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'''As Pequenas Memórias''' é, sem rigor cronológico, a [[autobiografia]] do escritor [[José Saramago]].<ref>''As pequenas memórias''. José Saramago, Companhia das Letras, 144 páginas (2006).</ref>
 
Mais do que fazer [[literatura]], embora em ''As pequenas memórias'' encontre-se o germe de muitos dos seus romances, a exemplo de ''[[Todos os nomes]]'' (1997) - na busca obstinada pela data da morte do irmão -, trata-se de um desafio para o escritor que, aos 84 anos, professo em cavernas, arquivos e evangelhos, concentra-se entre os quatro e os quinze anos de sua vida e fala, não do escritor, mas da pessoa e do modo de entender o mundo.
 
== Uma infância dura e humilde ==
Saramago rememora sua mãe, ao terminar o inverno, penhorando os cobertores da casa, para reavê-los quando ''"os primeiros frios começavam a apertar"''. O pai, policial em [[Lisboa]], sempre teve de sublocar ou dividir cômodos para morar com a família: ''"Minha família era muito humilde. O fato de o meu pai ser [[funcionário público]] não significava que recebesse um bom salário. (…)Até meus 14 anos não pudemos ter sequer um pequeno apartamento para nós três."'' Ainda sobre sua mãe, conta que ela sofreu "muitíssimo" e possivelmente não quisesse se apegar demais ao "filho vivo", para não agonizar nova perda. Durante entrevista para a revista Entre Livros, Saramago revela uma passagem que não confessa no livro: quando sua mãe se referia a ele como ''"um menino muito bonito, corado e muito bondoso, doía em mim. Porque eu era um menino triste e pálido. E cada vez que pedia um beijo a ela, tinha de implorar muitas vezes, e quando ela dava era assim, rápido, seco."''
 
Sobre o seu pai, ele diz que a influência da vida na [[Lisboa|cidade]], ''"em questões relacionadas a seu trabalho, a sua conduta sexual etc. fazia com que o ambiente da casa não fosse são". Sobre os avós diz que eram "muito boa gente, mas muito simples: ''"Eram camponeses analfabetos"''. Descreve o avô, no livro, como filósofo ''"porque para mim era uma figura transcendente, uma pessoa alta, erguida, e eu me pareço muito com ele."'' Conta que o avô se despediu das árvores do sítio abraçando-as uma por uma, quando sentiu que ia morrer:'' "E fêz isso chorando. Estava se despedindo."''<ref>Fala de Saramago, em entrevista por [[Óscar López]] - editor da revista espanhola ''Qué leer'', para a revista Entre Livros, nº 23, páginas 32 a 35, Duetto Editora (2006).</ref>
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