Verão Quente de 1975: diferenças entre revisões

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Este período teve como prenúncio as [[comemorações do 1º de Maio|comemorações do 1.º de Maio]] desse ano, levadas a cabo pela [[Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional|Intersindical]].<ref name="Não_nomeado-yL3N-1"/><ref>{{Citar web|ultimo=Ferreira|primeiro=Lurdes|url=https://www.publico.pt/2015/11/15/culturaipsilon/noticia/quando-o-ps-desceu-a-rua-1714190|titulo=Quando o PS desceu à rua|data=2015-11-15|acessodata=2024-06-25|website=PÚBLICO|lingua=pt}}</ref>
 
== Antecedentes História==
AO nortegeneral [[António de Spínola]], como outros militares, teve um papel determinante nesse período. Durante o [[Processo Revolucionário em Curso]] (PREC), as facções de direita e a [[Igreja Católica]] receavam uma evolução mais radical do processo político iniciado com a [[Revolução de 25 de Abril de 1974|Revolução dos Cravos]] e actuaram para a impedir. Isso em resposta às expropriações e [[ocupações de terras]] promovidas pela [[Reforma Agrária]] estabelecida pela [[Esquerda (política)|esquerda]] no Sul do país,<ref>http://www.infopedia.pt/$verao-quente-de-1975</ref> foram assim perpetrados actos violentos, como o assalto a sedes de partidos de esquerda e atentados bombistas, por grupos como o [[Movimento Maria da Fonte]], o [[Movimento Democrático de Libertação de Portugal|MDLP]], o [[Exército de Libertação de Portugal|ELP]], e os [[CODECO]]. Estes ocorreram em várias localidades, sobretudo no [[Norte de Portugal]]<ref>{{citar web|url=http://www.citi.pt/cultura/politica/25_de_abril/verao_quente.html|título=Verão Quente de 1975|autor=|data=|publicado=CITI Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas|acessodata=11 de agosto de 2011}}</ref>, de que [[Rio Maior]], palco de grandes distúrbios organizados pela CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), onde passava a [[Estrada Nacional n.º 1]], era a fronteira.<ref>[http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218736470C6wLO0on6Gh04BD5.pdf Um caso de violência política: o «Verão quente» de 1975, por Diego Palacios Cerezales, Análise Social, vol. XXXVII (165), 2003, 1127-1157]</ref>
Após 48 anos de ditadura, Portugal procura um novo caminho. No princípio dos anos 70, a recusa do regime pelos estudantes está cada vez mais radicalizada. As [[Crises académicas do Estado Novo|crises estudantis]] marcam os anos 1960s ([[Crise académica de 1962|1962]], 1969), mas a politização vai-se radicalizar, e a morte de [[José Ribeiro Santos|Ribeiro Santos]] em 1972 às mãos da [[Polícia Internacional e de Defesa do Estado|PIDE]] vai ser emblemática.[https://media.rtp.pt/extremaesquerda/foi-assim/o-assassinato-de-ribeiro-dos-santos/][https://ribeirosantos.net/][https://www.museudoaljube.pt/doc/jose-antonio-leitao-ribeiro-santos/][https://www.iseg.ulisboa.pt/2022/10/ribeiro-santos/]
 
Uma polarização e violência tal gera rumores sobre uma possível [[guerra civil]].<ref name="Não_nomeado-yL3N-1" />
Num mundo dividido pela [[Guerra Fria]] e tendo Portugal durante a ditadura alinhado com o lado ocidental, influências marxistas, maoistas, entre outras vão ser particularmente atraentes para os jovens.
 
A [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de abril de 1974]], um movimento liderado por capitães vai depor a ditadura para se criar um novo regime em liberdade.
 
Convergindo a maioria na direção do "socialismo", vai haver diferentes visões de qual o caminho a seguir: (1) se uma aproximação à Europa Ocidental; (2) a influências do bloco de leste, seja Moscovo ou Havana; (3) ou tentar voltar ao passado.
 
A [[Golpe de 11 de Março de 1975|11 de março de 1975]], um golpe de direita liderado por Spínola vai falhar e acelerar as movimentações à esquerda.
 
==Protagonistas==
(1) Políticos como [[Mário Soares]] defendiam a aproximação à Europa Ocidental.
 
(2) Após décadas de privações, a esquerda e populares de esquerda procuravam o acesso aos meios de produção, detidos nas mãos de poucos, através das nacionalizações e das ocupações de terras. Havia duas correntes diferentes, uma liderada por [[Álvaro Cunhal]] e o [[PCP-PEV|PCP]], outra simbolizada por [[Otelo Saraiva de Carvalho|Otelo]] com características mais basistas. O general [[Vasco Gonçalves]] vai ter um papel marcante como primeiro-ministro neste período.
 
(3) Por fim, o general [[António de Spínola]], como outros militares, teve um papel determinante nesse período. Durante o [[Processo Revolucionário em Curso]] (PREC), as facções de direita e a [[Igreja Católica]] receavam uma evolução mais radical do processo político iniciado com a [[Revolução de 25 de Abril de 1974|Revolução dos Cravos]] e actuaram com violência para a impedir via organizações como o [[Movimento Democrático de Libertação de Portugal|MDLP]].
 
Há ainda interventores externos como [[Frank Carlucci]], embaixador Americano.
 
== Ações ==
A norte, há actos violentos, como o assalto a sedes de partidos de esquerda e atentados bombistas, por grupos como o [[Movimento Maria da Fonte]], o [[Movimento Democrático de Libertação de Portugal|MDLP]], o [[Exército de Libertação de Portugal|ELP]], e os [[CODECO]]. Estes ocorreram em várias localidades, sobretudo no [[Norte de Portugal]]<ref>{{citar web|url=http://www.citi.pt/cultura/politica/25_de_abril/verao_quente.html|título=Verão Quente de 1975|autor=|data=|publicado=CITI Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas|acessodata=11 de agosto de 2011}}</ref>, de que [[Rio Maior]], palco de grandes distúrbios organizados pela CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal), onde passava a [[Estrada Nacional n.º 1]], era a fronteira.<ref>[http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218736470C6wLO0on6Gh04BD5.pdf Um caso de violência política: o «Verão quente» de 1975, por Diego Palacios Cerezales, Análise Social, vol. XXXVII (165), 2003, 1127-1157]</ref>
 
A sul, há expropriações e [[ocupações de terras]] promovidas pela [[Reforma Agrária]] estabelecida pela [[Esquerda (política)|esquerda]] na zona do país onde há propriedades maiores, por vezes por cultivar,<ref>http://www.infopedia.pt/$verao-quente-de-1975</ref>
 
Uma polarização e violência tal gera rumores sobre uma possível [[guerra civil]].<ref name="Não_nomeado-yL3N-1" />
 
Como consequência disso, seguiu-se a demissão do [[IV Governo Provisório]], coligação entre partidos de esquerda e direita, dando azo à crise governamental que levaria à queda deste [[Governo]] e, logo a seguir, à contestação ao [[V Governo Provisório]] e à demissão de [[Vasco Gonçalves]].<ref>{{citar web|url=http://www.infopedia.pt/$verao-quente-de-1975|título=Verão Quente de 1975|autor=|data=|publicado=Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011|acessodata=11 de agosto de 2011}}</ref>