Geografia da saúde: diferenças entre revisões

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Geografia da saúde é a aplicação das informações geográficas, perspectivas e métodos para o estudo da saúde, das doenças e da assistência médica.

Prevalência mundial de Hepatite A, 2005.

Visão geral

Inicialmente referida como geografia médica,[1] a geografia da saúde é baseada no modelo biomédico de saúde e enraizada na lógica positivista. O modelo social ou sócio-ecológico adota uma abordagem holística à doença e às enfermidades.

Ela enfatiza o tratamento do indivíduo como um todo e não apenas de componentes do sistema. Sob este modelo, novas doenças (por exemplo, doenças mentais) são reconhecidas, e outros tipos de medicina (por exemplo, as complementares ou alternativas) são combinadas com a medicina tradicional.

Essa abordagem metodológica alternativa implica que a geografia médica seja alargada para incorporar filosofias como o estruturalismo, interacionismo social, feminismo, etc. Surgiu então o campo da geografia da sáude.

História da geografia da saúde

Uma pesquisa clássica na área da geografia da saúde foi realizada em 1854 quando a cólera se espalhou por Londres. Muitos estavam morrendo e a população temeu que estivesse sendo infectada por vapores vindos do chão. Dr. John Snow pensou que se pudesse localizar a fonte da doença, ela poderia ser contida. Elaborou mapas mostrando as casas das pessoas que haviam morrido de cólera e a localização das bombas de água. Ele descobriu que uma bomba, a bomba pública em Broad Street era central para a maioria das vítimas. Deduziu que a água infectada da bomba era a culpada. Ele instruiu as autoridades a remover o acesso à bomba, tornando-a inutilizável. Após isso o número de novos casos caiu.

Áreas de estudo

A geografia da saúde pode fornecer entendimento espacial da saúde de uma população, a distribuição de doenças em uma área, e os efeitos ambientais na saúde e nas doenças. Trata também da acessibilidade à assistência médica e à distribuição de provedores da assistência. Esta área é considerada um campo da geografia humana, no entanto, requer entendimento em outros campos como epidemiologia e climatologia.

Geografia do Fornecimento de Assistência Médica

Apesar da assistência médica ser um bem público, não é 'pura'. Em outras palavras, não é igualmente disponível para todos os indivíduos. A geografia da assistência médica trata muito desta questão. A demanda por serviços públicos é continuamente distribuída no espaço, amplamente de acordo com a distribuição da população, mas estes serviços são providos somente em localizações específicas. Inevitavelmente, existirão desigualdades no acesso em termos práticos da utilização dos serviços, dos custos de transporte, tempo de viagem, entre outros. Fatores geográficos ou "locacionais" (por exemplo, proximidade física e tempo de viagem) não são os únicos aspectos que influenciam no acesso à assistência médica. Outros tipos (ou dimensões) de questões de acesso à assistência médica, além do geográfico, são o social, financeiro e funcional. A acessibilidade social à assistência médica depende da raça (como em hospitais separados para brancos ou negros), idade, sexo e outras características sociais dos indivíduos, sendo também importante a relação entre pacientes e médicos. A financeira depende do preço da assistência médica particular e a funcional reflete a quantidade e a estrutura dos serviços providos. Isso pode variar entre os diferentes países e regiões do mundo. O acesso à assistência médica é influenciado também por fatores como horários de funcionamento e listas de espera que possuem um importante papel na determinação dos indivíduos ou sub-grupos da população que podem ter acesso à assistência. Este último tipo de acessibilidade é chamado de "acessibilidade efetiva".

A localização das instalações de assistência médica dependem amplamente da natureza do sistema de assistência em operação, e será pesadamente influenciado por fatores históricos por causa do alto custo dos investimentos em hospitais e cirurgias. A simples distância será mediada por fatores organizacionais como a existência de um sistema de referências pelo qual pacientes sejam direcionados para partes particulares dos hospitais pelos clínicos gerais. O acesso à assistência primária é então um componente muito significativo do acesso ao sistema todo. Em um sistema de saúde "planejado", é de se esperar uma distribuição das instalações correspondente à distribuição da demanda, de maneira justa. Em contraste, um sistema orientado pelo mercado pode ter seu padrão locacional refletindo outros setores de negócios. Pode-se tentar medir tanto a acessibilidade potencial ou acessibilidade real, mas deve-se notar que existe um padrão bem estabelecido de utilização crescente de acordo com o acesso (por exemplo, pessoas que possuem acesso mais fácil à assistência médica a utilizam mais frequentemente).

Geógrafos da Saúde

  • Jonathan Mayer[2]
  • Melinda Meade
  • Ellen Cromley
  • Anthony C. Gatrell
  • Jim Dunn
  • Robin Kearns[3]
  • Sara McLafferty
  • Graham Moon[4]
  • Gerard Rushton
  • W.F. (Ric) Skinner[5]


Ver também

Referências

  1. Andrews, G. J. (2002). "Towards a more place-sensitive nursing research: an invitation to medical and health geography". In: Nursing Inquiry, 9(4), 221–238.Page 221.
  2. [1]
  3. Robin Kearns
  4. Graham Moon
  5. W.F. (Ric) Skinner

Links externos

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