Emilio Castelar: diferenças entre revisões

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{{Mais notas|data=maio de 2010}}
{{Info /Presidente
|nome = Emilio Castelar e Ripoll
|preposição =da
|país preposição =Espanhada
|país =Espanha
|ordem_presidente=4
| imagem=Emilio Castelar Ripoll 1901 Joaquín Sorolla y Bastida.jpg
| tamanho=200px
| escudo=Escudo del Gobierno Provisional y la Primera República Española.svg
| cargo=Presidente do Poder Executivo da [[Primeira República Espanhola|I República]]
| mandato_início=[[7 de setembro]] de [[1873]]
| mandato_fimmandato_início=[[37 de janeirosetembro]] de [[18741873]]
| mandato_fim=[[3 de janeiro]] de [[1874]]
| antecessor =[[Nicolás Salmerón Alonso]]
| sucessor antecessor =[[Francisco SerranoNicolás ySalmerón DomínguezAlonso]]
| sucessor =[[Francisco Serrano y Domínguez]]
| data de nascimento =[[{{dni|7 de setembro]] de [[|9|1832]]|si}}
| cidade natal=[[Cádis]] [[Ficheiro:Flag of Spain (1785-1873 and 1875-1931).svg|20px]] [[Espanha]]
| datamorte=[[25 de maio]] de [[1899]] (66 anos)
| data de falecimento={{Falecimento|25|5|1899|7|9|1832}}
| lugarmortelocal de falecimento=[[San Pedro del Pinatar]] [[Ficheiro:Flag of Spain (1785-1873 and 1875-1931).svg|20px]] [[Espanha]]
| profissão=[[Político]], [[Escritor]]
| esposa=Benita Guijarro y Gonzalo del Río
| partido=[[Partido Democrata (Espanha)]], [[Republicanismo unitário|Partido Republicano Possibilista]], [[Partido Liberal]]
}}
'''Emilio Castelar y Ripoll''' ([[Cádis]], [[7 de setembro]] de [[1832]] – [[San Pedro del Pinatar]], [[Múrcia]], [[25 de maio]] de [[1899]]), [[político]] e [[escritor]] [[Espanha|espanhol]], foi o penúltimo Presidente da [[Primeira República Espanhola]].
 
== Origem ==
Nasce em [[Cádis]] a [[7 de setembro]] de [[1832]]. Seus pais, Manuel Castelar e María Antonia Ripoll, de ideologia [[liberal]], eram de [[Alicante]]. A [[restauração absolutista]] de [[Fernando VII]] obrigou o seu pai, Manuel Castelar, a exiliar-se em [[Gibraltar]] durante sete anos por ter sido condenado à morte acusado de [[afrancesado]]. Quando a morte repentina do seu pai, Castelar contava somente com sete anos e mudou-se a [[Elda]] com a família da sua mãe.
 
== Formação ==
Já quando pequeno, e graças ao influxo de sua mãe, María Antonia Ripoll,<ref>[http://www.ensayistas.org/filosofos/spain/castelar/biografia.htm www.ensayistas.org] - Estudos críticos sobre Emilio Castelar]</ref> era um leitor insaciável, o que se traduzia num rendimento escolar muito alto. Iniciou-se nos seus estudos de Ensino Médio no Instituto de [[Alicante]] em [[1845]]. Estudou [[Direito]] e [[Filosofia]] na [[Universidade Complutense de Madrid]], com homens que seriam os seus adversários políticos mais tarde como [[Antonio Cánovas del Castillo]], [[Licenciatura|licenciou]]-se em [[Direito]] aos vinte anos e fez o [[doutoramento]] um ano mais tarde ([[1853]]—[[1854|54]]), e obteve uma cátedra de ''História Filosófica'' e ''Crítica da Espanha'' ([[1857]]). Durante os seus estudos pôde colaborar com a Escola Normal de [[Filosofia]] o que permitiu ajudar a salvar as penúrias da sua família.
 
