Plano dos Centenários: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:EscolaPrimaria.JPG|thumb|direita|277px|Antiga Escola Primária de São Brissos, [[Montemor-o-Novo]].]]
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O '''Plano dos Centenários''' constituiu um projeto de construção de [[escolas]] em larga escala, levado a cabo pelo [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] em [[Portugal]], entre as décadas de [[1940]] e de [[1960]]. O plano deve o seu nome ao terceiro [[centenário]] da [[Restauração da Independência]] e ao oitavo centenário da [[Independência de Portugal]], comemorados, respetivamente em
== História ==
O Plano dos Centenários foi lançado pelo governo de [[António de Oliveira Salazar|Salazar]], em [[1940]], sendo a sua elaboração atribuída a uma Comissão Central que funcionava junto da Direcção-Geral do Ensino Primário do [[Ministério da Educação Nacional (Portugal)|Ministério da Educação Nacional]], com representantes dos ministérios do [[Ministério do Interior|Interior]] e das [[Ministério das Obras Públicas e Comunicações|Obras Públicas e Comunicações]] e com a colaboração dos diversos [[presidente da câmara municipal|presidentes de câmaras municipais]], diretores escolares dos [[distrito]]s e delegados escolares dos [[concelho]]s. O Plano tinha como objetivo abranger a organização e a instalação de todos os estabelecimentos de [[ensino primário]] necessários à instrução do Povo Português, de modo que nenhuma criança deixasse de ter escola ao seu alcance e que cada escola tivesse edifício próprio e devidamente apropriado para o seu funcionamento.
A construção das escolas foi levada a cabo pela [[Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais]] do [[Ministério das Obras Públicas]]. No âmbito do Plano dos Centenários, até ao final da [[década de 1950]], foram construídos mais de 7000 edifícios escolares novos, que incluiam um total superior a 12 000 salas de aula. A construção de escolas em larga escala continuou até meados da [[década de 1960]]. Quase todas as [[cidade]]s, [[vila]]s e [[aldeia]]s de Portugal passaram a dispôr de uma ou mais escolas do Plano dos Centenários, o que permitiu diminuir acentuadamente o [[analfabetismo]] e aumentar o ensino obrigatório de três para quatro anos em [[1960]] e para seis anos em [[1967]].
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Grande parte das escolas do Plano dos Centenários ainda estão hoje em funcionamento como [[escola básica|escolas básicas do 1º ciclo]]. Na [[década de 1990]], no entanto, muitas delas foram desativadas, por um lado devido à falta de alunos decorrente da desertificação das regiões do interior e por outro no âmbito da política de concentração dos alunos do 1º ciclo do [[ensino básico]] em escolas de maior dimensão. Algumas das escolas desativadas foram convertidas para outros fins, sendo transformadas em [[museu]]s, [[restaurante]]s, estabelecimento hoteleiros e outros.
== Arquitetura ==
As escolas do Plano dos Centenários, com a sua [[arquitetura]] típica, acabaram por se tornar numa imagem de marca de Portugal, existindo pelo menos um exemplar em quase todas as povoações do país.
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Para aplicação ao Plano dos Centenários, os projetos de Raul Lino e de Rogério de Azevedo seriam revistos pelos arquitetos [[Manuel Fernandes de Sá]], [[Joaquim Areal]], [[Eduardo Moreira dos Santos]] e [[Alberto Braga de Sousa]].
== Referências ==
* MARQUES, A.H. de Oliveira, ''História de Portugal - Volume III'', Lisboa: Pala Editores, 1981
* ''Quinze Anos de Obras Públicas (1932-1947)'', Lisboa: Comissão Executiva da Exposição de Obras Públicas, 1947
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[[Categoria:Escolas de Portugal]]
[[Categoria:Estado Novo (Portugal)]]
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