Forte de Santa Cruz da Horta: diferenças entre revisões

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O estudo para a defesa das ilhas do arquipélago dos Açores, contra os assaltos de [[pirata]]s e [[corsário]]s, atraídos pelas riquezas das embarcações que aí aportavam, oriundas da [[África]], da [[Índia]] e do [[Brasil]], iniciou-se em meados do [[século XVI]]. [[Bartolomeu Ferraz]], em uma recomendação para a fortificação dos Açores apresentada a [[João III de Portugal]] em [[1543]], chama a atenção para a importância estratégica do arquipélago:
 
:"''E porque as ilhas Terceiras inportão muito assy polo que per ssy valem, como por serem o valhacouto e soccorro mui principal das naaos da India e os francesses sserem tão dessarrazoados que justo rei injusto tomão tudo o que podem, principalmente aquilo com que lhes parece que emfraquecem seus imigos, (...).''"<ref>"Carta de Bartholomeu Ferraz, aconselhando Elrei sobre a necessidade urgente de se fortificarem as ilhas dos Açores, por causa dos corsários francezes." (1543). [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]], Cartas Missivas, maço 3º, nº 205. in ''[[Arquivo dos Açores]]'', vvol. V, 1981, p. 364-367, citação deà p. 365-366.</ref>
 
Ainda sob o reinado de D. João III (1521-1557) e, posteriormente, sob o de [[Sebastião I de Portugal]] (1568-1578), foram expedidos novos Regimentos, reformulando o sistema defensivo da região, tendo se destacado a visita do [[arquitetura militar|arquiteto militar]] italiano [[Tommaso Benedetto]] ao arquipélago, em [[1567]], para orientar a sua fortificação. Como Ferraz anteriormente, este profissional compreendeu que, vindo o inimigo forçosamente pelo mar, a defesa deveria concentrar-se nos portos e ancoradouros, guarnecidos pelas populações locais sob a responsabilidade dos respectivos concelhos.