Novo Banco: diferenças entre revisões
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|indústria = [[Sistema financeiro|Serviços Financeiros]]
|produtos = Banca
|valor de mercado = Capital Social: €5.900.000.000,00, representado por 9.799.999.997 ações escriturais, nominativas, sem valor nominal, detido em 75% pela Nani Holdings, S.G.P.S., S.A. e em 25% pelo Fundo de Resolução.
|faturamento =
|lucro = {{increase}} [[Euro|€]]
|ativos = [[Euro|€]] 45,3 mil milhões (2021)
|num_empregados = 4 193 <ref> [https://www.novobanco.pt/institucional/o-novobanco/quem-somos</ref>
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}}
O '''Novobanco''' ou '''Novo Banco''' é um banco [[Portugal|português]], estabelecido a [[4 de agosto]] de [[2014]], numa intervenção de emergência do [[Banco de Portugal]] para salvar os activos bons do anteriormente falido [[Banco Espírito Santo]] (BES). O resgate do BES foi precipitado pelos prejuízos históricos de 3.577 milhões de euros. Por outro lado, os activos tóxicos do BES, foram transferidos para um "banco mau".<ref>{{Citar web|ultimo=Dinis|primeiro=David|url=https://observador.pt/2014/08/03/tudo-o-que-ja-se-sabe-sobre-o-novo-banco-e-o-bes/|titulo=Tudo o que já se sabe sobre o Novo Banco e o BES|acessodata=2022-07-13|website=Observador|lingua=pt-PT}}</ref>
O Novo Banco foi capitalizado em 4900 milhões de euros pelo Fundo de Resolução, criado pelo [[Estado português]] juntamente com o setor financeiro que contribuiu para fazer os montantes necessários para a capitalização do Novo Banco. O Novo Banco foi assim capitalizado com recursos da linha da [[Memorando de Políticas Económicas e Financeiras (Portugal)|Troika]]. Usaram-se também os 380 milhões que já estavam no fundo. O restante foi colocado pelos bancos privados em Portugal, somando 635 milhões de euros.<ref>[http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/quatro_principais_bancos_garantem_os_635_milhoes_com_que_sector_entra_no_novo_banco.html Quatro principais bancos garantem os 635 milhões com que sector entra no Novo Banco], Jornal de Negócios (08-08-2014), página visitada a 21 de agosto de 2014</ref> Este fundo, que tem três administradores, é o único acionista do Novo Banco, até à realização de uma operação de venda. O Fundo de Resolução é uma estrutura criada em 2012 e que resulta de contribuições dos bancos e institutos financeiros em [[Portugal]] e da contribuição especial imposta ao sector financeiro.<ref>[http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/novo_bes_recebe_ajuda_de_49_mil_milhoes_de_euros_atraves_do_fundo_de_resolucao.html "Novo" BES recebe ajuda de 4,9 mil milhões de euros através do fundo de resolução], Jornal de Negócios (03-08-2014), página visitada a 06 de agosto de 2014</ref> É auditado pelo [[Banco de Portugal]] e fiscalizado pelo [[Tribunal de Contas (Portugal)|Tribunal de Contas]].<ref name="Não_nomeado-y90v-1">[http://observador.pt/2014/08/03/tudo-o-que-ja-se-sabe-sobre-o-novo-banco-e-o-bes/ Tudo o que já se sabe sobre o Novo Banco e o BES], Observador (03-08-2014), página visitada a 06 de agosto de 2014</ref>
[[Vítor Bento]], anterior presidente do Conselho de Administração da SIBS mudou-se para o Novo Banco.<ref>[http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/ges/2014-08-04-banco-de-portugal-confirma-vitor-bento-na-presidencia-do-novo-banco Banco de Portugal confirma Vítor Bento na presidência do Novo Banco], SIC Notícias (04-08-2014), página visitada a 21 de agosto de 2014</ref> Um mês e meio depois de ter entrado em funções, Bento abandonou a liderança do Novo Banco e foi substituído em setembro de 2014 por Eduardo Stock da Cunha.<ref>[http://expresso.sapo.pt/economia/eduardo-stock-da-cunha-vai-liderar-o-novo-banco=f889455 Eduardo Stock da Cunha vai liderar o Novo Banco], Expresso (14-09-2014), página visitada a 07 de julho de 2015</ref>
