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São José dos Campos foi elevado à categoria de [[vila]] em 1767. No decorrer do século XIX a agricultura desenvolveu-se no município, com destaque para o café, principalmente a partir da década de 1880. Porém na segunda metade do século XX a indústria ganhou força, sendo este o momento que a cidade descobre sua vocação para a área da tecnologia.
 
O município é a sede de importantes empresas, como: [[Panasonic]], [[Johnson & Johnson]], [[Ericsson]], [[Philips]], Ball Corporation, [[General Motors]] (GM), [[Petrobras]], [[Monsanto (empresa)|Monsanto]], [[Embraer]] (sede), entre outras.<ref name="ref_livro">{{citar livro|autor=GUERINO, Luiza Angélica |título=Geografia |subtítulo=A dinâmica do espaço mundial: 3º ano. |edição=1ª |local=Curitiba |editora=Positivo |ano=2010 |páginas=240 | página=82 |volume=3 |isbn= 9788538540342}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.spriomais.com.br/2020/08/17/ball-inicia-suas-atividades-em-sao-jose-dos-campos/ |titulo=Ball inicia suas atividades em São José dos Campos |data=2020-08-17 |acessodata=2020-08-24 |website=SP RIO + |lingua=pt-br}}</ref> Possui também relevantes centros de ensino e pesquisas, tais como: o [[Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial|DCTA]], o [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais|INPE]], o [[Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais|Cemaden]], o [[Instituto de Estudos Avançados|IEAv]], o [[Instituto de Aeronáutica e Espaço|IAE]], o [[IFI - Instituto de Fomento e Coordenação Industrial|IFI]], a [[Universidade Estadual Paulista|UNESP]], o [[Instituto Tecnológico de Aeronáutica|ITA]], a [[Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo|FATEC]], a [[Universidade do Vale do Paraíba|UNIVAP]], a [[Universidade Paulista|UNIP]], a Anhanguera, o [[Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento|IP&D]] e a [[Universidade Federal de São Paulo|UNIFESP]], sendo um importante [[tecnopolo]]<ref name="ref_livro"/><ref name="saojosedoscampos.com.br"/><ref name="inpg.edu.br"/> de material bélico, metalúrgico e sede do maior complexo aeroespacial da [[América Latina]].<ref name="ref_livro"/><ref name="inpe.br"/> O [[Parque Tecnológico de São José dos Campos]], o maior do tipo no país, sedia unidades de pesquisa de grandes empresas, sendo a única cidade do mundo com centros de pesquisas das três maiores fabricantes mundiais de aeronaves, a Embraer, a [[Boeing]] e a [[Airbus]].<ref>{{citar web |url=http://www.meon.com.br/noticias/regiao/fusao-transforma-parque-tecnologico-sao-jose-dos-campos-no-maior-do-pais |título=Fusão transforma Parque Tecnológico de São José dos Campos no maior do país |data=25 de Maio de 2016 |autor=Henrique Macedo |acessodata=15 de Outubro de 2017}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.sjc.sp.gov.br/noticias/noticia.aspx?noticia_id=24598 |título=Fusão de PqTec e CECOMPI amplia o polo de inovação de São José|data=24 de Maio de 2016 |acessodata=15 de Outubro de 2017 |publicado=Prefeitura Municipal de São José dos Campos }}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.pqtec.org.br/quem-esta-no-parque/parceiros.php |título=Parceiros - Quem está no parque|publicado=[[Parque Tecnológico de São José dos Campos|Associação Parque Tecnológico de São José dos Campos]] |acessodata=15 de Outubro de 2017}}</ref>
 
