Países Baixos: diferenças entre revisões

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Os Países Baixos também possuíam várias outras colônias, mas a [[colonização]] neerlandesa nessas terras foi limitada. As mais notáveis foram as [[Índias Orientais Neerlandesas]] (atuais [[Indonésia]]) e [[Suriname]]). Essas colônias foram primeiramente administradas pela Companhia Holandesa das Índias Orientais e pela [[Companhia Holandesa das Índias Ocidentais]], ambas empresas coletivas privadas. Três séculos mais tarde essas empresas começaram a ter problemas financeiros e os territórios em que operavam foram assumidos pelo governo holandês (em 1815 e 1791, respectivamente). Só então essas áreas se tornaram colônias oficiais.<ref name="História"/>
 
Durante o período colonial, os Países Baixos envolveram-se fortemente no [[comércio de escravos]]. Os plantadores neerlandeses dependiam muito de [[escravos africanos]] para cultivar [[café]], [[cacau]], [[cana-de-açúcar]] e plantações de [[algodão]] ao longo dos rios. O tratamento dado aos escravos por seus proprietários era notoriamente ruim e muitos deles fugiam das plantações. A escravidão foi abolida pelos Países Baixos na [[Guiana Neerlandesa]] e [[Curaçau e Dependências]] em 1863, mas os escravos não foram totalmente libertos até 1873, depois de um período obrigatório de transição de dez anos, durante os quais eles eram obrigados a trabalhar nas plantações por um salário mínimo e sem tortura sancionada pelo governo. Assim que se tornaram verdadeiramente livres, a maioria dos escravos abandonou as plantações onde eles tinham sofrido por várias gerações em favor da cidade de [[Paramaribo]]. Durante o {{séc|XIX}}, os Países Baixos demoraram para [[Industrialização|industrializar-se]] em comparação aos países vizinhos, principalmente por causa da grande complexidade envolvida na modernização da sua infraestrutura, composta em grande parte por cursos d'água e a grande resistência da sua indústria em relação à [[energia eólica]].<ref name="História"/>
 
=== Guerras mundiais ===
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O país pretendia permanecer neutro durante a [[Segunda Guerra Mundial]], embora planos de contingência, envolvendo os exércitos da [[Bélgica]], [[França]] e [[Reino Unido]], tenham sido elaborados em caso de agressão alemã. Apesar desta neutralidade, a [[Alemanha nazista]] invadiu a Holanda em 10 de maio de 1940 como parte de sua campanha contra as [[Aliados (Segunda Guerra Mundial)|forças aliadas]]. Forças francesas no sul e navios britânicos a oeste vieram ajudar, mas recuaram rapidamente, evacuando muitos civis e vários milhares de prisioneiros de guerra alemães. O país foi invadido em apenas cinco dias. Apenas após (mas não por conta disso) do [[Bombardeio de Roterdã]], o exército holandês se rendeu em 14 de maio de 1940, apesar de uma força holandesa e francesa controlar a parte ocidental da [[Zelândia (Países Baixos)|Zelândia]] algum tempo após a rendição. O reino continuou na guerra através do [[Império Colonial Holandês]]; o [[governo no exílio]] residia em [[Londres]].<ref name="História"/>
 
