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Nesse sentido teológico, "carne" não é de maneira nenhuma alguma coisa que o homem possui, mas é antes uma coisa que o homem é, sinalizado pela fraqueza e fragilidade próprias da criatura e nesse particular aparece em contraste com "espírito", a eterna e inextinguível energia que pertence a Deus e é Deus.
=== A origem da crença ===
Considerando o pano de fundo do [[Antigo Testamento]], a afirmação da encarnação dentro de um conceito do [[
A [[cristologia]] moderna tem demonstrado que uma reivindicação virtual de deidade está inclusa no [[Novo Testamento]], nos próprios dizeres de Jesus histórico, conforme registrado nos evangelhos sinóticos e que a aceitação dessa reivindicação era fundamental para a fé e a adoração da igreja primitiva da Palestina, conforme relatado nos Atos dos Apóstolos, de historicidade substancial. O fato é que a própria vida, ministério morte e ressurreição de Jesus convenceu seus discípulos a respeito da sua deidade. Antes mesmo do dia de Pentecostes os primeiros crentes já oravam a Jesus, chamando-O de Senhor ({{Citar bíblia| livro = Atos| capítulo=1|verso =21}}) e batizavam em seu nome({{Citar bíblia| livro = Atos| capítulo=2|verso =38}}) e tinham fé no seu nome({{Citar bíblia| livro = Atos| capítulo=3|verso =16}}) e o proclamavam como aquele que concede arrependimento e remissão de pecados ({{Citar bíblia| livro = Atos| capítulo=5|verso =31}}), o que é atributo exclusivamente de Deus. Apesar de Atos dos Apóstolos não afirmar categoricamente a deidade de Jesus fazia parte da fé dos cristãos.
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Semelhantemente os escritores percebem que era necessário que o [[Filho de Deus]] fosse feito carne, pois somente assim poderia tomar o lugar como segundo homem , através de quem Deus trata a raça humana. ({{Citar bíblia| livro = 1 Coríntios| capítulo=15|verso =21}}) Somente dessa maneira poderia ser o mediador entre Deus e os homens ({{Citar bíblia| livro = 1 Timóteo| capítulo=2|verso =5}}), e somente assim poderia morrer em favor dos pecadores, pois somente tendo carne é que poderia morrer. O pensamento da encarnação no Novo Testamento está de tal modo ligado que não se aplica esse termo à humanidade de Jesus em seu estado glorificado e incorruptível. Os "dias da suas carne" {{Citar bíblia| livro = Hebreus| capítulo=5|verso =7}} significam o tempo que ele passou no mundo até o dia da cruz.
João se preocupa em deixar clara a questão de Jesus verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, combatendo, então o posicionamento contrário como sendo um espírito do anticristo, uma linha cristológica [[docetismo|docética]] de Cerinto, que negava a realidade da carne e, portanto, negava a encarnação e
A [[Irmandade polonesa]] do século 17 interpretou a encarnação da palavra como a encarnação do plano de Deus em um descendente de [[Abraão]], e não como a encarnação literal de uma pessoa que já existia antes de seu nascimento no céu.<ref>Martin Mulsow, Jan Rohls ''Socinianism and Arminianism'' p.56</ref>
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