== Entrada em política ==
Ao terminar a sua formação dedicou-se em cheio à luta política, canalizada através do [[jornalismo]] (passou por vários periódicos como ''El Tribuno del pueblo'', ''La Soberanía Nacional'' e ''La Discusión'' até fundar o seu próprio em [[1864]]: ''La Democracia''). O seu primeiro discurso deu-o em [[25 de setembro]] de [[1854]] durante um comício do [[Partido Democrático]] em [[Madrid]] e desde esse momento, não apenas os assistentes, mas também a imprensa madrilenha, elevariam-no como um orador excepcional e um defensor até a morte da [[liberdade]] e a [[democracia]].
 
Defendia um [[republicanismo]] democrático e [[liberal]], que enfrentava com a tendência mais socializante de [[Pi i Margall]]. Desde essas posições lutou tenazmente contra o regime de [[Isabel II da Espanha|Isabel II]], chegando a criticar diretamente a conduta da rainha no seu artigo ''El rasgo'' (1865). Em retaliação por aquele escrito, foi cessado da sua cátedra de História Crítica e Filosófica da Espanha na [[Universidade Central de Madrid]] que ocupava desde [[1857]], provocando revoltas estudantis e de professores contra o seu cesse que foram reprimidas pelo governo sangrentamente na denominada "[[Noite de São Daniel]]" a [[10 de abril]] de [[1865]]. O governo de [[Ramón María Narváez]] demitiu e foi substituído pelo de [[Leopoldo O'Donnell]] que restituiria a cátedra a Castelar. Mais tarde interveio na frustrada [[Sublevação do Quartel de São Gil|insurreição do Quartel de São Gil]] de [[1866]], e foi condenado a [[garrote vil]]; porém conseguiu fugir para [[França]] num exílio de dois anos.
 
== Revolucionário ==
Participou na [[Revolução de 1868]], que destronou a [[Isabel II]], mas não conseguiu que conduzisse à proclamação da República. Foi deputado nas imediatas Cortes constituintes, nas quais se destacou pela sua capacidade oratória, especialmente pela defesa da liberdade de cultos ([[1869]]). Seguiu defendendo a opção republicana dentro e fora das Cortes até a abdicação de [[Amadeu I de Espanha|Amadeu I]] provocar a proclamação da [[Primeira República Espanhola]] em [[1873]].
 
Durante o primeiro governo republicano, presidido por [[Estanislao Figueras]], ocupou a carteira de Estado, desde a qual adotou medidas como a eliminação dos títulos nobiliários ou a abolição da [[escravidão]] em [[Porto Rico]]. Mas o regime pelo qual tanto lutara descompunha-se depressa, rasgado pelas dissensões ideológicas entre os seus líderes, isolado pela hostilidade da [[Igreja]], a [[nobreza]], o [[Forças Armadas da Espanha|exército]] e as classes acomodadas, e acossado pela [[Cantonalismo|insurreição cantonal]], a retomada da [[Guerras Carlistas|guerra carlista]] e o recrudescimento da rebelião independentista em [[Cuba]]. A Presidência foi passando de mão em mão —de Figueras a [[Pi i Margall]] em junho e deste a [[Nicolás Salmerón]] em julho— até em setembro, as Cortes Constituintes nomeá-lo Presidente do Poder Executivo da República [http://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1873/250/A01633.tif].
 
== Presidente da República ==
Para tratar de salvar o regime dissolveu as [[Cortes Generales|Cortes]], mobilizou homens e recursos e encarregou o comando das operações a militares profissionais, embora de duvidosa fidelidade à República. Quando as sessões das Cortes foram retomadas a princípios de [[1874]], Castelar apresentou a sua demissão a [[3 de janeiro]] após perder uma votação parlamentar [http://www.boe.es/datos/imagenes/BOE/1874/004/A00036.tif]; enquanto se votava a nomeação do novo presidente do poder executivo, que ia sendo favorável a Eduardo Palanca Asensi, o general [[Manuel Pavía]] deu um [[golpe de Estado]] e dissolveu as Cortes. A Castelar ofereceu-lhe formar governo, mas este recusou; finalmente foi o general [[Francisco Serrano y Domínguez|Serrano]] que aceitou ser presidente do Poder Executivo.
 
