Andrónico Contostefano: diferenças entre revisões

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A menção histórica mais antiga a Andrónico em altos comandos militares data de 1144 ou 1145, quando lhe foi dado o comando, conjuntamente com o seu irmão João e um general de nome Prosuch, de uma força enviada para defender a [[Cilícia]] das depredações de [[Raimundo de Poitiers]], o nobre francês à frente do [[Principado de Antioquia]], o [[Estados cruzados|estado cruzado]] com capital em [[Antioquia]].{{HarvRef|Coniates|1984|p=31}} Dado que os seus pais casaram em 1125, Andrónico ainda não tinha 20 anos nessa altura.
 
O pai de Andrónico foi morto em 1149 durante o cerco de [[Corfu]] de 1149, quando comandava as tropas bizantinas que tentavam expulsar os [[normandos]] do [[Reino da Sicília]]. Andrónico támbém estava presente no cerco e assumiu o comando do pai após a morte deste, mas não logrou derrotar os normandos. A liderança das forças bizantinas acabou por ser assumida pelo ''[[megas domestikos]]'' (alto comandante) {{ilc|João Axouch||João Achuche|João Axoukhos}}, que obrigou os normandos a evacuarem a ilha por falta de mantimentos.{{HarvRef|Cinamo|1976|p=96.22-98.4}}{{HarvRef|Angold|1997|p=170}}
 
Em 1165, os [[Reino da Hungria|húngaros]] derrotaram os bizantinos na fronteira do [[Rio Danúbio|Danúbio]] e no ano seguinte os exércitos bizantinos retaliaram devastando a [[Hungria]] oriental. Em 1167, Manuel I reuniu um grande exército com o objetivo de acabar com a ameaça húngara sobre as suas possessões imperiais nas [[Balcãs]]. Devido aos ferimentos provocados por uma queda de cavalo durante um jogo de [[Polo (esporte)|polo]], Manuel de não pôde comandar as tropas no terreno em pessoa,{{HarvRef|Cinamo|1976|p=198 (fólios 263-264)}} pelo que confiou o comando a Andrónico. O exército bizantino enfrentou-se com os húngaros numa batalha combinada, que ficou conhecida como {{ilc|Batalha de Sirmio||Batalha de Sirmium|Batalha de Zemun}}, travada em 8 de julho de 1167 junto à cidade fortificada de [[Zemun]]. A habilidade das disposições de Andrónico e a disciplina das suas tropas valeu aos bizantinos uma vitória decisiva,{{HarvRef|Cinamo|1976|p=270}}{{HarvRef|Angold|1997|p=177-211}} que levou os húngaros a aceitarem a paz nos termos impostos pelos bizantinos e reconhecerem o controlo do império sobre a região de [[Sirmio]] e de toda a [[Bósnia (região)|Bósnia]], [[Dalmácia]] e da região a sul do [[Rio Krka (Croácia)|Rio Krka]].{{HarvRef|Treadgold|1997|p=646}} Manuel celebrou a vitória com uma entrada triunfal em [[Constantinopla]] com Andrónico montado ao seu lado.{{HarvRef|Finlay|1877|p=179}}
 
[[Ficheiro:BN MS FR 2628 Folio205 Amalric and Manuel.png|thumb|Gravura da ''Historia'' do cronista das [[cruzadas]] [[Guilherme de Tiro]]. Em cima: Manuel I Comneno recebe a embaixada de {{Lknb|Amalrico|I||de Jerusalém}}, cujas negociações resultaram no envio de uma força bizantina sob o comando de Andrónico Contostefano para invadir o Egito. Em baixo: chegada dos [[cruzados]] ao Egito.]]
 
Upper register: Manuel and the envoys of Amalric, an embassy which resulted in the despatch of the Byzantine force under Kontostephanos to invade Egypt. Lower register: arrival of the crusaders in Egypt (William of Tyre's Historia).
 
Em 1169, Andrónico foi nomeado comandante de uma frota de 230 navios que transportaram um exército bizantino que tinha como objetivo invadir o [[Egito]] em conjunto com as forças aliadas do rei [[Cruzados|cruzado]] {{Lknb|Amalrico|I|de Jerusalém}} do [[Reino de Jerusalém|Jerusalém]]. Este ataque seria o último de uma série de tentativas dos cruzados para invadir o Egito.{{HarvRef|Phillips|2004|p=158}} Os exércitos aliados cercaram [[Damieta]], no [[Delta do Nilo]].{{HarvRef|Cinamo|1976|p=279.6}} Os bizantinos empenharam-se no cerco com vigor, mas quando estavam prestes a assaltar a cidade, Amalrico frustrou os planos negociando uma rendição pacífica de Damieta. Descontente com a a atitude de duplicidade de Amalrico e debatendo-se a fome entre os seus soldados devido à falta de mantimentos, Andrónico retirou-se do Egito, voltando a casa por terra, através dos territórios cruzados da [[Palestina]] e da [[Síria]]. Entretanto, metade da frota bizantina foi perdida numa série de tempestades ocorridas durante a sua volta.{{HarvRef|name=Har109|Harris|2006|p=109}}