Invasão do Iraque em 2003: diferenças entre revisões

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As forças especiais aliadas cumpriram um papel fundamental em diversos aspectos da invasão. O 2º batalhão das forças especiais do Exército americano, compostos pelos famosos "[[Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos|Boinas Verdes]]" (''Green Berets'') conduziram missões de reconhecimento em [[Baçorá]], [[Carbala]] e em várias outras regiões, especialmente no norte e no oeste.
 
No norte, o 10º Grupo de Operações Especiais e paramilitares da CIA (membros da '[[Special Activities Division|Divisão Especial]]') receberam a missão de ajudar as forças curdas, como a [[União Patriótica do Curdistão]] e o [[Partido Democrático do Curdistão]], que eram os [[de facto]] governantes do [[Curdistão Iraquiano]] desde 1991, e auxiliaram a Coalizão na luta pelas cidades nortenhas, como [[Quircuque]] e [[MossulMoçul]]. Como a [[Turquia]] havia proibido o uso de seu território pelas forças Aliadas, os grupos especiais americanos tiveram de usar rotas alternativas ou, primordialmente, jogaram-se de paraquedas em pontos estratégicos. Um dos primeiros objetivos dos batalhões de operações especiais americanos era eliminar a base do grupo terrorista [[Ansar al-Islam]] do território curdo, acreditando que estes tinham uma conexão com a al-Qaeda. Posteriormente, posições do exército iraquiana também foram atacadas, com o propósito de impedir que elas fossem combater no sul, onde o grosso da ofensiva estava acontecendo.
 
[[imagem:030323-M-3692W-014 Sgt. Jeff Seabaugh, a squad leader with the 15th Marine Expeditionary Unit (Special Operations Capable) (15th MEU (SOC)), moves his Marines to their objective during a mission in the Iraq War.jpg|thumb|300px|Fuzileiros americanos durante uma missão de combate no Iraque, em março de 2003]]
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O sucesso da ocupação de Quircuque aconteceu após duas semanas de batalha, onde os curdos e americanos derrotaram as forças de Saddam na região. Logo em seguida, a Coalizão derrotou os iraquianos na batalha de Kani Domlan. A 173ª Brigada eventualmente assumiu a responsabilidade de defender Quircuque e seguiu lutando contra [[Insurgência iraquiana|a insurgência]] até o fim do ano, quando foi realocada para outro lugar.
 
Outras batalhas foram travadas no norte pelas forças especiais do [[Exército dos Estados Unidos|exército]] e do [[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos|corpo de fuzileiros]] americanos. Uma das bases de operações da Coalizão na região era a cidade curda de [[Erbil]]. Outra base foi montada após os marines conquistarem MossulMoçul.
 
Após conquistar a cidade de Sargat, as forças especiais do exército americano e da CIA, apoiado por guerrilheiros curdos, avançaram em direção a [[Ticrite]], importante município perto de Bagdá e terra natal de Saddam. Um batalhão de infantaria iraquiano protegia a área mas foram derrotados facilmente. Ticrite caiu logo em seguida, assim como outras cidades vizinhas. A [[Guerra do Iraque]] foi onde as forças especiais americanas viram mais ação desde o [[Guerra do Vietnã|conflito no Vietnã]], nas décadas de 60 e 70.
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O general americano [[Tommy Franks]] assumiu o de facto controle do Iraque como o comandante supremo das forças de ocupação da Coalizão. Logo após a queda de Bagdá, rumores circularam pelo país de que comandantes e oficiais do velho regime e das forças armadas estariam recebendo incentivos financeiros para que se entregassem. Em maio de 2003, quando o general Franks se aposentou, ele confirmou a informação e falou que vários proeminentes membros do exército baathista receberam dinheiro para se render.
[[imagem:U.S. Marines with Iraqi POWs - March 21, 2003.jpg|miniaturadaimagem|[[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos|Fuzileiros navais americanos]] transportando prisioneiros iraquianos, em março de 2003]]
Enquanto assumiam a difícil tarefa de administrar o Iraque, as forças de ocupação começaram uma busca implacável pelas principais lideranças do regime de Saddam. Um baralho de cartas com o rosto das principais figuras do governo baathista foi distribuído entre os soldados da Coalizão. Mais tarde, durante a [[Ocupação estrangeira|ocupação militar]] subsequente a invasão, precisamente a 22 de julho de 2003, membros da 101ª Divisão Paraquedista atacaram uma pequena casa no centro de [[MossulMoçul]] e após um tiroteio de quatro horas, foi constatado que quem estava na residência era de fato os filhos de Saddam, [[Uday Hussein|Uday]] e [[Qusay Hussein|Qusay]], e seu neto. Todos os três foram mortos, junto com um segurança da família.
 
Saddam Hussein, que fugira para [[Ticrite]] (que fica 170 km ao norte de Bagdá), só foi capturado a 13 de dezembro de 2003, em uma pequena casa em uma remota fazenda nas cercanias da cidade. Soldados americanos da 4ª Divisão de infantaria do exército foram os responsáveis por sua captura, durante a chamada [[Operação Red Dawn]]. Saddam seria então levado a julgamento por [[crimes contra a humanidade]] cometidos durante as duas décadas que durou o seu regime. Ele foi então sentenciado a morte e eventualmente enforcado, a 30 de dezembro de 2006. Mesmo com sua execução, a violência no Iraque não deu trégua. A esperança americana de ver o país estável e seguro demoraria tempos para acontecer, enquanto a nação mergulhava em uma violenta guerra civil.