O Novo Banco incorporou todos os trabalhadores, as agências, os depósitos, os clientes de crédito e os detentores de obrigações seniores do Banco Espírito Santo.<ref name="Não_nomeado-y90v-1"/>
Em agosto de 2014 foi lançada a primeira campanha de comunicação do Novo Banco, para dar início à mudança da imagem da instituição.<ref>[http://economico.sapo.pt/noticias/novo-banco-um-bom-comeco-promete-vitor-bento_199942.html 'Novo Banco. Um bom começo', promete Vítor Bento] Diário Económico (21-08-2014)</ref> A partir da campanha, que teve como símbolo uma borboleta, a 22 de setembro o banco estreou a sua nova identidade, que incorporou as asas do animal em formato de potência matemática, pretendendo simbolizar o compromisso “de voltar a ocupar a posição de liderança que o mercado sempre lhe reconheceu”.<ref>[http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/novo_banco_muda_de_simbolo_e_fica_apenas_com_as_asas_da_borboleta.html Novo Banco muda de símbolo e fica apenas com as asas da borboleta], Jornal de Negocios (22-09-2014)</ref> A mudança da marca foi feita de forma progressiva, iniciando-se pela substituição das fachadas dos balcões da instituição.<ref>[http://observador.pt/2014/09/22/logotipo-novo-banco-nos-balcoes-partir-de-hoje/ Logótipo do Novo Banco nos balcões a partir de hoje], Observador (22-09-2014)</ref>
No dia 3 de dezembro de 2014, o Novo Banco divulgou o seu balanço de abertura, registando ativos na ordem dos 72,4 mil milhões de euros.<ref name=":0">{{citar web|URL = http://expresso.sapo.pt/novo-banco-capitais-ascendem-a-55-mil-milhoes-de-euros-e-creditos-fiscais-a-28-mil-milhoes-de-euros=f901093|título = Novo Banco: capitais ascendem a 5,5 mil milhões de euros e créditos fiscais a 2,8 mil milhões de euros|data = 3 de dezembro de 2014|acessadoem = 30 de janeiro de 2015|autor = Isabel Vicente|publicado = Expresso}}</ref> O rácio de solvabilidade situou-se nos 9,2%, acima dos 7% exigidos pelo [[Banco de Portugal]] e dos 8% impostos pelo [[Banco Central Europeu]].<ref>{{citar web|URL = http://www.bloomberg.com/news/articles/2014-12-04/novo-banco-says-common-equity-tier-1-ratio-exceeded-ecb-minimum|título = Novo Banco Says Common Equity Ratio Exceeded ECB Minimum|data = 4 de dezembro de 2014|acessadoem = 30 de janeiro de 2015|autor = Anabela Reis e João Lima|publicado = Bloomberg}}</ref>''' '''Os recursos de clientes superaram os 27,2 mil milhões de euros e o crédito concedido os 38,5 mil milhões, dos quais 70% foram dirigidos a empresas.<ref name=":0" />
▲'''História'''
Em 2016, foi nomeado Presidente do Novo Banco [[António Manuel Palma Ramalho|António Ramalho]].<ref>{{Citar web |url=https://observador.pt/2016/08/01/antonio-ramalho-assume-hoje-presidencia-do-novo-banco/ |titulo=António Ramalho assume hoje presidência do Novo Banco |data=1 de Agosto de 2016 |publicado=Observador}}</ref>
No início de abril de 2020, o Fundo de Resolução pediu às Finanças que disponibilizasse mais 850 milhões de euros para injectar a tempo de o Novo Banco fechar as suas contas referentes a 2019 com os rácios de solidez nos níveis exigidos pelas autoridades. O dinheiro foi transferido no início de Maio, sem aguardar os resultados da auditoria.