoMarço]]. doPouco movimentotempo dos capitãesdepois, aomas questionarainda aantes políticada colonial[[Revolução dodos regime.Cravos]], Empublica março''[[Portugal doe mesmoo anoFuturo]]'', foionde demitido,expressa juntamentea comideia ode chefeque doa Estado-Maiorsolução daspara Forçaso Armadas,problema [[Franciscocolonial daportuguês Costa Gomes]],passava por nãooutras tervias comparecidoque diasnão antesa à cerimónia de solidariedadecontinuação da «brigada do reumático» para com o regimeguerra.<ref name=":1" />
 
=== 25 de abril de 1974 ===
Na noite do golpe militar de [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de abril de 1974]], Spínola foi nomeado presidente da [[Junta de Salvação Nacional]], no plano dos capitães, autores do golpe, o cargo de Presidente da República estava reservado a Francisco da Costa Gomes, mas acabaria por ser António de Spínola a ocupá-lo. Várias razões conduziram a essa situação: a colaboração que Spínola desenvolvera com os capitães durante o processo conspirativo; o facto de ter sido ele a receber, no dia 25 de abril de 1974, a rendição do presidente do Conselho, [[Marcello Caetano]], e a aclamação popular que se seguiu, a Spínola, que era já uma figura pública. Acresce que Costa Gomes informara não estar disposto para as funções de Presidente da República.
 
Spínola deixara claro o seu projeto político no livro ''Portugal e o Futuro'': uma solução federativa de tipo referendário para o problema colonial e uma transição de cunho presidencialista, sem sobressaltos no domínio económico-social. No entanto, a concretização dessas propostas implicava a neutralização do [[Movimento das Forças Armadas]] cujos militares defendiam o fim imediato da guerra e a concessão da independência aos territórios coloniais.<ref name=":1" />
 
== Presidência da República ==
[[Ficheiro:Retrato oficial do Presidente António de Spínola - Francisco Lapa.png|thumb|left|200px|Retrato oficial do Presidente António de Spínola, por [[Francisco Lapa]]. [[Museu da Presidência da República]].]]António de Spínola toma posse do cargo de Presidente da República em 15 de maio de 1974, no [[Palácio Nacional de Queluz]]. No dia seguinte, deu posse ao [[I Governo Provisório de Portugal|I Governo Provisório]], presidido por um homem da sua confiança, [[Adelino da Palma Carlos]], escolha que não agradou a alguns setores do MFA.
 
A reunião do Conselho de Estado de 8 de julho, onde foram derrotadas por unanimidade as propostas do primeiro-ministro, Palma Carlos, de reforço dos poderes presidenciais e de adiamento das eleições, marcou um momento fundamental na Presidência de Spínola. No dia seguinte, o primeiro-ministro pediu a demissão, argumentando não poder transigir com o clima de indefinição que se vivia. Spínola perdeu um dos seus mais fortes aliados, e as divergências com o MFA aprofundaram-se.
 
É então escolhido o general [[Vasco Gonçalves]] para o cargo de primeiro-ministro do [[II Governo Provisório de Portugal|II Governo Provisório]] e no mesmo dia, [[Otelo Saraiva de Carvalho]] foi nomeado comandante-adjunto do [[Comando Operacional do Continente|COPCON]] e comandante da Região Militar de Lisboa.
 
Em 27 de julho, depois de pressões várias, Spínola anunciou na televisão o reconhecimento do direito à autodeterminação e à independência dos povos das colónias.
 
Crescentemente isolado, Spínola apelou à «[[maioria silenciosa]]» com o objetivo de convocar uma manifestação de apoio ao Presidente, por forma a poder decretar o estado de sítio e a concentrar o poder nas suas mãos. Spínola fez um segundo apelo na televisão para que a «maioria silenciosa do povo português reaja contra o comunismo». Na madrugada de 18 para 19 de setembro, foram colados cartazes nas principais artérias de Lisboa, convidando para uma manifestação de apoio ao Presidente da República.<ref name=":1" />
 
Em 26 de setembro, realizou-se no [[Praça de Touros do Campo Pequeno|Campo Pequeno]] uma tourada organizada pela [[Liga dos Combatentes]]. O Presidente da República foi aplaudido e o primeiro-ministro vaiado. No final, nas imediações do Campo Pequeno, registaram-se incidentes entre manifestantes. Spínola estava confiante no sucesso da manifestação de 28 de setembro, mas os seus planos acabaram por sair gorados.
 
Spínola procurava apoios para decretar o estado de sítio. A Comissão Coordenadora do MFA resistia. Foram momentos de grande tensão que se prolongaram no dia 29 na reunião do Conselho de Estado: a proposta do Presidente da República de declarar o estado de sítio não foi aceite. No dia seguinte, 30 de setembro de 1974, António de Spínola convocou de novo o Conselho de Estado e, numa comunicação transmitida em direto pela rádio e pela televisão, apresentou a sua demissão do cargo de Presidente da República.
 
