Decreto-Lei Federal do Brasil 3199 de 1941: diferenças entre revisões

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Mesmo com este decreto-lei em vigor, há notícias de algumas práticas do desporto feminino, como, por exemplo, o [[Araguari Atlético Clube]], que é considerado o primeiro clube do Brasil a formar um time de [[futebol feminino]]. Em meados de 1958, este clube selecionou 26 meninas para um jogo beneficente para ajudar na reforma do Grupo Escolar Visconde de Ouro Preto, em [[Araguari]], [[Minas Gerais]]. A escola também estava organizando o natal das crianças carentes. A ideia de montar o time partiu do diretor de comunicação e sócio-fundador do Araguari Atlético Clube, Ney Montes, que através das rádios onde trabalhava de comentarista esportivo e locutor, anunciou a peneira no clube, e as garotas que tinham entre 12 a 17 anos foram treinadas e acompanhadas pela equipe técnica do time oficial masculino. A primeira partida, que foi em 19 de dezembro de 1959 foi um sucesso.<ref name="ge"/> O sucesso desta partida foi tão grande, que a revista [[O Cruzeiro (revista)|''O Cruzeiro'']] fez matéria de capa sobre o acontecimento, pois até então, partidas femininas só ocorriam em circos ou em quadras de [[futsal]]. Com esta divulgação, houve, nos meses seguintes, vários jogos do time feminino do Araguari em cidades de Minas Gerais ([[Belo Horizonte]] inclusive) e também em [[Goiânia]] e [[Salvador]]. Em meados de 1959, a equipe feminina do [[Araguari Atlético Clube|Araguari]] foi desfeita, por pressão dos religiosos de Minas Gerais.<ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/esporte/928856-primeiro-time-feminino-brasileiro-e-reativado-em-minas.shtml|título=Primeiro time feminino brasileiro é reativado em Minas|publicado=Folha de S.Paulo|data=12/6/2011|acessodata=2/1/2021}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/esporte/928860-nos-anos-50-futebol-feminino-tinha-gracejos-fas-e-talento.shtml|acessodata=11 de agosto de 2011|título=Nos anos 50, futebol feminino tinha gracejos, fãs e talento|publicado=Folha de S.Paulo|data=12/6/2011|primeiro=Lucas|último=Reias}}</ref>
 
Em 1967, [[Léa Campos|Asaléa de Campos Micheli]], mais conhecida por Léa Campos, foi a primeira mulher a terminar um curso de [[Árbitro#Futebol|arbitragem no futebol]]. O decretoDecreto-leiLei {{fmtn|3199}} proibia as mulheres apenas de jogarem, mas não faziam menção sobre arbitragem. Essa brecha foi o que garantiu a Léa o direito de participar do curso de árbitros em Minas Gerais, feito no Departamento de Futebol Amador da [[Federação Mineira de Futebol|Federação estadual mineira]]. Em entrevista ao programa televisivo ''[[Esporte Espetacular]]'', da [[Rede Globo]], em 2007, ela informou que não pode participar sequer da [[formatura]] do curso, por represálias [[Machismo|machistas]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ocuriosodofutebol.com.br/2015/08/lea-campos-primeira-arbitra-do-futebol.html|título=Léa Campos - a primeira árbitra do futebol brasileiro|publicado=O curioso do futebol|data=17/8/2015|acessodata=2/1/2021}}</ref>
 
== Ver também ==