Museu Pushkin: diferenças entre revisões

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[[ImageImagem:Gmii.jpg|thumb|300px|O Museu Pushkin]]
 
O '''Museu Estatal Pushkin de Belas Artes''' (''Музей изобразительных искусств им. А.С. Пушкина'') é o maior [[museu]] de [[Moscou]] dedicado à arte européia, e um dos maiores do mundo neste gênero.
 
==História==
[[ImageImagem:Ivan tsvetaev.jpg|thumb|left|140px|Ivan Tsvetaev]]
Foi fundado por [[Ivan Tsvetaev]], chefe do Departamento de Teoria e História da Arte da [[Universidade de Moscou]], que persuadiu o milionário [[Yuriy Nechaev-Maltsov]] e o [[arquiteto]] [[Roman Klein]] da necessidade de se criar um museu de belas artes em Moscou. A idéia já vinha há algum tempo sendo defendida por figuras importantes da nobreza e dos círculos acadêmicos, e finalmente começou a ser concretizada através da formação de um comitê, liderado pelo Grão-Duque Sergei Alexandrovich, que em [[1896]] lançou um concurso de arquitetura para elaboração de uma planta. A participação ativa e o entusiasmo do Grão-Duque no projeto do museu foram decisivos para que a iniciativa encontrasse respaldo da burocracia e da nobreza. O vencedor do concurso foi o mesmo Klein, e seu projeto seguia as exigências [[museologia|museológicas]] mais avançadas de sua época, ao mesmo tempo em que desenhou um edifício majestoso de feição [[neoclassicismo|neoclássica]] com interiores ricamente decorados que harmonizavam seu estilo ao das obras que continham, dos vários períodos da história da cultura.
[[ImageImagem:Pushinsmuseum1912.jpg|thumb|250px|O Museu pouco antes de sua inauguração]]
Logo começou a ser formado o futuro acervo, reunido desde o início segundo um projeto educativo, tendo em vista a formação artística e histórica dos jovens, sendo a primeira instituição deste tipo criada na Rússia. Foram encomendadas muitas cópias de estatuária clássica e adquiridas renomadas coleções de arte, como a do [[Egito]] pertencente ao [[egiptólogo]] Golenischev, e a de pintura italiana e de arte decorativa dos [[século XIII|séculos XIII]] a [[século XV|XV]] do colecionador Tschekin. Sua inauguração aconteceu em [[31 de maio]] de [[1912]], estando a instituição subordinada à Universidade, tendo como primeiro diretor o mesmo Tsvetaev e levando o nome de [[Alexandre III da Rússia|Alexandre III]].
 
Depois que a capital da Rússia se transferiu para Moscou em [[1918]], o governo soviético dediciu trazer milhares de obras de arte do [[Museu Hermitage]] para a nova capital, embora parte delas tenha sido mais tarde levada para o [[Museu de Arte Nova do Ocidente]], incluindo telas [[impressionismo|impressionistas]] e [[pós-impressionismo|pós-impressionistas]], numa grande reorganização de coleções estatais que ocorreu na época. Entre [[1924]] e [[1930]] uma multiplicidade de novas obras foram incorporadas procedentes de espólios aristocráticos estatizados pelo governo, e outro tanto foi transferido de outros museus já instalados, como o Hermitage, a [[Galeria Tretyakov]] e os Museus do Kremlin, formando um núcleo de pintura antiga e outro lote proveio do Instituto de Estudos Clássicos do Oriente, com antigüidades da Mesopotâmia e do Oriente Próximo. Em [[1932]] ganhou independência da Universidade e em [[1937]] o poeta [[Pushkin]] foi homeageado emprestando seu nome ao museu, no centenário de sua morte.
[[ImageImagem:Angelo Bronzino 028.jpg|thumb|250px|Bronzino: ''Sagrada Família'']]
 
Durante a [[II Guerra Mundial]] suas coleções foram evacuadas para [[Novosibirsk]] e [[Solikamsk]], mas o prédio foi bombardeado. A reconstrução começou já em [[1944]], reinstalado as obras retornadas dos abrigos e voltando a oferecer seus programas educativos, além de reiniciar o projeto de escavações arqueológicas na [[Criméia]] e Taman que estava em desenvolvimento desde [[1927]]. Em [[1948]] foram adquiridas cerca de 300 pinturas e mais de 60 esculturas de mestres europeus e norteamericanos do fim do [[século XIX]] e início do [[século XX]], uma grande seleção de obras gráficas e um arquivo dos colecionadores Sergei Shchukin e Ivan Morozov, expandindo o escopo do museu e obrigando a uma reorganização em sua estrutura departamental.
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*'''Arte dos séculos VIII a XVI'''
As peças mais antigas deste departamento são da civilização [[Bizâncio|bizantina]], com [[mosaico]]s e [[ícone]]s, assinalando os primeiros desenvolvimentos da pintura do ocidente, com um grupo de obras [[Itália|italianas]] das escolas primitivas, seguidas por outras da [[Renascença]] italiana - [[Sassetta]], [[Perugino]], [[Botticelli]], [[Bronzino]], [[Veronese]] e outros - e alemã.
[[ImageImagem:François Boucher 012.jpg|thumb|Boucher: ''Júpiter e Calisto'']]
*'''Pintura européia dos séculos XVII a XVIII'''
Dentre as coleções de pinturas esta é talvez a mais significativa, com obras [[Países Baixos|flamengas]], italianas, [[Espanha|espanholas]] e francesas, de autores como [[Rembrandt]], [[Ruisdael]], [[Rubens]], [[Jordaens]], [[Canaletto]], [[Francesco Guardi|Guardi]], [[Francisco de Zurbarán|Zurbarán]], [[Murillo]], [[Poussin]] e [[Boucher]].
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===Esculturas===
[[ImageImagem:Sculpture of Pushkin Museum3.JPG|thumb]]
Compreende cerca de 600 obras européias. O departamento foi formado em torno da doação dos acervos privados de M. S. Shchokin e A. A. Khomyakov entre 1910 e 1911, sendo criado oficialmente em 1924, quando se iniciou um projeto sistemático de novas aquisições e transferências. Em 1948 recebeu 60 peças do Museu de Arte Nova do Ocidente, incluindo criações de [[Rodin]], [[Aristide Maillol|Maillol]], [[Antoine Bourdelle|Bourdelle]], [[Ossip Zadkine|Zadkine]], [[Alexander Archipenko|Arkhipenko]] e outros, e mais tarde doações de artistas como [[Giacomo Manzù]], [[Fritz Kremer]], [[Francesco Messina]] e [[Emilio Greco]] expandiram o núcleo contemporâneo.