Durante a ocupação, mais de {{formatnum:100000}} [[judeus]] holandeses<ref>{{citar web|url=http://web.archive.org/web/20041207064440/http://www.kampwesterbork.nl/site1.2/English/KAMP/k08.html|título=93 trains|publicado=web.archive.org }}. kampwesterbork.nl</ref> foram presos e levados para [[Campo de concentração|campos de concentração]] nazistas na Alemanha, na [[Governo Geral|Polônia ocupada]] e na [[Tchecoslováquia]] ocupada pelos alemães. No momento em que estes campos foram libertados, apenas 876 judeus holandeses estavam vivos. Os trabalhadores holandeses eram recrutados para o trabalho forçado em fábricas alemãs, os civis eram mortos em represália por ataques a soldados alemães e a área rural foi saqueada por comida para os soldados alemães na Holanda e para o embarque para a Alemanha. Embora milhares de holandeses tenham arriscado suas vidas por esconder os judeus dos alemães, como contado em ''[[O Refúgio Secreto]]'' por [[Corrie ten Boom]] e em ''The Heart Has Reasons '' de Mark Klempner,<ref>Klempner, Mark. The Heart Has Reasons: Holocaust Rescuers and Their Stories of Courage. Cleveland: The Pilgrim Press, 2006, pp. 15–17 ISBN 0-8298-1699-2.</ref> houve também holandeses que colaboraram com as forças de ocupação na caça aos judeus escondidos.<ref>Klempner, Mark. The Heart Has Reasons: Holocaust Rescuers and Their Stories of Courage. Cleveland: The Pilgrim Press, 2006, p. 5 ISBN 0-8298-1699-2.</ref>
 
=== Período contemporâneo ===
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}}
 
Um aspecto notável do país é o fato de ser extremamente plano. Aproximadamente metade do território fica a menos de 1 metro acima do nível do mar, e boa parte das terras estão de fato abaixo do nível do mar. O ponto mais baixo, [[Nieuwerkerk aan den IJssel]], perto de Roterdão, localiza-se a um nível de 6,76 m abaixo do nível do mar. O ponto mais alto, [[Vaalserberg]], na fronteira sudeste, localiza-se a uma altitude de 321 m. Muitas áreas baixas estão protegidas por diques e barragens. Partes dos Países Baixos, inclusive quase toda a moderna província da [[Flevolândia]], foram conquistadas ao mar – estas áreas são conhecidas como [[pôlder]]es.<ref name = "international2000">{{Citation|último=Welschen|primeiro=Ad |tipo= curso|língua=en|título=Dutch Society and Culture | título-trad = Sociedade e cultura neerlandesas|publicado=International School for Humanities and Social Studies ISHSS|local=Universiteit van Amsterdam|ano=2000–2005}}.</ref>
 
O país é cheio de canais e o transporte fluvial torna-se um dos principais meios de exportação e importação. A localização geográfica dos Países Baixos é bastante favorável em relação à Europa. Do aeroporto de Schiphol, em Amesterdã, é possível chegar a Berlim, Londres ou Paris em apenas uma hora de voo. O país é dividido em duas partes principais pelos rios [[Rio Reno|Reno]] (''Rijn''), [[Waal]] e [[Mosa]] (''Maas''). Há muitos [[dialeto]]s falados a norte e sul desses grandes rios. Os [[ventos]] predominantes no país são de sudoeste, o que causa um clima marítimo moderado, com verões agradáveis e invernos suaves.<ref name="Geografia dos Países Baixos">{{Citar web|língua=espanhol|url=https://geografia.laguia2000.com/climatologia/paises-bajos-clima-y-vegetacion|publicado=La Guia Geografia|título=Países Bajos: clima y vegetación|acessodata=3 de dezembro de 2018 }}</ref>
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[[Imagem:Deltawerken na.png|thumb|Mapa das [[Obras do Projeto Delta]]]]
{{VT|Obras do Projeto Delta}}
Ao longo dos séculos, o litoral holandês mudou consideravelmente como resultado da intervenção humana e de desastres naturais. O mais notável em termos de perda de terra foi a tempestade 1134, que criou o arquipélago da [[Zelândia (Países Baixos)|Zelândia]], no sudoeste. Em 14 de dezembro de 1287, a [[inundação]] de Santa Lúcia afetou os Países Baixos e a [[Alemanha]], matando mais de 50 mil pessoas em uma das inundações mais destrutivas já registradas na história.<ref>{{Citation|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/1485002/Zuiderzee-floods|língua=en |capítulo= Zuiderzee floods (Netherlands history)|título=Britannica |edição= online |tipo= enciclopédia}}.</ref> A última enchente importante nos Países Baixos ocorreu no início de fevereiro de 1953, quando uma grande tempestade causou o colapso de vários [[dique]]s no sudoeste do país. Mais de 1 800 pessoas morreram afogadas nas inundações que se seguiram. O governo neerlandês decidiu posteriormente em um programa de larga escala de obras públicas (o "[[Obras do Projeto Delta|Projeto Delta]]") para proteger o país contra futuras enchentes catastróficas. O projeto levou mais de 30 anos para ser concluído e considerado pela [[Sociedade Americana de Engenheiros Civis]] uma das sete maravilhas do mundo moderno.<ref>{{Citation|língua=en|url=http://www.asce.org/Content.aspx?id=2147487305|título=Seven Wonders | título-trad = Sete maravilhas|publicado=Asce|data=2010-07-19|acessodata=21 de ago de 2012}}.</ref>
 