== Após a Presidência e morte ==
[[Ficheiro:António Spínola.jpg|miniaturadaimagem|António Spínola, na década de 90. |279x279px]]Após a demissão do cargo de Presidente da República e descontente com o rumo dos acontecimentos em [[Portugal]] após a [[Revolução dos Cravos]] (designadamente pela profunda viragem à [[esquerda política|esquerda]], à qual eram afectos muitos militares, e pela perspectiva de independência plena para as [[Colonialismo português|colónias]]), envolve-se na tentativa de [[golpe de estado]] de [[direita política|direita]] da [[Intentona do 11 de Março de 1975]], falha o golpe e Spínola é obrigado a fugir para a [[Espanha Franquista|Espanha]] (depois para o [[Regime Militar no Brasil|Brasil]]) . No exílio, funda e presidiu<ref>Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, ''História de Portugal, Dicionário de Personalidades'', Volume X, Ed. QN-Edição e Conteúdos,S.A., 2004</ref> ao [[MDLP]].<ref>{{citar web|url=http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=th2|título=Centro de Documentação 25 de Abril|publicado=www1.ci.uc.pt}}</ref><ref>{{citar web|url=http://74.125.77.132/search?q=cache:yFId7GAQbtcJ:www.mj.gov.pt/sections/justica-e-tribunais/justica-criminal/unidade-de-missao-para/comunicacoes/terrorismo-e-inseguranca/downloadFile/attachedFile_f0/Terrorismo_e_Inseguranca.pdf%3Fnocache%3D1148905600.9+ELP+exercito+de+liberta%C3%A7%C3%A3o+de+portugal+governo&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=13&gl=pt&client=firefox-a#2|título=Ministério da Justiça|publicado=74.125.77.132}}{{Ligação inativa|{{subst:DATA}}}}</ref>
 
A clarificação política que se seguiu ao [[Crise de 25 de Novembro de 1975|25 de Novembro de 1975]] permitiria o seu regresso a Portugal, o que veio a ocorrer em 1976.
 
A [[25 de Abril]] de [[1974]], como representante do [[Movimento das Forças Armadas]], recebeu do Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, a rendição do Governo (que se refugiara no Quartel do Carmo). Isto permitiu-lhe assumir assim os seus poderes públicos, apesar de essa não ter sido a intenção original do [[Movimento das Forças Armadas|MFA]].
Reintegrado nas Forças Armadas (de onde havia sido expulso) na situação de reserva em 1978, tendo dezembro de 1981, sido promovido ao posto de [[marechal]], por decisão do [[Conselho da Revolução]], tendo-se recusado a receber o bastão de marechal, tendo aceitado o bastão em só em 1991 .
 
Instituída a [[Junta de Salvação Nacional]] (que passou a deter as principais funções de condução do Estado após o golpe), à qual presidia, foi escolhido pelos seus camaradas para exercer o cargo de Presidente da República, cargo que ocupará de [[15 de Maio]] de [[1974]] até à sua renúncia em [[30 de Setembro]] do mesmo ano, altura em que foi substituído pelo general [[Costa Gomes]].
Não obstante, a sua importância no início da consolidação do novo regime democrático foi reconhecida oficialmente a [[5 de Fevereiro]] de [[1987]], pelo então Presidente [[Mário Soares]], que o designou [[Chanceler]] das [[Ordens honoríficas de Portugal|Antigas Ordens Militares Portuguesas]], tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da [[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]] (a segunda maior insígnia da principal ordem militar portuguesa), pelos «''feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura''» a 13 do mesmo mês e ano.<ref name="OHn" /> A 20 de Março de 1989 foi feito Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da [[Real Ordem de Isabel a Católica]] de [[Espanha]].<ref>{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=155|título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras|data=|acessodata=2015-02-22|publicado=Presidência da República Portuguesa|notas=Resultado da busca de "António Sebastião Ribeiro de Spínola".}}</ref>
 
