Dialeto nordestino: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de Tarso Meira para a última revisão de JoaquimCebuano, de 15h26min de 5 de outubro de 2023 (UTC) Etiqueta: Reversão |
Etiquetas: Revertida Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel |
||
Linha 44:
'''Consoantes'''
*'''Pronúncia e palatalização de /s/ final e entre consonantes''': Como na maioria dos dialetos, a grafia e a pronúncia divergem bastante. No caso desse dialeto isso pode ser notado na pronúncia do /s/ e do /z/, que em palavras antes de certas consoantes é pronunciado como /ʃ/ e /ʒ/, mas em outras como é realmente escrita. De modo geral, a palatalização de fricativas, nesses subdialetos sempre ocorre antes de consoantes alvéolo-dentais (/t/ e /d/, sendo /ʃ/ antes de /t/ e /ʒ/ antes de /d/), mas isso não é uma regra geral, pois em certas regiões dos estados do [[Maranhão]], [[Piauí]], [[Bahia]] e [[
*'''Uso predominante de oclusivas dentais''': Uma característica marcante e curiosa deste dialeto é que assim como certos locais do interior paulista e sulino, esse dialeto também preserva o modo indo-europeu clássico de pronunciar as consoantes "t" e "d" na vogal /i/, que se dá pela pronúncia de [[consoante oclusiva|oclusivas]] [[consoante dental|dentais]] [[oclusiva dental surda|surdas]] (/t̪/) e [[oclusiva dental sonora|sonoras]] (/d̪/), ou seja, do modo como é escrito e grafado, ao contrário de dialetos em que não há pronúncia similar ao modo europeu e mesmo estadunidense do "ti" e "di" falados de forma pura e modo original similar ao que ocorria com o proto-indoeuropeu, e, como no português, a vogal "e" final de toda palavra tem sempre som /i/, essa pronúncia de /d/ e /t/ indoeuropeia é preservada também em sílabas finais "de" e "te". Exemplos: "dia" se diz [ˈd̪iɐ] e "noite" se diz [ˈnojt̪i] (diferente de boa parte do português brasileiro, que realizada africadas pós-alveolares sonoras - /dʒ/ e surdas - /tʃ/ antes do som de /i/).
*'''Glotalização do /ʁ/ e substituição por /h/-/ɦ/''': Duas características são compartilhadas entre este e os dialetos da costa norte, baiano e recifense: o som da letra "r", onde a [[fricativa uvular surda]] (/ʁ/) é substituída. O som de "r", portanto, é bem [[consoante glotal|glotal]] quando forte, podendo ser [[fricativa glotal surda|surda]] (/h/) ou [[fricativa glotal sonora|sonora]] (/ɦ/) (nunca aspirado como a [[fricativa velar surda]] - /x/, usada no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] e na [[língua espanhola]]), e suave quando fraco ([[vibrante simples alveolar]] - /ɾ/), sempre em encontros consonantais e nunca no meio ou fim de sílabas como em dialetos do Centro-Oeste, Sul e Sudeste brasileiros, além de não ser pronunciado no final das sílabas. Geralmente a glotal sonora é usada em encontros consonantais, como em "corda" [ˈkɔɦdɐ], e a glotal surda quando inicia palavras ou no dígrafo "rr", como em "rabo" [ˈhabu] e "barragem" [baˈhaʒẽj].
|