A gravidade dos desastres foi parcialmente impulsionada através da influência humana. As pessoas tinham drenado o relativamente alto pântano para usá-lo como fazendas. A drenagem fez com que a fértil [[turfa]] fosse comprimida e o nível do solo diminuiu, quando tentaram reduzir o nível de água para compensar a queda no nível do solo, fazendo com que a turfa subjacente fosse ainda mais comprimida. Devido ao alagamento, a [[agricultura]] tornou-se uma atividade difícil, o que incentivou o [[comércio exterior]], a consequência disso foi um maior envolvimento dos [[holandeses]] nos temas mundiais desde o início do {{séc|XIV/XV}}. O problema permanece insolúvel até hoje. Além disso, até ao {{séc|XIX}}, a turfa seca era extraída e utilizada como combustível, aumentando ainda mais o problema.<ref>{{Citation|primeiro=Robert S|último=Duplessis|língua=en|título=Transitions to Capitalism in Early Modern Europe | título-trad = Transições para o capitalismo na Europa moderna inicial|ano=1997}}.</ref>
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Os Países Baixos abrigam estimadas 35 583 espécies de animais e plantas, consistindo 23% das espécies europeias e 2% das mundiais. 814 espécies avaliadas pela Lista Vermelha Europeia da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estão presentes no país, sendo 2% ameaçadas, 5% quase ameaçadas e uma extinta. As maiores ameaças à biodiversidade neerlandesa consistem, respectivamente, de: mudanças naturais de ecosistemas, poluição, agricultura e aquacultura, uso de recursos biológicos, desenvolvimento comercial e residencial, espécies invasivas ou problemáticas, mudanças climáticas e padrões climáticos severos, intrusão e perturbação humana, transportação e corredores de serviço, mineração, entre outros.<ref name=Gna/>
 
Áreas naturais, animais selvagens e plantas são protegidos pelo Ato de Conservação da Natureza, que entrou em efeito em 1 de janeiro de 2017, e substitui 3 leis anteriores: o Ato de Conservação da Natureza de 1998, o Ato da Fauna e Flora e o Ato Florestal. Existem 391 áreas protegidas no país, cobrindo 26,15% da área terrestre e 25,34% da área marinha. Dessas áreas protegidas, 197 são parte da Rede Natura 2000 (77 áreas de proteção especial e 52 sítios de importância comunitária) e 194 são sítios designados por leis nacionais. 46% dos sítios terrestres e 42% dos sítios marinhos tem áreas entre dez e cem quilômetros quadrados.<ref name=Gnb/><ref name=Gnc/>
 
== Demografia ==
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[[Imagem:Den_Haag_-_panoramio_-_Nikolai_Karaneschev.jpg|thumb|esquerda|O complexo ''[[Binnenhof]]'' é o centro da política neerlandesa, onde se localiza os [[Estados Gerais dos Países Baixos]]]]
 
Na prática, o [[poder executivo]] é formado pelo Conselho de Ministros dos Países Baixos. O gabinete é composto geralmente por 13-1613–16 ministros e um número variável de secretários de Estado. Um a três ministros são ministros sem pasta. O [[chefe de governo]] é o [[Lista de primeiros-ministros dos Países Baixos|primeiro-ministro dos Países Baixos]], que muitas vezes é o líder do maior partido da [[coalizão]]. Na verdade, esse tem sido sempre o caso desde 1973. O primeiro-ministro é um ''[[primus inter pares]]'', ou seja, ele não tem poderes explícitos além dos dos outros ministros. Atualmente, o primeiro-ministro é [[Mark Rutte]].
 
