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{{mais fontes|data=janeiro de 2015}}
{{Info/Organização
|nome = Fundação Projeto Tamar
|imagem =Projeto Tamar ES 01 (cropped).jpg
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|lema =|fundação = Janeiro de 19801988
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|sede = [[MataPraia dedo São João]], [[Bahia]] <br>{{BRA}}Forte/BA
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OA Fundação '''Projeto TAMAR''' é um projeto [[Conservacionismo|conservacionista]] [[brasil]]eirobrasileiro que atua na preservação das [[Cheloniidae|tartarugas-marinhas]] ameaçadas de [[extinção]]. É uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos [https://projetotamar.org.br (visite o site oficial)] e fica sediado em [[Praia do Forte (Mata de São João)|Praia do Forte]].<ref>{{Citar web |url=https://wwwBA.icmbio.gov.br/portal/centrosdepesquisa/tartarugas-marinhas |titulo=Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Tartarugas Marinhas e Biodiversidade Marinha do Leste |acessodata=2021-07-30 |website=www.icmbio.gov.br |lingua=pt-br}}</ref>
 
O nome TAMAR é uma contração das palavras [[tartaruga]] e [[mar]]inhamarinha, necessária, no início da [[década de 1980]], para a confecção das pequenas placas de [[metal]] utilizadas para a identificação dos espécimes pelo projeto, para estudos de [[biometria]], monitoramento das rotas migratórias e outros.
 
==História<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=64|titulo=História|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref>==
==História==
Eram os últimos anos da década de 70 e não havia registro de qualquer trabalho de conservação marinha no Brasil. As tartarugas marinhas já integravam a lista das espécies em risco de extinção. Estavam desaparecendo por causa da captura incidental em atividades de pesca, do consumo da carne das fêmeas e da coleta dos ovos na praia.
A ideia do projeto TAMAR surgiu na [[década de 1970]] por meio de um grupo de [[estudante]]s de [[oceanografia]] que viajavam para [[praia]]s desertas para realizar pesquisas. Naquela época, no [[Atol das Rocas]], os [[pesquisador]]es documentaram [[pescador]]es matando tartarugas-marinhas. Fotos e alguns relatórios foram enviados às autoridades, que estavam querendo iniciar um programa de conservação marinha dando início ao programa que se desdobrou no Projeto Tamar, fundado em 1980.<ref>{{citar web | titulo = Turismo não prejudica tartarugas, mas luz sim, diz fundador do Tamar | url = http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u599684.shtml | publicado = [[Folha Online]] | data = 24/07/2009 | acessodata = 2009-07-28}}</ref>
 
No sul do Brasil, um grupo de estudantes cursava os últimos anos da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e organizava expedições a praias desertas e distantes para desbravar, descobrir, pesquisar, conhecer o litoral do país e as ilhas oceânicas. Ao mesmo tempo, o grupo fazia pesquisa dirigida, com o apoio do Museu Oceanográfico do Rio Grande.
Segundo levantamentos realizados foram fundamentais as participações do [[Almirante]] [[Ibsen de Gusmão Câmara]], fundador da [[Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza]] (FBCN) como irradiador do projeto, Maria Thereza Jorge Pádua, fundadora da [[Fundação Pró-Natureza]] (Funatura), Renato Petry Leal, da [[Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul]], José Catuetê Albuquerque, fundador do Projeto TAMAR e Guy Marcovaldi, fundador dos projetos TAMAR e Pró-TAMAR.<ref>{{citar livro | titulo = Um olhar sobre políticas ambientais: o Projeto Tamar | autor = Dulce Suassuna | editora = Thesaurus Editora | ano = 2007 |isbn= 9788570626066 | páginas = 238}}</ref> Guy Marcovaldi, um dos fundadores do projeto, é o atual coordenador nacional do Tamar, que conta com recursos do [[Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]] (ICM-Bio), ligado ao governo federal, [[Petrobras]] e dos turistas que visitam suas instalações pagando bilheteria e comprando [[camiseta]]s do projeto.
 