<ref>{{Citar web|titulo=Centeno admite falha de comunicação com Costa no Novo Banco|url=https://www.publico.pt/2020/05/12/economia/noticia/centeno-admite-falha-comunicacao-costa-novo-banco-1916147|lingua=pt|primeiro=Victor|ultimo=Ferreira}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Novo Banco obriga Costa a pedir desculpa com Finanças a justificar cumprimento do contrato|url=https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/transferencias-para-o-novo-banco-foram-sempre-feitas-em-maio-a-deste-ano-gerou-polemica|lingua=pt-PT}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=PSD, BE e CDS-PP mantêm dúvidas sobre falha na informação a Costa de injeção no Novo Banco|url=https://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/psd-be-e-cds-pp-mantem-duvidas-sobre-falha-na-informacao-a-costa-de-injecao-no-novo-banco|lingua=pt-PT}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|titulo=“Nenhum governo teve a coragem de dizer a verdade sobre o Novo Banco”|url=https://www.esquerda.net/artigo/nenhum-governo-teve-coragem-de-dizer-verdade-sobre-o-novo-banco/67906|data=13 de Maio de 2020|acessodata=|publicado=Esquerda|ultimo=|primeiro=}}</ref>
Apesar de apresentar enormes prejuízos — 1059 milhões de euros em 2019 — o Novo Banco continuou a garantir aumentos de remunerações e prémios dos seus gestores.<ref name=":2" /> Em 2019 contratou um novo administrador financeiro, o irlandês Mark Bourke, tendo pago para tal 320 mil euros como bónus. Este valor acresce aos cerca de 2,3 milhões de euros atribuídos ao conselho de administração do banco em 2019, segundo o relatório e contas de 2019.<ref name=":2">{{Citar web|titulo=PS contra aumento de remunerações e prémios no Novo Banco|url=https://www.publico.pt/2020/05/13/politica/noticia/ps-aumento-remuneracoes-premios-novo-banco-1916384|primeiro=Liliana|ultimo=Borges|data=13 de Maio de 2020|acessodata=|publicado=Público}}</ref><ref name=":1" />
Em junho de 2020, o Partido Comunista Português afirmou que eram "inaceitáveis" as injeções de dinheiro público no Novo Banco e insistiu na nacionalização do banco.<ref>{{Citar web |url=https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/pcp-diz-que-sao-inaceitaveis-novas-injecoes-no-novo-banco-e-insiste-na-nacionalizacao-do-banco-601335 |titulo=PCP diz que são "inaceitáveis" novas injeções no Novo Banco e insiste na nacionalização do banco |data=2020-06-16 |acessodata=2020-06-16 |obra=O Jornal Económico |ultimo=Almeida |primeiro=Joana}}</ref>
O novobanco oficializou o novo conselho de administração executivo para o mandato 2022-2025, após luz verde dos supervisores da banca. Mark Bourke assume definitivamente a liderança do banco, substituindo António Ramalho. https://www.dn.pt/dinheiro/novo-banco-oficializa-mark-bourke-como-ceo-apos-luz-verde-do-bce-15116691.html
== Controvérsias ==
=== Venda da GNB Vida ===
Em outubro de 2019, o Novo Banco concluiu a venda da seguradora GNB Vida a fundos assessorados pela Apax Partners. O negócio foi feito por preço fixo inicial de 123 milhões de euros acrescido de uma componente variável até 125 milhões de euros<ref>{{Citar web |url=https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/novo-banco-vende-seguradora-gnb-vida-por-168-milhoes |titulo=Novo Banco vende GNB Vida. Nome muda para Gama Life |acessodata=2020-10-25 |website=www.jornaldenegocios.pt |lingua=pt-PT}}</ref> representando um desconto de 68,5% face ao valor contabilístico inscrito no seu balanço de 30 de junho daquele ano. O Novo Banco alegou que esta operação (cuja perda para o banco, de 268,2 milhões de euros, foi compensada pelo Fundo de Resolução<ref>{{Citar web |url=https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2020-08-10-novo-banco-venda-da-gnb-vida-reflete-o-valor-de-mercado-fundo-de-resolucao/ |titulo=Visão {{!}} Novo Banco: Venda da GNB Vida "reflete o valor de mercado" - Fundo de Resolução |data=10 de Agosto de 2020 |publicado=Visão}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://sicnoticias.pt/economia/2020-08-10-Novo-Banco-garante-que-vendeu-seguradora-ao-melhor-preco-e-com-o-acordo-do-Fundo-de-Resolucao |titulo=Novo Banco garante que vendeu seguradora ao melhor preço e com o acordo do Fundo de Resolução |data=10 de Agosto de 2020 |publicado=SIC Notícias}}</ref>) representava "um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco".<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR73582.pdf |titulo=Comunicado Novo Banco |data=14 Outubro 2020 |acessodata= |publicado=}}</ref>
