Praça-forte de Elvas: diferenças entre revisões

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{{Info/Castelo de Portugal|
|nome = Praça-forte de Elvas
|imagem = Portas de Elvas.jpg<!-- Apenas o nome da imagem. Ex: Nt-castelo-belmonte0.jpg -->
|legenda = Portas de Elvas<!-- Legenda para a imagem. Ex: Fachada da torre de menagem, etc.. -->
|construído_por = [[João IV de Portugal]]
|construído_em = [[1640]]
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Distante apenas quinze [[quilômetro]]s de [[Badajoz]], Elvas constituiu um ponto estratégico da defesa lindeira da nação, na região do [[Alto Alentejo]]. Por essa razão, concentrou, ao longo dos séculos, um poderoso sistema defensivo, baseado nas suaves elevações distribuídas pela planície circundante e no vizinho [[rio Guadiana]], sendo cognominada como ''Rainha da Fronteira''.
 
== História ==
=== O castelo medieval ===
{{AP|[[Castelo de Elvas]]}}
 
Os constantes conflitos pela posse dessa região lindeira com [[Reino de Castela|Castela]] atravessaram os reinados de [[Dinis I de Portugal|D. Dinis]] (1279-1325) - que deu [[aforamento|Carta de Foral]] à Vila ([[1231]]) e lhe ampliou as defesas -, de [[Fernando I de Portugal|D. Fernando]] (1367-1383) – que a dotou de uma terceira cintura de [[Muralhas Fernandinas de Elvas|muralhas]] -, de [[João II de Portugal|D. João II]] (1481-1495) e de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] (1495-1521), propiciando a esta vila um notável sistema defensivo, que no início do [[século XVI]] ostentava uma tripla cintura de [[muralha]]s, vinte e duas [[torre]]s, onze [[porta]]s e [[barbacã]].
 
=== A Praça-forte ===
No contexto da [[Guerra da Restauração]] da independência portuguesa, a importância da posição estratégica de Elvas, sobre a fronteira com a [[Espanha]], tornou-a sede do Governo das Armas do Alentejo, sob o comando de [[Matias de Albuquerque]], militar experiente nas campanhas do [[Brasil]], que lhe iniciou extensas mudanças e importantes reforços na estrutura defensiva. Esse aparato seria testado em pouco tempo, quando estando guarnecida por um efetivo de apenas dois mil portugueses resistiu a um cerco de quinze mil espanhóis, sob o comando do [[marquês de Torrecusa]], por nove dias (Novembro de [[1644]]). Novamente sitiada em fins de [[1658]], a vitória portuguesa na [[batalha das Linhas de Elvas]] ([[14 de Janeiro]] de [[1659]]), salvou esta Praça-forte e o reino de cair uma vez mais em poder de [[Filipe IV de Espanha]]. A sua folha de sucessos indica ainda a resistência aos cercos de [[1663]], [[1706]], [[1711]] e [[1801]] (este último durante a chamada [[Guerra das Laranjas]]).
 
== Características ==
=== O castelo medieval ===
No início da [[Idade Moderna]], o [[castelo]] era composto por três [[cortina]]s defensivas, conservando as duas mais antigas importantes estruturas do período muçulmano.
 
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A linha de defesa interna ergue-se na cota mais elevada do terreno, a nordeste, tendo chegado até nós duas das suas antigas portas: a da [[Alcáçova]] e a do ''Miradeiro''. É constituída pelo castelo do reinado de D. Sancho II, remodelado por D. Dinis e reforçado por D. João II e por D. Manuel I. Ladeado por duas torres quadrangulares, a mais alta correspondendo à de [[torre de menagem|menagem]], o Portão de Armas é protegido por um [[balcão]] sustentado por [[mísulas]], onde se exibe o [[brasão de armas]] de D. João II. Em suas muralhas [[ameia|ameadas]] inscreve-se uma torre hexagonal irregular, rasgada por aberturas de [[troneira]]s e coberta por [[cúpula]] semi-esférica. O alto desta torre é percorrido por um [[adarve]] protegido por [[parapeito]] com largos [[merlão|merlões]]. Na praça de armas os diversos fragmentos arquitetônicos, denunciam as diferentes épocas construtivas e estilísticas.
 
=== A Praça-forte ===
Louvada pelos entendidos como a mais poderosa praça-forte de Portugal, considerada inexpugnável, as obras da sua cintura exterior ficaram a cargo do tenente-general [[Rui Correia Lucas]], tendo colaborado no projeto os nomes de notáveis como [[Soremans]] e do [[jesuíta]] [[Países Baixos|neerlandês]] [[João Cosmander]], este último responsável pelo projeto de uma grandiosa [[cisterna]] com 2.200 m³.
 
Com [[planta (geometria descritiva)|planta]] poligonal estrelada, a defesa desenvolvia-se em doze frentes, composta por sete [[baluarte]]s, três meio-baluartes, dois redondos, oito meias-luas e três contra-guardas, além de [[cortina]]s monumentais. No interior, em área urbana de marcadas características militares, abrigavam-se os quartéis e [[caserna]]s [[casamata]]das para as tropas, depósitos e paióis.
 
=== Estruturas complementares ===
Complementam o polígono defensivo da '''Praça-forte de Elvas''', as seguintes estruturas:
 
*[[Forte de Nossa Senhora da Graça|Forte da Graça]]
Linha 55:
*[[Fortim da Piedade]]
 
== {{Ligações externas}} ==
* [http://www.monumentos.pt/scripts/zope.pcgi/ipa/pages/frameset?nome=ipa&upframe=upframe3&downframe=ipa.html Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)]
* [http://www.ipa.min-cultura.pt/ Instituto Português de Arqueologia]
* {{Link-igespar|70566|Praça-forte de Elvas}}
 
{{Fortalezas de Portugal}}
{{esboço-patrimóniopt}}
 
{{Fortalezas de Portugal}}
{{semimagem-arq}}
 
{{DEFAULTSORT:Praca-forte de Elvas}}