Durante a expedição realizada ao Atol das Rocas, em 1977, esses estudantes encontravam rastros e muita areia remexida , mas eles não se davam conta de que a mudança no cenário era produzida pelas tartarugas que subiam à praia para desovar, durante a madrugada. Em uma dessas noites, os pescadores que acompanhavam os estudantes pescaram onze tartarugas de uma só vez. A imagem foi chocante para os que viram a cena, que foi devidamente fotografada e anexada em um relatório encaminhando ao órgão ambiental federal.
==O que o Tamar faz==
 
Essas expedições e as pesquisas realizadas acabaram servindo de alerta para a necessidade urgente de proteção do ecossistema marinho. Foi dessa forma que a Faculdade de Oceanografia da FURG, onde ainda não se falava em conservação, acabou formando uma geração pioneira de ambientalistas no país, pois todos passaram a se dedicar profissionalmente à conservação marinha.
 
Assim, em 1980, foi criado o Projeto Tartarugas Marinhas. O nome Tamar surgiu a partir da combinação das sílabas iniciais das palavras tartaruga marinha, abreviação que se tornou necessária, na prática, pelo espaço restrito para as inscrições nas pequenas placas de metal utilizadas na identificação das tartarugas marcadas para diversos estudos. Em 1988 foi criada a '''Fundação Projeto Tamar''' para apoiar os trabalhos de conservação e pesquisa.
 
O Projeto Tamar é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha, sendo modelo para programas e projetos do Brasil e de outros países, sobretudo porque envolve as comunidades costeiras diretamente no seu trabalho socioambiental.
 
== Conservação<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=112|titulo=Porque é preciso proteger|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref> ==
 
=== Ameaças para a conservação<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=100|titulo=Ameaça de Extinção|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref> ===
As espécies ameaçadas de extinção, animais ou vegetais, são aquelas em risco de desaparecer em um futuro próximo. Incontáveis espécies já se extinguiram nos últimos milhões de anos devido a causas naturais, como mudanças climáticas e incapacidade de adaptação a novas condições dos habitats que ocupam. O ser humano tem acelerado decisivamente este processo de extinção de espécies, destruindo habitats, explorando desordenadamente os recursos naturais e introduzindo espécies exóticas (vindas de outros locais). Essas e outras atitudes provocam declínio das espécies em taxas jamais observadas na história da humanidade.
 
As cinco espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil estão ameaçadas de extinção, segundo critérios do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de extinção (ICMBio/MMA) e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN): tartaruga-cabeçuda (''Caretta caretta''),  tartaruga-de-pente (''Eretmochelys imbricata''), tartaruga-oliva (''Lepidochelys olivacea''), tartaruga-verde (''Chelonia mydas'') e tartaruga-de-couro (''Dermochelys coriacea'').
 
Até o início dos anos 80, a ''caça e coleta de ovos'' interrompiam o ciclo de vida das tartarugas marinhas. Hoje, após décadas de atividades da Fundação Projeto Tamar nas áreas prioritárias de desova, esta ameaça se tornou muito rara. Entretanto, as cinco espécies que desovam no litoral brasileiro seguem expostas a uma variedade de atividades humanas.
 
Nas praias onde ocorrem desovas de tartarugas, a destruição do habitat pela ocupação desordenada do litoral, a ''iluminação artificial / fotopoluição'' e o ''trânsito de veículos'' nas praias de desova'','' seguem dificultando o processo de reprodução e nascimento das tartaruguinhas. No mar, a ''captura incidental na pesca'', a ''poluição'' em suas variadas formas (principalmente resíduos sólidos e químicos) e as ''mudanças climáticas'' podem afetar as tartarugas marinhas ao longo de todo seu ciclo de vida.
 
=== Porque é preciso proteger<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=112|titulo=Porque é preciso proteger|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref> ===
Em algum momento da criação do mundo, as tartarugas marinhas receberam a seguinte missão: "Espalhem-se pelos oceanos, não escondam as suas belezas; alimentem a quem for necessário; mas não deixem de existir". Assim foi feito - e o homem não tem o direito de contrariar essa lei cósmica.
 