Embora historicamente a [[política externa]] neerlandesa tenha sido caracterizada pela neutralidade, desde a [[Segunda Guerra Mundial]], os Países Baixos tornaram-se membros de um grande número de [[Organização internacional|organizações internacionais]], sendo as principais a [[Organização do Tratado do Atlântico Norte|OTAN]], a [[ONU]] e a [[UE]].
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== Divisões administrativas ==
{{Anexo|Lista de municípios dos Países Baixos}}
Os Países Baixos estão divididos em 12 regiões administrativas, também chamadas províncias; cada uma tem à sua frente um governador, que é chamado "Comissário do Rei" ou "Comissário da Rainha". Todas as províncias, por sua vez, subdividem-se em municípios (''gemeenten''), que são 355.<ref>{{Citar web|ultimo=Statistiek|primeiro=Centraal Bureau voor de|url=https://www.cbs.nl/nl-nl/onze-diensten/methoden/classificaties/overig/gemeentelijke-indelingen-per-jaar|titulo=Gemeentelijke indelingen per jaar|acessodata=2022-10-25|website=Centraal Bureau voor de Statistiek|lingua=nl-NL}}</ref>
 
O [[Reino dos Países Baixos]] possui três territórios [[Nação constituinte|países constituintes]] além dos Países Baixos: são as ilhas de [[Aruba]], [[São Martinho (Países Baixos)|São Martinho]] e [[Curaçau]], no [[Caribe]]. Essas ilhas pertenciam às antigas [[Antilhas Neerlandesas]] dissolvidas em 2010. Os três territórios são independentes no que se refere a assuntos internos, mas submetidos ao controle central exercido pelo [[Reino dos Países Baixos]] em questões de defesa e assistência mútua. Existem também três "municípios especiais" também no Caribe: [[Bonaire]], [[Saba]] e [[Santo Eustáquio (Países Baixos)|Santo Eustáquio]].<ref>{{citar web|url=http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/101010/manchetes/manchetes_antilhas_holandesas|titulo=Antilhas Holandesas são dissolvidas; dois novos países criados|autor=Reuters|publicado=Yahoo! Notícias|acessodata=11/10/2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101013164415/http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/101010/manchetes/manchetes_antilhas_holandesas|arquivodata=2010-10-13|urlmorta=yes }}</ref>
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Os Países Baixos têm uma economia muito forte e têm desempenhado um papel especial na [[economia europeia]] durante muitos séculos. Desde o {{séc|XVI}}, o [[transporte]], a [[pesca]], o [[comércio]] e os [[banco]]s têm sido importantes setores da [[Economia dos Países Baixos|economia neerlandesa]]. O país é umas das dez maiores nações [[Exportação|exportadoras]]. O país é o maior entreposto comercial do mundo, reexportando produtos que o país importou a preços mais caros, principalmente para a União Europeia. Gêneros alimentícios formam o maior setor da indústria do país. Outras grandes indústrias incluem produtos químicos, [[metalurgia]], [[máquina]]s, elétrica, de mercadorias e [[turismo]]. Exemplos incluem ([[Unilever]], [[Heineken]]), serviços financeiros ([[ING Group|ING]]), produtos químicos ([[DSM (empresa)|DSM]]), refino de petróleo ([[Shell]]) e máquinas elétricas ([[Philips]], [[ASML (empresa)|ASML]]).
 