Em agosto de 2020, o jornal Público avançou que o Novo Banco tinha vendido a GNB Vida a Greg Evan Lindberg, um magnata condenado por corrupção nos EUA.<ref>{{Citar web |ultimo=Ferreira |primeiro=Cristina |url=https://www.publico.pt/2020/08/10/economia/noticia/novo-banco-vendeu-gnb-vida-desconto-70-coberto-ajuda-estado-1927467 |titulo=Novo Banco vendeu GNB Vida com desconto de 70% “coberto” por ajuda do Estado |acessodata=2020-08-11 |website=PÚBLICO |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.dn.pt/poder/novo-banco-vendeu-seguradora-com-desconto-de-70-coberto-pela-ajuda-do-estado-12509847.html |titulo=Novo Banco vendeu seguradora com desconto de 70% coberto pela ajuda do Estado - DN |acessodata=2020-08-11 |website=www.dn.pt |lingua=pt}}</ref> Contudo, esta informação foi desmentida pelo regulador do sector, a ASF, pelo Novo Banco e pelo Fundo de Resolução<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.asf.com.pt/NR/rdonlyres/E2E54AAA-90C5-4EC9-A9FD-E8B743AF3D12/0/NIEsclarecimentoASF_10082020.pdf |titulo=Comunicado ASF |data= |acessodata= |publicado=}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.novobanco.pt/site/cms.aspx?labelid=novo_banco_esclarece |titulo=NOVO BANCO esclarece |acessodata=2020-10-25 |website=www.novobanco.pt}}</ref><ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://fundoderesolucao.pt/sites/default/files/Comunicado%20do%20Fundo%20de%20Resolu%C3%A7%C3%A3o__10ago_17h30.pdf?_ga=2.243279623.36429833.1600355182-639742752.1600355182 |titulo=Comunicado Fundo de Resolução |data= |acessodata= |publicado=}}</ref>. Também a GamaLife, o novo nome da GNB Vida, <ref name=":3">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR76625.pdf |titulo=Comunicado GamaLife / CMVM |data= |acessodata= |publicado=}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Caetano |primeiro=Edgar |url=https://observador.pt/2020/08/10/novo-banco-vendeu-seguradora-a-magnata-condenado-bdp-e-asf-aprovaram/ |titulo=Novo Banco vendeu seguradora a empresa que teve ligações a magnata condenado? Envolvidos desmentem |data=10 de Agosto de 2020 |publicado=Observador}}</ref> desmentiu esta informação, em comunicado.<ref name=":3">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR76625.pdf |titulo=Comunicado GamaLife / CMVM |data= |acessodata= |publicado=}}</ref>Posteriormente, o jornal Público noticiou que os fundos da Apax que compraram a GNB Vida, depois do multimilionário americano Greg Lindberg ter desistido do negócio, mudaram a sua morada para a das empresas do investidor.<ref>{{Citar web |ultimo=Esteves |primeiro=Cristina Ferreira, Pedro Ferreira |url=https://www.publico.pt/2020/08/15/economia/noticia/donos-gnb-mudaramse-morada-empresas-magnata-condenado-1928149 |titulo=Donos da GNB mudaram-se para morada de empresas de magnata condenado |acessodata=2020-10-24 |website=PÚBLICO |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.dinheirovivo.pt/geral/donos-da-gnb-mudaram-morada-para-a-do-magnata-condenado-depois-da-compra-12894065.html |titulo=Donos da GNB mudaram morada para a do magnata condenado depois da compra |data=2020-08-15 |acessodata=2020-10-24 |website=Dinheiro Vivo |lingua=pt}}</ref> A investigação do Público, conclui que existem ligações públicas e oficiais entre os compradores da GNB Vida ao Novo Banco e o referido gestor.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.esquerda.net/artigo/donos-de-seguradora-vendida-pelo-novo-banco-mudam-se-para-morada-de-empresas-de-magnata |titulo=Donos de seguradora vendida pelo Novo Banco mudam-se para morada de empresas de magnata condenado |data=15 de Agosto de 2020 |publicado=Esquerda}}</ref>
