Afro-brasileiros: diferenças entre revisões

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De acordo com uma pesquisa do [[IBGE]] realizada em 2008 nos estados do [[Amazonas (estado)|Amazonas]], da [[Paraíba]], de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], do [[Rio Grande do Sul]], do [[Mato Grosso]] e no [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]], apenas 11,8% dos entrevistados reconheceram ter ascendência [[africana]], enquanto que 43,5% disseram ter ancestralidade europeia, 21,4% indígena e 31,3% disseram não saber a sua própria ancestralidade. Quando indagados a dizer de forma espontânea a sua cor ou raça, 49% dos entrevistados se disseram brancos, 21,7% morenos, 13,6% pardos, 7,8% negros, 1,5% amarelos, 1,4% pretos, 0,4% indígenas e 4,6% deram outras respostas.<ref name="racial">{{Citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/PCERP2008.pdf|título=Características étnico-raciais da população|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130903031653/http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/PCERP2008.pdf|arquivodata=3 de Setembro de 2013|urlmorta=yes}}</ref> Porém, quando a opção "afrodescendente" foi apresentada, 21,5% dos entrevistados se identificaram como tal.<ref>{{Citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/tab_2.20.pdf |titulo=Cópia arquivada |acessodata=23 de Julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120902010650/http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/tab_2.20.pdf |arquivodata=2 de Setembro de 2012 |urlmorta=sim }}</ref> Quando a opção "negro" também foi apresentada, 27,8% dos entrevistados se identificaram com ela.<ref name="racial"/>
 
Durante o período da escravidão, entre os séculos XVI e XIX, o Brasil recebeu aproximadamente quatro a cinco milhões de africanos, que constituíam cerca de 40% de todos os africanos trazidos para as [[Américas]]. Muitos africanos que escaparam da escravidão fugiram para os [[quilombos]], comunidades onde podiam viver livremente e resistir à opressão. Em 1850, o Brasil determinou a proibição definitiva do [[Tráfico negreiro|tráfico transatlântico de escravos]] e, em 1888, o país aboliu a escravidão, tornando-se o último na América a fazê-lo. O Brasil tem sua paisagem cultural e social profundamente moldada pelos afro-brasileiros. Suas contribuições são especialmente notáveis nos esportes, na culinária, na literatura, na música e na dança, com elementos como [[samba]] e [[capoeira]] refletindo esse legado. Nos tempos contemporâneos, os afro-brasileiros ainda enfrentam disparidades socioeconômicas e discriminação racial, continuando a lutar por igualdade racial e justiça social.
 
== Conceito de afro-brasileiro ==
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Casos bem divulgados de racismo fazem parte da História recente do Brasil. Em 1950, a atriz negra norte-americana [[Katherine Dunham]] foi impedida de se hospedar em um hotel de São Paulo por ser "pessoa de cor". O caso rendeu críticas de [[Gilberto Freyre]] na tribuna da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e foi um dos motivadores para a edição da [[Lei Afonso Arinos]], a primeira lei antirracista do Brasil.<ref>{{citar periódico|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0104-026X2008000300011&lng=en&nrm=iso&tlng=pt|título=Pela igualdade|primeiro =Yvonne|último =Maggie|data=1 de dezembro de 2008|periódico=Revista Estudos Feministas|volume=16|número=3|páginas=897–912|via=SciELO|doi=10.1590/S0104-026X2008000300011}}</ref>
 
No futebol, os casos de racismo são antigos no Brasil. O esporte teve uma origem elitista, dominado por brancos, no início do {{séc|XX}}. Porém, paulatinamente, o futebol tornou-se motivo de diversão para jovens negros e pobres, que se tornariam os grandes nomes do [[Futebol do Brasil||futebol brasileiro]], até hoje. Contudo, nos primeiros tempos, houve grande resistência à participação de jogadores negros. Para o [[Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1921]], o Presidente da República [[Epitácio Pessoa]] "recomendou" que a seleção não levasse jogadores negros para a Argentina pois, segundo ele, era necessário projetar uma imagem "melhor" do Brasil para os estrangeiros. Em decorrência, jogadores famosos na época, como o mulato [[Arthur Friedenreich]], ficaram de fora do campeonato.<ref name=mario/> Naquela altura, era comum que jogadores negros e mulatos usassem pó-de-arroz no rosto e alisassem os cabelos para serem aceitos.<ref name=mario>{{citar livro|autor=Mario Filho|titulo=O Negro no Futebol Brasileiro|editora=MAUADX|ano=1947}}</ref> [[Pelé]], durante sua carreira, foi ridicularizado pelos colegas e pela mídia em decorrência da sua cor, embora o jogador tenha-se negado a participar de qualquer luta antirracista.<ref>{{citar web|url=http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2014/09/25/pele-foi-alvo-de-racismo-na-carreira-mas-esteve-alheio-a-luta-antirracista.htm|título=Pelé foi alvo de racismo na carreira, mas ignorou luta antirracista - Futebol - UOL Esporte|website=uol.com.br}}</ref>
 
[[Imagem:Mariajulia coutinho.jpg|miniatura|200px|[[Maria Júlia Coutinho]] foi vítima de ataques racistas nas redes sociais, em 2015, e procurou a polícia. A jornalista recebeu o apoio de milhares de pessoas, que fizeram a hashtag "somostodosMaju" ser o assunto mais postado nas redes sociais.<ref>{{citar web|url=http://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/maria-julia-do-jornal-nacional-e-destaque-nas-redes-apos-ser-alvo-de-racismo-39509/|título=Maria Júlia, do Jornal Nacional, é destaque nas redes após ser alvo de racismo - Jornal Opção|data=3 de julho de 2015|website=jornalopcao.com.br}}</ref>]]
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=== Por município ===
Segundo odados censodo demográficoCenso de 2022, [[São Paulo]] era a cidade brasileira com a maior população autoidentificada como preta, com 1.160.073 indivíduos se identificando como pretos. Ela é seguidafeito pelo [[Rio de JaneiroIBGE]] com 968.428, [[Salvador]] com 825.509, [[Belo Horizonte]] com 312.920, [[Brasília]] com 301.765, [[Recife]] com 182.546, [[Feira de Santana]] com 180.190, [[Fortaleza]] com 171.018, [[Porto Alegre]] com 168.196 e [[São Luís (Maranhão)|São Luís]] com 167.885.<ref>{{Citar web|url=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/9605#resultado|titulo=Tabela 9605: População residente, por cor ou raça, nos Censos Demográficos|acessodata=2023-12-25|website=sidra.ibge.gov.br}}</ref> Em termos proporcionais, dos dez municípios brasileiros com maior população preta, nove estavam [[Bahia]] e um no [[Maranhão]]ː
 
# [[Serrano do Maranhão]] (MA)ː 58,48%