Os Países Baixos têm a [[Lista de países por PIB nominal|16.ª maior economia do mundo]] e o [[Lista de países por PIB nominal per capita|sétimo maior PIB (nominal) ''per capita'']]. Entre 1998 e 2000, obteve um [[crescimento econômico]] anual do [[PIB]] de, em média, quatro por cento, bem acima da média europeia. O crescimento diminuiu consideravelmente entre 2001-20052001–2005, com o abrandamento econômico mundial, mas acelerou para 4,1% no terceiro trimestre de 2007. A [[inflação]] é de 1,3% e o [[desemprego]] está em quatro por cento da [[força de trabalho]]. Pelos padrões do [[Eurostat]], o desemprego nos Países Baixos é de 4,1% (abril 2010), a mais baixa taxa de todos os estados membros da [[União Europeia]].<ref>{{Citar web|publicado=União Europeia|língua=en|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/pls/portal/docs/PAGE/PGP_PRD_CAT_PREREL/PGE_CAT_PREREL_YEAR_2008/PGE_CAT_PREREL_YEAR_2008_MONTH_01/3-07012008-EN-BP.PDF|título=Eurostat unemployment rates November 2007|acessodata=2008-01-07 }}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> Os Países Baixos também têm um [[coeficiente de Gini]] (que mede a desigualdade social) relativamente baixo: 0,326. Apesar de estar sétimo lugar em PIB ''per capita'', a [[UNICEF]] classificou o país no primeiro lugar em bem-estar infantil.<ref>{{Citar web|língua=en|url=http://www.unicef.org/media/files/ChildPovertyReport.pdf|título=Child Poverty Report Study|publicado=UNICEF|ano=2007}}</ref> No [[Índice de Liberdade Econômica]], os Países Baixos são a 13.ª [[economia]] [[Capitalismo|capitalista]] de [[livre mercado]] entre os 157 países pesquisados.
[[Imagem:Netherlands.jpg|thumb|Tráfego denso na autoestrada A4 ao lado de um grande [[pôlder]] (''Grote Polder''), um canal, moinhos de vento (velhos e novos) e flores]]
[[Imagem:Netherlands_Product_Exports_(2019).svg|thumb|Principais [[exportações]] dos Países Baixos em 2019 {{en}}]]
 
[[Amesterdã]] é a capital financeira e empresarial dos Países Baixos.<ref name="ez">{{Citar web |título-trad= Amesterdã – econômica|url=http://www.ez.amsterdam.nl/page.php?menu=24&page=6|arquivourl=https://web.archive.org/web/20081205161807/http://www.ez.amsterdam.nl/page.php?menu=24&page=6|arquivodata=2008-12-05|título=Amsterdam – Economische Zaken|língua=nl|acessodata=2008-05-22|urlmorta=yes }}</ref> A [[Euronext Amesterdão|Bolsa de Amesterdã]] (AEX), parte da [[Euronext]], é a mais antiga [[bolsa de valores]] do mundo e é uma das maiores da [[Europa]]. Está situada perto da praça Dam, no centro da cidade. Como membro fundador do [[euro]], os Países Baixos substituíram (para fins contabilísticos) a sua antiga moeda, o "Gulden" ([[Florim neerlandês|florim]]), em 1 de janeiro de 1999, juntamente com os quinze outros países que adotaram o euro.
 
A localização dos Países Baixos facilita o acesso aos grandes mercados do [[Reino Unido]] e da [[Alemanha]], sendo o [[porto de Roterdã]] o maior porto da Europa. Outras partes importantes da economia são: [[comércio internacional]] (o [[colonialismo]] neerlandês começou com uma cooperativa empresas privadas, como a [[Companhia Holandesa das Índias Orientais]]), bancos e transportes. Amesterdã é o quinto destino turístico mais movimentado da Europa, com mais de 4,2 milhões de visitantes internacionais.<ref name="42milvisitors">{{Citation|título-trad=Amesterdã: turismo|arquivourl=http://web.archive.org/web/20090215160103/http://www.ez.amsterdam.nl/page.php?page=9&menu=27|arquivodata=2009-02-15|url=http://www.ez.amsterdam.nl/page.php?|título=Amsterdam en de wereld: Toerisme en congreswezen|publicado=amsterdam|língua=nl|local=NL}}.</ref>
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[[Imagem:A1-Hoog_Buurlo.jpg|thumb|Autoestrada A1, em [[Gelderland]]]]
 