[[Ficheiro:Retrato oficial do Presidente António de Spínola - Francisco Lapa.png|thumb|left|200px|Retrato oficial do Presidente António de Spínola, por [[Francisco Lapa]]. [[Museu da Presidência da República]].]]
A 13 de Agosto de 1996, Spínola morre aos 86 anos, vítima de [[embolia pulmonar]], no [[Hospital Militar de Belém]], na freguesia da [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]], em Lisboa, onde estava internado há meses.<ref name=":0" />O seu funeral, ocorreu na [[Basílica da Estrela|Basilica da Estrela]], com honras militares e com a presença do presidente da [[Guiné-Bissau|Guine Bissau]], [[João Bernardo Vieira|Nino Vieira]].
[[Ficheiro:António Spínola.jpg|miniaturadaimagem|António Spínola, na década de 90. |279x279px]]Após a demissão do cargo de Presidente da República e descontenteDescontente com o rumo dos acontecimentos em [[Portugal]] após a [[Revolução dos Cravos]] (designadamente pela profunda viragem à [[esquerda política|esquerda]], à qual eram afectos muitos militares, e pela perspectiva de independência plena para as [[Colonialismo português|colónias]]), envolve-tenta intervir activamente na política para evitar a aplicação completa do programa do [[MFA]]. A sua demissão da Presidência da República após a manifestação falhada de [[28 de Setembro]] de [[1974]] (em que apelara a uma «[[maioria silenciosa]]» para se fazer ouvir contra a radicalização política que se vivia), o seu envolvimento{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} na tentativa de [[golpe de estado]] de [[direita política|direita]] da [[Intentona do 11 de Março de 1975]], falha o golpe e Spínola é obrigado asua fugirfuga para a [[Espanha Franquista|Espanha]] (depois para o [[Regime Militar no Brasil|Brasil]]) são exemplos disso. No exílio,mesmo funda eano, presidiu<ref>Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, ''História de Portugal, Dicionário de Personalidades'', Volume X, Ed. QN-Edição e Conteúdos,S.A., 2004</ref> ao [[MDLP]].<ref>{{citar web | url=http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=th2 | título=Centro de Documentação 25 de Abril | publicado=www1.ci.uc.pt }}</ref><ref>{{citar web | url=http://74.125.77.132/search?q=cache:yFId7GAQbtcJ:www.mj.gov.pt/sections/justica-e-tribunais/justica-criminal/unidade-de-missao-para/comunicacoes/terrorismo-e-inseguranca/downloadFile/attachedFile_f0/Terrorismo_e_Inseguranca.pdf%3Fnocache%3D1148905600.9+ELP+exercito+de+liberta%C3%A7%C3%A3o+de+portugal+governo&hl=pt-PT&ct=clnk&cd=13&gl=pt&client=firefox-a#2 | título=Ministério da Justiça | publicado=74.125.77.132 }}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref>
 
Não obstante, a sua importância no início da consolidação do novo regime democrático foi reconhecida oficialmente a [[5 de Fevereiro]] de [[1987]], pelo então Presidente [[Mário Soares]], que o designou [[Chanceler]] das [[Ordens honoríficas de Portugal|Antigas Ordens Militares Portuguesas]], tendo-lhe também condecorado com a Grã-Cruz da [[Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito]] (a segunda maior insígnia da principal ordem militar portuguesa), pelos «''feitos de heroísmo militar e cívico e por ter sido símbolo da Revolução de Abril e o primeiro Presidente da República após a ditadura''» a 13 do mesmo mês e ano.<ref name="OHn" /> A 20 de Março de 1989 foi feito Excelentíssimo Senhor Grã-Cruz da [[Real Ordem de Isabel a Católica]] de [[Espanha]].<ref>{{citar web|url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=155 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras |data=|acessodata=2015-02-22|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2015-02-22 |notas=Resultado da busca de "António Sebastião Ribeiro de Spínola".}}</ref>
Está sepultado na Cripta dos Marechais do [[Cemitério do Alto de São João]].
 
A [[13 de Agosto]] de [[1996]], Spínola morre aos 86 anos, vítima de [[embolia pulmonar]], no [[Hospital Militar de Belém]], na freguesia da [[Ajuda (Lisboa)|Ajuda]], em Lisboa, onde estava internado há meses.<ref name=":0" />OEstá seu funeral, ocorreusepultado na [[BasílicaCripta dados Estrela|Basilica da Estrela]], com honras militares e com a presençaMarechais do presidente da [[Guiné-Bissau|GuineCemitério Bissau]],do [[JoãoAlto Bernardode Vieira|NinoSão VieiraJoão]].
== Vida pessoal ==
Casou a 18 de agosto de 1932, na Igreja dos [[Anjos (Lisboa)|Anjos]], registrado na 8.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, com [[Maria Helena Spínola|Maria Helena Martin Monteiro de Barros]], filha do general Monteiro de Barros, antigo combatente na Flandres e comandante-geral da [[Guarda Nacional Republicana|GNR]]. Por uma doença cardíaca de Maria Helena, o casal não teve filhos.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|ultimo=Imagens|primeiro=História Em|url=https://imagenschistoria.blogspot.com/2020/01/primeira-dama-de-portugal-maria-helena.html|titulo=História em Imagens: Primeira-Dama de Portugal: Maria Helena Spínola|data=terça-feira, 22 de dezembro de 2020|acessodata=2022-09-29|website=História em Imagens}}</ref>
 
== O Sonho de regressar ao Poder ==
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==Homenagem==
A Câmara Municipal de Lisboa homenageou o antigo Presidente da República Portuguesa, falecido nesta cidade a 13 de Agosto de 1996, aos 86 anos, atribuindo o seu nome a uma [[Avenida Marechal António de Spínola|grande artéria da urbe]], nas freguesias de [[Marvila (Lisboa)|Marvila]] e [[São João de Brito (Lisboa)|S. João de Brito]].<ref>Comissão Municipal de Toponímia, Toponimia lx António Spínola, Abril de 2010.</ref>
 
== Condecorações ==