Venda de esposas na Inglaterra: diferenças entre revisões

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Gabriel Duartez (discussão | contribs)
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[[Ficheiro:Thomas Rowlandson - Selling a Wife - WGA20172.jpg|miniaturadaimagem|350x350px|''Vendendo uma esposa'' (1812-1814), de [[Thomas Rowlandson]]. Esta ilustração dá ao espectador a impressão de que a venda era uma prática divertida, mas na realidade ela era inerentemente humilhante para os envolvidos{{Sfn|Vaessen|2006|p=13; 36}}]]
Na [[Reino da Inglaterra|Inglaterra]], a '''venda de esposas''' era uma maneira de acabar com um [[casamento]] insatisfatório, normalmente de maneira consensual. Esse costume provavelmente se originou no final do {{séc|XVII}}, época em que o [[divórcio]] era uma impossibilidade prática para todos, exceto os mais ricos. Na visão de um casal que desejava separar-se de maneira moralmente aceitável, a venda apresentava-se como um processo vexatório mas que permitia tornar legítimo, e portanto socialmente satisfatório, o rearranjo da sua [[relação conjugal]].
 
Em sua forma típica esse costume assumiu uma forma ritualizada, que buscava assegurar a pretensa legalidade das transações. A venda era anunciada publicamente, e em seguida o marido levava sua esposa por um [[cabresto]] até o local onde ela ocorreria, normalmente um [[Feira livre|mercado]]. Ali, a esposa era [[Leilão|leiloada]] diante de espectadores, e, como sinal de realização do negócio, dinheiro era trocado e a esposa era entregue pelo cabresto ao comprador. As vendas também podiam incluir os filhos, e por vezes os valores em dinheiro eram completados com outros bens, notadamente bebidas alcoólicas e animais. O valor da venda não parece ter sido a principal consideração durante as vendas, mas existem registros de maridos e outros interessados comprando e revendendo esposas em busca de lucro.