A mobilidade nas estradas holandesas tem crescido continuamente desde 1950 e agora ultrapassa 200 bilhões de km percorridos por ano,<ref>{{citar comunicado de imprensa|título=SWOV Fact sheet &#124; Mobility on Dutch roads |url=http://www.swov.nl/rapport/Factsheets/UK/FS_Mobility.pdf |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100415044922/http://www.swov.nl/rapport/Factsheets/UK/FS_Mobility.pdf |arquivodata=15 de abril de 2010 |local=Leidschendam, the Netherlands |publicado=SWOV, Dutch Institute for Road Safety Research |data=Julho de 2013 |acessodata=7 de julho de 2014 }}</ref> três quartos dos quais são feitos de carro.<ref name="OECD-ITF">{{citar relatório|último1 =Waard |primeiro1 =Jan van der |último2 =Jorritsma |primeiro2 =Peter |último3 =Immers |primeiro3 =Ben |data=Outubro de 2012 |título=New Drivers in Mobility: What Moves the Dutch in 2012 and Beyond? |url=http://www.internationaltransportforum.org/jtrc/DiscussionPapers/DP201215.pdf |local=Delft, the Netherlands |publicado=[[Organisation for Economic Co-operation and Development|OECD]] International Transport Forum |acessodata=7 de julho de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130117223717/http://internationaltransportforum.org/jtrc/DiscussionPapers/DP201215.pdf |arquivodata=17 de janeiro de 2013 }}</ref> Cerca de metade de todas as viagens na Holanda são feitas de carro, 25% de bicicleta, 20% a pé e 5% de transporte público.<ref name="OECD-ITF"/> Com uma rede rodoviária total de 139 295 km, que inclui 2. 758 km de [[vias expressas]],<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2085.html#nl |título=CIA World Factbook &#124; Field listing: Roadways |data=2012 |website=Cia.gov |publicado=U.S. Central Intelligence Agency |acessodata=7 de julho de 2014}}</ref> a Holanda tem uma das redes rodoviárias mais densas do mundo - muito mais densa do que a [[Alemanha]] e a [[França]], mas ainda não tão densa quanto a [[Bélgica]].<ref>{{citar web|url=http://data.worldbank.org/indicator/IS.ROD.DNST.K2?order=wbapi_data_value_2011%20wbapi_data_value%20wbapi_data_value-last&sort=desc |título=Road density (km of road per 100 sq. km of land area) &#124; Data &#124; Table |autor =<!--Staff writer(s); no by-line.--> |data=2014 |website=data.worldbank.org |publicado=The World Bank Group |acessodata=7 de julho de 2014}}</ref> Como parte de seu compromisso com a [[sustentabilidade]] ambiental, o governo da Holanda iniciou um plano para estabelecer mais de 200 estações de recarga para [[veículos]] elétricos em todo o país, tendo como objetivo fornecer pelo menos uma estação em um raio de 50 quilômetros de cada casa na Holanda.<ref>{{citar web|título=Every Dutch citizen will live within 31 miles of an electric vehicle charging station by 2015|url=https://www.theverge.com/2013/7/10/4509962/netherlands-nationwide-electric-vehicle-charging-network-abb-fastned|obra=[[The Verge]]|publicado=[[Vox Media]]|acessodata=11 de julho de 2013|último =Toor |primeiro =Amar |data=10 de julho de 2013 }}</ref> Atualmente, o país hospeda mais de um quarto de todas as estações de recarga na [[União Europeia]].<ref>{{citar jornal|url=https://fd.nl/economie-politiek/1323217/kwart-laadpalen-in-eu-staat-in-nederland-fce1caCY0804|título=Een kwart van de laadpalen in de EU staat in Nederland|títulotrad=A quarter of the recharging stations in the EU is in the Netherlands|língua=Dutch|jornal=Fd.nl|data=4 de novembro de 2019|acessodata=3 de maio de 2021}}</ref> Essa participação sobe para 30% se o [[Brexit]] for levado em consideração. Além disso, os carros recém-vendidos nos Países Baixos têm, em média, as emissões de [[CO2]] mais baixas da UE.<ref>{{citar web|url=https://www.acea.be/uploads/publications/ACEA_progress_report_2019.pdf|título=Making the transition to zero-emission mobility: 2019 progress report|website=ACEA|data=Setembro de 2019|acessodata=3 de maio de 2021}}</ref>
 