=== Venda de imóveis ===
Em Julho de 2020, o jornal Público noticiou que o Novo Banco vendeu 13 mil imóveis, deu crédito e foi compensado (pelo Fundo de Resolução) pelas perdas. De acordo com a investigação do jornal, na operação anunciada no dia 10 de outubro de 2018 à CMVM, o Novo Banco vendeu 5.552 imóveis e 8.719 frações a sociedades lisboetas, detidas por uma sociedade luxemburguesa, que, por sua vez, pertence a um fundo de investidores anónimos nas [[Ilhas Cayman|ilhas Caimão]]. Este fundo comprou milhares de casas em Portugal e Espanha, a um preço baixo, e não arriscou os mais de mil milhões de dólares dos seus investidores porque a compra que fez ao Novo Banco foi garantida por um empréstimo do próprio Novo Banco, o vendedor.<ref>{{Citar web |ultimo=Pena |primeiro=Paulo |url=https://www.publico.pt/2020/07/28/economia/investigacao/novo-banco-vendeu-13-mil-imoveis-fundo-anonimo-deu-credito-recebeu-compensacao-estatal-perdas-1925986 |titulo=Novo Banco vendeu 13 mil imóveis a fundo anónimo, deu crédito e recebeu compensação estatal pelas perdas |data=28 de Julho de 2020 |acessodata=2020-10-24 |publicado=Público}}</ref>
=== Desenvolvimentos ===
Em 16 de Outubro de 2020, os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram por unanimidade o texto conjunto do PS e PSD para realizar uma auditoria urgente ao Novo Banco, incluindo às operações de venda que obrigaram ao recurso ao Fundo de Resolução.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2020-10-16-parlamento-aprova-por-unanimidade-auditoria-do-tribunal-de-contas-ao-novo-banco/ |titulo=Visão {{!}} Parlamento aprova por unanimidade auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco |data=2020-10-16 |publicado=Visão}}</ref> O Fundo de Resolução encontra-se tecnicamente falido, com um prejuízo já em 2019 de sete mil milhões de euros.<ref>{{Citar web |primeiro= |url=https://www.publico.pt/2020/06/23/economia/noticia/prejuizos-fundo-resolucao-agravamse-1194-milhoes-1921552 |titulo=Prejuízos do Fundo de Resolução agravam-se para 119,4 milhões |data=23 de Junho de 2020 |publicado=Público}}</ref>
=== Segunda auditoria do Tribunal de Contas ===
Em Julho de 2022, a segunda auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco concluiu que “a gestão do Novo Banco não salvaguardou o interesse público”. De acordo com a auditoria, não foi minimizado o recurso ao financiamento público por parte da gestão liderada pelo entretanto demissionário António Ramalho. Os auditores apontam em particular a venda de carteiras com descontos muito acentuados sem justificação, a aparente falta de propósito ou incapacidade da gestão para minimizar as perdas para o Estado ou os riscos de conflito de interesse em algumas operações. Também não poupam o Estado, nem o Banco de Portugal, e alertam para um cenário em que o Estado poderá ser obrigado a ter de injetar ainda mais dinheiro no Novo Banco. Segundo o TdC, "nem o Estado, nos compromissos assumidos perante a Comissão Europeia (CE), nem o Banco de Portugal (BdP), na negociação do Acordo de Capitalização Contingente, salvaguardaram a minimização do recurso ao apoio financeiro público, assegurando controlo público eficaz”.<ref>{{Citar web|ultimo=Esteves|primeiro=Pedro Ferreira|url=https://www.publico.pt/2022/07/12/economia/noticia/gestao-novo-banco-nao-salvaguardou-interesse-publico-conclui-tribunal-contas-2013343|titulo=Gestão do Novo Banco “não salvaguardou o interesse público”, conclui o Tribunal de Contas|data=12 de Julho de 2022|website=Público}}</ref>
{{Referências}}
== Ligações externas ==
* [https://visao.sapo.pt/atualidade/economia/2020-08-05-patrimonio-ao-desbarato/ De milhões a “tostões”: como o património do BES foi vendido ao desbarato - Artigo de Sílvia Caneco na revista Visão]
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