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{{Renomear página|Fala da Estremadura}; rev ligeira; aj. wikif
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{{Renomear página|Fala da Estremadura|A grafia correta em pt da região é "E'''s'''tremadura".|data=outubro de 2010}}
{{Info língua
{{Sem-notas|data=outubro de 2010}}
{{Info língua/Língua
| nome = Fala de Xálima
| nomenativo =
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| corfamília = Indo-europeia
| estados = [[Espanha]]
| região = Província {{il-suf|província|de [[|Cáceres]]}}, região de Vale de Xálima, nas povoações de
[[Valverde del Fresno|Valverdi du Fresnu]], [[Eljas|Ellas]] e [[San Martín de Trevejo|Sa Martín de Trebellu]]
| falantes = 1050010 500
| posição =
| fam2 = Itálica
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| mapa =
}}
 
[[Ficheiro:Nome_Lagarteiro.JPG|thumb|right|250px|Placa toponímica em [[Eljas]]]]
[[Ficheiro:Cartel San Martin.jpg|thumb|right|250px|Placa escrita em castelhano e na fala, em baixo, em [[San Martín de Trevejo|São Martinho de Trebelho]]]]
A '''fala da Extremadura''' ou '''fala de Xálima''' é uma variedade linguística do [[galaico-português]] usada por cerca de 10 500{{fmtn|10500}} pessoas na parte mais ocidental da [[{{il-suf|província |de |Cáceres]]}}, na [[Espanha]], junto à [[A Raia|fronteira]] [[portugalPortugal|portuguesa]].
 
É utilizada numa área conhecida por vale de Xálima (ou Jálama) ou vale do rio Ellas (o Eljas), no noroeste da província de [[Cáceres]], na região espanhola da [[ExtremaduraEstremadura (Espanha)|Estremadura]]. Foi declarada [[Bem de Interesse Cultural (Espanha)|Bem de Interesse Cultural]] pela administração da [[Extremadura]]Estremadura em [[20 de março]] de [[2001]].
A '''fala da Extremadura''' ou '''fala de Xálima''' é uma variedade linguística do [[galaico-português]] usada por cerca de 10 500 pessoas na parte mais ocidental da [[província de Cáceres]], na [[Espanha]], junto à [[A Raia|fronteira]] [[portugal|portuguesa]].
 
É também conhecida por '''galego da ExtremaduraEstremadura''' e por '''valego'''<ref name="freietall"> cfr. págs. 83 a 102 de FERNÁNDEZ REI (1999)</ref>
É utilizada numa área conhecida por vale de Xálima (ou Jálama) ou vale do rio Ellas (o Eljas), no noroeste da província de [[Cáceres]], na região espanhola da [[Extremadura]]. Foi declarada [[Bem de Interesse Cultural (Espanha)|Bem de Interesse Cultural]] pela administração da [[Extremadura]] em [[20 de março]] de [[2001]].
 
É também conhecida por '''galego da Extremadura''' e por '''valego'''<ref name="freietall"> cfr. págs. 83 a 102 de FERNÁNDEZ REI (1999)</ref>
 
Tradicionalmente, não existe um nome único que abranja as três variantes que se falam em cada um dos três concelhos do vale. Os nomes populares são:
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== Falantes ==
No vale, existem cerca de 5000cinco mil falantes destas três variantes. Como consequência da emigração, existem à volta de 3000três mil naturais da região que vivem fora e que mantêm o uso familiar da língua. Regressam no [[verão]], reforçando a utilização do idioma.
 
A fala é a língua habitual da população, com a excepção dos funcionários do estado, da polícia e de outras pessoas vindas de fora do vale. Não há perda linguística com as gerações mais novas, ainda que Valverde se possa dizer ser o concelho mais castelhanizado. A partir de 1960, o número de castelhanismos na língua falada aumentou progressivamente, devido à escola, ao serviço militar e aos meios de comunicação.
 
== Estudos ==
As primeiras referências filológicas conhecidas sobre a fala foram realizadas por [[Fritz Krüger]], em [[1925]], e por [[Otto Fink]], em [[1929]], ao estudarem o castelhano dialectal da zona. [[José Leite de Vasconcelos]] realizou uma outra investigação entre 1929 e 1933, ainda mostrando fenómenos que nunca voltaram a registar-se nos estudos seguintes, que a aproximava do Português, sendo então a opinião de se tratar de um dialecto do Português unânime.
 
O primeiro investigador a referir-se a esta fala como de origem galega, comparando-a com os forais de [[Castelo-Rodrigo]] ([[1209]]) e relacionando-a com a possível chegada de povoadores galegos à zona nos séculos [[século XII|XII]] e [[século XIII|XIII]] foi [[Lindley Cintra]], em [[1959]]: "O falar fundamentalmente galego, mas com leonesismos, de Castelo Rodrigo e Riba-Coa no séc. XIII, o falar também essencialmente galego da região de Xalma, outra coisa não são, segundo creio, do que falares destes núcleos de repovoadores galegos tão frequentemente recordados pela toponímia".
 
O primeiro investigador a referir-se a esta fala como de origem galega, comparando-a com os forais de [[Castelo-Rodrigo]] ([[1209]]) e relacionando-a com a possível chegada de povoadores galegos à zona nos séculos [[século XII|XII]] e [[século XIII|XIII]] foi [[Lindley Cintra]], em [[1959]]: "O falar fundamentalmente galego, mas com leonesismos, de Castelo Rodrigo e Riba-Coa no séc. XIII, o falar também essencialmente galego da região de Xalma, outra coisa não são, segundo creio, do que falares destes núcleos de repovoadores galegos tão frequentemente recordados pela toponímia".
[[Clarinda de Azevedo]] também se refere a esta repovoação, afirmando a sua relação com um galaico-português arcaico e portanto maior proximidade com o Galego actual. [[José Luis Martín Galindo]] crê que as falas são anteriores a uma possível repovoação galega, mas esta tese não conquistou muitos partidários.