[[Ficheiro:NSR - Sprinter Lighttrain (SLT) - Wieldrechtse Zeedijk - Dordrecht (22087244596).jpg|thumb|Um trem regional operado pela [[Nederlandse Spoorwegen]] (NS)]]
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Os holandeses têm um código de etiqueta que governa o comportamento social e é considerado importante. Devido à posição internacional dos Países Baixos, muitos livros foram escritos sobre o assunto. Alguns costumes podem não ser verdade em todas as regiões e nunca são absolutos. Além daqueles específicos para os holandeses, muitos pontos gerais de etiqueta europeia também se aplicam aos holandeses.<ref name="Colin White 1995">Colin White & Laurie Boucke (1995). The UnDutchables: An observation of the Netherlands, its culture and its inhabitants (3rd Ed.). White-Boucke Publishing.</ref>
 
As maneiras holandesas são abertas e diretas com uma atitude sensata; informalidade combinada com a adesão ao comportamento básico. De acordo com uma fonte bem-humorada da cultura holandesa, "Sua franqueza dá a impressão de que eles são rudes e grosseiros - atributos que eles preferem chamar de abertura". Uma fonte bem conhecida e mais séria sobre a etiqueta holandesa é ''"Dealing with the Dutch"'' de Jacob Vossestein: "O igualitarismo holandês é a ideia de que as pessoas são iguais, especialmente do ponto de vista moral, e consequentemente, causa a postura um tanto ambígua dos holandeses. para a hierarquia e status".<ref>J. Vossenstein, Dealing with the Dutch, 9789460220791.</ref>
 
A Holanda é um dos países mais seculares da Europa, e a religião é na Holanda geralmente considerada como uma questão pessoal que não deve ser propagada em público, embora muitas vezes continue a ser um assunto de discussão. Para 17% da população, a religião é importante e 14% vão à igreja semanalmente.<ref>Becker, De Hart, Jos, Joep. "Godsdienstige veranderingen in Nederland, Verschuivingen in de binding met de kerken en de christelijke traditie". SCP. Sociaal en Cultureel Planbureau Den Haag. Retrieved 7 July 2017 http://www.scp.nl/dsresource?objectid=6e36ffc5-45eb-4b33-bc88-eb7b99083527</ref>
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| Dia do Rei
| Koningsdag
| Celebra o dia de aniversário do rei,<ref>{{citar web| lugar = NL|url=http://www.koninklijkhuis.nl/globale-paginas/taalrubrieken/english/news/#il-kings-day-on-27-april-from-2014-28-january-2013|título=The Royal Family|publicado=Government Information Service (RVD) | tipo = página oficial|lingua=inglês|acessodata=1 de maio de 2013}}</ref> sendo antecipado para o dia anterior se coincidir com um domingo (em 2014 o feriado será a 26 de abril). Instaurado originalmente em 31 de agosto de 1885 como o Dia da Princesa ("Prinsessedag") [[Guilhermina dos Países Baixos|Guilhermina]] foi posteriormente alterado para [[Dia da Rainha (Países Baixos)|Dia da Rainha (''Koninginnedag'')]]. De 1948 até 2013 era celebrado a 30 de abril, data do aniversário da rainha, e depois rainha-mãe, [[Juliana dos Países Baixos|Juliana]], tendo sido mantido pela rainha [[Beatriz dos Países Baixos|Beatriz]] (1980-20131980–2013).
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| [[4 de maio]]