Depois de milhões de anos de sobrevivência e evolução, as tartarugas marinhas continuam desempenhando importante papel ecológico nos ambientes onde ocorrem - das áreas costeiras a grandes profundidades oceânicas (as chamadas regiões abissais). São fonte de alimento para predadores marinhos e terrestres, inclusive o homem, e importantes consumidores de organismos marinhos, servindo como substrato para outras espécies.
 
Como animais migratórios, as tartarugas se deslocam desde os trópicos até as regiões subpolares, transferindo energia entre ambientes marinhos e terrestres. São consideradas verdadeiros engenheiros do ecossistema, devido a sua influência e ação sobre os recifes de coral, bancos de grama marinha e substratos arenosos do fundo oceânico.
 
==O que a Fundação Projeto Tamar faz==
[[Ficheiro:Projeto Tamar - Arembepe, Bahia (7291497124).jpg|miniaturadaimagem|249x249px|[[Tartaruga-marinha]] na [[praia do Forte]], [[Bahia]], [[Brasil]].]]
 
===Missão<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=63|titulo=Missão|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref>===
===Missão===
A Fundação Projeto Tamar atua no litoral brasileiro desde a década de 80 com a missão de promover a recuperação das tartarugas marinhas, desenvolvendo ações de pesquisa, conservação e inclusão social.
O Tamar surgiu com um objetivo de proteger tartarugas-marinhas que estão ameaçadas de extinção no [[litoral brasileiro]]. Com o tempo, porém, percebeu-se que os trabalhos não poderiam ficar restritos às tartarugas, pois uma das chaves para o sucesso desta missão seria o apoio ao desenvolvimento das comunidades costeiras, de forma a oferecer alternativas econômicas que amenizassem a questão social, diminuindo assim a [[caça]] das [[tartarugas-marinhas]] para a sua sobrevivência. O Tamar também protege [[tubarão|tubarões]] e outras espécies de [[vida marinha]].
 
É uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos e co-executora do PAN - Plano Nacional de Ação para a Conservação das Tartarugas Marinhas no Brasil do ICMBio/MMA, sendo responsável por grande parte das ações previstas.
As atividades são organizadas a partir de três linhas de ação: Conservação e pesquisa aplicadas, Educação Ambiental e o Desenvolvimento local sustentável, onde a principal ferramenta é a criatividade. Desde o início, tem sido necessário desenvolver técnicas pioneiras de conservação e desenvolvimento comunitário, adequadas às realidades de cada uma das regiões trabalhadas. As atividades estão atualmente concentradas em vinte e uma bases, distribuídas em mais de mil e cem km de costa. Assim, para garantia de efetiva proteção das tartarugas, promove-se também a conservação dos [[ecossistema]]s marinho e costeiro e o [[desenvolvimento sustentável]] das comunidades próximas às bases - estratégia de conservação conhecida como [[espécie-bandeira]] ou [[espécie-guarda-chuva]].
 
Está presente em 23 localidades distribuídas em oito estados brasileiros, entre zonas costeiras e ilhas oceânicas: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Desenvolve ações de pesquisa, manejo e proteção das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, além de atividades de envolvimento comunitário, inclusão social, sensibilização e educação ambiental, valorização da cultura local e geração de oportunidades de trabalho e renda.
Essas atividades envolvem atualmente cerca de mil e duzentas pessoas, a maioria moradores das [[comunidade]]s, essenciais para a proteção das tartarugas marinhas, pois melhoram as condições do seu [[habitat]] e diminui a pressão humana sobre os ecossistemas e as espécies.
 
Como resultado desse esforço contínuo vem obtendo conquistas importantes: recuperação das populações comprovada; ampliação do conhecimento científico; apoio das comunidades litorâneas que cessaram o uso direto das tartarugas passando a protegê-las; sensibilização e apoio da sociedade em geral e a geração de recursos próprios (sustentabilidade).
O número de ninhos para todas as espécies de tartarugas marinhas no país continua aumentando. Na 35ª temporada reprodutiva monitorada pelo TAMAR (2015-16), foram protegidos 26 mil ninhos, gerando 2,5 milhões de filhotes que chegaram ao mar em segurança.<ref name=":0">{{Citar periódico|titulo=Análise detalhada dos números|url=http://tamar.org.br/interna.php?cod=76|jornal=Projeto TAMAR}}</ref>
 