Além da importância econômica ainda é um importante centro cultural do [[Vale do Paraíba]]. A Reserva Ecológica [[Augusto Ruschi]], o distrito de [[São Francisco Xavier (São José dos Campos)|São Francisco Xavier]] e o Banhado configuram-se como grandes áreas de preservação ambiental, enquanto que o Parque Santos Dumont, o [[Parque da Cidade (São José dos Campos)|Parque da Cidade]] e o Parque Vicentina Aranha são relevantes pontos de visitação localizados na zona urbana, além dos projetos e eventos culturais realizados pela Fundação Cultural [[Cassiano Ricardo]] (FCCR), órgão responsável por projetar a vida cultural joseense.
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=== Século XVIII ===
Em 1710, a Capitania de Itanhaém e a Capitania de São Vicente (que, a partir de 17201680, passou a se chamar [[Capitania de São Paulo]], com a transferência da [[capital]] para São Paulo de Piratininga), passaram a integrar a nova ''[[Capitania de São Paulo e Minas do Ouro]]''. A Aldeia de São José passou a ser denominada ''Vila Nova de São José'', quando se tornou [[vila]] em 1767.<ref name="História_Cap1"/> Em 1759, os jesuítas foram expulsos do reino de Portugal e das suas colônias pelo [[Marquês de Pombal]]; com isso, alguns [[brancos]] agregaram-se aos índios sob a direção de José de Araújo Coimbra, capitão-mor da Vila de Jacareí, e deram impulso à povoação.<ref name="História_Cap1"/> O governador-geral da recém-recriada [[Capitania de São Paulo]] (que havia sido extinta em 1748 e anexada à do Rio de Janeiro), dom [[Luís António de Sousa Botelho Mourão]], o [[Morgado de Mateus]], criou várias vilas para dar impulso à capitania. Havia décadas que não se criavam vilas ao sul do Rio de Janeiro. Assim, em 27 de julho de 1767, pelo [[ouvidor]] e [[corregedor]] Salvador Pereira da Silva, foi criada a nova vila com o nome de ''Vila Nova de São José'', depois Vila de São José do Sul, e, mais tarde, Vila de São José do Paraíba.<ref name="História_Cap1"/> No mesmo dia 27 de julho, foram eleitos os três primeiros [[vereador]]es da nova vila, os quais eram índios, dando início à sua autonomia administrativa. Os primeiros oficiais da [[Câmara Municipal de São José dos Campos|Câmara]] da nova vila foram: Juízes Ordinários: Fernando de Sousa Pousado e Gabriel Furtado; vereadores: Vicente de Carvalho, Veríssimo Correia e Luís Batista; [[Procurador]]: Domingos Cordeiro. A nova vila foi desmembrada do termo da Vila de Jacareí — sem ter sido antes [[freguesia]]. A freguesia só foi criada pela Ordem de 3 de novembro de 1768 e instalada em 1769.<ref name="História_Cap1"/>
 
=== Século XIX ===
[[Ficheiro:At_São_José_dos_Campos_2018_006.jpg|thumb|esquerda|Vista da nova Estação Ferroviária. A original foi inaugurada em agosto de 1876, e, fechada em 1925, para dar lugar a essa, que foi construída, em 1925, e abandonada em 2006.<ref name="Estações_SJDC"/>]]
 
A principal dificuldade de São José dos Campos, naquela época, era o fato de a "Estrada Real", que ligava São Paulo ao Rio de Janeiro, passar fora de seus domínios. O [[algodão]] teve uma rápida evolução na região quando São José dos Campos conseguiu algum destaque econômico, e, cuja produção atinge seu apogeu em 1864. Em 22 de abril de 1864, pela lei provincial nº 27, a Vila de São José foi elevada à categoria de cidade. A Lei provincial nº 47, de 4 de abril de 1871, mudou-lhe a denominação de "Vila de São José do Paraíba" para ''São José dos Campos''. Pela Lei provincial n° 46, de 6 de abril de 1872, foi criada a [[Comarca]] de São José dos Campos.<ref name="História_Cap1"/><ref name="História_Cap2">{{citar web|url=http://www2.guiasjc.com.br/nossa-cidade/a-historia-de-sao-jose-dos-campos-capitulo-ii/ |arquivourl=http://www.webcitation.org/67mf8kxRQ |arquivodata=19 de maio de 2012 |título=A História de São José dos Campos – Capítulo II |autor=Guia SJDC |acessodata=19 de maio de 2012}}</ref>
 