== Restauração monárquica ==
[[Ficheiro:Monumento a Castelar (Madrid) 01.jpg|thumb|210px|rightdireita|Monumento a Castelar em [[Madrid]] ([[Mariano Benlliure]], [[1908]]).]]
Liquidada assim a Primeira República, o pronunciamento de [[Arsenio Martínez Campos|Martínez Campos]] veio restabelecer a Monarquia. proclamando rei a [[Afonso XII da Espanha|Afonso XII]]. Castelar exilou-se em [[Paris]]. Após regressar de uma longa viagem, Castelar ingressou na [[Real Academia Espanhola]] e na [[Real Academia da História]] e voltou à política, encarnando nas Cortes da [[Restauração bourbônica na Espanha|Restauração bourbônica]] a opção dos republicanos "''possibilistas''" que aspiravam a democratizar o regime desde dentro. Quando na [[década de 1890]] se aprovaram as leis do [[jurado]] e do [[sufrágio universal]], Castelar retirou-se da vida política, aconselhando aos seus partidários a integração no [[Partido Liberal (Espanha, Restauração)|Partido Liberal]] de [[Sagasta]] ([[1893]]).
 
== Legado ==
Considerado como o mais eloquente [[oratória|orador]] da Espanha, foi também um dos grandes [[Prosa|prosistas]] do [[século XIX]]. Influenciado pelo [[Romantismo]], do qual também há sinais na sua oratória, recordam-se entre as suas obras os ''Recuerdos de Italia'', algum romance como ''Ernesto, Fra Filipo Lippi'' e coleções de artigos, discursos e diversos estudos jurídicos, históricos e de crítica literária e artística, além de ensaios sobre ideologia política.
 
== Cidade de Castelar ==
Em homenagem a Emilio Castelar há uma cidade na [[Argentina]], na [[província de Buenos Aires]], com o seu nome. Em princípio, o nome foi dado à estação de ferrovia que, posteriormente, deu origem à povoação, por volta de [[1913]]. Foi declarada oficialmente Cidade de [[Castelar (Buenos Aires)|Castelar]] em [[1971]], quando superou os 10 000 habitantes. No ano de 2000, superava os 100 000 habitantes.
 
== {{Bibliografia}} ==
* ALBEROLA, Ginés de. ''Emilio Castelar: Memorias de un secretario''. Madrid, 1950.
* ARAQUISTÁIN, Luis. ''El pensamiento español contemporáneo''. Buenos Aires, 1962.
* ESTEVE IBÁÑEZ, Luis. ''El pensamiento de Emilio Castelar''. Universidad de Alicante, 1990. Tesis Doctoral.
* LLORCA, Carmen. ''Discursos parlamentarios de Castelar''. Madrid, 1973.
* RAMOS, Vicente. ''Historia parlamentaria, política y obrera de la provinciaprovíncia de Alicante. 4 vols''. Alicante, 1992.
* VALERO, José Ramón. ''La palabra política de Emilio Castelar: cuatro discursos y un artículo''. Elda, 1984.
* VILCHES, Jorge. "Emilio Castelar. La patria y la república". Madrid, 2001.
 
{{Notas}}
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{{Tradução/ref|es|Emilio Castelar y Ripoll}}
 
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=={{Ligações externas}}==
 
== {{Ligações externas}} ==
{{wikiquote|Emilio Castelar}}
{{Commons|Emilio Castelar e Ripoll}}
{{wikisource|preposição=de}}
* [{{Link|es|2=http://www.cervantesvirtual.com/FichaAutor.html?Ref=201 |3=Obras de Emilio Castelar publicadas na Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes]}}
* [{{Link|es|2=http://www.ensayistas.org/filosofos/spain/castelar/ |3=Ensaios de e sobre Emilio Castelar em ensayistas.org]}}
 
 
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