=== Resultados<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=399|titulo=Resultados|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref> ===
Após 35 anos de trabalho, o TAMAR devolveu ao mar mais de 25 milhões de filhotes de tartarugas marinhas.<ref name=":0" />
'''As populações de tartarugas marinhas estão se recuperando'''
 
Após 40 anos de atividade no Brasil, a Fundação Projeto Tamar já colheu os primeiros frutos do seu trabalho. Quatro estudos científicos, com análise de dados de mais de 15 anos, revelaram tendência de recuperação das populações de quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil: tartaruga-cabeçuda ''(Caretta caretta)'', tartaruga-de-pente ''(Eretmochelys imbricata)'', tartaruga-de-couro (''Dermochelys coriacea'') e tartaruga-oliva ''(Lepidochelys olivacea)''. As pesquisas também indicam que a população da tartaruga-verde (''Chelonia mydas'') esta estável. Esses estudos foram publicados em revistas internacionais de grande relevância cientifica e também apresentados em simpósios e congressos.
 
Os resultados alcançados até aqui são derivados dos esforços contínuos de conservação e pesquisa, das atividades de sensibilização e de educação ambiental desenvolvidas nas bases e centros de visitantes, em associações de pescadores, empreendimentos e programas específicos realizados com as comunidades locais do entorno das praias de desova e de alimentação.
 
As respostas das populações de tartarugas marinhas ao programa contínuo de conservação, são graças ao apoio e envolvimento de toda a sociedade. As comunidades costeiras mudaram o comportamento ao longo dos anos e passaram de predadores a aliados. E a sociedade, de forma geral, também está sensibilizada e aliada à causa conservacionista. Os centros de visitantes e as bases de pesquisa recebem cerca de 1 milhão visitantes/ano, num sinal de adesão e comprometimento com a sobrevivência desses animais.
 
Apesar dos resultados positivos, todas as 5 espécies ainda estão ameaçadas de extinção, sendo necessário continuar nosso trabalho frente aos novos desafios. As fêmeas e desovas das tartarugas marinhas não são mais alvos de intenso uso direto. Hoje, as ameaças estão associadas principalmente às capturas não intencionais pelas pescarias costeiras e oceânicas, ao desenvolvimento costeiro (iluminação artificial, trânsito de veículos e descaracterização das praias), à poluição marinha e às mudanças climáticas.
 
Portanto, é necessário que, com o apoio dos diversos atores da sociedade, mantenhamos os nossos esforços de pesquisa e conservação por muitos mais anos.
 
 
'''Resultados da Fundação Projeto Tamar em números:'''
 
- Mais de 43 Milhões de tartarugas marinhas protegidas;
 
- Tendência de recuperação das populações de 4 espécies de tartarugas marinhas e uma permanecendo estável;
 
- Presença em 23 localidades de 8 estados brasileiros;
 
- Cerca de 25 mil ninhos protegidos a cada temporada de desova;
 
- Cerca de 40 Anos de coleta sistemática de dados padronizados;
 
-  1.800 oportunidades de trabalho (pré pandemia) e
 
- 1 milhão de pessoas por ano nos Centros de Visitantes.
 
 
'''Educação Ambiental e Sensibilização'''<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=372|titulo=Sensibilização e Educação Ambiental|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref>
 
Sensibilizar as comunidades litorâneas e a sociedade para que se tornem aliadas na conservação das tartarugas marinhas e seus habitats tem sido uma ação contínua da Fundação Projeto Tamar. Diferentes estratégias, instrumentos e ações considerando as especificidades de cada localidade e os principais desafios e ameaças à sobrevivência das espécies são executadas nos Centros de Visitantes e nas comunidades litorâneas das áreas de atuação.
 
São realizadas as campanhas Nossa Praia é a Vida, Nem Tudo que Cai na Rede é Peixe, atividades junto a escolas, e outras como Biólogo por um Dia, gincanas e mutirões de limpeza de praias.
 
Também são estratégicas as ações direcionadas a crianças, adolescentes e jovens. Por isso, a formação de novas gerações que sejam protagonistas na proteção das tartarugas e da biodiversidade marinha é uma das prioridades dos programas de sensibilização e educação ambiental desenvolvidos.
 
