Independência do Brasil: diferenças entre revisões

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Em meados do século XVI, quando o [[açúcar]] de [[Cana-de-açúcar|cana]] tornou-se o mais importante produto de [[exportação]] do Brasil,{{HarvRef|Skidmore|2003|p=36}} os portugueses [[Tráfico de escravos para o Brasil#Os primeiros escravos e a legalização da escravatura|iniciaram a importação de escravos africanos]], comprados nos mercados de escravos da África ocidental.<ref>{{Citation |último = Cashmore |primeiro = Ernest |título= Dicionário de relações étnicas e raciais |publicado= Summus/Selo Negro |local= SP |ano= 2000 |isbn= 85-8747806-0 |página= 39 | url = http://books.google.com./books?id=YDCm6WqtFBwC&pg=PA39 |formato= Google Livros}}</ref><ref>{{Citation |último = Lovejoy |primeiro = Paul E |título= A escravidão na África: uma história de suas transformacões |publicado= Record |ano= 2002 |isbn= 85-2000589-6 |páginas= 51–56}}.</ref> Assim, estes começaram a ser trazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescente [[demanda]] internacional do produto, naquele que foi chamado [[ciclo da cana-de-açúcar]].{{HarvRef |Boxer| 2002|p= 32–33, 102, 110}}{{HarvRef|Skidmore|2003|p= 34}}
 
Ideias do [[Iluminismo]] encontraram a crise do [[ciclo do ouro]] e a decadência econômica do [[Nordeste brasileiro]] e foi formada a base de movimentos emancipacionistas a partir da segunda metade do século XVIII na [[América Portuguesa]]. Estão incluídos nesse grupo de contestações ao domínio português a [[Conjuração Mineira]] (1789), a [[Conjuração Carioca]] (1794), a [[Conjuração Baiana|Revolta Baiana]] (17961798) e a [[Conspiração dos Suassunas]] (1801).<ref>{{Citar web |url=http://conjuracoes-separatistas-na-america-portuguesa.html/ |titulo=Conjurações Separatistas na América Portuguesa - educação |acessodata=2021-07-17 |website=História - educação}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.historiadobrasil.net/brasil_colonial/revoltas_emancipacionistas.htm |titulo=Revoltas Emancipacionistas no Brasil: resumo, causas e exemplos |acessodata=2021-07-17 |website=www.historiadobrasil.net}}</ref> Mesmo quando apenas [[conjuração|conspirativas]], esses movimentos se diferenciam dos [[movimentos nativistas]] por pregarem a [[Separatismo|separação]] de Portugal.<ref>{{Citar web |url=https://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colonial-brasileiro/ |titulo=Revoltas do Período Colonial Brasileiro - História |acessodata=2021-07-17 |website=InfoEscola |lingua=pt-BR}}</ref> Todavia, esses movimentos nativistas conduziram às lutas francamente emancipacionistas do final do século XVIII e começo do século XIX e à própria [[Independência da Bahia|guerra de independência]].<ref name=souto>{{Citar livro|sobrenome=Souto Maior|nome=A.|título=História do Brasil|editor=Companhia Editora Nacional|edição=6ª |local=São Paulo|publicação=1968|páginas=181-200|capítulo=Unidade X: O Sentimento Nativista}}</ref><ref name=silva>{{Citar livro|sobrenome=Silva|nome=Joaquim|autor2=J. B. Damasco Penna|título=História do Brasil|editor=Companhia Editora Nacional|edição=20ª |local=São Paulo|publicação=1967|páginas=165-185|capítulo=A Defesa do Território e o Sentimento Nacional}}</ref>
 
=== Transferência da corte portuguesa ===
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{{Artigo principal|Reino do Brasil|Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves}}
[[Imagem:Aclamação do rei Dom João VI no Rio de Janeiro.jpg|thumb|Aclamação do Rei Dom [[João VI de Portugal|João VI]] do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no [[Rio de Janeiro]]]]
Com o fim da [[Guerra Peninsular]] em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma [[colônia]]. Em 16 de dezembro de 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]] foi criado com a elevação do [[Estado do Brasil]] à condição de [[Reino do Brasil|reino]], estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.<ref name="Mosher2008"/>
 
No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a [[revolução liberal do Porto]] exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a [[Revolução Pernambucana]] de 1817 mostrou.<ref name="Mosher2008">{{citar livro|autor =Jeffrey C. Mosher|título=Political Struggle, Ideology, and State Building: Pernambuco and the Construction of Brazil, 1817-1850|url=http://books.google.com/books?id=T_yszWOZUCkC&pg=PA9|ano=2008|publicado=U of Nebraska Press|isbn=978-0-8032-3247-1|página=9}}</ref>