A partir de 1871, o município passou por duas fases distintas: o desenvolvimento agrícola — com forte preponderância da cultura do [[café]] — e a criação da [[estância]] climática, consequência natural de seus bons ares. Nesta época, há o desenvolvimento da cultura cafeeira no [[Vale do Paraíba Paulista]] que começa a ter alguma expressão a partir de 1870, já contando, inclusive com a participação de São José dos Campos. No entanto, foi no ano de 1886, já contando com o apoio de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, a Estrada de Ferro D. Pedro II, que mais tarde foi chamada de [[Estrada de Ferro Central do Brasil]], inaugurada em 1877, que a produção cafeeira joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia a decadência dessa cultura na região, conseguindo ainda algum destaque até por volta de 1930. A antiga estação de trem ficava na confluência da Rua Euclides Miragaia com a Avenida João Guilhermino, sendo transferida, na década de 1920, para a sua localização atual.<ref name="História_Cap2"/>
 
Em 15 de dezembro de 1909, a cidade parou para receber e saudar, na antiga estação de trem, próximo da atual Avenida João Guilhermino com a Rua Euclides Miragaia, o candidato a presidente da república [[Rui Barbosa]] apoiado pelos paulistas, na [[campanha civilista]]. No livro ''Excursão Eleitoral pelo Estado de São Paulo'', é dito que foi saudado pelo Dr. Francisco Rafael de Araújo e Silva e que a banda "''Euterpe Santanense''" executou o [[Hino Nacional do Brasil|Hino Nacional]], e, é assim, descrito, o entusiasmo do povo:<ref name="História_Cap2"/>
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[[Ficheiro:Inauguração da Fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) pelo Presidente Juscelino Kubitschek.tif|miniaturadaimagem|Inauguração da Fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) pelo Presidente Juscelino Kubitschek, 1959. [[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]].]]
 
Na década de 1920, surgem as primeiras unidades industriais: os [[Laticínio|Lacticínio]]s Vigor, a [[Fábrica]] de Louças Santo Eugênio, a [[Cerâmica]] Paulo Becker, a Tecelagem Parahyba e a Cerâmica Weiss. A procura do município de São José dos Campos para o tratamento de [[tuberculose]] pulmonar iniciou-se deste século, devido às condições climáticas supostamente favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José dos Campos passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial, por outro lado, São José dos Campos passou a ter prefeitos nomeados, chamados de "prefeitos sanitaristas". Através de lei estadual de 1977, São José dos Campos pode voltar a eleger seus prefeitos, sendo que a primeira eleição para prefeito, se deu, então, em 15 de novembro de 1978.<ref name="História_Cap3"/>
 
Foram sete os principais [[sanatório]]s: O ''Vicentina Aranha'', pertencente à [[Santa Casa de São Paulo]], inaugurado em 1924, pelo presidente de São Paulo Dr. Washington Luís,<ref>{{citar web|url=http://www.ajfac.com.br/historia.htm|título=Vicentina Aranha|publicado=}}</ref> o ''Vila Samaritana'', pertencente à comunidade evangélica, o ''Ezra'', pertencente à comunidade judaica, o ''Maria Imaculada'' e o Sanatório [[Antoninho da Rocha Marmo]], pertencentes à [[Igreja Católica]], o ''Ruy Dória'', criado e pertencente ao [[médico]] Dr. Ruy Rodrigues Dória, e o Sanatório ''Adhemar de Barros'', criado pelo governador Dr. [[Adhemar Pereira de Barros]] e dirigido e mantido pela "Liga de Assistência Social". Existiu também na Rua Paraibuna, o ''Sanatório São José'', do doutor Jorge Zarur. Os sanatórios foram assim, esforço coletivo de todas as comunhões religiosas, de particulares e [[estadista]]s idealistas. Além do Dr. Ruy Dória, se destacaram como médicos sanitaristas: Jorge Zarur, Orlando Campos, João Batista de Souza Soares, Ivan de Souza Lopes, Décio Lemes Campos, Amaury Louzada Velozo e Nelson Silveira D'Ávila.<ref name="História_Cap3"/> Muitos [[doente]]s que não conseguiam vagas nos sanatórios, ficavam nas pensões, principalmente aquelas da Rua Vilaça, perto do sanatório do Dr. Ruy Dória.<ref name="História_Cap3"/>