 
'''Conheça um pouco mais sobre as ações realizadas clicando nos links abaixo:'''
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=407 Tamarzinhos - Praia do Forte / BA]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=442 Escolinha do TAMAR - Arembepe / BA]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=466 Tamarear - Fernando de Noronha]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=408 Nosso Papel de Futuro - Ubatuba / SP]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=177 Escola Finn Larsen – Praia do Forte/BA]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=467 Campanhas de Sensibilização Ambiental]
 
 
'''Inclusão social e envolvimento comunitário'''<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=165|titulo=Inclusão social e envolvimento comunitário: cuidando das tartarugas e das pessoas|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref>
 
Um dos pilares para a sustentabilidade do programa de conservação marinha da Fundação Projeto Tamar é a interação constante com as comunidades costeiras onde atua. Isso porque, desde o início, nossa equipe compreendeu que é preciso cuidar das pessoas, para promover uma transformação de hábitos e assim, assegurar a proteção das tartarugas marinhas. Além disto, o conhecimento tradicional das comunidades somado aos estudos realizados pelos pesquisadores podem aumentar de forma significativa a eficiência das ações realizadas.
 
As populações locais são essenciais no processo, na medida em que podem interferir diretamente nas condições do habitat desses animais, reduzindo a pressão sobre os ecossistemas e as espécies.
 
Por isso, nas localidades onde está presente, a Fundação Projeto Tamar desenvolve diversas atividades que visam a inclusão social e o envolvimento comunitário, bem como a sensibilização e educação ambiental, respeitando as necessidades, vocações, características e tradições de cada lugar.
 
Aliadas às campanhas e ações educativas são criadas alternativas de geração de trabalho e renda para as comunidades locais, oferecidas possibilidades de capacitação, oportunidades para mulheres nas confecções de produtos Tamar, apoiados grupos de artesanato e outras iniciativas. Também são incentivadas e apoiadas as práticas de manifestações e expressões das culturas locais e regionais.
 
 
'''Conheça um pouco mais sobre esse trabalho clicando nos links abaixo:'''
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=469 Conservação e valorização cultural]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=367 Centros de visitantes]
 
[https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=200 Lojas Tamar]
 
[https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=168 Confecções Projeto Tamar]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=170 Grupos de artesanato]
 
[https://tamar.org.br/interna.php?cod=250 Benefícios socioeconômicos para a comunidade]
 
== Centros de Visitantes<ref>{{Citar web|url=https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=367|titulo=Centros de Visitantes|acessodata=2022-11-03|website=www.tamar.org.br}}</ref> ==
Nas regiões litorâneas com potencial turístico, a Fundação Projeto Tamar mantém Centros de Visitantes que funcionam como núcleos de sensibilização e educação ambiental, além de oferecerem lazer, entretenimento e serviços. Junto com as lojas são estruturas fundamentais de geração local de emprego e renda, arrecadam recursos para as ações de conservação das tartarugas marinhas e são importantes meios de comunicação com a sociedade.
 
Os seis Centro de Visitantes, estão em constante aperfeiçoamento, mantém estruturas e estratégias de atendimento condizentes às realidades locais. Todos são cadastrados como Museus junto ao IBRAM (Instituto Brasileiro dos Museus) e reconhecidos pelos resultados para a sensibilização ambiental e educação não formal. Juntos, atendem a cerca de 1 milhão de visitantes por ano.
 
Nestes espaços existem lojas temáticas que comercializam produtos alusivos às tartarugas marinhas e contribuem financeiramente com o programa de proteção e também com as comunidades locais. As vendas nas lojas do Projeto Tamar, situadas em localidades turísticas, estimulam a produção que acontece em vilas com menor vocação para o turismo. A geração de renda ajuda a melhorar a qualidade de vida destas comunidades e a atividade que se relaciona diretamente com a conservação de tartarugas marinhas.
 
Ainda na década de 90 este programa foi reconhecido como um modelo de conservação das tartarugas marinhas com envolvimento comunitário para todo o mundo.
 
 
'''Conheça cada um dos Centros de Visitantes nos links abaixo:'''
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=7 Fernando de Noronha/PE]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=10 Aracaju/SE]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=1 Praia do Forte/BA]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=2 Arembepe/BA]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=24 Vitória/ES]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=9 Ubatuba/SP]
 
[https://tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=8 Florianópolis/SC]
 
== A presença da Fundação Projeto Tamar no Brasil ==
Atualmente, há 23 bases do projeto pelo litoral do [[Nordeste do Brasil|nordeste]], [[Sudeste do Brasil|sudeste]], e [[Sul do Brasil|sul]].<sup>[9]</sup> As localizações das bases são:
 
==Bases do projeto==
[[Ficheiro:Projeto Tamar ES 13.jpg|thumb|Indicação de diversas bases do Projeto Tamar, na base de Vitória. Ao fundo, o [[Convento da Penha]].]]
[[Ficheiro:Sea turtle noronha.ogg|thumb|Cientistas do Projeto Tamar em Fernando de Noronha devolvem uma tartaruga ao oceano]]
Atualmente, há 22 bases do projeto pelo litoral do [[Nordeste do Brasil|nordeste]], [[Sudeste do Brasil|sudeste]], e [[Sul do Brasil|sul]].<ref>[http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=400 Mapa geral de bases do Projeto Tamar]</ref>
As localizações das bases são:
* [[Fernando de Noronha]], [[Pernambuco]]
* [[Praia de Pipa|Pipa]], [[Rio Grande do Norte]]
* [[Praia de Ponta dos Mangues (Sergipe)|Ponta dos Mangues]], [[Sergipe]]
* [[Pirambu]], Sergipe
* [[Aracaju]], Sergipe.
* Abaís, Sergipe
* [[Mangue Seco]], [[Bahia]]
* [[Sítio do Conde]], Bahia
* [[Sauipe|Costa do Sauípe]], Bahia
* [[Praia do Forte (Mata de São João)|Praia do Forte]], Bahia
* [[Arembepe]], Bahia
* [[Busca Vida]], Bahia
* [[Guriri]], [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]
* [[Pontal do Ipiranga]], Espírito Santo
* [[Vila de Povoação (Linhares)|Povoação]], Espírito Santo
* [[Vila de Regência|Regência]], Espírito Santo
* [[Ilha de Trindade (Espírito Santo)|Ilha de Trindade]], Espírito Santo
* [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], Espírito Santo
* [[Farol de São Tomé]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]
* [[Ubatuba]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]]
* [[Beto Carrero World]], [[Santa Catarina]]
* [[Florianópolis]], Santa Catarina
 
==Sergipe==
O [[litoral]] de [[Sergipe]] possui a maior concentração de desovas da [[tartaruga-oliva]] (''Lepidochelys olivacea'') no país. Também são registradas, em menores proporções, desovas das [[tartaruga-cabeçuda | tartarugas-cabeçudas]] (''Caretta caretta''), [[tartaruga-de-pente | tartarugas-de-pente]] (''Eretmochelys imbricata'') e [[tartaruga-verde | tartarugas-verdes]] (''Chelonia mydas'').
 
As bases de [[Pirambu]], Abaís e [[Praia de Ponta dos Mangues (Sergipe)|Ponta dos Mangues]] protegem, juntas, cento e vinte e cinco dos cento e sessenta e três quilômetros de [[praias]] sergipanas e protegem mais de duas mil e quinhentas [[desova]]s/ano e cerca de cento e trinta e cinco mil [[filhote]]s.
 
O [[Oceanário de Aracaju]] e o [[Centro de Educação Ambiental da Reserva Biológica]] de [[Santa Isabel]] recebem cerca de 170 mil visitantes/ano, sendo 17 mil atendimentos especiais através do [[Programa de Visitas Orientadas]] ([[PVO]]).
 
Em Pirambu é desenvolvido o Programa de valorização [[cultura]]l, envolvendo grupos [[folclóricos]], quadrilhas juninas, [[capoeira]], bordadeiras e o encontro cultural [[Culturarte]]. Todas estas atividades se concentram no [[Clubinho da tartaruga]], um estrutura construída em [[taipa]], em regime de mutirão pela comunidade.
 
==Ver também==